quinta-feira, 31 de julho de 2008

Breaking NEWS Angola. O roubo das terras.

01 De Agosto de 2008:
País sem livros é povo colonizado.
As pessoas vem dos países da pobreza, chegam aqui e vivem na riqueza.
E quando o petróleo acabar... e os preços baixarem muito…
Os especuladores imobiliários arrasaram Benguela e Lobito. No tempo dos colonos Brancos fazia-se luta de libertação. No tempo dos colonos Negros, faz-se luta de opressão.
Os colonos portugueses não mudaram nada… continuam cada vez mais burros. Ainda pensam e agem como colonialistas.
Na província de Benguela o sindicato da saúde reivindica o pagamento de subsídios em atraso há seis meses. A DPIC, Direcção Provincial de Investigação Criminal intimou-os a prestarem declarações, porque as reivindicações são ilegais.
Os colonialistas da Teixeira Duarte SA, loucos pelos gazes petrolíferos e com as máquinas deles que explodem como na guerra do Iraque, não deixam os colonizados dormirem. Mas o TPI, Tribunal Penal Internacional não julga estes casos?
Só saberemos a validade das obras dos colonos chineses, brasileiros e portugueses, quando as chuvas desabarem.
Angola tem em número redondo mil cultos religiosos.A RNA, Rádio Nacional de Angola, do Mpla, está a fazer grande campanha eleitoral do seu partido. Dos outros partidos nada, apenas o silêncio de que isto é uma fraude eleitoral. Um hino tumular.
31 De Julho de 2008:
Por causa da campanha eleitoral e eleições, corre o rumor de que as lojas vão fechar. É necessário armazenar comida em casa.
A partir de agora, contratação de estrangeiros no ramo petrolífero, só com autorização do Ministério dos Petróleos.
O conflito eleitoral está prestes a começar.
O Mpla ganhou a guerra eleitoral de 1975, a de 1992, será que vai ganhar a de 2008? Não são eleições, são conflitos eleitorais. Campanha eleitoral ou guerra eleitoral? E quem ganhar fica com o cargo de quarto vice-presidente.
Chineses fazem concorrência a vendedores de rua em Luanda. Vendem sapatos e pasta de dentes.
A vitória da fome está na vitoriosa Província do Namibe.
Só sabemos o que se passa em Luanda. Das outras províncias há um silêncio tumular marxista-leninista.
Em Luanda, os cidadãos (!) levantam-se às 3, 4 horas da manhã, para chegarem ao emprego. O trânsito está sempre engarrafado. Mesmo assim insistem em andarem de carro.
A polícia continua a investigar o assassinato dos oito jovens no Município do Sambizanga.

30 De Julho de 2008:
O ambiente é perfeitamente colonialista. Luanda está dominada, amordaçada por uma gigantesca quadrilha de especuladores imobiliários.
Prosseguem algumas interrupções no fornecimento de energia eléctrica dia sim, dia não.

Quilómetro 14 de Viana, nas proximidades de Luanda. Militares do GRN-Gabinete de Reconstrução Nacional, da Presidência da República, espoliam terrenos e lavras dos camponeses. De noite há tiroteio para impor o terror. A população já se queixou, mas como está lá um general que comanda as tropas… O administrador da área diz desconhecer o que se passa.

Também no Município do Cacuaco, bairro Manuel Ribeiro, especuladores imobiliários desconhecidos, com ordens superiores, apoderam-se das terras e das lavras dos camponeses. O administrador local vai ver o que pode fazer.
Isto é o típico ambiente da África negra sem solução, na perdição. Os acontecimentos sugerem um clima de pré-guerra civil. Será salutar que as potências preparem a evacuação de estrangeiros.

Nas redondezas do Zé Pirão em Luanda os transeuntes andam agitados. Juram que numa vivenda da UNITA oferecem 500 dólares a quem nela votar. Mas, tem que tirar fotografia. E no dia da votação é controlado. Alguns cidadãos não aceitam por receio do controlo da máquina.



29 de Julho de 2008. Generais garimpeiros dos diamantes. Relatório do activista dos direitos humanos Rafael Marques denuncia que na província da Lunda-Norte, zona do Kuango, uma empresa constituída pelos generais João José Batista de Matos, Armando da Cruz Neto e Adriano Mackenzie, chefe dos serviços de informação militar. Expropriaram e continuam a expropriar terrenos de camponeses. Quinhentas lavras já foram destruídas. Expropriam, atacam de noite para não darem nas vistas. Obrigam os camponeses a morrerem à fome. A fome da vitória que é certa. Sócios racistas, cidadãos britânicos colaboram no crime. Como indemnização obrigam os camponeses a receberem 25 cêntimos de dólar. Outra vez, sempre os diamantes sangrentos da fome.

25 de Julho de 2008. Email recebido aponta que o banco Millenium ocupou metade das traseiras do prédio nº 109 da rua Rei Katyavala em Luanda. A Teixeira Duarte SA é a executora da obra. As traseiras do prédio são condomínios que pertencem aos moradores. Como é que o banco Millenium e a Teixeira Duarte SA conseguiram ilegalmente roubar a parcela de terreno? Foi o Governo da Província de Luanda?
Já não é a cidade de Luanda. É Argel na Argélia, são outra vez os franceses nos domínios de Albert Camus.

Gil Gonçalves
Breaking NEWS Angola. The robbery of the lands.
August 01, 2008:
Country without books is colonized people.
The people come from the countries of the poverty, they arrive here and they live in the wealth.
And when the petroleum ends... and the prices lower a lot…
The real estate speculators devastated Benguela and Lobito. In the White settlers' time it was done struggles of liberation. In the Black settlers' time, it is done struggles of oppression.
The Portuguese settlers didn't change anything… they continue donkeys more and more. They still think and they act as colonialist.
In the province of Benguela the union of the health demands the payment of subsidies in delay there are six months. DPIC, Provincial Direcção of Criminal Investigation summoned them render her/it declarations, because the claims are illegal.
Teixeira Duarte SÁ colonialists, crazy for the gauzes petrolíferos and with his/her machines that explode as in the war of Iraq, they don't leave colonized them sleep. But TPI, doesn't International Penal Tribunal judge these cases?
We will only know the validity of the settlers' Chinese, Brazilian and Portuguese works, when the rains tumble.
Angola has in number round a thousand religious cults.
RNA, National Radio of Angola, of Mpla, is to do great electoral campaign of his/her party. Of the other parties anything, just the silence that that is an electoral fraud. A tomb hym

Breaking NEWS Angola. The robbery of the lands.
Because of the electoral campaign and elections, it hurries the noise that the stores will close. It is necessary to store food home.
From now on, foreigners' recruiting in the branch petrolífero, only with authorization of the Ministry of Petróleos.
The electoral conflict is about to begin.
Did Mpla win the electoral war of 1975, the one of 1992, will it be that will win the one of 2008? They are not elections, they are electoral conflicts. Electoral campaign or electoral war? And who wins it is with fourth vice-president's position.
Chinese make competition to street salespersons in Luanda. They sell shoes and toothpaste.
The victory of the hunger is in the victorious Province of Namibe.
We only know what happens in Luanda. Of the other provinces there is a Marxist-Leninist tomb silence.
In Luanda, the citizens (!) they get up at 3 o'clock, 4 hours of the morning, for us to arrive to the job. The traffic is bottled always. Even so they insist in they go by car.
The police continue to investigate the eight youths' murder in the Municipal district of Sambizanga.

July 30, 2008:
The atmosphere is perfectly colonialist. Luanda is dominated, gagged by a gigantic gang of real estate speculators.

Kilometer 14 of Viana, in the proximities of Luanda. Military of the GRN-cabinet of National Reconstruction, of the Presidency of the Republic, they spoil lands and the farmers' plowings. At night there is shooting to impose the terror. The population already complained, but as you/he/she is there a general that commands the troops… THE administrator of the area says to ignore what happens.

Also in the Municipal district of Cacuaco, neighborhood Manuel Ribeiro, ignored real estate speculators, with superior orders, they take possession of the lands and of the farmers' plowings. The local administrator will see what can do.
That is the typical atmosphere of black Africa without solution, in the perdition. The events suggest a climate of civil pré-war. It will be salutary that the potencies prepare the foreigners' evacuation.

In Zé Pirão meal's roundness in Luanda the pedestrians have been agitated. They swear that in a housing of UNITA offer 500 dollars to who in her to vote for. But, he/she has to remove picture. And in the day of the voting it is controlled. Some citizens don't accept for fear of the I control of the machine.

July 29, 2008. Generals prospectors of the diamonds. Report of the activista of the human rights Rafael Marques denounces that in the province of the Lunda-north, area of Kuango, a company constituted by the generals João José Batista of Matos, Armando of Cruz Neto and Adriano Mackenzie, boss of the services of military information. They expropriated and they continue to expropriate farmers' lands. Five hundred plowings were already destroyed. They expropriate, they attack at night for us not to give in the views. They force the farmers to die her to the hunger. The hunger of the victory that is right. Partners racists, British citizens collaborate in the crime. As indemnização force the farmers to receive her/it 25 dollar cents. Again, always the bloody diamonds of the hunger.

July 25, 2008. Received Email appears that the bank Millenium occupied half of the rears of the building no. 109 of the street King Katyavala in Luanda. Teixeira Duarte SA is the executive of the work. The rears of the building are condominiums that belong to the residents. How is it that the bank Millenium and Teixeira Duarte SA got illegally to steal the land portion? Was the Government of the Province of Luanda?
No longer it is the city of Luanda. It is Argel in Algeria, they are again French in Albert Camus's domains.
Gil Gonçalves

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Lírio do Amazonas. Molecular


Telemóvel... acho essa palavra "telemóvel" muito engraçada... não sei por que me soa como o nome dos aparelhos – aqueles aparelhos que os seriados do Batman da década de 80 inventavam para o herói....Como se fosse o nome de um aparelho altamente tecnológico que ainda deverá ser inventado...isso numa visão futurista da década de 60!!!

Aqui é celular...e quando trabalhava na TAM (uma companhia aérea daqui), um senhor fazendeiro disse que no local onde iria só havia telefone molecular... meio rindo...intrigada perguntei-lhe como seria esse telefone... ás gargalhadas o bonachão respondeu: " tem apenas um telefone na cidade, aí pedem para o moleque (daí molecular) mais próximo ir chamar, sicrano, beltrano ou fulano..." Quantas realidades num mesmo território...

Patrícia Martinelli

terça-feira, 29 de julho de 2008

Pimpolhos


Seis gracinhas saíram em correria da igreja. Como um anjo, as vozinhas infantis estimularam os pávidos passeantes ocasionais. A plenos pulmões pequeninos ensaiaram o espiritual negro da gatunice.
- Agarra! Agarra!
Era um gatuno, fingido crente, que inculto perturbou o culto. Sacrílego, roubou o telemóvel do sacerdote oficiante. Os agora impávidos, revoltaram-se baixando os polegares. O impopular tentava refazer-se dos acidentes eucarísticos, mas não dos de percurso. Estava já a comer o pão que o diabo amassou. O vale de lágrimas estava incompleto. Fiscais governamentais atentaram-lhe no saco das costas e na carteira, e evadiram-se. A alma dele fugia-lhe. Baden-Powell chegou, ordenou aos seus escuteiros que o carregassem para a igreja. Salvou-se da extrema-unção.

Alheados, ratinhos do lixo trabalham. Destampam contentores, abrem sacos com lixo, na esperança de encontrarem pitéu. Mas, não dá para o petróleo. Uma gracinha, talento floral inocente, dos primeiros passos corais do espírito evangélico, desconfia para um ratinho:
- Donde vens?
O ratinho olha-a, considera-a fada das lixeiras. Mergulha as mãos, e quase a cabeça no contentor. Não tem nada para dizer, não sabe o que é viver. A resposta só pode ser dada como a vida do lixo.
- Por aí! Por aí!
Um gato sente-se ofendido pela verticalidade da pernada do ratinho. Os gatos são exímios concorrentes desleais. O felino afasta-se do seu hábito alimentar, dá uns saltos e… outro lixo seguro à vista. Duas crianças politizadas do antanho satirizam:
- Contra milhões de esfomeados ninguém combate.
- Essa é boa! Porquê?
- Porque derrotados, fica muito dispendioso alimentá-los.

Os vermes provenientes do lixo invadiam quintais. Procuravam melhor caminho para entrar nas casas. Os esgotos e águas paradas originam a democracia incipiente. Democracia violentada na ilusão das palavras da liberdade, porque os famintos nas prisões da fome não se alimentam das epidemias das ideologias políticas. E a peste negra, em parte, fez o sistema feudal desabar.

Não é possível o ser humano amar, porque destrói o amor!
As águas escuras da putrefacção habituam as pessoas à escuridão. E da janela sempre à espreita, um bom observador sempre nota algo que se aproveita. Os carros foram feitos para andar, e nas estradas estão continuamente a parar. Progresso é passar o tempo da vida no assento de um carro.
Gil Gonçalves

Lírio do Amazonas. Democracia petrolífera


A vida é curta e quero mostrar aos nossos filhos o mundo e revivê-lo através de seus olhos antes que eles partam para alçar seus vôos solo!!!!

Li um artigo hoje que falava sobre um conhecido mal que aflige os lugares que descobrem petróleo – é bastante conhecido na LITERATURA ESPECÍFICA, desestrutura as produções locais, e se os royalties não forem bem aproveitados certamente acabam mantendo a miséria e a guerra nesses territórios.

Descobriram uma reserva gigantesca aqui no Brasil e sabe-se que já há interesses enormes em licitar sua exploração... Deus nos proteja desse ouro negro e oleoso que corrompe almas...Temos o biodiesel e o etanol de cana que nos tem colocado em destaque no cenário energético mundial... mas aí me vem uma preocupação: o sistema capitalista é um excelente produtor de riquezas, mas um péssimo distribuidor... estaremos galgando como um país mais rico entre os pobres e mantendo esse crescimento nos ombros de milhares de excluídos brasileiros? Não perca nossos próximos e eletrizantes episódios...

Patrícia Martinelli
Imagem: Patrícia Martinelli. Brasil, Goiás, cerrado, estrada de terra, estrada de chão.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Breaking NEWS Angola. Notícias


O petróleo é a nossa identidade cultural.
28 de Julho de 2008. É truque! Os estrangeiros escavam, esburacam a cidade no garimpo de minas de petróleo e diamantes.
Tantas empresas a venderem a mesma coisa num mercado saturado?! Só é possível com facturas falsas.
Quem vem para Angola, é para enriquecer rápido, e do modo mais fácil.
28 de Julho de 2008. Em Luanda, a meio da manhã como que convidadas pelo sol, milhares de jovens borboletas nascentes passeiam pelas copas das árvores. Anunciam a mudança de estação, do tempo frio para o calor.

28 De Julho de 2008. Em Luanda grande invasão de mosquitos que até de dia nos picam. A malária prosseguirá na destruição humana, e ultrapassará a Sida.

28 De Julho de 2008. Um Toyota Hyace faz serviço de táxi á noite, carrega passageiros, de repente muda de rumo e vai para o cemitério de Santana em Luanda. O condutor e o ajudante desaparecem. Voltam para as suas sepulturas?

28 De Julho de 2008. As vendedoras de rua em Luanda andam agitadas. Jovens que vendem qualquer coisa, aproximam-se delas, encostam-se e o dinheiro some-se das carteiras. Isto é grande magia… as senhoras já não aceitam que os jovens se aproximem mais delas.

26 de Julho de 2008. Testemunhas dizem que no Largo do Kinaxixi, em Luanda, ontem, dois jovens das Testemunhas de Jeová estavam a pregar a Palavra de Deus. Apareceu um Toyota Hiace branco, levou-os e até agora não aparecem.

26 De Julho de 2008. Fiscais do Governo da Província de Luanda assaltam vendedoras de rua, vulgo zungueiras, e pilham as coisas que têm para venderem. Comenta-se que o saque é devido ao não pagamento de vencimentos.

No Município do Sambizanga aí por volta das duas da manhã e depois, estão a bater nas portas para as pessoas abrirem e perguntam: em que partido é que vais votar?

Email recebido aponta que o banco Millenium ocupou metade das traseiras do prédio nº 109 da rua Rei Katyavala em Luanda. A Teixeira Duarte SA é a executora da obra. As traseiras do prédio são condomínios que pertencem aos moradores. Como é que o banco Millenium e a Teixeira Duarte SA conseguiram ilegalmente roubar a parcela de terreno? Foi o Governo da província de Luanda?
Já não é a cidade de Luanda. É Argel na Argélia, são outra vez os franceses que desafiam Albert Camus.

A especulação imobiliária em Luanda está totalmente nas garras dos garimpeiros internacionais. Muitos prédios e outras construções crescem sem ordenamento ambiental. Mais um desenvolvimento económico e social nos espera. Onde estão a água, a luz e os esgotos? Os crimes contra a segurança nacional alastram, escondem-se nas traseiras dos prédios.

A Teixeira Duarte SA prossegue estupidamente com a barulheira toda a noite. Não deixa ninguém dormir. Querem recuperar o que perderam em Portugal. Estão aqui a revigorar, a reimplantar a lei, dos sem lei. Colherão os tumultos que agora semeiam. Estão na África negra, a reinventar-lhe a lei da selva.

No município do Sambizanga, Luanda, bairro Santa Rosa, ocupantes de uma viatura Toyota Hiace com vidros fumados, dispararam sobre oito jovens. Cinco faleceram imediatamente. Três outros feridos faleceram mais tarde no hospital. A polícia investiga.

Candidatos a agentes na Polícia Nacional em Luanda, têm que pagar 500 dólares.

Marginais impõem o terror no bairro Kalemba, em Luanda, e arredores do bairro da Polícia.

Gil Gonçalves

Breaking News Angola
July 28, 2008. It is trick! The foreigners dig, they make holes in the city in the mine of mines of petroleum and diamonds.
Do so many companies sell her the same thing in a saturated market?! is it Only possible with false facturas.
The petroleum is our cultural identity.
Who comes for Angola, it is to enrich fast, and in the easiest way.
July 28, 2008. In Luanda, to middle of the morning as that invited by the sun, thousands of young nascent butterflies walk through the cups of the trees. They announce the station change, of the cold time for the heat.

July 28, 2008. In Luanda great invasion of mosquitos that prick us to in the daytime. The malaria will continue in the human destruction, and it will cross Sida.

July 28, 2008. A Toyota Hyace does service of taxi á night, it carries passengers, suddenly direction seedling and it is going to Santana's cemetery in Luanda. The driver and the assistant disappear. Do they go back to their graves?

July 28, 2008. The street salespersons in Luanda have been agitated. Young that sell any thing, they approach them, they are leaned and the money is added of the wallets. That is great magic… you no longer they accept that the youths approach them more.

July 26, 2008. Witness say that in the Square of Kinaxixi, in Luanda, yesterday, two young of the Jehovah's witness they were to nail the Word of God. He/she appeared a Toyota white Hiace, it took them and up to now they don't appear.

July 26, 2008. Fiscal of the Government of the Province of Luanda they assault street salespersons, common people zungueiras, and they plunder the things that have for us to sell. It is commented on that the draft is due to it not payment of expirations.

In the neighborhood Sambizanga there about two in the morning and then, they are to beat in the doors for the people to open and they ask: in what broken it is that will vote for?

Received Email appears that the bank Millenium occupied half of the rears of the building no. 109 of the street King Katyavala in Luanda. Teixeira Duarte SA is the executive of the work. The rears of the building are condominiums that belong to the residents. How is it that the bank Millenium and Teixeira Duarte SÁ got illegally to steal the land portion? Was the Government of the province of Luanda?
No longer it is the city of Luanda. It is Argel in Algeria, they are again French that challenge Albert Camus.

The real estate speculation in Luanda is totally in the international prospectors' claws. Many buildings and other constructions grow without environmental ordenamento. One more development económico and social in the wait. Where are the water, the light and the sewers? The crimes against the national security ballast, they hide in the rears of the buildings.

Teixeira Duarte SA continues dully with the uproar the whole night. He/she doesn't leave anybody to sleep. They want to recover what lost in Portugal. They are here to reinvigorate, the reimplantar the law, of the lawless. They will pick the tumults that now sow. They are in black Africa, to reinvent him/her the law of the jungle.

In the municipal district of Sambizanga, Luanda, neighborhood Santarosa, occupants of a vehicle Toyota Hiace with smoked glasses, shot on eight young. Five died immediately. Three other wounded died later at the hospital. The police investigate.

Candidates to agents in the National Police in Luanda, have to pay 500 dollars.

Marginal they impose the terror in the neighborhood Kalemba, in Luanda, and surroundings of the neighborhood of the Police.

Gil Gonçalves

domingo, 27 de julho de 2008

Mistérios da Medicina. Alho


Os misteriosos poderes do alho

Existem muitas plantas reconhecidas pelos seus efeitos benéficos na saúde, uma delas é o alho. A multiplicidade das suas aplicações é espantosa, embora muitos dos seus efeitos sejam ainda controversos. Mas os seus adeptos aumentam!

Maria Carlos Reis


O alho (Alium sativum) é um alimento que dispensa qualquer apresentação. A utilização desta planta bolbosa, da família das Liliáceas, terá começado muito cedo na história da humanidade, o que é documentado por vestígios com mais de 10 000 anos encontrados em cavernas. Muitas foram as civilizações que ao longo dos milénios sucumbiram aos “encantos” do bolbo desta planta. Os egípcios integraram-no em fórmulas para o tratamento de problemas de coração, dores de cabeça, tumores e outros “males” e incluíram-no nos bens colocados nos túmulos dos faraós. Foram encontrados documentos chineses, datados de 2700 a. C., que descrevem o alho como uma substância que trata diversos problemas e potencia o vigor. Num livro persa de plantas medicinais, escrito há milhares de anos atrás, pode ler-se “… ele cura tosse e supurações do peito, não importa quão violentas sejam. Tem o poder de prevenir a estagnação do sangue”. Também o médico grego Hipócrates, considerado o pai da Medicina, exaltou as propriedades terapêuticas do alho, incluindo-o na sua lista de plantas medicinais mais benéficas, enquanto Dioscórides, igualmente médico da Grécia Antiga, escreveu: “O seu aroma limpa as artérias”. Mais tarde, Paracelso considerou-o uma planta sagrada. Mas até os escritores clássicos não foram indiferentes aos efeitos desta planta. O poeta Virgílio recomendava-o como alimento fortificante para quem efectua trabalhos pesados e Homero inclui-o numa das suas mais famosas obras – A Odisseia – num episódio em que Ulisses usa o alho para fazer render a feiticeira Circe aos seus encantos.

Apesar de ser indiscutível o interesse suscitado por esta planta, as suas aplicações foram tendo objectivos diferentes e a sua popularidade não foi constante. Ao longo dos tempos, e em diferentes períodos, ela foi usada pelas suas propriedades regenerativa, antigripal, estimulante circulatória, purificadora do sangue, antibiótica, vermífuga e até afrodisíaca. No entanto, foi também utilizado como antídoto contra mordeduras de cobra e no tratamento de mordeduras de cães e ratos, como tratamento de problemas digestivos, para expulsar parasitas intestinais e para bochechar contra dores de dentes. Na idade média foi usado na Europa Central como remédio contra a surdez e lepra e no século XVII como prevenção da peste bubónica. Durante a II Guerra Mundial, os soldados russos faziam-se acompanhar por dentes de alho que esmagavam nos bordos das feridas, para evitar possíveis infecções. Os próprios médicos de campanha utilizavam uma pasta de alho para tratar os ferimentos infectados dos soldados, especialmente como protecção contra gangrenas e sepsia. No entanto, esta utilização do alho foi sendo abandonada à medida que se descobriam “drogas milagrosas”, como a penicilina.

Mas o alho nunca deixou de ser utilizado e uma nova área de investigação nasceu em torno deste bolbo nas duas últimas décadas, multiplicando-se os trabalhos a um ritmo impressionante, acompanhando o consumo crescente.

Os consumidores diários do alho garantem que este produto natural possui um misterioso poder. São comuns descrições das suas potencialidades no tratamento de problemas respiratórios, dores de ouvidos, de cabeça e de estômago, congestão, diarreia, disenteria, arteriosclerose, hipertensão, reumatismo, gota, parasitas intestinais, tosse convulsa, úlceras, mordeduras de cobras, como afrodisíaco, tendo, ainda, como efeito último, a promoção da longevidade, retardando o envelhecimento. Grande parte desta panóplia de utilizações não possui qualquer credibilidade científica, mas para outras existem já algumas evidências de confirmação.

É possível encontrar algumas dezenas de estudos que atestam que o alho, sob variadas formas, pode promover um decréscimo nos níveis de colesterol e triglicéridos, em pacientes com elevados níveis destes lípidos, o que resultará numa redução dos distúrbios cardiovasculares, nomeadamente, a arteriosclerose, a trombose e o enfarte do miocárdio. Também o envelhecimento das paredes da aorta parece ser retardado pelo consumo diário de alho, resultado extremamente importante para explicar a sua actuação na redução da pressão sanguínea. Por exemplo, investigadores do Departamento de Medicina do New York Medical College encontraram uma redução de 5,5% na pressão sistólica e uma suave redução na pressão diastólica do sangue, como resposta ao consumo de extractos de alho. São, assim, muitos os estudos que relacionam o alho com a prevenção e tratamento da hipertensão.

Outra área de investigação pretende determinar os efeitos do alho na prevenção e tratamento de tumores. Foi provado que ele consegue travar o desenvolvimento de tumores em ratos, no cólon, recto, esófago, estômago e pele. Existem estudos em tubos de ensaio que demonstram a capacidade do alho inibir o crescimento das células cancerígenas da próstata, embora não se saiba ainda se o mesmo acontece no ser humano. Sabe-se, por exemplo, como resultado de estudos chineses comparativos de comunidades consumidoras regulares de alho com outras que não o incluem na sua dieta, que o cancro gastrointestinal apresenta uma menor incidência nas primeiras comunidades. No entanto, não se pode esperar que o alho consiga suspender completamente o desenvolvimento destes tumores, apesar das evidências apontarem para a existência de três tipos de mecanismos de acção – afectando directamente as células cancerígenas, aumentando as células do sistema imunitário que combatem as cancerígenas e inibindo determinadas substâncias químicas que se crê funcionarem como indutoras do desenvolvimento de carcinomas.

Apesar da maioria dos estudos desenvolvidos nos últimos 15 anos incidir sobre a relação do alho com as doenças cardiovasculares e o cancro, existem ainda outras linhas de investigação, nomeadamente a que explora as propriedades antibióticas do alho. Testes in vitro revelam as potencialidades dos compostos activos do alho no combate a agentes infecciosos, como os da gripe, do herpes e outros vírus. Para além disso, certos compostos interferem com o metabolismo dos fungos, impedindo o seu desenvolvimento, e combatem infecções bacterianas, por vezes de forma mais eficaz do que a penicilina. As propriedades antibióticas do alho revestem-se de extrema importância, à medida que as investigações médicas sobre a etiologia de diversas doenças mostram que estas são provocadas maioritariamente por processos inflamatórios. Por exemplo, a Heliobacter pylori é uma bactéria que tem sido relacionada com o desenvolvimento de úlceras no estômago e o alho parece ser eficaz no seu combate. Outra das suas acções mais notáveis, e à qual tem sido dada muita atenção actualmente, é a sua capacidade de combater a candidíase, uma infecção provocada pela Candida albicans, um fungo indesejável.

Uma questão com a qual os cientistas se mostram cada vez mais preocupados prende-se com a velocidade com que os microrganismos adquirem resistência aos antibióticos, através de mutações. No entanto, parece que o alho mantém as suas propriedades antibióticas através dos tempos, para além de existirem evidências da sua capacidade de actuação sobre o sistema imunitário, ao estimular a actividade dos glóbulos brancos que destroem os agentes infecciosos invasores. Os seus compostos possuem, ainda, propriedades anti-oxidantes, protegendo as membranas celulares e o material hereditário.

Investigações recentes demonstram que tomado durante a gravidez o alho pode reduzir os riscos de pré-eclampsia (perigoso aumento da pressão sanguínea, que pode colocar em risco a vida da gestante e do feto). Os seus autores concluíram que, apesar desta disfunção ser resultante de uma complexidade de factores, o consumo regular de pastilhas de alho durante a gestação pode diminuir a sua probabilidade.

Os dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais de muitos dos estudos realizados mostram que o alho é uma espantosa fonte de agentes fitoquímicos, em cuja composição deve residir os seus segredos. Das inúmeras análises químicas, os cientistas chegaram à conclusão de que a grande riqueza do alho se encontra especialmente nos seus componentes derivados do enxofre. Entre eles, o mais importante é, sem dúvida, a alicina, responsável pela maioria das propriedades farmacológicas do bolbo, assim como do seu odor intenso. Na verdade, a alicina só aparece quando o alho é esmagado, cortado ou mastigado, pois nestas situações as células são rompidas e a aliína, o seu percursor inodoro, é degradada pela enzima aliinase.

Embora sejam reconhecidos alguns efeitos benéficos dos alho, as vantagens para a saúde continuam a ser uma área controversa. As evidências são ainda insuficientes para recomendar o consumo como uma terapêutica clínica de rotina e considera-se que existe ainda muita especulação em torno dos poderes misteriosos desta planta. Existem mesmo estudos que afirmam que não existem dados suficientes para retirar conclusões, ou que o alho não exerce qualquer tipo de efeito nas doenças cardiovasculares, nomeadamente na diminuição da pressão sanguínea, dos níveis de colesterol e na redução do risco de desenvolvimento de tumores. Foram mesmo reportados diversos efeitos adversos do consumo de alho, incluindo náuseas, dermatites, sangramentos, sintomas abdominais e flatulência.

Mas mesmo com a falta de unanimidade entre a comunidade científica, o que é facto é que os adeptos deste produto aumentam. Por exemplo, na Alemanha, grande parte dos adultos tomam diariamente um suplemento de alho para promover a saúde. Para tentar evitar os odores desagradáveis, existem no mercado comprimidos e cápsulas sem odor, pois contêm aliína, que só no corpo é transformada em alicina. Quanto às doses recomendadas, as opiniões estão longe de ser concordantes. Os óleos de alho são também uma opção. Eles constituem os mais antigos preparados e foram comercializados, pela primeira vez, há mais de 70 anos, muito antes de se terem caracterizado os seus constituintes e respectivos efeitos.

Mas mesmo com toda a controvérsia, se o alho tivesse sido criado num laboratório em vez de ser um produto da natureza, provavelmente seria uma droga frequentemente prescrita e de elevado preço.

http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=5724&iLingua=1

A Nudez de Penélope


O ambiente lembrava navio alcoólico que perdeu o leme, balançado nas cristas das ondas. Ainda não atingira a profundidade abissal desejada. Como os relatórios do FMI, equações certas, politicas erradas.
Divinos devaneios para quem sabe liquefazer-se. – Astuciou Ulisses.
O vizinho esforça-se para subtilizar os instrumentos das cordas vocais. Por sorte a mente colabora.
-Vencido no jogo ebriático do álcool mas não convencido. Para liquefazer… escrever, dizem que é importante ter um estilo, e utilizar metáforas. Quando inventaram a pólvora diziam a mesma coisa. Na era do nuclear, inventaram outras contendas. No tempo em que o pensamento domine a matéria, não gostarão dos raios luminosos extraordinários: «porque o tom azulado deste pensamento está muito carregado, a tonalidade daquele pensamento rosa está demasiado clara, o matiz desse pensamento vermelho foge à cor do sangue.» Os editores continuarão a perseguir-nos e dirão: «o estilo e a metáfora das cores, não tem harmonia na estrutura, falta-lhes carácter». Sempre escravos da vontade deles. Estes são os verdadeiros ditadores benévolos. Só a sua ponderabilidade é imanente. Enfim, nenhum poder que se preze apoia intelectuais. Nos intelectos reside o prazer da resistência vital. Quem disser que a escravatura acabou, é um sonhador. A democracia dos escravos é a revolta.

Ulisses mergulha a mente, docemente nos mares espumosos, superficiais cristais oceânicos. Sucede-se uma praia que se deleita com a nudez horizontal de Penélope. A ondulação melodiosa sobe e desce transparecendo a areia que encosta, refrescando o desejo da fremente epiderme. Penélope senta-se, enche as mãos de areia e passa-a pelos seios que avolumam, depois afunda-as na púbis, na vagina da leal ausência. Olha longínqua para o infinito oceano, e desprende-se:
- Meu esposo, nos mares onde navegas é fácil enfrentares a fúria das ondas. Em Ítaca não suporto as ondas da intempérie humana que me perseguem. Os dias passados são perdidos, irrecuperáveis. Tudo muda. Só o bater das ondas do mar permanece imutável. Se as pessoas fossem assim…
Ulisses cheio de vocação na terra emocionada usa o cansaço da rouquidão.
- Mas não são, nunca serão!
- Mas gostam dos momentos dessas semelhanças… conduzem-se como focas.
- Conduzem-se como loucos, vivem em carros loucos, em loucas estradas, que se altercam loucamente. Destarte é a civilização.
Gil Gonçalves

sábado, 26 de julho de 2008

TERROR


Ao longo da História o ser humano portou-se magníficamente. Inventou e refinou tantos inventos de tortura, que podemos dizer que a História Universal é a História Universal das Torturas Humanas.

Luanda transformou-se na casa-forte, no centro, na central de tiro das quadrilhas internacionais.


Apesar do corpo cansado, usado, velho pelos anos do tempo, a mente está rejuvenescida. O ditador usa o corpo são na mente insana. Como plantas daninhas que vituperam os jardins suspensos desta Babilónia. Por mais que tentemos não conseguimos evitar a perseguição de Robespierre.

O reinado do Terror persiste, insiste, não nos abandona. Que tempos estes! Não, a História ensina-nos que sempre foi assim. O ser humano é o símbolo, o culto do Terror. Quando acabar, a Natureza rejubilará, cantará um hino de louvor. As árvores não ficarão estáticas, mover-se-ão de um para o outro lado, como sempre fizeram. A chuva cairá e as águas seguirão o seu curso normal. Não haverá diques que as perturbem. Aos rios livres de poluição voltarão as fadas, e os espíritos das águas renascerão.

A Natureza reencontrará a liberdade, voltará à normalidade. Já foi dado ao ser humano o tempo mais que suficiente para respeitar os seus semelhantes. Não, não me refiro aos homens, porque entre estes não há leis que funcionem, falo duma simples ave que baixa o seu voo, encontra-se com um bípede e é abatida sem explicação. O que está em causa é o seguinte: a Natureza não pode compartilhar a sua sã existência, com seres vis que se deleitam em exterminar tudo o que se move.

Gil Gonçalves
Imagem: http://www.spartacus.schoolnet.co.uk/PRpeterloo.htm

Universidade Lusíada em Luanda


Luanda é um campo de concentração. Os seus comandantes são os bancos e as empresas especuladoras imobiliárias de construção civil. O colonialismo despertou e reina, fortalece-se. A África negra é o pântano da felicidade dos garimpeiros internacionais. O nazismo está vivo, fortalecido, disfarçado de petróleo.
E estes exímios especuladores farão de cada prédio em Luanda, fábricas psicadélicas. Uma nova cidade, novos bantustões com chaminés de fumo arco-íris.
Gil Gonçalves

A grande realidade é que nenhum país dos chamados desenvolvidos jamais organizou um currículo universitário ou técnico em função de dificuldades específicas do desenvolvimento. A própria economia ensinada para países subdesenvolvidos, a chamada economia do desenvolvimento, constitui de uma escandalosa adaptação da ciência econômica dos países ricos – países onde se colocam problemas de conjuntura de economias estruturadas e maduras – a países onde o essencial é a formação das infra-estruturas e das estruturas produtivas.
In Guiné-Bissau, a busca da independência económica. Editora Brasiliense.
Ladislau Dowbor

Caro Director

É com grande estima que vos escrevo!
Sou estudante da Universidade Lusíada de Angola e quero por meio deste e-mail divulgar as péssimas condições de estudo a que os alunos dessa instituição estão sujeitos.

No passado mês de Maio, a direcção da Universidade reuniu-se com os estudantes de todos os cursos para ouvi-los, mas as reclamações eram tantas que ela resolveu silencia-los e dar por finda a reunião sem mais conversa.

Os estudantes chegam a pagar até 360 USD tornando a Lusíada na Universidade mais cara de Angola, sem contar com as multas que crescem avultadamente. E no fim do ano são surpreendidos com multas e propinas em atraso que não se sabe de onde saíram e também obrigados a repetir cadeiras porque as suas notas simplesmente “desapareceram”, por incrível que pareça!

Numa Universidade que deveria ser a melhor das privadas, na qual estudam maioritariamente filhos e filhas de figuras públicas no país, os estudantes são obrigados a dividir os computadores, por o seu número ser inferior ao de cada turma e também porque a maioria deles não funciona, dividindo-se nesse caso um computador por 4 a 5 estudantes.

As aulas de informática e de autocad têm sido um verdadeiro inferno não só pela rarefacção dos computadores, mas também pela falta de condições técnicas para que os professores possam explicar de modo que todos os alunos possam usufruir dos seus ensinamentos, sendo portanto uma turma de 30 alunos obrigada a visualizar a tal explicação no monitor do computador portátil do professor, o que como é óbvio, nem todos os alunos conseguem visualizar. O pior é que o professor aconselha aos alunos a levarem ás aulas os seus computadores, mas como sabem, nem todos têm a possibilidade de adquirir um portátil e ainda querem que tenhamos boas notas enquanto temos um ensino retardado e deficiente.

Também é visível a falta de turmas para albergar o grande número de estudantes e somos obrigados a passar dias e semanas a fio sem aulas, além de que o desaparecimento inexplicável de alguns professores sem reposição leva-nos a passar o dia sem aulas. É inconcebível para um estudante que vive a quilómetros de distância da Universidade e que para nela chegar tenha que enfrentar o engarrafamento, acordar muito cedo, apanhar o táxi e chegar à Universidade para passar o dia nos corredores, por não ter aulas, devido à falta de professores. Há ainda uma estória muito curiosa de uma professora que diz que não nos pode dar aulas à segunda-feira às 7 e 30 porque vive distante e tem preguiça de acordar cedo. Desde que arrancou o ano lectivo 2008/2009 no mês de Março, ainda só tivemos três aulas com a referida professora, sem contar que a ultima aula foi dada num sábado.

Existem cursos não reconhecidos que estão a ser leccionados na Universidade Lusíada, como é o caso do curso de Arquitectura, do qual ao fim do presente ano lectivo sairá a primeira leva de licenciados «SEM DIPLOMAS», o que fez com que 80% dos alunos do referido curso desistissem e rumassem para outras Universidades. A associação dos estudantes da referida Universidade não se faz sentir, ninguém sabe dela, nem onde localizá-la.

A Universidade já tem fama de «relaxada», «preferida dos riquinhos», «malhação» outros nomes feios, mas a sua direcção nada faz para que as pessoas tenham uma outra imagem dela e dos seus estudantes.

Houve ainda uma tentativa de greve mas que fora frustrada porque os chamados «filhos de papai» ou de «bossangas» não estão interessados em mudar a situação na Universidade, por gostarem da «boa vida» que a Universidade, na sua óptica, oferece. «Greve?! Abaixo-assinado?! Para quê?! Eu sou filho do fulano e gosto dessa vida. Não me interessa se há aulas ou não», teve a coragem de assim dizer um desses filhos de papai. Mas, existe um bom número de estudantes sacrificados, que valorizam o suado dinheiro dos pais ou parentes com que pagam as propinas e compram o material didáctico que estão dispostos a mudar a situação que se vive na Universidade Lusíada para que consigam terminar com êxito os seus cursos. É para isso que lá estão. E não para brincadeiras.

Para terminar, conto-vos uma cena bastante caricata que ocorreu no dia 13 de Junho no parque de estacionamento da Universidade, onde cinco viaturas iam a sair e no mesmo instante uma outra entrava. A entrada do parque não possui sequer dimensões suficientes para que entrem e saiam duas viaturas ao mesmo tempo. Imaginem cinco. Os seis carros permaneceram parados aproximadamente uma hora, porque o sexto individuo – professor do 2º ano do curso de Arquitectura – que por não ter mais carros atrás de si deveria recuar para possibilitar a passagem das outras cinco viaturas e posteriormente da sua, recusou-se a tal.

Desceu do seu carro no momento em que o SR. Rui Mingas entrava para a Universidade e deparou-se com tal situação. Ambos foram-se embora, deixando os outros motoristas, que eram alunos, a xixilar, até que o tal professor regressou e resolveu retirar o seu carro, pondo-se assim fim a um caso simples, mas por arrogância demorou mais de uma hora para ser solucionado.

No fundo, a Lusíada é uma Universidade de «pequeno porte», pois de «grande» só tem o «nome». Cumprimos com as nossas obrigações, pelo que o mínimo que a Universidade tem de fazer é oferecer aos seus alunos condições de ensino dignas de «ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS»!

De uma leitora identificada
In Semanário Angolense com o título A «Lusíadas» é como a «Malhação».
Edição 270 de 21 a 28 de Junho de 2008

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Ruínas do nosso PIB


O característico perdurar sonoro inconfundível faz aparição. Aparenta motim, humana borrasca de borracho destoado. As chapas crepitam com a corrente eólica do etanol. Vão saltando dos gonzos ogivais pregados. A voz é rouca, indecisa:
- Este vizinho está sempre a mudar as chapas da porta! Juro-lhe que hei-de encontrá-la!
Mentor apreende-se:
- Nunca mudei a porta, o álcool é que a muda.

O vizinho parece estar no labirinto a fugir do Minotauro. Desequilibra-se e aterra com a massa corporal na porta de entrada. A fragilidade do material obedece-lhe, e como um furacão, recebe-se na mesa que tenta fugir-lhe, limitando-se a mudar de posição. Faz tremendo esforço para se levantar, as pernas não obedecem vitimadas pelo vendaval, e os destroços espraiam. Ulisses zomba-lhe:
- Se os pés pensassem, não suportariam a dor do chão.
Entretanto, o vizinho consegue equilibrar-se no chão com a ajuda da parede. Tenta mostrar, ludibriar a sobriedade. Parecer que não está bêbado.
- Monitor… Mentor… és o único que visito aos tropeções!
Olha á sua volta, e vê os derrames do madeirame.
- Não venho só, trago-te alguns escombros… ruínas do nosso PIB. Estes lugares, estas ruas esburacadas enterram o trânsito democrático. A questão não é o ser, é o cinismo do ser. O navio do dilúvio da escravidão negreira está à deriva.
Mentor sente uma visão profética:
- Só falta acontecer um vulcão, um tremor de terra, e um ciclone… bebes, e não cumpres as regras do trânsito. Sinal vermelho é para parar.
- Oiço e vejo tudo vermelho, já não suporto o cinismo dessa agressividade.
- Cada vez que me visitas deixas a casa em pantanas.
- Pantanas?... Ah, … o pântano do poder não me deixa respirar. Trago o perfume dos jardins da Babilónia apagados… lembrados, do paganismo alcoólico.
- Embebes-te porquê?
- Os gatunos incendiaram-me a casa. Antes, os esgotos e a água das condutas rebentadas reuniram-se, e foram arrastando os poucos alicerces que possuía. Fiquei apenas com o habitual, o que resta da minha cabeça. O governo Petrolífero é conivente, não vale a pena. Isto é para destruir. Não é por acaso que o álcool persegue, prefere a população. Creio que não sobreviveremos muito tempo. É como no futebol, entrosado e acutilante. Fome, doenças, epidemias, alcoolismo, droga, feitiçaria… que extinguem um povo a curto prazo. Na prática já não existem, só restam as suas sombras. Quem os governa, prepara-lhes a solução final. Com palavreado perfumado, um cemitério apocalíptico espera-os, onde finalmente repousarão. É como a censura e o racismo, andam sempre solidários.
- O racismo mais violento é o preconceito intelectual…o crescimento económico esvai-se.
- O crescimento económico é um pai muito rico, com os filhos na fonte da fome.
- Sem livros, não há desenvolvimento, não há emprego.
- Por acaso há universidades para desempregados? É que, jogo sempre na equipa deles, meto muitos golos, e dizem-me que estou perdido. Não consigo jogar nessa equipa. Não pertenço à classe dos que recebem ordens superiores, porque significa que vivemos como inferiores. A minha Penélope já está velha, vende qualquer coisa para sobrevivermos. Os nossos dois filhos e a filha seguem a determinação do tintol. Sabes… em Petrofaminta a única liberdade que nos resta é acariciar, rodar com os dedos, copos com qualquer mistela que se beba. Entristece-me a certeza que nenhum letrado da pena escreve sobre os nossos feitos gloriosos. Nós…sim… nós… gloriosos alcoólicos, temos muitas odisseias para viver, para quem as queira narrar. Muitos, infindáveis livros seriam cheios... teriam que construir uma biblioteca do tamanho de uma grande cidade. O nosso dia-a-dia dá para escrever uma obra literária, onde o autor ganharia – de sombra e água fresca – o prémio Nobel da literatura.
- Devaneios de um alcoólico não são levados em conta.

Reapreciou-se o tilintar alaudado do medieval garrafal. Era a vizinha que aproveitou para abastecer a circunstância atenuante. O ébrio com a mente adjudicada, afortunou-se, imaginou princesa com xanto, e devaneia-lhe:

Princesa do saracotear, cervejar
Deixaram os punhais Setembrinos e Novembrinos enferrujar
As sementes dos teus olhos perderam-se
No triste adubo verde, sem livros
Estão sempre os teus olhos tristes
Sem medida cautelar
És probabilidade, defunta sem choro, figura decorativa
As noites delongam-se, mordentes noite e dia
Escravas, nas costas carregadas de garrafais crianças
Os teus lábios endureceram sem porvir
Só de fora para fora, de fora para dentro não
A minha tristeza voa, só vê desolação, na nação
Tudo esbanjado, partido, não repartido
Sem bater pés não andam, desandam
Está tudo entupido, carcomido
Tudo de fachada fechada, enregelada
A tristeza de contemplar poetas, de poesia engarrafada
Poemas de escravos independentes
Na pátria dos poetas mortais
Sempre as mesmas vozes se levantam
Cabisbaixas nas repetidas intenções

Gil Gonçalves

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Refugiados em Espanha


Tudo serve de justificação… que a Europa também já esteve assim… sempre assim nas guerras. Só que a Europa tinha universidades, e na África negra as universidades são palácios pessoais. Analfabetos nunca edificarão uma nação.

E como os Presidentes da África negra são vitalícios e inovadores, inventaram uma democracia eleitoral que utiliza as eleições para saber quem será o primeiro-ministro.

A África negra transformou-se no continente da hipocrisia nacional e internacional.

No barco, cinco homens do serviço de estrangeiros aguardavam-nos pacientemente. Mentor e Ulisses percebem a trapalhada da incongruente vadiagem estacionária. Um, cozinha as palmas das mãos em banho-maria, retempera-as, pronto a servir-se. Soturno, explana manhoso:
- Nós facilitamos a entrada ilegal de estrangeiros, para depois à saída facturarmos.
Com dolo determinado, exigiram cinco mil dólares. Mentor demoveu-os numa baixada de dois mil.
Mentor e Ulisses estão a bordo. Mentor convida-me:
- Vem! Tu e nós na patera, rumo a Gomera… depois Ulisses deixa-te em Ítaca.
E fui.

A Natureza continuava a pintar com tinta de água. Os seus pincéis pareciam violoncelos nos vidros da janela. A água corria, parecia que tinha pressa em chegar ao seu destino. Queria distrair-me, e a distracção é a corrupção da mente.

Andar à corda, a cirandar sem trigo para joeirar… a fome é uma questão política. Os políticos dividem os trigais entre si. Nas ruas, os vendedores revendem as sobras do PIB. Esta vida tresanda a bebida. Lembra, incontestável campeonato de barris de pólvora alcoólica, fermentada na imensidade inquisitorial. Paira, ressente-se o provável canto monótono do regresso às armas, à morte, à destruição.

Exportadores de petróleo, importadores de álcool. Escravos clonados no sono, do sonho escravo de dezoito quilombos. Frustrados no aroma pantanoso da liberdade. Sem formação, o escravo liberto prossegue na escravidão. Submisso no céu inundado de nuvens negras do FMI.
Gil Gonçalves

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A Máquina do Tempo. Mohenjo-Daro







Alexander Hartdegen e Mara* decidem utilizar a outra nave do tempo e nela para sempre viajarem no tempo das civilizações perdidas e similares. Alexander Hartdegen sente-se como Indiana Jones, o arqueólogo do espaço-tempo.
* Filme, a Máquina do Tempo de H.G.Wells

Se Heinrich Schliemann seguisse a idiotice das macaquices dos tradicionais do seu tempo… Tróia ainda permaneceria encoberta.

Essa idiotice que os homens descendem dos macacos. Os humanos inventam cada coisa… quer dizer… apareceram os macacos na face da Terra e lentamente foram evoluindo até ao estágio actual… que coisa mais inconcebível!

A evolução não se faz por etapas, não é como um corredor, ou qualquer outra coisa que paulatinamente aumenta de velocidade, de ritmo. Onde há muita velocidade, não há cérebros para pensarem. Tudo o que o ser humano inventa baseia-se na velocidade, porque o que é lento não dá dinheiro. A velocidade assegura a morte certa, e isto é um lucro. A lentidão é coisa de sábios, e na vivência deste mundo não se pensa em dinheiro. O dinheiro destrói, destruiu mundos, civilizações, e a actual civilização está no mesmo rumo certo. Por causa de um líquido negro, os tais que se proclamaram descendentes dos macacos preparam-se para o confronto final… a terceira guerra mundial.

A evolução não se faz por etapas. Tudo é composto de metamorfoses, de mistérios.
Hoje falo-lhes de Mohenjo-daro.
Gil Gonçalves


Há mais de 4.000 anos floresceu uma cultura, que hoje é conhecida como a Idade de Bronze Indo-Paquistã, pertencente à cultura Calcolítica. Suas principais cidades foram jogadas à luz em 1921 e 1922. Até então nada se sabia de Harappa nem de Mohenjo-Daro. Seu descobrimento, no entanto, revolucionou a história. Os arqueólogos tinham ante si os restos de algumas cidades que em muitos sentidos estavam melhor concebidas que as grandes cidades de hoje em dia. A primeira a ser fundada, e a mais interessante arqueologicamente, é Mohenjo-Daro, a capital do reino, que foi transladada a 645 Km para escapar das terrí veis inundações do rio Indo, dando lugar à segunda capital, Harappa.

Água corrente, quente e fria

Os escavadores ficaram maravilhados ao ver a magnitude das obras públicas. Havia barreiras artificiais para conter as crescentes do rio que, como as atuais, nem sempre resultaram eficazes. As ruas estavam afastadas, tendo a seus habitantes como os descobridores deste material. Porém o mais surpreendente foi comprovar a existência de um complicado sistema de esgoto e transporte de águas. Tinham grandes depósitos comunais, que passavam por uns dispositivos depuradores antes de ir a uns algibes calafetados de menor tamanho. Desde ali se distribuia às moradias por pavimentos, que contavam com instalação de água quente e fria, banhos e toda a classe de aparelhos sanitários, com recolhimentos de águas residuais. Algo que nos felizes vinte anos estava sendo iniciado para gerar nas cidades mais importantes do mundo!

Agnósticos Republicanos

Os arqueólogos levaram outra surpresa. Pese ao avançado conceito urbanístico da cidade e à proliferação de edifícios públicos dedicados a tarefas administrativas, não foram encontrados templos nem palácios. Parecia como se somente houvesse um tipo de classe social e que não participavam de nenhuma classe de culto à divindade. Algo insólito, que não se repete em cultura alguma deste planeta. A evolução deste povo os havia levado a forma um só grupo social homogêneo e a esquecer-se de seus deuses primitivos.

Porque, desde logo, em um momento anterior se tivessem uma religião a que venerar. E isto foi demonstrado ao continuar cavando, até encontrar uma nova surpresa. A cidade estava construída sobre os restos de outras cidades, e estas ruínas repousavam sobre os de uma mais antiga, e assim sucessivamente até que fossem descobertas sete cidades superpostas. E então se deram conta que a mais antiga era a mais perfeita, a mais rica e a mais bela. Parecia que a evolução havia sido produzida para trás, regressivamente. Seus habitantes eram cada vez mais toscos e primitivos, deixando grande parte de sua cultura e conhecimentos iniciais à medida que passava o tempo.

Para trás

A arte era não somente decadente, como também mais rústica em cada estrato superior. O emprego de metais ia sendo perdido, a olaria decaía, e a escrita sânscrita, era cada vez menos empregada. Seus moradores haviam voltado à pré-história se algo não tivesse acontecido. Algo que passou, porém que ninguém explica-o que foi. Foram encontrados restos de comida colocadas ao fogo, mesas preparadas para comer, e alguns cadáveres em atitudes domésticas e que não parecem ter morrido por causas violentas. Parece que as pessoas se evaporaram de imediato, deixando a meio fazer o que tinham entre as mãos e sem nem sequer enterrar seus mortos.

Pode ser uma invasão repentina, talvez a dos ários que nos narra o Rigveda, porém se supõe que os vencedores teriam levado a presa que ficou ali mais de 3.500 anos, para que o descobrissem outros colonizadores ocidentais. Cidades intactas e mortas sem aparente violência. Talvez fosse uma bomba de neutrons enviada por esses deuses longo tempo esquecidos. De imediato, alguma catástrofe deve ter ocorrido e é uma lástima que passou a um povo que, pese a sua agressão, tinha melhores vivendas que as da índia atual, e, sobretudo, que não conhecia nenhuma arma, posto que dentre seus inúmeros restos não foi desenterrada nenhuma. Em qualquer caso, é um exemplo a seguir.
Mohenjo-daro – Uma Civilização Perdida

Mohenjo Daro é um sítio arqueológico com mais de 4.000 de antigüidade que apresenta uma apaixonante interrogação. Antiga sede de uma civilização, da qual, se ignoram as causas de seu repentino desaparecimento, foi o local onde se adotou uma forma de escrita de tipo pictográfico, cujo significado nos é ainda desconhecido, e onde, também, se usavam roupas de algodão, as mais antigas já descobertas. Mohenjo Daro é um local onde não existem tumbas, mas que é chamado de Colina dos Mortos, sendo que o lugar, onde estão os esqueletos, é extremamente radioativo.

Esqueletos com traços de carbonização e calcinação, de vítimas de uma morte repentina e violenta. Não são corpos de guerreiros mortos nos campos de batalha, mas sim, restos de homens, mulheres e crianças. Não foram encontradas armas e nenhum, resto humano, trazia feridas produzidas por armas de corte ou de guerra. As posições e os locais onde foram descobertas as ossadas, indicam que as mortes foram repentinas, sem que houvesse tempo hábil para que as vítimas dessem conta do que estava ocorrendo. As vidas das pessoas foram ceifadas, enquanto, realizavam suas atividades diárias. Passaram do sono à morte, junto a dezenas de elefantes, bois, cães, cavalos, cabras e cervos.

http://www.esoterikha.com/grandes-misterios/atlantida-lemuria/mohenjo-daro-bimini.php

Imagens: http://www.adorocinema.com.br/filmes/maquina-do-tempo-2002/maquina-do-tempo-2002.asp#Sinopse

Mistérios da Medicina. Gene racista


HOMENAGEM A UM MÉDICO.

Quando nascemos, recebemos
diferentes missões.

A sua missão é de salvar vidas!

Pelo talento de suas mãos,
transforma todo homem
em bonança.

Sua alma não se contém diante
do desespero de uma criança
ou de um idoso.

Por isso, você vai operando
milagres, trazendo esperança
a corações desesperançados.

Falar de seu ofício de médico
não é fácil.

Existem muitas dificuldades
e seu trabalho é incansável.

Sabemos que você o faz por
amor ao ser humano,
altruísta sempre.

Não há tempos, nem momentos
para fazer o bem, por isso,
devemos a você nossa saúde.

Você não escolhe dia para exercer a sua profissão.
Para você, todo dia é dia
de salvar vidas.

Por isso, seremos sempre
gratos e rendemos nossas
homenagens.

Nosso sincero agradecimento
de quem sabe que, sem você,
nossa vida não seria tão feliz.
Autor desconhecido
http://www.mensagenscomamor.com/mensagem_homenagem_frases_dia_do_medico.htm



Antes protegia da malária
Mutação num gene torna as pessoas de ascendência africana mais susceptíveis ao HIV
16.07.2008 - 19h53 Ana Gerschenfeld
Uma mutação genética presente apenas nas pessoas de ascendência africana, que em tempos as protegia contra a malária, faz hoje aumentar até 40 por cento a sua susceptibilidade ao vírus da sida. A descoberta, pela primeira vez, de um factor de risco genético face ao HIV nos africanos e seus descendentes, foi hoje publicada na revista “Cell Host & Microbe”.

Um dos mistérios em torno do HIV é a variabilidade, não só da vulnerabilidade de cada um ao vírus, como na progressão para a sida. Pensava-se que fosse devida ao vírus, mas sabe-se hoje que depende fortemente da genética humana individual. Esta é mais uma prova dessa realidade.

“A principal mensagem”, diz o co-autor Robin Weiss, do University College de Londres, “é que algo que protegia contra a malária no passado está a deixar o hóspede mais susceptível ao HIV.” O gene em questão chama-se DARC (“Duffy Antigen Receptor for Chemokines”). Fabrica uma proteína da membrana dos glóbulos vermelhos do sangue que se liga a substâncias inflamatórias, as quemoquinas, que são muito eficazes contra o HIV. Nos portadores da mutação, essa proteína de superfície não existe. A mutação confere resistência à malária transmitida pelo parasita “Plasmodium vivax”, que já terá sido o principal responsável pela doença (hoje, é o “Plasmodium falciparum”).

Os cientistas, liderados por Sunil Ahuja, da Universidade do Texas, analisaram os dados de mais de 1200 militares norte-americanos de diversas origens étnicas e constataram que, entre os de ascendência africana, a mutação do gene DARC era mais frequente nos seropositivos do que nos seronegativos. No continente africano, cerca de 90 por cento da população tem a mutação, razão pela qual ela poderá ser responsável por 11 por cento das infecções pelo HIV (nem os comportamentos sexuais nem outros factores sociais conseguem explicar as diferenças de prevalência do HIV entre este continente e outras regiões do mundo).

Uma vez infectados pelo HIV, porém, os portadores da mutação vivem cerca de dois anos mais do que os outros, acrescentam os cientistas.


comentários 1 a 5 de um total de 5 Escrever comentário

17.07.2008 - 06h46 - Ricardo, Melbourne, Australia
O Fagundes de Almada tem toda a razão no que diz, e eu acrescentaria só o seguinte, como resposta ao João em Madrid: o facto de os africanos de raça negra não possuirem o receptor Duffy não lhes confere um "atraso evolutivo" mas antes um avanço evolutivo em relação à doença devastadora que é a malária. Não será por certo, e segundo reza o estudo efectuado, a melhor arma contra o VIH mas em termos evolutivos, o VIH é extremamente recente. Posso garantir no entanto que a população negra africana é a mais diversa geneticamente no mundo, pelo que se alguém irá "evoluir" de modo a combater o VIH, será ela.

17.07.2008 - 01h28 - Fagundes, Almada
A malária não é causada por um virus. Os agentes causadores da malária são protozoários do género Plasmodium, dos quais são conhecidos, pelo menos, cinco espécies, entre as quais o P. vivax e o P. falciparum. A deficiência de origem genética no antigénio Duffy, que confere resistência à malária e muito vulgar em certas populações negras africanas, não é a talassémia. A talassémia, muito vulgar nos povos mediterrânicos, é caracterizada por anomalias na produção de hemoglobina. Para além das talassémias, outras doenças conferem algum grau de protecção em relação à malária, como é o caso de uma forma de anemia de origem genética, a anemia falciforme.

17.07.2008 - 00h42 - João, Madrid , Espanha
Não deixa no entanto de ser curioso que venha um estudo do Texas colocar a etnia africana um grau abaixo em termos de evoluçao da especie humana.

16.07.2008 - 21h58 - L P, LX
virus racista

16.07.2008 - 21h45 - Amadis de Gaula, Estremoz
o nome da «doença» que protege do vírus da malária é talassémia. A maior incidência em Portugal é na parte sul

In http://ultimahora.publico.pt/noticia.aspx?id=1335653

sábado, 19 de julho de 2008

Penélope


Os bancos são como os partidos políticos, proliferam.

- Estou farto desta merda de vida e dos humanos, só quero voltar para a minha imortal Penélope.

Via-se que Ulisses se sentia como barco encalhado. Queria navegar mas não conseguia, porque os escolhos em terra não se comparam aos do mar. Estes são previsíveis, e os que estão em terra tem muitos tentáculos imprevisíveis. Veio bom vento a Ulisses.
- A muita idade traz muito cansaço de muitas aventuras. Chegou a hora do descanso. Quando regressar a Ítaca, espero que Penélope não me desgoste ao dizer-me que não tenho direito à pensão de velhice, depois de tanto trabalhar, depois de tanto lutar, guerrear e encher os bolsos dos outros. Isso será uma grande injustiça. Toda uma vida de trabalho… chegar a velho e não ter direito a nada. Mudam-se os tempos? Não! Quem os muda, é para aumentar a fome que antes existia, mas agora não há mares que se lhe comparem. Sempre contra a maré…de modos que não vi nada de novo, de baixo, e à superfície dos oceanos. Uma coisa vi em terra, uma coisa que nunca pensei ver: a maldade e a fome aumentaram tanto, que nem Zeus o pode quantificar. Assim, que Zeus me perdoe, e Apolo também… mas com tanta fome, como é que vou crer e amar o meu Deus?

Percebia-se que Ulisses enfunava as velas, à espera de ventos de boa feição para fazer-se à vela, na fuga constante do mar para terra, da terra para o mar. Há mar de sargaços, em terra há muitos homens de negócios. Ulisses sabe que o destino do homem é a desumanização.
- As civilizações são maremotos. Emergem e submergem… aparecem e desaparecem. É este o destino trágico do ser humano. Quando nasce é inofensivo. Mais tarde, rodeado pelas forças do mal, instrui-se para destruir. Não faltam malfeitores, professores das ciências diabólicas. Nunca confiem os sentimentos a ninguém, porque nos tempos que correm serão escarnecidos. O ser humano só entende, só responde com a linguagem da violência. Proclama o maldito extermínio da espécie, mas nem todos perecerão. O sábio humanista sobreviverá, depois edificará um mundo novo, livre de malditos. Deixai-os abominar, reinar neste tempo, porque no próximo dilúvio jamais reinarão.

Quando surgir no horizonte uma pomba branca cheia de luz resplandecente, é o sinal para os exércitos das trevas avançarem. Virão com cruzes de sangue nos seus tecidos, e as suas espadas serão invisíveis. Um grande terror cairá sobre as nações, que serão desfeitas, e um grande lago vermelho, da cor do sangue, cobrirá a superfície da Terra. As crianças correrão ao encontro das suas mães, e não as encontrarão. As aves ficarão tingidas de vermelho, ninguém escapará do fogo divino.

Apetecia-me chamar-lhe profeta apocalíptico Ulisses, mas contive-me. Receava que a fúria de Aquiles o invadisse. Ulisses dá duas punhadas violentas na mesa. Ouve-se o regresso dos tiros, e os ladrantes cães. Ele ri-se, e fala para as ondas do luar, que de velas desfraldadas inundam a noite:
- Estalajadeiro, a cerveja tremula. Ainda nos falta muito para chegarmos além das profundezas da terra.
Mentor aplaudiu. Reavivou mais cerveja que se movimentou alegremente no semblante dos navegantes. Ulisses refrescava-se:
-E nada restará de humanismo, mas a purificação dos eleitos sobreviverá. Eles, os eleitos, serão para sempre os Abençoados, e reinarão para todo o sempre. A vida é curta, o amor é longo. Não existe, nunca existirá nenhuma espada poderosa que acabe com ele.

Os que acreditam conhecerão os segredos do Universo, e neste lugar as moedas de oiro não têm valor.
Gil Gonçalves

Especulação Imobiliária (FIM)


Os especuladores imobiliários por onde passam, corrompem governos, titanicam nações. Conseguem corromper um centímetro de terra e lá construírem um minimercado.


Entretanto o Super-ministro deu parecer aos arquitectos e engenheiros que construíam um bruto condomínio nas terras, que já não eram de Job. Serviria para alegrar, para lazer da nobreza. Para passarem brutos fins-de-semana, na fuga da agitação da cidade, da barulheira e da anarquia dos nobres súbditos sem lei.

Perto, algumas cobras oposicionistas, descontentes rastejavam à procura de local mais aprazível para respirar. Sentiam-se deslocadas nas suas próprias tocas. Iam bem chateadas. O Super-ministro continua a desvendar os males do mundo ao grande idiota Job.
- A questão fundamental da vida é a grande descoberta de todos os tempos. A maldita invenção que os homens fizeram – o dinheiro –. Dá muita satisfação a quem o possui, e que nunca se satisfaz, quer sempre mais e mais. Fica obcecado… como uma ideia fixa… torna-se numa doença. A pessoa deixa de ser humana, vira uma desumanidade sem limites. É o vale-tudo. Daí não desmagnetiza o seu pensamento. No fim vem a loucura, a neurose a necessitar de urgente tratamento psiquiátrico. Provoca guerras para obter mais e mais, até à destruição do planeta… da humanidade. Provoca uma grave contradição: O dinheiro resolve muitos problemas, mas quanto mais abundante mais problemas trás. É isto a origem da maldade.
O Super-ministro vai ao Hummer, traz a caixa térmica, abre-a. Retira uma garrafa geladíssima de Dom Perignon com cinco anos de idade. Convida Job mas este recusa com a cabeça. Satisfaz-se com uma farta golada. Reconta a exercitação de Job.
- Sabes Job… o nosso reino é como um universo-ilha. Os ricos são fábricas de lixo. Os seus lares produzem-no em abundância porque consomem muito. E obrigam-se a consumir o que a sua ira produz. Nem as plantas e os animais lhes escapam, porque montanhas de resíduos lhes caiem em cima todos os dias. Quando a consciência da Natureza se revolta, chamam-lhe calamidade natural... e as vítimas são imensas… os seres humanos que escapam vivem dispersos, na fuga incerta, permanente. A Natureza sussurra os seus segredos, mas já ninguém os entende, ou finge não entender. Aparece-nos em visões à noite, e desaba em cima de nós, precisamente quando estamos no sono mais profundo. Acordamos espantados e estremecemos perante tal poder. Os espíritos vagueiam à nossa volta, poucos povos já os entendem. O vento fala-nos, previne-nos, mas os nossos olhos já nada vêem. Está tudo corrompido, somos todos corruptos!

Perto, talvez apelando aos antepassados, cantando a sua desdita, a negra-bantu demonstra, desmonta as coxas muito salientes, e os seios fartos, muito dissidentes, que equidistantes bamboleiam, falantes. O Super-ministro regozija-se com a beleza natural, espontânea da bantu.
- Job… explicar estas coisas não é nada fácil… tornámo-nos mais puros e justos que o Criador. Já não confiamos em ninguém. Nem em nós confiamos… tornámo-nos num metal cheio de ferrugem, com os alicerces a desabar a todo o momento. Resta-nos ainda o pó para respirar. Vivemos num imenso holocausto, e há felicidade nisso. Vivemos os últimos dias das tormentas tecnológicas, das promessas… que finalmente o ser humano alcançaria o bem-estar e a felicidade eternos. As desgraças atingiram tal dimensão que os meios existentes já não satisfazem a demanda. Inventámos uma sociedade onde só existe a ira e a loucura. Tentamos lançar raízes, mas as águas sobem e não as deixam viver. Chegam com tal força que despedaçam tudo o que encontram pelo caminho. E não há quem nos livre. Depois vêm os famintos… o instinto de sobrevivência que os transforma em salteadores, predadores. E da terra não vem mais trabalho, porque dela só resta pó. E sem trabalho que fará o homem? Espera que a fome chame a morte. Esta vem e anuncia a agonia. E quem se salvará? É por isso que necessitamos do nosso rei, de alguém que nos dirija. Só ele entende os nossos anseios e faz obras para nos contentar. Se a chuva é demais a culpa não é dele. Também não é culpado pela inundação dos campos. Quando isso acontecer procurem um lugar alto para se salvarem. Estendam as mãos e aguardem, que alguma coisa virá. Porque será que os ricos são ignorantes, e os pobres sempre sábios? Porque na pobreza se aprende a viver, e na riqueza se aprende a destruir. O pobre conhece as veredas da escuridão, e o rico nela anda às apalpadelas, sempre com a espada preparada para matar. O pobre vive na esperança, o rico vive no desespero. O pobre vive com medo dos castigos do nosso rei, e nós os ricos, recebemos prémios. Não dá ir na conversa das ideologias políticas, e nos aventureiros que são muitos. É por isso que ficamos sem nada. Talvez esses da ajuda da paz te arranjem um bocado de sabão, óleo, e arroz. Como o Mal está em todo o lado, eles também podem ajudar com qualquer coisa. Seja como for, nunca te desvies do Mal. Ele está no nosso coração. Vamos prolongar a vida das pessoas até às eleições. Depois podem correr como entenderem… da fome claro!

Job, ficou horas astronómicas, canónicas, a fitar o infinito cosmogónico. Job, sentiu eclipsar-se, não conseguia explicar-se o porquê do aparecimento do Homem na Terra. O porquê de tanta trama que tal criatura produz tanto drama. Job, ficou com a cabeça em pantanas, no Paleozóico, não conseguia discorrer o pântano do comportamento andróide. Conseguiu absorver o álefe das borrascas humanas, e tocou o céu.
- Os amigos são como as ondas do mar. Quando chegam abraçam-nos, quando vão… não voltam mais. São como corvos que aguardam pacientes… como as silenciosas pirâmides egípcias. No alto dos seus templos esperam pela colheita de quem plantou. Posso firmar que a história da humanidade, é a história de quadrilhas selvagens bem organizadas.

Gil Gonçalves
Inicialmente publicado em: Eugénio Almeida Malambas
Imagem: http://www.cpires.com/docs/luanda_2005_25g.jpg

sexta-feira, 18 de julho de 2008

José Sócrates, o Neocolonialista


O capitalismo, na medida em que deixa a empresa se organizar livremente da forma que mais lhe convenha, atinge uma eficiência indiscutível. Mas ao mesmo tempo em que dinamiza a produção, gera estruturas de poder que tornam inviável a sua distribuição equilibrada, e com isso reduz radicalmente a sua utilidade social. Um sistema que sabe produzir mas não sabe distribuir é no médio prazo inviável. Basta lembrar que cerca de 150 milhões de crianças passam fome, que 2,8 bilhões de pessoas vivem com menos de dois dólares por dia, que um bilhão de analfabetos pode apenas imaginar o que é a revolução informática. Todas estas cifras focam problemas que não constituem resíduos do passado: pelo contrário, estão se agravando, e só os ideologicamente cegos podem deixar de ver que precisamos de soluções novas. Ladislau Dowbor
In A Reprodução Social: propostas para uma gestão descentralizada

José Sócrates é chegado, orgulhosamente concentrado no campo de concentração de Luanda, que está dividida em três bantustões: chinês, brasileiro e português. No bantustão português, aterrorizando a noite, as máquinas barulhentas das empresas especuladoras da construção prosseguem rumo aos ramais petrolíferos. São três da manhã. Os irresponsáveis da Teixeira Duarte não me deixam dormir. Ninguém consegue dormir porque as máquinas ferem a terra, e ela geme de dor. Depois divertem-se com as buzinas estridentes dos camiões, como os novos donos de Luanda. Criminosos! Malditos sejam!

Tudo isto não passa de diversões petrolíferas. Neocolonizaram os dias, as noites, o sono e o sonho porque dormir, descansar… outra vez, já nos roubaram tudo isto. Não são pessoas, são zumbis renascidos do inferno petrolífero, e enquanto jorrar a viscosidade do mineral profundo…

Aportarão uma grande confusão de chouriços, vinho martelado e tumultos portugueses. Destruíram Portugal, agora vem destruir o que resta de Luanda. Investimentos confusos, difusos, farão muita confusão.

José Sócrates aposta na renovação colonial. O dinheiro é paradigmático, sempre dogmático. E fala-nos como se ainda estivéssemos no tempo burro. José Sócrates propagandeia as aulas do G8 e vem-nos fazer ranger os dentes de despeito. José Sócrates, isto não é Portugal, é Luanda, é Africa negra. Isto está a ficar tão podre de miséria, de fome, que explodirá e pedaços voarão até às praias algarvias. São esses procedimentos, essas atitudes de estar que fabricam terroristas locais e internacionais.

José Sócrates aposta nas empresas da destruição da sociedade civil. José Sócrates, o benfeitor do subimperialismo português em Luanda. Enquanto jorrar petróleo a amizade por Luanda será extraordinariamente forte… uma fortaleza. E se mais petróleo jorrara, José Sócrates lá chegara. O futuro de Luanda, da navegação do Preste João, está nas misteriosas ilhas encantadas da especulação imobiliária e financeira. Senhor Engenheiro, oriente os construtores da miséria luandina, para que não se esqueçam que o melhor fiscal de obras é a chuva.

José Sócrates vem renovar o contrato dos quinhentos anos, e neocolonizando: vencimentos dos portugueses milhares de dólares, dos luandenses, cem, duzentos. Neocolonizando é que a gente se entende. Desde que os três bantustões se instalaram, a água evaporaram, exportaram? A água escasseia, está cada dia mais difícil.

José Sócrates é bwe engraçado: mais parece o Leonid Brejenev, ou mais parecido com o camarada Kim-Il-Sung. Também… Portugal tem cada coisa.
As coisas não são, não estão tão fáceis como parecem… podem sair em cuecas.
Gil Gonçalves

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Meditando. Cemitério Global G8



As democracias… são ditaduras inteligentes. As democracias são as ditaduras da poluição. São democracias a fingir porque pactuam com criminosos especuladores de todos os domínios. Porque não acabam com os especuladores? Porque eles inventaram a democracia, para continuarem a dominar-nos, a escravizar-nos.

Os que estão nos poderes sabem e dirigem-nos, comandam-nos especulativamente. Presidentes, primeiros-ministros, continuamente no comando da fabricacão da poluição e da especulação. Mantêm boas relações com regimes ditatoriais… em nome da democracia e dos acordos de cooperação. Sim… está correcto! São acordos entre governos, não entre povos. Os povos nunca existiram, confundem-se, são reais bestas de carga.

Somos governados globalmente por democracias de especuladores. A democracia é a ditadura da poluição. São especuladores imobiliários disfarçados de democratas. Já ninguém ousa enfrentá-los porque as democracias finalmente conseguiram, o que ninguém antes conseguiu: o controlo cerebral das populações. Já não existem intelectos.

Despertem, adormecidos de todo o mundo! Vamos combater – para sobreviver – esta geração de asnos mundiais, governamentais.

Gil Gonçalves


IHU On-Line - O senhor afirmou, em outra entrevista concedida à IHU On-Line, que não há insuficiência de produção de alimentos e sim mau uso desses alimentos e má distribuição. É a isso que o senhor atribui a crise de alimentos no mundo?

Ladislau Dowbor - Temos 6,7 bilhões de habitantes, e produzimos mais de 2 bilhões de toneladas de grãos, o que significa que produzimos quase um quilo de grãos por pessoa e por dia no planeta, amplamente suficiente para alimentar a todos. Há diversos processos que estão convergindo para criar dificuldades, alguns de curto prazo, outros mais estruturais. De imediato, a crise financeira provocada pelas aventuras especulativas dos investidores institucionais (norte-americanos em particular) está desviando fundos anteriormente aplicados na área especulativa imobiliária para aplicações consideradas mais seguras, e para os especuladores investir no mercado de futuros de grãos parece seguro.

Ou seja, já se está especulando com os alimentos, e a alocação de fundos especulativos nesta área eleva os preços. Um movimento mais amplo e de fundo está puxando grãos alocados para alimentação para a produção de biocombustíveis, movimento particularmente forte nos Estados Unidos, que utilizam milho para este fim, o que, além de antieconômico (o balanço energético do biocombustível de milho não é interessante), puxou para cima os preços. A especulação se realimenta neste processo, prevendo que haverá falta de grãos, e aprofundando esta falta ao apostar na alta de preços. A alta de preços dificulta o acesso à comida por parte dos mais pobres, cerca de 800 milhões de pessoas no mundo que não comem o suficiente.
Ladislau Dowbor

In Alimentos, combustíveis, prêços – Entrevista para IHU-Online – 18 de maio 2008.
Entrevista Ladislau Dowbor na IHU-Online – Disponível em http://www.unisinos.br/ihuonline/uploads/edicoes/1211226193.53pdf.pdf


Não conheço a ementa, mas atrevo-me a pensar que será parecida com a dos membros do G8 que para analisar a pobreza no mundo comeram trufas pretas, caranguejos gigantes, cordeiro assado com cogumelos, bolbos de lírio de Inverno, supremos de galinha com espuma de raiz de beterraba e uma selecção de queijos acompanhados de mel e amêndoas caramelizadas, com cinco vinhos diferentes, entre os quais um Château-Grillet 2005, que está avaliado em casas da especialidade online a cerca de 70 euros cada garrafa.

Orlando de Castro Alto Hama
In http://altohama.blogspot.com/2008/07/jos-scrates-ca-em-luanda-mas-bem-longe.html
Imagem do manjar: http://www.gastronomias.com/tromba-rija/rija3.jpg
Gil Gonçalves

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Especulação Imobiliária (III)



Os especuladores imobiliários por onde passam, corrompem governos, titanicam nações. Conseguem corromper um centímetro de terra e lá construírem um minimercado.
Se não acabarmos com os especuladores imobiliários, eles acabarão connosco.

E Job, cheio de contentamento pela miséria oferecida, ainda crê que é um dom divino do rei do seu sol, da sua terra, da sua miserável vida, e reza para que o seu comandante real tenha longa vida. Mas o seu estômago desperta e aqui vê a verdade das verdades.
- Sinto-me muito cansado e com fome. Nem sei onde dormir… vou apanhar um bocado de capim e fazer uma casota. Uns nascem e querem tudo só para eles. Nascem infectados com a doença do dinheiro. Bom, vou ver se consigo vender alguma coisa no maior mercado do continente da fome. Ou carregar sacos às costas, ou vender água fresca para viver. Arranjar uns papelões para dormir, tenho que safar-me. O rei disse que não me abandonaria, mas já estou farto dessa conversa. Os seus conselheiros dão-lhes maus conselhos e só aparecem onde há dinheiro à vista. Os príncipes estão muito ocupados com os seus negócios, vivem num mundo distante. O reino é deles, por isso vivem no seu reino. Além disso nada mais existe. Fazem por parecer cultos, mas estão ocultos… como se não existissem. Não gostam de ser perturbados, a não ser que lhes levem um bom negócio. Eles são a lei, e nela repousam. Ninguém tem coragem de os abordar, pois o seu poder é imenso. É um reino maior que o reino. Maior que muitos reinos. Aqui não há pequenos, só grandes. E quem tenta lá entrar jamais sai. É que não existe porta das traseiras. Porque têm um cemitério particular muito mal iluminado, para que não se possam ver as inscrições das lápides. As amarguras dos miseráveis nunca são escutadas, mas os latidos dos cães escutam-nos com muita atenção.

E Job lembrou-se que o mais cansativo, o que cansa na realidade mais pura é a fome.
- Cavar, cavar de dia e de noite à procura de diamantes, que depois de encontrados ficam ocultos. As minas são propriedade real, disso ninguém duvida. Dançam, pulam, pululam de contentes porque já não há espaço nos cofres para colocar as riquezas. Para viver neste reino é necessário matar, vigarizar e roubar. São estas as leis que funcionam. Quem não as cumprir não sobrevive. Só o oculto permanece, e não se pode desvendar. Tudo é permitido para obter o nosso pão. Os milhões de esfomeados em vão suspiram ao governo dos desgovernados. Nada temem e nada receiam, porque os seus exércitos não dormem, estão sempre à espreita. Ai dos prevaricadores! Apesar disso não dormem descansados. Vivem na perturbação constante de um levante, porque uma maldita rádio e jornais democráticos atiram tudo para fora, não deixam passar nada. Acusam-nos de democratas malvados, de maldita democracia que denuncia constantemente os corruptos. É por isso que ninguém gosta dos democratas e da democracia.

O Super-ministro do rei foi em auxílio do seu vassalo, e disse a Job:
- Não sei se aguentas o que te vou dizer, mas digo-te algumas verdades. Comeste e bebeste com muitos. Emprestastes o teu dinheiro e agora não te querem saber. Só mesmo um Job!.. edificaram empresas com o teu dinheiro… ajudaste muita gente!? Pareces o Job da Bíblia. Nunca vi nem conheci um idiota como tu. E alguns ainda aparecem e levam algumas bananas que por milagre se salvaram. Quem te mandou confiar no rei? Milhões confiaram nele, e vê como estão. A morrerem à fome!.. o rei disse que tens que esperar mais trinta anos para saíres da miséria… creio que o rei depois de morto ressuscitará e virá salvar-nos uma vez mais do imperialismo internacional. Morto ou vivo nunca desiste da luta anti-imperialista.

Gil Gonçalves
Inicialmente publicado em: Eugénio Almeida Malambas
Imagem Brasil: http://outrapolitica.wordpress.com/2008/07/16/mais-um-muro-da-vergonha-agora-na-vila-leopoldina/