segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Basquetebol partidário, casebres e futebóis (3)


Os ditos intelectuais angolanos permanecem ensombrados. Disparatam algumas palavras de conforto, pouco mais. Estão receosos de dar o corpo ao manifesto. As garras da escravidão fortalecem-se. O mutismo do Ocidente é confrangedor, cúmplice. O Ocidente lucrará com os despojos petrolíferos e os angolanos de ocasião e luso-angolanos apoiarão. Os chineses se contentarão. Os brasileiros mais contratarão. Estes e outros estrangeiros sorrirão de beneplácito. Ultimarão o que os americanos fizeram aos índios?!
Esta oposição preguiça é um desespero que nos corrói a alma. Saiam das rádios e dos jornais e venham para as ruas marchar, protestar.

E o governo angolano resolveu genialmente o problema da habitação. Descobriu como um desbravador moderno do desconhecido terras, matas virgens. E nessas paragens distantes, longínquas, levantou tendais rudimentares, e nelas obrigou, abrigou, expulsou, enlatou a população. Nunca ninguém viu uma população de um país enlatada? Então venham ver. Até que pode aproveitar-se como cartão postal turístico. É original, nem sequer tem parecença com qualquer gueto existente em qualquer parte do mundo. E assim Angola libertou-se do incómodo problema habitacional. É uma iniciativa a todos os títulos louvável. Acho que toda a África deve seguir este magnífico exemplo de boa governação.
Antes, contra o colonialismo branco fizeram luta armada. Agora, contra o colonialismo negro não redobram a luta armada porquê?

Se a terra é do Estado, é do poder. Então temos uma ditadura térrea. E o cidadão é espoliado a qualquer momento sem aviso prévio. Quer isto dizer que o angolano que não tenha vínculos com o poder, é um pária, não tem direito a anda. Excepto o direito ao abandono dos escravocratas do poder.
Uma coisa podemos afirmar categoricamente. Este governo está a semear muito emprego sim senhor! Já formou uma infinidade de prostitutas. A prostituição é o único emprego com garantia nacional, ditatorial. Um poder que dá origem a milhões de desempregados apenas para entregar as terras e os empregos a estrangeiros para construírem condomínios. E não são presos, nem julgados. Na realidade o que se passa com a espoliação e destruição dos parcos bens das populações é a entrega pura e simples aos estrangeiros. É a venda de Angola a indivíduos altamente perigosos, criminosos. Por isso… Angola vende-se!

Não faz sentido nem lógica nenhuma populações a viverem em tendas, enquanto magnatas escroques constroem nos terrenos espoliados brutais construções. É que a coisa está a dar. O metro quadrado de terrenos está a 2.500.00 dólares. Daí a correria ao oiro de Luanda. Será mau negócio porque dentro de poucos anos o petróleo já era. Enquanto o actual poder assim continuar a emboscar as populações, decerto os povos também não lhes darão tréguas. O ambiente está de cortar à faca. Uma poderosa selva onde imperam cães raivosos e vampiros sedentos de sangue.

Podemos afirmar sem receio de errar que os estrangeiros se apoderaram de Luanda. É lamentável que o regime que nos governa escolha como parceiros a bandidagem, a escória internacional. Um exemplo? Basta olhar para a banca. Aliás, quem está por trás da perseguição às populações para lhes roubarem as terras são os banqueiros e os seus sórdidos bancos.

E os lenços das crianças enquadradas e os ramos de flores da Organização das Mulheres do MPLA, recordam como convém o Soviete Supremo e o Politburo nas saudosas campanhas partidárias da revolução para sempre engrandecida pelos gloriosos feitos dos nossos heróis. O futuro da Nação está no basquetebol e no futebol. Não, não é desmerecer a odisseia dos dez vezes campeões africanos. Este extraordinário acontecimento é de todos nós, não é propriedade de um partido.

Imagem: http://sol.sapo.pt/photos/dissidencias/images/177026/original.aspx

Basquetebol partidário, casebres e futebóis (2)


E o espectáculo seguia privatizado quando a cada jogador na Cidadela lhes premiaram com bandeirinhas partidárias. Na realidade deixou de ser um acontecimento nacional. Adulterou-se em mais um comício num jardim milionário. Na teimosa ilegalidade apoiada a descoberto por estrangeiros amigos de longa data e outros nascentes.

Se os estrangeiros actuam globalmente, ilegalmente, então a conclusão é do simplório. Tudo ilegal. Quem promove ilegalidades, ilegaliza-se. Está dentro da linha fundamentalista angolana. Eu sou o poder eterno, eleito pelos nossos deuses eternos. Quais serão as próximas mentiras que o governo nos contempla? Angola não parece um país. É um castelo onde reside um rei com o seu séquito, a nobreza. Lá não lhes falta nada. Têm tudo o que é necessário e inecessário. No castelo tem guarda privativa, exclusiva, selectiva. São os cavaleiros da triste figura. As populações vivem aterrorizadas, afastadas do alvar castelo. Não têm direitos, exceptuando quando adoecem legalizam-lhes o direito de morrerem abandonadas em qualquer hospital do terror reinante. Mas, um grande mérito e uma grande vitória devem-se a este poder quase cinquentenário. A restauração, a implantação da selvajaria mais ímpar. Não é necessário ver um filme de terror, basta ir a um dos hospitais de Luanda. É aliciante, aterrorizante... é real, ao vivo.

A festa basquetebolista prosseguia amplamente bicolorida com a perda da identidade nacional e cultural. O desporto é óptimo para a lavagem cerebral nacional e para a lavagem de dinheiro. A terra também é partidária, continua na utilidade pública deste Estado marxista-leninista. É por isso que oportunistamente espoliam, gatunam. A terra não é do Estado, é deles. Devido à falta de espaço livre em Luanda, a governação com o empenho habitual, enceta um plano inusual. Não surpreenderá se fecharem definitivamente as ruas de Luanda e nelas construírem os prédios deles. E tudo se resolve. E quem costuma isto dizer é a morte.

Um governo de futebóis e para estádios de futebol. O MPLA não é um partido político, é um estádio de futebol. Na verdade há mais duas Angolas. Uma no interior (a dos palácios) e outra exterior, a dos campos de concentração. Qualquer pessoa sente-se envergonhada perante tanta sabedoria, tantos predicados nesta fauna, neste mundo povoado de tão insignes festejados laudatórios. A Nação sente-se orgulhosa perante tal aridez e desencanto. Quem não lê, não sabe, não valoriza os livros, por isso esbanja, derrete dinheiro da nação em estádios de futebol. Um governo dos estádios e para eles.

Os Maias construíram uma cidade num planalto. O Partidário constrói estádios de futebol em baixo. Esmolam-se populações das terras para nelas plantarem a fome dos futebóis. Claro que lucram muito com as comissões da corrupção.
Que gastam dinheiro em parabólicas e não gastam na manutenção dos condomínios?! Não sabem porquê?! Porque são paupérrimos governantes. Gastam o dinheiro do Estado, que não é vosso em carros de luxo e muitas outras luxúrias. Gastamos dinheiro em parabólicas para não escutar as vossas promessas, horríveis mentiras que nos disparam há quase cinquenta anos. O que se nota é uma incapacidade global para resolverem o que quer que seja. Soltam os cães do poder, espalham-nos e aterrorizam as populações. Assaltam, arrasam casas. Hordas extremamente bárbaras que suplantam terramotos e vulcões. Não há lei, é o poder dos cães na terra queimada. Não lei nem ordem. Vive-se o temor da lei do tiro. Como na Argélia do tempo francês que ordenaram disparar em tudo o que se mexesse. A história repete-se. Forças estrangeiras coligadas com angolanos regressados à selva da colonização.

Imagem: http://2.bp.blogspot.com/

Devaneios 31Ago09


15.08.2009 - 00h44 - Mario, Coimbra, PT
Luiz de Almada, tenho a resposta, o navio esta repleto de comunistas, prestes a invadir Portugal, que então se tornara uma republica Lusa Islâmica Comunista e presidida por um conselho de ETs, que fugiram da área 51.

PÚBLICO ÚLTIMA HORA

14.08.2009 - 20h22 - Hélio Veríssimo, Lisboa
14.08.2009 - 19h50 - Cardozo, Lisboa - Vª Exª anda a ver e rever os muitos filmes Matrix. Sabe o que significa procurar um navio no Atlântico sem se saber as suas coordenadas? Não, pois se soubesse o mínimo na matéria, teria feito um favor a si próprio e estar calado.

15.08.2009 - 02h05 - N.V., Biberach an der Riß, Alemanha
Neste momento encontro-me numa viagem de negócios na China (Cantao - Guangzhou), e nao é possível e.g. aceder ao Facebook (desde há cerca de um mes) ou ao Youtube. Até mesmo o site do Público leva eternidades a carregar... Ah claro! Isso, e o meu hotel de 4 Estrelas onde já matei 2 baratas em 6 dias, e ainda faltam duas semanas para voltar a casa... :/

17.08.2009 - 16h38 - Petrov Mikailenko Pereira, Sintrogrado
Lá porque os russos são meio malucos e decidam mandar a frota toda atrás da barcoleta desaparecida, não significa que aquilo seja nuclear. Eu não me importava de ser cidadão dum país que zela pelo bem-estar dos seus e dos seus negócios... Olha se o BPN fosse russo? Ou o Banco Privado? Mas ainda têm algumas coisas a aprender com os chineses. Os chineses, primeiro executavam os tripulantes suspeitos e depois, interrogavam-nos.

12.08.2009 - 11h02 - F.Vale, Uk
Viúva, com duas filhas para criar, obriguei-me a trabalhar para empresas onde não me eram feitos descontos , a necessidade de um ordenado assim mo ditava.Fiquei no desemprego, sem direito a subsídios, e derivado a estar na idade dos 40, não conseguia arranjar emprego.Infelizmente no nosso país dão mais valor à idade que a experiência de trabalho.. Depois de 3 anos desempregada, a tentar sobreviver, com 200 euros de pensão de viuvez e a ajuda da família,emigrei para o UK.Estou aqui á 9 meses , em 2 arranjei emprego com os descontos em ordem (aqui ninguém brinca com o estado) e casa.Finalmente consigo ter sonhos. Como eu,aí há milhares em situação idêntica, desempregados sem direitos , porque por necessidade se calaram, e esses raramente vêm nas estatísticas.

DIÁRIO ECONÓMICO

R.L., Funchal 20/08/09 11:33
A lição vem da América.
A melhor maneira de uma nação seja ela pequena ou grande não se desintegrar é a criação de regiões e estados.
O resto é conversa de união nacional nunca houve união nacional em nenhum país o que houve e há são interesses e quando esses interesses deixam de existir e o dinheiro falta vem ao de cima os regionalismos e os separatismos.
Portugal já há muito tempo deveria ter dado o salto na regionalização e no transformar as Regiões Autónomas em Estados Federados.

Monteiro, Porto 16/08/09 15:38
Se o homem tem dinheiro para comprar o carro... (Cristiano Ronaldo)
Triste é que se valorize tanto 22 mecos a correrem à volta de uma bola!
Triste é que uma actividade envolva tanta gente ao ponto de ser possível, em Portugal, editar-se 3 jornais diários sobre o tema.
Triste é construirem-se vários estádios, gastarem-se centenas de milhões de euros, para agora estarem às moscas.
A culpa não é do Ronaldo. A culpa é de quem paga o que paga a um puto de vinte e poucos anos para chutar a uma bola.
Em última instância, a culpa é dos adeptos. ESSES SIM, MANTÊM O SISTEMA!

domingo, 30 de agosto de 2009

Terrorismo bancário. França obtêm detalhes de contas na Suiça de sonegadores


Astrid Wendlandt, REUTERS

JB ONLINE

FRANÇA - A França conseguiu os nomes e os detalhes de cerca de 3 mil suspeitos de evasão de impostos com contas bancárias na Suíça, o que o ministro do Orçamento descreveu como a primeira vitória na batalha contra o sigilo bancário. A notícia foi divulgada após a Suíça e a França assinarem um acordo histórico de troca de informações nesta semana.

- Essa é a primeira vez que conseguimos esse tipo de informação, que contem nomes, números de contas e quantia de depósitos - disse Eric Woerth ao Le Journal du Dimanche.

Sob pressão do G20, a Suíça, o maior paraíso fiscal do mundo, concordou em março em restringir seu sigilo bancário e compartilhar certas informações de seus clientes, uma vez que tratados bilaterais de impostos sejam ratificados. Na quinta-feira, a Suíça concordou em ceder informações com as autoridades tributárias da França a partir de janeiro de 2010, em um acordo que amplia um tratado de 1996.

Não foi esclarecido se a entrega desses detalhes é resultado do acordo, que é parte dos esforços da Suíça para ser removida da lista 'cinza' de paraísos fiscais da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Woerth disse que os suspeitos franceses de sonegação de impostos vão ser investigados se, até 31 de dezembro, não declararem seus bens estimados em 3 bilhões de euros.

- O governo francês decidiu agilizar as coisas. A batalha contra os paraísos fiscais é uma plataforma essencial de nossos esforços para tornar o capitalismo mais moral, com os quais o presidente francês está totalmente comprometido - adicionou.

Na semana passada, a Suíça concordou em revelar os nomes de cerca de 4.450 clientes norte-americanos da UBS AG para as autoridades dos Estados Unidos.



18:17 - 29/08/2009

sábado, 29 de agosto de 2009

Divagações do Politburo 29Ago09-5




Jornal de Angola 23 de Agosto de 2009

Obras para os estádios obedecem aos contratos

Tribunal Supremo satisfeito com órgãos judiciais no Namibe

AIA (Associação Industrial de Angola) privilegia importação virada para bens de capital

Atraso das certidões de sentença preocupa reclusos

Visita do Presidente Jacob Zuma honra o povo da região de Quibaxe

Comités de especialidade dos enfermeiros e arquitectos do MPLA renovam mandatos.

Juventude do Partido Comunista da China confirma presença

Intenso tráfego pelo país revitaliza as províncias

Kwanza-Norte
Responsável do Instituto do Café de Angola apela ao envolvimento de privados.

Governadora (de Luanda) exorta à união na luta contra a violência

Lubango
Luyovo tem uma escola primária nova oferecida pela Namíbia como agradecimento pelo apoio da população à luta que tornou aquele país vizinho independente. A primeira lição foi dada no dia da inauguração e andou toda ela à volta da palavra solidariedade.

Hóquei em patins
Guarda-redes prevê dificuldades no Torneio Internacional

Obras dos quatro estádios do CAN-2010 satisfazem Ministro das Obras Públicas.

O director executivo da Williams F1, Adams Parr, lembrou que o fundo Lwini desempenha um papel importante na sociedade angolana, ajudando as vítimas civis de minas terrestres e, agora, também, as de acidentes de viação.




Divagações do Politburo 29Ago09-4


Jornal de Angola 17 de Agosto de 2009

Reunião da Comissão Política da UNITA
“Partido está forte e com coesão”

Malanje
Estradas atrasam desenvolvimento de Marimba

Aproveitamento escolar
Temos de estar preocupados com a qualidade do capital humano no futuro, pelo que as acções viradas para a formação de professores têm de ser uma das grandes prioridades. O capital humano é um activo indispensável e gastar hoje em educação é assegurar que o país tenha amanhã bons gestores, no sector público e privado.


Jornal de Angola 18 de Agosto de 2009
Combate à violência na sociedade
OMA contra ocupação anárquica de terrenos

Polícia vai lançar combate cerrado ao crime contra a economia e saúde

Pescadores da província do Kwanza-Sul defendem construção de estaleiros navais.

Polícia Económica apreende dólares falsos
Vários cidadãos nacionais e estrangeiros detidos

Gestão de recursos reduz a pobreza

Governo provincial de Luanda e camponeses analisam campanha agrícola do presente ano.

Secretaria das Águas anuncia criação de empresa para distribuição de água à cidade de Ndalatando.

Angola prestigiada no Congo Democrático

A escravatura existiu mesmo e constitui uma das páginas mais vergonhosas da História da humanidade.













Divagações do Politburo 29Ago09-3


Jornal de Angola 15 de Agosto de 2009

Da penitenciária da Huíla para o Namibe e Benguela
Cristiano André sugere transferência de presos

Em 15 sessões parlamentares
Assembleia aprovou sete diplomas

UNITA
Comissão Política define metas para o fortalecimento do partido

É bom andar na moda mas sem cair no ridículo

Venezuela
Simpatizantes de Hugo Chávez acusados de agredir jornalistas

Câmara de Comércio e Indústria apela ao investimento em Angola

Vice-ministro da Agricultura destaca importância do café

Os televisores LCD mais finos do Mundo

Deputados preocupados com turismo sexual durante o CAN 2010

Universidade Agostinho Neto
Faculdade de Direito bate recorde na formação de quadros superiores

Iniciativa é da UNTA-CS
Lançada campanha de incentivo a empregos decentes às mulheres

Casos de polícia
Falso técnico de laboratório vai para a prisão verdadeira









Divagações do Politburo 29Ago09-2


Jornal de Angola 14 de Agosto de 2009

Segurança social das FAA (Forças Armadas Angolanas)
Inscrição na Caixa reservada a oficiais

Angola-Brasil
Melhora relações maior circulação

Primeiro secretário do MPLA na Huíla
Medidas de impacto social mudam vida da população

Kuando-Kubango
Ministra reconhece avanços na reconstrução de estradas

Se o tempo não for “ingrato” o consórcio formado pelas construtoras Mota-Engil, Monte Adriano e Soares da Costa conclui no final deste ano a via expressa Luanda-Viana, numa extensão de 10 quilómetros.

A administração da justiça
Os órgãos de justiça gostariam que houvesse menos reclusos nas cadeias mas enquanto isso não for possível, não há outra saída senão a construção de mais instalações presidiárias.

Economia em retoma
Crise mundial na China só afectou exportações

Grupo Espírito Santo continua nos diamantes

Namibe
Repartição fiscal das finanças aumenta receitas no Tombwa

Huambo
Mulher apanhada a vender carne de cão

Hoji Ya henda (Bairro em Luanda)
Administração ameaça com tribunal vendedores de carros na via pública.
A partir de agora viaturas são rebocadas.

Bengo
Concessão de micro-créditos para garantia da alimentação.

Novo sistema de captação de água no Dondo

A partir de 2010
Todos os livros escolares com produção em Angola












Divagações do Politburo 29Ago09-1


Jornal de Angola 13 de Agosto de 2009

“Número de presos é elevado”

África deve preparar combate à “Gripe A”

Terrenos para a construção de casas estão prontos na província da Huíla

Produção de milho no mundo tem perspectivas animadoras

Agricultura compra equipamento para a estação experimental do café

Bengo
Vice-governadora defende aumento da produtividade

Bié
Direcção provincial da Agricultura cria incentivos para cultivo do café

Vende-se, vivenda climatizada T4, Jardim do Éden, 450.000.00 USD.

Arrenda-se vivenda T6, piscina, 9 carros 10.000 USD/MÊS

Jornadas científicas
Tuberculose alastra em todo o mundo
Região austral de África tem 25 por cento dos casos

A pobreza e exclusão social levam à delinquência juvenil

Município tem muitos alimentos
Ukuma precisa de reabilitar estradas para escoamento da produção agrícola










Divagações do Politburo 29Ago09


Jornal de Angola 10 de Agosto de 2009

Angola quer aproveitar experiência dos EUA para desenvolvimento

Pobreza reduz-se com empregos e investimento na saúde e educação

Direitos humanos protegidos

Apoio financeiro para pequenos e médios agricultores

MPLA reafirma compromisso com melhoria das condições sociais da população

O mercado angolano já ganhou consistência

O Grupo Cabeto dedica-se ao comércio geral, indústria, transportes, construção e obras públicas, segurança e distribuição de produtos. Abriu um escritório de representação em Portugal

Os objectivos estruturais das políticas económicas e sociais levam geralmente muito tempo a concretizar-se, pela sua complexidade e por implicar avultados recursos financeiros

No agro-negócio há certamente muitas áreas nas quais África pode ser ao mesmo tempo competitiva e mais competitiva ainda

Angola prepara condições para rede hoteleira eficiente.

T3 condomínio, vila chinesa preço 330.000.00 Usd

Vende-se apartamento Maculusso, Maianga e Kinaxixi. Inangola Propriedades

A LG está na Sistec!!

Mulheres mineiras mostram serviço

Brigada de literatura de Benguela sem recursos para publicar livros




sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Basquetebol partidário, casebres e futebóis (1)


Basquetebol partidário, casebres e futebóis (1)
E tal como Jasão e os seus Argonautas, os nossos heróis do cesto desembarcam da nave Argo e em apoteose celestial começam os habituais suspiros dos esbirros não patrióticos particularizados, da partidarização.
Neste momento o que aparece funcional é a oposição dos casebres.
Parece que só falta proclamar que todos os jogadores e todos os mais ligados ao basquetebol são militantes do MPLA.

Um partido que continua único porque é a mesma coisa que entrar na selva e mudar a vida dos animais dizendo-lhes: «vão alterar o vosso modo de vida. A partir de agora são democratas»
Há governantes que insistem, não desistem dos estádios de futebol e basquetebol porque são as alavancas do desenvolvimento económico e social.
E ficamos tão bonitos, tão imortalizados porque já não existem descampados mas campos com estádios que se querem lotados. E campos de concentração abarrotados dos que sem soluções governamentais construíram antes na invectiva dos poderosos, o desprezo do mote casebres e friamente lá jazem. Depois espera-os o sol e muita chuva que se aproxima. E assestarão os olhares para os estádios e ressoarão os murmúrios deles imobilizados, povoados de fantasmas. Dos milhões gastos não sobrou nada, nunca sobra, para alimentar a esperança de tantas promessas que já temos a certeza apenas alimentam os especuladores imobiliários dos terrenos a dois mil e quinhentos dólares o metro quadrado.

E os dez vezes vencedores são adulados pela organização partidária. Atiram-lhes com a OPA-Organização dos Pioneiros de Angola, do MPLA. E a festa torna-se lugar-comum, dá para observador fazer chacota. Porque parece não ser a equipa da selecção de basquetebol de Angola mas, a selecção partidária do MPLA. Sonhou-se, agendou-se (?) mas recusou-se uma delegação dos espoliados com casebres em miniaturas para oferecerem aos notáveis jogadores que voam com os braços que parecem asas e colocam vitoriosamente a bola num cesto sem fundo. E a cidade atabalhoadamente partida, destrambelhada pelo partidarismo perde-se nos prédios que crescem desordenados. E as multidões indiferentes, obrigadas coniventes pelo unicolor gritam o inconsciente, inconsistente colectivo, aplaudem os feitos dos melhores basquetebolistas. E os defeitos da governação escondem-se, disfarçam-se com bolas e estádios perante os olhos fechados, frustrados da oposição nacional submissa.

E o veículo arrasta a plataforma dos eleitos dos cestos parecendo o Olimpo. Que prossegue na propaganda habitual do queimar, ganhar tempo. Para que os estrangeiros rapinem mais, mais e mais. E se construam mais estádios para um qualquer mais campeonato inventado. É preciso desviar, alcoolizar as atenções dos casebres da outra Angola. Porque existem duas Angolas. Uma dos palácios e outra dos tugúrios. Existem também duas populações: Uma do petróleo e dos diamantes e outra que nem sequer tem direito a sobras… das obras de fachada. E nas ruas os polícias dão porretada e espoliam nos esfomeados vendedores e vendedoras, porque quem vende qualquer coisa para não morrer à fome, é porque não vai, não alinha em basquetebóis.

O espontâneo movimento antes e sempre, surgiu como um cenotáfio que desperta de vez em quando. Autoriza-se sempre para se manifestar porque é único e do nacional partidário. Pois, é fácil organizar o basquetebol, mas criar e cultivar na agricultura é muito, muito mais difícil. Quase cinquenta anos perdidos e nunca ninguém consegui organizar um campeonato da agricultura.

Nito Alves 1945-1977




Recentemente, houve o testemunho de um militar de nome João Kandada, a residir em Espanha, que assumiu o ónus de o ter fuzilado sob ordens de Iko, Onambwe e Carlos Jorge, estando ainda a assistir Ludy Kissassunda Veloso e outros.

Com base na obra de Nito Alves, ” Memória da Longa Resistência Popular”, editada pela África Editora em 1976, procura-se traçar aqui o perfil do Guerrilheiro, do Poeta e sobretudo do Revolucionário.

Acreditando que a Revolução podia ser comparada a uma monstruosa elevação feita de vertentes escarpadas e difíceis de transpor e que só os fortes e persistentes a poderiam escalar, Nito Alves, fiel ao heróico Povo Angolano, aos guerrilheiros e a todos os colegas de armas e sofrimento, abatidos durante a guerra, seguiu o seu exemplo até às últimas consequências possíveis da sua opção política.

A 23 de Julho de 1945, na aldeia do Piri, concelho dos Dembos (actual província do Kuanza Norte ) nasceu em Angola, Alves Bernardo Baptista, filho de Bernardo Baptista Panzo e de Maria João Paulo.

Teve uma infância e adolescência, profundamente marcadas pela agressão e hostilidades permanentes de condicionalismos sociais e políticos que o rodeavam e comprimiam, frutos malditos do colonialismo opressor que mantinha ferozmente dominada a sua pátria e o seu povo.

Falando um dia de si afirmou:
«A minha infância é comum à de todas as crianças na minha dura condição de jovem, numa aldeia sem luz eléctrica, nem água canalizada, nem um mínimo de requisitos.»
«A minha instrução primária foi toda ela feita na Escola Rural da Missão Evangélica do piri.»
«Tinha eu treze anos de idade, quando comecei a sentir em mim um sentimento de revolta consciente contra o colono e que hoje explico fundamentalmente por quatro fenómenos que recordo com nitidez, pois marcaram-me profundamente:»

E que acontecimentos influenciaram então decisivamente este jovem de 13 anos?
O facto de um Missionário protestante, obrigar os alunos a ir nas férias para a roça dos colonos colher café.
O cenário de sangue que frequentemente se desenrolava ante os seus olhos em que mulheres e homens-contratados eram forçados a colher café nas plantações cafeícolas da então Sousa Leal, do alemão Kay.
O da visão que este jovem tinha do drama do ajudante negro que passava em cima da camioneta do colono, sempre de cabelo enevoado de poeira.
O facto de ter sido reprovado no exame da terceira classe e de ouvir a justificação do padre católico que presidia ao júri: «ele sabe aritmética, fez bom ditado, boa cópia, um desenho regular, mas tem de reprovar porque é protestante e não sabe a Ave-Maria!»

«Concluída a instrução primária em 1960, parte para Luanda onde seu pai conseguiu matriculá-lo…Ganha uma bolsa de estudo e parte para o Quéssua, Malange, onde faz o segundo ano liceal. Regressado a Luanda, frequenta o Colégio da Casa das Beiras…»

Nito Alves nunca esqueceu a Directora daquele Colégio, Olívia de Oliveira Martins Conde, que terá contribuído decisivamente para que ele terminasse o 2º ano do ensino liceal.

«Em 1966 começa a trabalhar na Direcção Geral da Fazenda e Contabilidade, em Luanda, tentando simultaneamente prosseguir os estudos, no curso nocturno do 6º ano do então chamado Liceu salvador Correia. Entretanto, vinha desenvolvendo desde 1965 intensas actividades políticas clandestinas que acabaram por o tornar alvo das atenções da PIDE. Muitos dos seus camaradas são presos e enviados para o terrível campo de S. Nicolau. Nito Alves, porém, no próprio dia em que iria ser preso (6 de Outubro de 1966), consegue escapar-se às garras daquela sinistra polícia.»

«Alves Bernardo Baptista e Lima Pombalino Martins (Tadeu )…,chegam à Primeira Região Político Militar do MPLA no dia 9 de Outubro de 1966»

«Sob o comando de um então já bem conhecido comandante militar, Jacob Alves Caetano, cuja lenda corre todo o norte de Angola como o grande Comandante Monstro Imortal…, instala-se na área do esquadrão Cienfuegos e anima-se toda a região.»

«Intenso e duro treino de guerrilhas aguarda o jovem Alves Bernardo Baptista: todo o ano de 1967 é o teste de sangue e fogo em que presta brilhantes provas. Em 1968 com a chegada de parte dos sobreviventes do Esquadrão Kamy, Nito Alves é chamado para a direcção do CIR. Até 1971 mergulha a fundo no estudo do Marxismo-Leninismo, como autodidacta que a própria luta quotidiana vai caldeando em permanente apuramento.»

«O ano de 1973 findava carregado e negro de perspectivas para os homens da Primeira Região. O cerco de ferro e de fogo do colonialismo agónico, apertava-se sobre a Primeira Região Militar», e foi contado assim:

«Guerra sem frente, nem retaguarda / «faltaram as munições» / «Vieram os “Flechas”», os “G.es” e “T.es” / «fizeram tiros na noite e na madrugada/ e mataram, mataram, assassinaram, assassinaram». E «vieram as doenças inimagináveis» e o monstro da fome com o seu cortejo de mortes». Porém, «O Povo não se rendeu». Na Primeira Região Militar de Angola, no mais aceso e desesperado cerco de ferro e fogo que o colonialismo cada vez mais ia apertando, «esgotaram-se todas as leis da guerrilha e toda a inteligência militar», reúnem-se os responsáveis político militares …

Nestes excertos do seu livro, faz-se referência a um dos momentos mais decisivos da luta da 1ª Região Político Militar. Esse momento em, que reunidos os mais velhos, se encarou a hipótese de parar a luta pelas dificuldades inultrapassáveis face à pressão do exército colonial, da FNLA e ao isolamento a que esta região militar estava votada pela impossibilidade de receber apoios da Direcção do MPLA no exterior. No entanto, esse isolamento era também na altura a realidade de todo o MPLA, que esteve mesmo em vias de ser esmagado no exterior de Angola, pela pressão de muitos estados Africanos contra a direcção de Agostinho Neto.

Nito Alves teve neste contexto, em meados de Janeiro de 1974, um papel decisivo quando foi designado pelos mais velhos para ir a Luanda clandestinamente em busca de apoios e para estudar hipóteses de lançar a guerrilha urbana. Fê-lo juntamente com o seu velho companheiro de aventura e guerrilha o camarada Adão. Sabe-se que muitas portas se lhes fecharam quando se anunciaram aos contactos de ligação que existiam. Ficaram por se saber alguns desses nomes que bateram as portas, no entanto dois nomes ficaram na história de um encontro, o de Albertino Almeida e do Dr. Macmahon Vitória Pereira. Estes receberam e apoiaram Nito Alves que no seu regresso levou à 1ª Região as boas novas que por lá soaram como um sopro de esperança de uma reviravolta eminente em Portugal. Cerrou-se então fileiras entre os combatentes para resistir por todos os meios ao desânimo que se apoderava de todos.

Nito Alves regressa a Luanda em Maio de 1974, depois do 25 de Abril em Portugal. Os contactos com Zé Van-Dunem,Valentin, Betinho e outros nessa ocasião, preparam as condições para se deslocar a Brazzavile a um encontro em Agosto com o Presidente Dr. Agostinho Neto. Participa depois em representação da 1ª Região Político Militar no Congresso de Lusaka na Zâmbia aonde apoia Agostinho Neto contra as oposições internas da Revolta Activa e da revolta de Chipenda. Participa na Conferência Inter-Regional de Militantes nas chanas do Leste de Angola, logo depois do Congresso e da assinatura dos acordos de paz com o Exército Português. Na CIRM de 1974, o também chamado congresso dos partidários de agostinho Neto, dá-se o encontro dos combatentes das matas vindos das várias regiões político militares com os do exílio e com os activistas das células clandestinas de Luanda. Nito Alves como representante da I Região Político Militar em estreita ligação com José Van Dunem dos comités clandestinos, tem ali um papel determinante na adesão da maioria dos dirigentes e chefes militares à liderança política de Agostinho Neto bem como da caução política que este recebe dos sectores simpatizantes dos centros urbanos . É eleito para membro do Comité Central entre os 34 militantes que sai da CIRM.

Nito Alves tem um papel importante no afluxo em massa de centenas de jovens citadinos aos CIR- Centros de Instrução Revolucionária a partir do mês de Setembro, destacando-se durante toda a segunda guerra de libertação nacional , contra as forças concertadas da África do Sul e do Zaire, que tentaram impedir a Independência de Angola a 11 de Novembro de 1975.

Grande mobilizador da massa militante do MPLA nas cidades, à frente do DOM Nacional (Departamento de Organização de Massas), homem com grande capacidade organizativa, dedicado às tarefas da revolução a cada momento, Nito Alves foi nomeado a 15 de Novembro de 1975 Ministro da Administração Interna da jovem República Popular de Angola. Nessas funções, dirigiu a organização Administrativa do país até à III reunião Plenária do Comité Central do MPLA em Outubro de 1976, implementando a Administração do território através da figura dos comissários provinciais. Foi ainda o obreiro da lei do poder popular, que criou ao nível local organismos de gestão dos problemas das populações.

Na III reunião plenária, em Outubro de 1976, Nito Alves é suspenso das funções que desempenhava no governo e no Movimento, juntamente com José Van Dunem a pretexto da acusação de terem sido protagonistas de um 2º MPLA. Estes dirigentes teriam segundo a versão oficial, de uma forma Fraccionista, reunido numa estrutura paralela grande parte da massa militante do MPLA. Estes dois dirigentes ficaram suspensos das suas funções durante um período de mais de 6 meses, aguardando as conclusões de uma suposta comissão de inquérito que apenas os ouviu em Fevereiro de 1977. Acabaram por ser expulsos do MPLA a 21 de Maio de 1977, numa reunião magna de militantes, convocada pela direcção, presidida por Agostinho Neto e realizada na cidadela em Luanda.

Vendo-lhe negado o direito à defesa e sujeito a toda uma campanha de calúnias e ataques pessoais públicos, conduzidos pelo único órgão de imprensa existente, o Jornal de Angola, dirigido por Costa Andrade, N`Dunduma, Nito Alves acabou por ser condenado antes mesmo de ser ouvido. Em legítima defesa, escreveu então as famosas “13 Teses da minha defesa “, com o intuito de dar a conhecer aos restantes membros do MPLA, bem como às organizações de massas e regionais as razões do seu afastamento.

Tal documento, ao ser divulgado indiscriminadamente, deu origem ao aumento da repressão sobre a massa militante , tendo na altura muitos deles sido conduzidos às cadeias, apenas pelo simples facto de as terem lido ou de a elas se referirem.

Nos seis dias posteriores a 21 de Maio, Nito Alves terá então encabeçado um movimento de contestação aberto às medidas repressivas da direcção do MPLA, em particular em Luanda, que não tendo as características de um golpe de estado , que lhe atribuíram, teve contudo o apoio dos sectores militares determinantes.

Estes acontecimentos terminaram a 27 de Maio de 1977, com a intervenção do exército cubano, em defesa da ala de Agostinho Neto. Não se sabe até hoje se Neto terá sido o principal mentor da acção repressiva que se seguiu ao dia 27 de Maio, ou se manietado por uma outra força mais poderosa e sombria, ficou prisioneiro das sua opções de momento ao apoiar a minoria contra a massa de militantes contestatários.

No rescaldo dos dias posteriores ao chamado “ Golpe de Estado “, Nito Alves terá fugido para a sua região de origem, a célebre I Região Político Militar do MPLA, aonde acabou por ser apresentado à televisão como supostamente capturado pelas populações locais. A confirmar-se a hipótese de ter sido feita uma montagem da sua captura, tal confirmaria a hipótese apontada por muitos de se ter ele próprio vindo entregar a Luanda a fim de evitar mais mortes. Sabe-se também que depois de preso, foi selvaticamente torturado e humilhado. Recentemente, houve o testemunho de um militar de nome João Kandada, a residir em Espanha, que assumiu o ónus de o ter fuzilado sob ordens de Iko, Onambwe e Carlos Jorge, estando ainda a assistir Ludy Kissassunda Veloso e outros. Este confesso assassino diz ter cometido tal crime a mando da chefia da DISA, reconhecendo ainda que corpo do lendário comandante da I Região Político Militar, foi posteriormente atirado ao mar com pesos para se afundar. Confessou também na mesma entrevista, publicada no jornal “folha 8” de 26 de Maio de 2001, que a célebre ambulância com os heróis carbonizados, teria feito parte do plano para diabolizar os apoiantes de Nito Alves tendo sido o mesmo concebido e executado por pessoas da DISA.

O mistério da sua morte, obscurece-se com o passar dos anos, em que os dirigentes ainda vivos, silenciando as suas vozes se mostraram até agora incapazes de confessar os hediondos crimes, pretendendo ocultar às gerações futuras factos históricos relevantes da Nação Angolana. Sabe-se também, que a título póstumo, Nito Alves terá recentemente sido promovido de Major a Brigadeiro.

Nito Alves disse um dia: « Os que fazem a História nem sempre podem escrevê-la»

http://27maio.com/nito-alves-1945-1977/
Imagens: http://rubelluspetrinus.com.sapo.pt/maio.htm

Plaszow. Campos de concentração nazis que parecem de Luanda







Plaszow era um pequeno povoado nos arredores de Cracóvia em que os nazistas, em dezembro de 1941, construíram um campo de concentração.

WIKIPEDIA

Por ser próximo, fazia parte de um futuro plano de evacuação do Gueto de Cracóvia. Em 13 de março de 1943, o plano foi concretizado com extrema crueldade; e aqueles que não pereceram na evacuação foram confinados em Plaszow. Amon Göth, um oficial da SS de origem austríaca era seu comandante.

Este local foi bem retratado no filme A Lista de Schindler de Steven Spielberg.

Imagens:
http://www.scrapbookpages.com/Poland/Plaszow/Plaszow10.jpg
http://yinsurgent.files.wordpress.com/2007/11/plaszow3.jpg
http://www.zwoje-scrolls.com/shoah/n8.jpg

Eldorado 28Ago09


ricardo guillermo viola lozano Diz: Setembro 5, 2008 às 2:37 pm
Sou Engenheiro Civil com especializaçao em obras públicas e saneamento básico, com CREA 11.475-D da Universidade Federal do Paraná e estive trabalhando em Angola nos anos 2007 e até agosto de 2008. As oportunidades sao muitas, principalmente nas areas de primeira necessidade como agua potável e esgotos assim como nas areas de saúde e educaçao.
Gostaria de contactar com empresas governamentais ou privadas de Angola para voltar a colaborar na reconstruçao da mesma.
Minha intençao, num futuro próximo, é de conseguir minha permanência naquele país e levar a minha familia pra lá. Tem muito a se fazer nesse pais maravilhoso.
Meu abraço de sempre a todo o povo angolano.

Juliana Garcia Diz: Setembro 5, 2008 às 11:07 pm
Gostaria de saber mais informações sobre trabalho , pois irei concluir o curso de Segurança do Trabalho pelo CEFET/PB em Março de 2009.E gostaria de ter a oportunidade para colocar na pratica tudo o que aprendi.
Meu nome é Juliana Garcia sou brasileira moro em João Pessoa-PB e meu email para contato é vilana.juliana@gmail.com

keoma peixoto Diz: Setembro 7, 2008 às 12:30 am
queria apenas uma oportunidade para trabalhar em angola pois sou um cara muito trabalhador e que estou afim de crescer junto com a empresa…tenho experiencia em operador de pá-carregadeira.

Gestão e Promoção de Activos - Angola Diz: Setembro 7, 2008 às 1:39 pm
Somos uma empresa Lusoangolana de engenharia e franco crescimento, estamos a recrutar:
- Engenheiros civis coordenadores técnicos;
- Engenheiros civis para fiscalização e gestão de empreitadas;
- Gestor com experiencia na área de projectos imobiliários;
- Avaliador patrimonial.
Enviar CV para: geral@gpa-angola.com

Everardo oliveira Diz: Setembro 9, 2008 às 1:40 am
Sou eng civil com ampla vivencia em obras de edificações e infraestrutura como saneamento. Tenho muito interesse em trabalhar na reconstrução de Angola. aguardo contato neste sentido.

marcio de araujo Diz: Setembro 10, 2008 às 3:33 pm
sua alpinista industrial e trabalho com solda,calderaria,pintura,montagem e desmontagem de estruturas em diversas situasões com alpinismo.
se algem estiver interece entre em contato.
tel:(27)32816202

Ana Maria Pinto Diz: Setembro 10, 2008 às 7:59 pm
Como faço para abrir uma empresa de construção civil em angola ? Aquem me devo dirigir? O que é necessário? Posso abrir uma conta em angola aqui de Portugal? O que é necessário? Obrigado
Aguardo a resposta breve

jose pereira Diz: Setembro 12, 2008 às 4:41 pm
sou oficial de electricista de montagem de linhas de 15mil kw a 60mil kw procuro uma empresa deste ramo que trabalhe em angola e que seja portuguesa ja sou portador de passaport,boletim de vacinas internacional e ja me encontro vacinado contra as doenças da febre tifoid da febre amarela.obrigado

Licinio da Silva Pereira Diz: Setembro 12, 2008 às 9:42 pm
Alguém precisa de pintor com mais de 40 anos de esperiencia no ramo de pintura de construção civil em area de Hotelaria e lacagens a pistola :::::::::::::Servisos prestados em Portugal e Venezuela(Margarita , Hilton; Macuto Cheroton ; Mirian Caribe ;Laguma Mar;Hotel Staulfer;Monte -Carlo etc etc etc ?

Devaneios 28Ago09


mary, 10/08/09 12:12
Muito bem comprar participação em mineração em Angola mas depois aplicam o dinheiro no edifício mais alto, em escritórios, para quê, para com o lucro
pagar o investimento, é claro, Banco igual a lucro, mas seria interessante ler
que parte do lucro fosse para apoios ao desenvlvimento e melhoria da qualidade de vida.

DIÁRIO ECONÓMICO

João, 11/08/09 00:37
Incrivel estou à 2 semanas na Noruega e após conversar com pessoas da universidade verifiquei q e as diferenças são brutais! O parque automovel é pior do que o nosso! os comboios são em alguns casos mais antigos! os arranjos urbanisticos tb ficam atrás dos nossos em alguns casos! Algumas casas na capital tb estao a ruir! Muitas pessoas andam de bicicleta (o meio de transporte mais utilizado na capital Oslo) ... e eu perguntei ... onde está o dinheiro do Petróleo??? ... Acontece q aqui ao contrário do Português os bens materiais n são tão valorizados a necessidade da "ostentação do ter" n se verifica! Existe disciplina financeira nas pessoas!! Qd n se pode ter certos bens n se tem simplesmente! ... no entanto estes senhores tem das mais altas taxas de escolaridade e formação! Quase todos tem um Ingles perfeito!.... enfim.... Tenho pena de sermos assim...mas acho q estamos a mudar mentalidades! Ajudemo-nos uns aos outros a entender isto e a mudar as pessoas! Força Portugal!! ACORDAI !!!

Paula, Porto 12/08/09 02:40
Como é possível confiar na banca potuguesa e no actual governo? Sou cliente de um banco devidamente licenciado e situado na União Europeia.Tenho os meus impostos em ordem,não devo nada a ninguém,não roubei,não sou criminosa nem terrorista.Porque estão congeladas as minhas contas no BPP e as dos outros clientes na mesma situação? A admnistração anterior prevaricou porque a supervisão actual do BdP e também a anterior não foi competente.Passaram nove meses!Para bem dos clientes,da banca e do bom nome do País seria bom que tudo isto fosse finalmente resolvido com dignidade e respeito pelos clientes e trabalhadores do BPP.

PÚBLICO ÚLTIMA HORA

14.08.2009 - 14h45 - Leandro Coutinho, Porto
Não.. a "sorte" de Cabo Verde não tem nada a ver com petróleo e diamantes.. Também a Noruega tem muito petróleo e não tem os problemas da Venezuela.. A "sorte" de Cabo Verde é ter desde há muitas décadas um dos melhores sistemas de ensino de Africa que proporcionou uma poppulação com indices de escolaridade exemplares.. Cabo Verde desde há muitas décadas que produz escritores, quadros de relevo e emigrantes bem sucedidos.. Já antes do 25 de Abril, os cabo verdeanos ocupavam lugares de destaque na administração pública, no poder judicial e nas artes e letras.. O indice de alfabetização em Cabo Verde era superior ao de Portugal Continental e das ilhas adjacentes (hoje regiões autónomas).. Este é o verdadeiro tesouro de Cabo Verde.. Devemos recordar as palavras do economista Jonh K. Galbraith «não comunidade instruída que seja miserável, como não comunidade miserável que seja instruída».. Cabo Verde, Israel, Singapura, etc.. são exemplos de pequenos países sem recursos naturais mas com população instruída.. Onde a instrução+leitura+esforço se preza e respeita.. Neste aspecto, nós temos de aprender.. de aprender a deixarmos de ser só futebol/novelas/cerveja + subsidios/reformas/ajudas.

14.08.2009 - 14h34 - Sousa da Ponte, UK
Para sorte dos cabo verdeanos em Cabo Verde nao ha petroleo nem ouro nem diamantes.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Devaneios 27Ago09


10.08.2009 - 12h33 - Anónimo, portugal
Atenção Angolanos: Estes não dão nada só roubam. (ESCOM) Os negócios destes Srs. não vos tras emprego nem abastança, só miséria, nada esperem de banqueiros, vejam o que aconteçe em Portugal e façam a vossa ilação. O vosso pais tem muita riqueza que sempre esteve na cobiça destes Srs. à longa data. Não deixem que tal aconteça. Deem apoio aqueles que querem ajudar o vosso povo e não aqueles que os querem roubar.

PÚBLICO ÚLTIMA HORA

10.08.2009 - 08h59 - Fokker pilot, Montijo, na pista
Há de facto um espírito africano no Espírito Santo... Depois da macumba com a Portugália e de o Ricardo Salgado ter feito magia negra com o Novo Aeroporto e o TGV (Todas Gostam do Verão), só faltavam mesmo os diamantes e o petróleo. Verão (do verbo vir...) que no futuro o símbolo do BES passa a ser uma catana.

10.08.2009 - 15h40 - Luis, Almada
Diz o título: "Presidente angolano disse a Hillary Clinton que haverá eleições "na devida altura". E disse muito bem. Foi pena o PR angolano não lhe ter lembrado de perguntar quando é que os USA dão o contributo para o regresso do Presidente das Honduras ao seu país. O tal que os golpistas despacharam em pijama para o estrangeiro com as costas bem apoiadas nas tropas yankees estacionadas a poucos quilómetros numa sua base militar. É que dois dos três enviados dos golpistas hondurenhos para "negociar" (ou melhor para empatar) o regresso do legítimo presidente ao país são assessores da Clinton.

09.08.2009 - 16h24 - Nuno, Leiria
Angola esta estável senhor (09.08.2009 - 16h02 - Rosmaninho, Gmr)? Ainda há pouco morreu uma deputada da naçao a tiro em Luanda e o senhor diz que esta estável? Claro para o senhor e os Ocidentais sim. Quanto mais houver o mobutismo e diamantes/petróleo de sangue esta estável. Quando o senhor José Ed. Dos santos esteve em Portugal foi recebido por toda a hierarquia do estado todo os partidos políticos excepto o bloco de esquerda. (são dou do bloco mas foi o único que não alinhou na estupidez) É que os povos de Africa estão orfaos não tem quem lhes defende nem os seus políticos nem tão pouco os cínicos ocidentais que não estão interessados em ter uma África com países emergentes com o potencial da china e India capaz de asfixiar o mercado ocidental. Será que a senhora Clinton não sabe que existe corrupção em Angola? Se quer dar exemplo ou se pretende que haja democracia e direitos humanos, porque visita Angola? Alguém acredita nas boas intenções dos EUA? Ou estarão mais interessados nos seus interesses? E o que fazem quando vistam a China. África não é a América Latina não senhor mais devido ao seu défice de escolaridade na maioria da população é um terreno fértil para surgimentos

14.08.2009 - 20h45 - Maurito, Almada
Essa observação da Hillary é no mínimo ridícula. Ela esquece-se que Cabo Verde foi a única colónia portuguesa aonde a educação foi sempre uma prioridade para o império, Cabo Verde tem intelectuais desde os anos 60, em Angola eram raros os nativos que tinham acesso aos estudos secundários quanto mais os superiores. Se o império tivesse investido na educação em todas as colónias, era óbvio que todas elas teriam bons governantes como Cabo Verde.

14.08.2009 - 19h14 - Amorim, Póvoa de Santa Iria
Não tenho o hábito de me referir aos comentários que são feitos às notícias. No entanto, no caso desta noticia é-me dificil não o fazer. Salvo erro, já Ramada Curto afirmara que cada um era livre de dizer as asneiras que entendia mas alguns comentários revelam tanta ignorância, preconceito e falta de elegância literária que tenho de repudiar alguns termos e refutar algumas ideias preconceituosas numa tribuna livre, respeitável e pública como esta que este diário destina aos seus leitores. Os países e os povos são o resultado histórico da evolução de grupos de seres humanos que se desenvolvem de forma condicionada por vários factores e por isso devem ser todos respeitados. Os juizos de valor que fazemos em relação a este ou àquele país são também mais ou menos condicionados pela nossa própria formação, conhecimento e capacidade intelectual de reflectir de forma séria e independente. Uma mente que dá opiniões de má fé, sem conhecimento ou sem respeito pelos leitores, deve excluir-se desta participação porque não a valoriza.

Eldorado 27Ago09


Olá
Gostaria de trabalhar em Angola. Sou formada em Publicidade e estou trabalhando na área de Marketing em uma empresa de Provedor de internet. Pode me passar uma dica?
abraço

Vasco Ribeiro Diz: Agosto 29, 2008 às 8:36 pm
Ola, gostaria de trabalhar em ANGOLA, sou motorista de longo curso ( internacional ), e tenho conhecimentos de montagem de ar condicionado e reparaçao de equimento hoteleiro ( frio e quente ), gostava de saber se alguem sabe de alguma empresa que precise.
João Jorge Diz: Agosto 31, 2008 às 8:42 pm
Olá
Gostaria de trabalhar em Angola. Como motorista, faturamento,conferente,caixa, ajudante de perdeiro etc.
abraço

jose lima granja Diz: Setembro 1, 2008 às 7:53 pm
ola gostaba de ajeitar trabalho em angola como pecheleiro motorista ou letrisista se souverem digon-me

willams ribeiro santana Diz: Setembro 2, 2008 às 3:56 pm
sou encanador e mecanico montador gostaria muito de trabalha em angola tenho cinco anos em experiencia industrial meu pai ja trabalhou ai e se deu muito bem gostaria de ter essa oportonidade tambem e o meu sonho e com fe em deus vou realizar ainda.

jose fernandes f silva Diz: Setembro 2, 2008 às 7:44 pm
sou.operador.de guindaste.operador.ctractro.e retroescavoura.e gostaria de é trabajá na africa angola ok

Tania Antunes Diz: Setembro 4, 2008 às 1:44 pm
Tendo-me licenciado em Engenharia Civil pela Universidade de Coimbra com média final de 12 valores, a minha carreira profissional iniciou-se na Câmara Municipal de Idanha-a-Nova no gabinete de Divisão de Obras Públicas do Departamento de Urbanismo e Obras Municipais, onde pude fiscalizar e coordenar todo o processo desde o concurso até à recepção provisória de algumas obras promovidas pela autarquia.
Tendo decorrido um ano fui convidada para integrar na empresa C.M.V.S., Projectos de Engenharia e Arquitectura, Lda em Castelo Branco.
Desde então tenho desenvolvido projectos de diversas áreas tais como estabilidade, abastecimento de gás natural, abastecimento de água, drenagem de águas residuais, drenagem de águas pluviais, acondicionamento acústico, comportamento térmico e segurança contra incêndios bem como execução de medições e orçamentos.
Tive também a oportunidade de fazer coordenação de segurança, o que me deu outras visões e me ajudou a ser mais realista aquando da concepção de projecto.
Com o objectivo de abraçar novos desfios pretendo ir para Angola, nomeadamente Luanda, trabalhar na área de engenharia civil, projecto ou obra. Alguem me pode dar alguma sugestão de alguma empresa que esteja a precisar de engenheiros para lá?
desde já obrigada
Tania Antunes

jair gonçalves de santana Diz: Setembro 5, 2008 às 1:48 am
sou curssado em eletrotecnica gostaria de ter opotutunidade para trabalhar com voçes em angola

Arismar Soares Bonfim Diz: Setembro 5, 2008 às 1:54 am
Sou Tec. em eletricidade, e gostaria de trabalhar em Angola, tenho vasta esperiência em subestações, eletricidade indrustrial.

http://engenhariacivil.wordpress.com/2007/08/25/mercado-de-trabalho-em-angola-2/#respond

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Angola na navegação à vela


Com a governação à vela, Angola conseguiu um método original para sair da crise económica global. Acabou com o sistema de energia eléctrica tradicional e desloca-se, anda à vela.
TIREM-NOS DAS TREVAS!!!
E originou mais dois crimes. Poluição sonora e ambiental. Horripilante o barulho e as câmaras de gás dos geradores. Morremos assassinados lentamente.

Excluindo o petróleo, o único sistema económico funcional é: Angola, o país dos geradores. Porque em Angola não existem empresários, apenas alguns exploradores do petróleo. O futuro de Angola e da sua democracia (?), ninguém sabe para onde vão. Desde 1975 que continua tudo adiado. Até as regras do futebol adulteraram: os livres são directos ou indirectos?

Este é o reino da desolação.

Imagem: http://4.bp.blogspot.com/_

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A Epopeia das Trevas (40)


Ajustei o campo binocular. Um jornalista de fraqueza física, mas de espírito forte, tentava amainar um antagonista latagão. Discutiam-se e improperavam-se. O jornalista ao correr da pena ecoava que apenas dera um leve toque na traseira da viatura do latagão. Estavam a ficar intransitáveis, porque o latagão não aquiescia. Ao contrário, publicitava que era formado em pugilismo pelos ringues mais violentos que ainda subsistem. Sem pena, remexeu os toros musculados e desembainhou os punhos de aço natural. A bater o aço no intelecto do jornalista, que apenas conhecia defender-se com caneta e papel ou computador portátil. As palavras desvaneciam-se na mente redactorial. Perdeu o sentido da vida. O latagão como animal enjaulado não despenava a vítima. Incansável como máquina metálica programada para matar. Braçais possantes conseguiram imobilizá-lo quando desligaram o disjuntor principal que alimentava a máquina desumana. Sentiu-se plenamente realizado porque odiava jornalistas. Assassinou um jornalista por cinquenta dólares, que era o preço da batidela. Triunfante, basculante, inocentou-se que apenas usou as mãos.

Os Jingola finalizaram a inaptidão da religião da vida interior. Deus expandiu o céu e a terra, depois contratou o Demónio para criar o Homem. Os animais selvagens vivem nas cidades, os animais civilizados nas selvas. Aperfeiçoam utensílios, inventam, renovam descobertas. Surgem novas doenças, novas epidemias. Rematam-se cada vez mais, com novas armas.
Alarmada, certifico que não evoluímos: fabricamos os filhos conforme preceituado na antropologia física. Não alterámos: beijamo-nos e acariciamo-nos antropologicamente. Não há nada de novo no ovo cósmico.

Desbravadores do roubo e da morte, inicio e fim do idealismo subjectivo. Então, que utilidade tem o ser humano? Nascer, destruir, matar. Um louco manso apelidou-o Homo sapiens. O nome correcto é: Homo Credo quia absurdum, (Homem creio por ser absurdo). Deus é a imaginação do Homem. Só existe quando necessário, aparece e desaparece. Sempre fomos e seremos pagãos. Falta-nos coragem para o confessar.


Quando a informação escasseia com intenção, os oratórios ambulantes costumam ser especulativos e evoluem para observatórios de rua. Um acontecimento de vulto é relatado, com o tempo torna-se lendário, um mito. Os Jingola instituíram observatórios de rua, nas ruas clandestinas. Popularmente, naturalmente, chamaram-lhes observatórios boca a boca. Num destes boca a boca, o orador especulava que um simples plano sem director seria suficiente para Jingola estacionar, ficar bem estacionada. Era somatório dos proeminentes que estudavam a degradada jurisdição. De improvisado púlpito e de jurisdição contenciosa esgrima-se:
- É o relativismo moral. Os Europaeus refizeram-se, refrescaram-se, depois da secundária guerra universal. Porquê!? Porque é constante a corruptela das sociedades sem um plano económico. Depois da economia de guerra, de palitos, dirigida, fechada, informal, invisível, mista, popular, velha, uf!... E de mercado… o que necessitamos é estourar um grande Plano Marcial.
Os ouvintes, desempregados sistemáticos desentendiam-no perfeitamente. Eram natas, a fina-flor do ensino superior
- Oh! Há quase cinquenta anos que estamos com esse plano de emergência.
- Carecemos da informação, da refracção da perda de intensidade da luz do backbone.
- Impaciento-me com semelhanças, inverosimilhanças.
- O plano quinquenal?!
- Sim! Esse mesmo, o das quintas.
- Não! O trienal.
- A caubóiada do ir por um plano inclinado.

O Cavaleiro do Rei (50). Novela


Uma jovem pensa que foi transportada para o local errado, devaneia:
- Se procuramos o santo hospital?! Porra! Este gajo está drogado. Ai meu Deus!.. viemos parar num hospital de loucos!
- Silencia-te herege!
Outra jovem reclama das condições.
- Isto não é lugar para uma donzela. Devem interrogar os patrões que criam falsos empregos. Porque trabalhamos e há vários meses que não nos pagam. Isso sim! Seria um trabalho sério. Ah!.. deixem-nos em paz.

Ele lançou um olhar insinuante para a pretensa donzela. Viu a profundidade das pernas abertas na curta saia, que ela sem notar (!) deixava ver o início da claridade do prazer eterno. Devia ter quinze anos. Notou que as restantes ofereciam o mesmo quadro que só a mãe Natureza sabe criar. Perguntou para todos:
- Acreditam em Deus ou no rei?
Ao que todos responderam.
- Em Deus!!!
- Estamos mal. Bom, vamos fazer assim. Donzelas para a esquerda, os outros para a direita. Vão ser levados para o braço secular.
Uma voz feminina descontente ouve-se:
- Desculpe, mas não abraço desconhecidos.
- Vão levar tais torturas que jamais ousarão desafiar o rei. Guardas! Levem-nos para o santo lugar.

O grande inquisidor escolheu para o inspirar, um que tinha sido seu antecessor. O seguidor dos prazeres da carne na fogueira que antes experimentara desnudadas aventuras nos corpos indefesos entregues ao sabor de um Deus inexistente. Suplício delicioso num pensar demente. O padroeiro Santo Torquemada do nosso Real Santo Oficio. O grande inquisidor deu ordens para prepararem sete leitos. Um noviço baralha-se:
- Sete? E o que fazemos dos outros?
- Sei lá. Também não te interessa. Nunca ouviste falar da lenda das sete magníficas? E o maldito chefe dos Templários que foi queimado num dia treze?
- Não.
- Essa lenda diz, que por causa delas o mundo nunca terá paz. Noviço quem faz os filhos?
- São os homens.
- Pobre espírito corrompido. Quem faz os filhos são elas. É por isso que não as queremos na Igreja. No dia em que isso acontecer será o nosso fim. Elas quando produzem dois filhos, um é sempre pior que o demónio. Entendes agora porque não as queremos na Igreja?
- Sim, mestre Torquemada.
- Os treze levai para a grande tortura divina. Vai para lá e aguarda até que trate da purificação destas virgens. Duvido muito disso, acho que há muito alguém tratou da sua desflorestação. Desde quando existem florestas virgens hoje em dia? Vai rachando os ossos a esses republicanos.
Sete noviças preparam-se para o martírio das jovens. Ordenam:
- Dispam-se.
- O quê? Não me dispo na presença de homens.
Forçam-nas a tirarem as roupas. Restam as duas peças íntimas. Torque exclama descontrolado:
- Um conjunto da Triumph.
- Não, velho chalado, é Chanel.

Devaneios 20Ago09


Chaparro, Alandroal 31/07/09 08:53
E fez muito bem . Qualquer dias também legalizava a poligamia , a pedofilia , o incesto ,etc que também podem ser chamadas pelos envolvidos formas de "amor" . Claro que os lobbyes gay , como não lhes convém , apelam à revisão da constituição .

DIÁRIO ECONÓMICO

Avelino olegario, california usa 31/07/09 07:45
a crise no algarve? a crise no turismo e grande! e e mundial !.... e muito grande mesmo....os grandes descontos nao e so no algarve !...mesmo aqui em toda a california. usa. , por exemplo ,sao francisco e uma das cidades mais bonitas , e mais turisticas do mundo ,e esta a sofrer imenso tambem !.....eu vejo isso todos os dias..tem hoteis as moscas e fazem grandes descontos , restaurantes vazios, lojas a menos de meio gas,,e porque ?.... sao varios os factores...primeiro o povo esta descapitalizado com a crise nos bancos e no sector financeiro, emprestimos dificeis, segunda cortaram-lhes os altos limites nos cartoes de credito ,terceiro muita gente evita viajar de aviao devido a gripe que anda por ai, quarto as moedas fora da zona euro no cambio estao fraquissimas o euro esta demasiado forte!..., quinto ha muita gente desempregada a viverem do fundo de desemprego que nao da para nada!..... nao da para comer nem dormir em grandes hoteis ,nem fazer vida grande no algarve!.. ou em qualquer sitio bom sitio ou paraisos de de luxo!...portanto, nao e de admirar que os hoteis do algarve se encontrem a saldo.ate 50% de desconto!...... para mim assim o algarve esta melhor que antes!.....porque ha 4 ou 5 anos atraz nem fazer reserva num hotel eu conseguia, e eramos la tratados como cidadoes de segunda classe !....recordam-se eram bichas enormes para comer num restaurante, e era altamente roubado nos precos , pagava uma alta conta , era tudo carissimo ,a comida e o servico era de terceira classe,...embora eu tivesse que pagar de primeira classe, como eu falava portugues ligavam-me pouco ,se fala-se ingles com pronuncia americana tudo mudava e ja me tratavam muito melhormas lixavam-me nos precos!...porque eles la preferiam os ingleses , os alemaes, os holandeses, os suecos,os suicos, ect ect. eu que sou lusoamericano era tratado como se fosse lixo!.. nao desejo mal a ninguem pelo contrario, seria bom que todos tivessem bastantes negocios !.. e que o algarve nao tivesse em crise !...mas .... lembrem-se deste ditado muito antigo "ha males que ve-em por bem!.....talvez nos tratem melhor na proxima vez!....dado que agora ja nao te-em tantos clientes como tinham e vou aproveitar grandes descontos!...avelino olegario .california usa.

Pedro, Lisboa 07/08/09 12:12
Para mim é tudo especulação... lembram-se tb de um investidor Chines para o Benfica? Muita conversa e nada... Se isto for verdade que interesse pode ter um banco chines no BCP? Ou compra mais do que 50% do BCP e controla a sua bela maneira ou é tudo fogo de vista... para alguem ganhar dinheiro com subidas de 5%... e se desfazer das acções do BCP!!! a CMVM para variar não suspende o titulo, até se esclarecer estas noticias... Regulador??? Chamo mais compadrio...

jm, 07/08/09 12:15
E assim teremos mais umas centenas de lojas chinesas, além das que já inundam o nosso pobre País...

Cheli&Chela;, 07/08/09 11:56
O preço do petróleo deixou há muito tempo de ter qualquer relação com a dinâmica da oferta e da procura no mercado mundial. Se, aos stocks a aumentar há 4 semanas nos EUA, juntarmos os stocks crescentes de petróleo nos petroleiros das petrolíferas, ancorados por esse mundo fora, temos uma ideia de quanto a especulação mundial tem forçado o preço desta matéria-prima. O pavor dos Estados de que a deflação se acentue e ponha em causa "as douradas perspectivas" de retoma económica, ou o fim da recessão, apregoadas por Obama e os G-19, "explica" porque às poderosas forças especulativas privadas se juntam as públicas. O único preço que sobe neste momento é o do petróleo, e está tudo dito. Outro exemplo: hoje mesmo se anuncia uma retoma mensal forte da exportação alemã em Junho. Tudo bem em teoria: a China voltou ao mercado das compras de máquinas-ferramentas, automóveis, etc. Mas, hoje mesmo também, uma organização sindical da polícia alemã denuncia que, desde que o esquema de troca de automóveis velhos por novos foi introduzido na Alemanha, organizações do crime internacional já exportaram mais de 50.000 veículos velhos, que de outro modo iriam para a sucata. ...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

A Epopeia das Trevas (39)


O que aconteceria se desvendássemos, falássemos, abríssemos a nossa alma? Fazer o invisível, visível? Há muito receio supersticioso. As pessoas vivem noutro mundo possuídas pelos cultos religiosos.
A História recheia-se de guerras santas, de extermínios, de cultos de libertação. Todas, asseguram-nos, são libertadoras. Então porque continuamos oprimidos? Porque não são guerras de libertação. São guerras de continuação da opressão.

Durante muitos anos da minha vida ensinaram-me que os outros povos eram atrasados, incivilizados. Necessitavam do alimento feérico da fé cristã, da condução paradisíaca. Libertar-se-iam dos seus deuses, desconheceriam a maldade, sombras, trevas do paganismo demoníaco. Em consonância os políticos arremetem-nos vida melhor, e a religião promete-nos viver no paraíso eterno. Mas quando um governo se irresponsabiliza perante os cidadãos no abastecimento mínimo de água, luz, comida, chapas de zinco para refazer alojamento e alguma roupa, isto é escravidão. Comparando os tempos, os modernos ultrapassaram os antigos. Nunca aconteceu na História tanta escravidão, submissão, espoliação como actualmente.

Os Jingola autóctones colonizados libertaram-se. Os seus libertadores sangraram o fim colonial e esclavagista. Em seguida como navios escoteiros desbordaram a humanização da História. Submetidos às leis modernas da nova escravatura, às leis da imutável fome, às leis das epidemias que a acompanham. É o destino dos povos, a frustração da História. Isolados como ilha perdida algures em qualquer oceano, à espera da morte salgada. Regimes de excepção suspensos em actos anticonstitucionais, empresariais, actos gratuitos. Não há mandados de citação, há mandatos penais. O poder empresarial é oculto, temeroso. Governante que não caminha pelo meio do seu povo, é impopular, receoso.

A tuberculose galopante inscreveu-se no quadro das epidemias. No hospital os lugares disponíveis são insuficientes. Apesar de alguns novos focos, a cólera, dizia-se, já não assustava. A equipa médica afirmou que seria extinta nos próximos cinco anos.

Este é mundo de dinossauros, seres de pedra com mentes de fontes incoerentes que inutilizam a validade da luz natural, cerebral. Ocos de linha dura, anzolam-nos na sua demência. Prescrevem-se choques nos tecidos tenebrosos mas, os encéfalos teimam que dependemos da inutilidade deles… perfeccionistas da lei de Murphy. Carentes, crentes no poder vitalício permanecem esqueléticos até à morte, a desordenar. Desusam o sentimento de culpa, não antecipam formação de jovens substitutos. Enfadam-se na demagógica criação de empregos, nas oportunidades à massa cinzenta rejuvenescida. As pontes desabam, a do poder não.
O homem mais poderoso e o homem mais fraco não têm a mesma importância. O homem mais fraco é mais importante, porque a qualquer momento derruba o homem mais poderoso

O meu melhor amigo é o silêncio do odor da santidade florestal embalsamado, dos lamentos confessados, convictos. Os meus inimigos são os quatro cavaleiros do apocalipse: o especulador imobiliário, o advogado, o especulador financeiro e o agente funerário. Mas, o meu maior receio é ser queimada por heresia.
Acreditamos, defendemos resoluções, revoluções, e depois deixamo-nos arrastar na correnteza da odienta pobreza
Educaram-me, ensinaram-me, reeducaram-me que a civilização Ocidental é superior. Mais tarde descobri com sorrisos solitários, o quanto estava lesado. Não produzi estátuas ou outras obras de arte porque a minha beleza, o purismo das minhas formas, são renascimentos para os artistas amantes dos superiores primitivismos. A minha civilização é inferior na tecnologia, mas é superior na minha outra impressão de sol nascente.

O Cavaleiro do Rei (48). Novela


Depois de passar a ponte levadiça e antes de chegar ao fosso, um guarda junto da Grande Muralha alarma. Epok aproxima-se, interroga-o:
- Quem roubou as piranhas?
Ninguém sabe, ou não quer responder. Epok olha para baixo. Vê um grande buraco cavado por baixo do Grande Muro. Agora já sabia como os géneros e as piranhas desapareceram. Junto ao túnel estava um papel pendurado com uma espinha de peixe que dizia: OS PESCADORES DO ROBIN ALAMEDA SQUAD. Epok previne o chefe da guarda:
- Ponham guardas de metro a metro.
- Já fizemos isso.
- Ponham arame electrificado.
- Quase há cinquenta anos que a luz está sempre a falhar.
- Temos os geradores.
- Roubam as baterias e o combustivel.
- Se isto acontece na Grande Muralha do Grande Palácio Castelo-forte, não quero imaginar como será no reino e vice-reinos.

CAPÍTULO XIV
O Real Santo Ofício

Esta aliança de interesses empresariais moderados com uma estrutura mafiosa de poder está na base do fato de sermos hoje o país com a distribuição de renda mais injusta do planeta, de não conseguirmos alimentar o povo numa terra tão bem dotada de recursos naturais, de sermos balançados pelos esquemas de especulação financeira como qualquer república de banana. A verdade é que a estrutura mafiosa de poder, e a corrupção sistêmica que a sustenta, tornam inviável qualquer esforço de reforma do Estado, de modernização institucional, de evolução para uma sociedade civilizada.
In O mosaico partido. Ladislau Dowbor


Entretanto, a anunciada manifestação dos estudantes republicanos, que apenas pediam os passes de acesso aos transportes reais, apesar destes estarem autorizados há seis meses – sempre os seis meses – proibiu-se. Parece que ninguém se lembra, ou é cego, que existe espalhado por todos os cantos do reino o seguinte:

NÃO SÃO PERMITIDAS MANIFESTAÇÕES NO REINO!

Mesmo assim os jovens republicanos não desistem. Animados do mais profundo ideal, com o sangue a escorrer e a ferver nas artérias juvenis do corpo ávido de patriotismo, marcharam contra os diabocratas. O Real Santo Oficio aguardava-os, prevenido pelo zeloso alcaide-mor, vice-rei do condado Jingola.

A guarda pretoriana conduzida em quadrigas puxadas por quatro cavalos brancos simbolizando a vitória real, investiram contra o que lhes tinham dito, que eram milhares de jovens leões esfaimados. Pescaram vinte. Treze leões e sete jovens leoas que parecendo peixes atiraram-nos a esmo para debaixo dos pés dos condutores. Conduzidos à presença do grande inquisidor, antes passaram por um túnel que lembrava as noites muito escuras das ditaduras. Ratos e morcegos circulavam felizes na liberdade oferecida a baratas e restos de lixo. Ouviam-se gemidos que qualquer coração não suporta. Pararam junto a um altar de sacrifícios. O grande inquisidor oferece aos olhares a tranquilidade das suas vestes brancas, que acompanha com uma cruz papal. Levanta-a e começa o interrogatório:
- Acaso procurais o Santo Graal?

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Os piratas do Golfo da Guiné


A população consome-se nas chamas da intolerância.

A verdade que os políticos não querem ver, é que no fundo de cada desempregado, espoliado, deserdado, excluídos da sociedade e esfomeados existe uma Al-Qaeda.

No tempo do colonialismo, o negro apartado da sociedade roubava a roupa estendida e o que estivesse à mão. Hoje, independente, vê como uma desgraça natural as terras dos seus ancestrais espoliadas, especuladas a 2.500.00 dólares o metro quadrado. Os casebres e pertences reduzidos a pó como na Somália. Vive em campos de concentração, dependente da mais atroz escravidão.

De vez em quando recebe um pouco de água e luz. Os estrangeiros roubam-lhe o emprego. Não tem direito à distribuição dos rendimentos do petróleo. A única benesse ofertada é estádios de futebol e de basquetebol que acirram a miséria e retiram os orçamentos dos hospitais. Que se transformam em castelos pavorosos do mais cruel vampirismo. São os hospitais do terror.

Governado à Myanmar o angolano deixa-se abandonar governado por quatro letras que já não dizem nada. São as letras da Transilvânia. Estamos encurralados no poder do bando de piratas do Golfo da Guiné que nos querem matar à fome.

Custa a acreditar como ainda regimes ditatoriais subsistem, como se vivêssemos na Idade das Trevas. Não há dinheiro para hospitais mas, para estádios de futebol não falta. Como se permite nacional e internacionalmente que pessoas tão mal-afamadas permaneçam no poder?

Como acreditar nos políticos mundiais pois se eles apoiam o neocolonialismo e a escravidão? Continuamos a viver na hipocrisia e na mentira. Os políticos actuam, seguem os exemplos destrutivos dos violentíssimos ventos devastadores e tempestades.

E eternamente felizes para sempre estarão no eterno poder da estadolatria. Na produção das desconfianças diárias e tumultos que se sucedem neste campo de concentração de Luanda criado por mentecaptos imperiais. Uma catástrofe que amadores politiqueiros desencadearam. Um fogo ateado que não se consegue extinguir.

Para os hospitais funcionarem é precisa vocação, para a governação qualquer idiota serve. Isto não é um governo, é um fabricante de delinquentes, corruptos e especuladores. É um governo dos abismos da morte.

Imagem: http://sol.sapo.pt/photos/bangon/picture136734.aspx

O Senhor dos Estádios


Há governantes que para demonstrarem convenientemente a sua governação deveriam indumentarem-se de arcos, flechas, tangas e machados de pedra.

E o Senhor dos Estádios enviou esquadrões de cavalaria, matilhas de cães raivosos, demolidores para devorarem populações. Colunas de tanques, tudo o que é e não é polícia. A sua guarda pessoal e impessoal. Todas estas forças para a invasão e reconquista do Iraque de Luanda. Desgraçados… porque se lembraram de inventarem um nome assim para um bairro?!

E o Senhor dos Estádios satisfez-se com tamanha malvadez, pelo sofrimento que flagelou as populações que lutaram para ele continuar eternamente no poder. E conclamou os seus amigos para na terra destroçada erguerem estádios e outras desorientadas construções. Só em Angola é que está a dar. É tudo tão fácil. Corre-se com a população e constrói-se. Quem refila leva nos cornos.

O Senhor dos Estádios tem apenas uma ideia fixa: mais estádios, mais futebóis, basquetebóis e caubóis. E o seu reino infestou-se de carniceiros e cães pardieiros que semeiam muitos estádios de futebol, muitos prédios, condomínios, torres e demais desordens. Às populações ordenaram-lhes que se concentrassem nas tendas dos campos de concentração. E que depois serão encaminhadas para as câmaras de gás que sobraram dos nazis.

E o Senhor dos Estádios ordenou aprontar grande negócio nacional e internacional. Calculando afronta da população orientou aos milhões de dólares guardados no cofre de âmbito pessoal, que se gastassem quantias principescas nas polícias e exército para baterem onde dói mais… na população. Chamou mais estrangeiros para apoiarem o plano da devastação populacional final. Estrangeiros, daqueles revolucionários com elevadíssimos salários, e incomensuráveis mordomias. Dividiu com esses agentes o dinheiro do petróleo. E aos seus súbditos tendas… mais nada. As crianças no futuro do amanhã muito incerto choram abandonadas dia e noite, estateladas na macabra tempestade petrolífera.

E o Senhor dos Estádios obrigou os desgraçados das tendas a prepararem, a festejarem os milhões gastos no Can 2010. Difícil é a agua, a luz, sem emprego, e o dinheiro para o pão está cada vez mais difícil. Os preços vão subindo, subindo. Com tal tratamento e agradecimento, os que votaram no Senhor dos Estádios, ele sabe que a cólera os enviará para os céus. Porque para os infernos irão eles. Lenta e seguramente a população escasseará. A prova disso é que já não há espaço nem médicos que cheguem nos hospitais (?).

O Senhor dos Estádios assume que esta gentalha dos casebres chateia muito. E a discriminação é tal, infernal até nos cemitérios. Há-os para ricos e para pobres. Dantes a nossa luta era contra os brancos, agora é entre nós. A única lei que funciona é a da pedra. O demónio tomou conta definitivamente desta cidade. Até os gatos miam tão estridentes, (será alguma vingança, alguma manifestação de protesto? mas, as manifestações estão proibidas, exceptuando as do poder, claro) imitam vozes de criancinhas. É arrepiante, já não são as noites do cio da gataria.

A Epopeia das Trevas (38)


- Senhora, passa aí duas bombas.
São dois saquinhos de plástico transparentes. Bem visíveis saltam letras maiúsculas: Bad Whiskey. 43% Volume. Rápidos, entornaram a uíscada pelo túnel estomacal. O lirismo invadiu-os. Descolaram mais dois saquinhos que emborcaram. Os desejos reprimidos extravasaram.
- Porra pá! Esta merda é demais!
- Puta que o pariu!
- Hum, se alguém me chata, vamos se matar!
- Apetece-me uma pistolada!
- Eu também!
- Vamos se torrar!

As palavras espumavam bucais nos antes pacatos servidores dos bens alheios. A desfaçatez estonteou-os.
- Ó senhora, bombeia mais dois. Pagamos amanhã.
- Já estão admirados, desestruturados, os olhos orbitados… não vão reassegurar a empresa?
- Quero lá saber da empresa!
- Vamos se encostar no quarto mundo do passado, no presente, sem futuro.

As minhas passadas seguem o habitual ritmo compassado da luta continua… do cantar de José Afonso:

Ó cantador alegre
Que é da tua alegria?
Tens tanto para andar
E a noite está tão fria

Degeneração moral é vista como inevitável na ausência de controlos sociais contra ganância e competição. William Golding

O homem aprendeu a dominar, a piorar, amarrou a Natureza. Julgou-a como um banco de fundos ilimitados. Saques, saques a fundos perdidos. Finalmente abandonou-a, divorciou-se, desamou-a. A Natureza domina o homem, ele surge nela como planta daninha. Está a mais, não faz parte da equipa. Deus criou os homens para divertimento. Sorri, vendo-os exterminarem-se com as armas que todos os dias inventam. Hipocritamente inventaram a esperança, a espera contínua da morte. Dizem carregados de profunda maldade, que é a ultima coisa que resta. É a maldade sem limites. Matam e depois choram os mortos.

Oh, esta saudade, esta tristeza do alvor da perdida Natureza.
Para quê tantos instrumentos sofisticados, se basta observar formigas para prever as inclemências do tempo que nos desassossegam.
Desentendo porquê os seres humanos estão sempre muito ocupados. Falta-lhes tempo para observar uma árvore.
As religiões estão ultrapassadas, nada mais têm a desdizer, temos que as substituir por aquelas que amam a Natureza.
O alarde altipotente: vamos trabalhar, viver, conviver diariamente com a hipocrisia e a vigarice? Não é possível desumanizar assim! Temos que refutar, reabituar, resgatar a insolvência da nossa sobrevivência. Lutar antes do entardecer. A limpeza de alma da Natureza ciclicamente destrói os homens. Poupa alguns para recomeçar o ciclo do deixar o circo pegar fogo. Os elementos da Natureza conscientizam-se: «eis que retomam a multiplicação, um nunca acaba, vão hostilizar, cometer as atrocidades anteriores arquivadas no déjà-vu. Quanto baste, acabamos com eles».