segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Epopeia das Trevas (67). Não acreditavam que os cumes do Kilimanjaro nevavam



Dos meus idiomas suaíli, bambara, ioruba, umbundu, kimbundu
Fizeram, inventaram um parque jurássico amacacado
A mareante escolha, dos escolhos da especial especiaria

A primeira descoberta que os mareantes, navegantes em terra
Toparam de chofre foi a minha sensual nudez
Há séculos que fui descoberta
Quase, quando chegaram a coberto
Na coberta das naus e não viram
Que me descobriram
já estava há muito descoberta

Na nudez que inventei
Gritaram-me cafreal quando impus o biquíni
No nu, na nua quente céltica ritual africana floresta

Ainda conservo o quente da tez, da minha nudez
Continuo lenda tua, Montanhas Lendárias da Lua

Não acreditavam que os cumes do Kilimanjaro nevavam

O meu nome, são muitos nomes inventados
Indígena, nativa, cafre, gentia, negra, macaca, escura
E na região da religião…demónio
Violentada dos que vieram dos mares violentos
E viram outros calmos
Não tínhamos que trabalhar
A Natureza era o nosso senhor

Chamaram-me cafre porque amo as cachoeiras
E ouviram-me falar com as minhas amigas
Dos troncos, das ramagens e folhas verdes
As águas dos rios e as árvores
Inventaram o recuo do tempo porque não tínhamos palácios iguais aos deles
Os edifícios que os nossos deuses construíram
É o que resta da civilização Branca
Redescobriram os velhos mares antes navegados
Ainda hoje estou encoberta
Por isso teimam que continuo descoberta
Era, sou diferente por causa do amarelo tórrido
Do disco solar, equatorial tropical

A púrpura das Montanhas da Lua
Atira os cumes da nobreza da pérola
Tenho esperança em dias piores

A vida é muito simples mas complicamo-la
Sem pensar, preferimos a dor
Da perda da voz, da fuga com passos apressados
Incertos, incerta vou, onde ninguém me espera

Abandono de trabalho (?) 30Nov09

domingo, 29 de novembro de 2009

A Epopeia das Trevas (66). Aretha Franklin


E de glória me glorifiquei quando a Aretha santifiquei

e no seu halo me cantou. Espiritualizou o reino

Da Rainha da minha alma. Não canta para nós

Encanta Deus

Ela transferiu-me a dimensão da Paixão do esconderijo evangélico

Quando enfrentamos problemas, redobremos

Cantemos, cantemos

Os governantes oprimem os povos

Queremos uma resposta, não duvidamos da aposta

da intolerância da fome. Governar é esfomear

E os espirituais são uma Aretha de alerta

As vozes tão celestiais, tão, tão… espiritualmente Negras

Deus ofereceu a distinção negra à melodiosa Negra

Com voz tão imortalizada, tão celeste

Se essa voz é o Céu, quero ir já para lá

Há dois Céus: um do Senhor, outro da Aretha

Adoro ambos

Aretha segredou-me o porquê do sorrir, do estender do seu dedo:

«Indico o bom caminho da Redenção. Só há um Deus

no Caminho do abrir um sorriso no meu dedo»

Embeveci-me, acho que me clarifiquei muito bem:

«Aretha! É fácil apontar para a degradação moral e social

mas o nosso olhar rebaixa-se perante quem governa tão mal»

Experimentámos um barco pacífico a remos e remámos

No lago de águas remadas, acalmadas, aclamadas

E o Senhor evangelizou as águas angélicas. Pregou aos jasmins

e as águas muito suavemente agitaram-se

Intensamente penetradas, perfumadas. E revelaram-se

e possuíram todo o vivente. E todos rejubilaram

Deus existe sim senhor! Revelou-se

Aretha Franklin, encomenda do hino da festa especial de Deus

E o Mestre das Estátuas deu-lhe som e tom, esculturou-a Universal

Imagem: http://img.timeinc.net/time/time100/images/main_franklin.jpg

A Epopeia das Trevas (65). Tatiana Rusesabagina


O feitiço do Ruanda uniu-nos
quando abracei a minha querida amiga Tatiana Rusesabagina
Resta sempre a lembrança da Ocidental matança
Que as guerras dos negros só a eles pertencem
Têm o direito ancestral adquirido de se matarem como bem entenderem

É a guerra deles, é entre eles. Que se matem, que óptimo!
Exterminarem-se! Quantos mais melhor porque incomodam muito
São desvios da civilização, convertidos à força, à forca do cristianismo
Como sempre os Brancos fugiram
Deixaram, abandonaram nas ruas feitas de pó
Que não se comoviam perante os necrotérios
Cemitérios ao ar livre, improvisados

Massacrados, esquartejados, assim ficaram os corpos, e os seus restos
abandonados. Desprotegidos, entregues ao sol que no solo os requeimava
decompunha-os. Parecia tudo tão irreal, como sementes lançadas à terra
sem estar lavrada. Agricultores loucos que plantam cadáveres
e aguardam que nasçam plantas para renovar, continuar a matar
Estimular o ódio para que sirva de pretexto ao genocídio
e depois apelidá-lo de Estados Bárbaros

Antes eram as cruzadas para libertar Jerusalém
Agora são para libertar Negros, e todos os dias há
Cruzadas negras, matanças de pagãos
Cadáveres espalhados, habituados porque perderam
a importância, ganharam o desprezo da abundância
A África Negra é um Ruanda diário

Os campeões da democracia são perenes na convivência
Conveniência, apoiam as ditaduras amigas que garantem a sua sobrevivência
É como a literatura militante, defende o passado
Obscurece o presente, elimina o futuro
Somos nómadas, passamos o destempero a fugir dos tiros
e das catanas
Somos alimento para chacais, hienas, e abutres
E os partidos políticos partem-se na mama, da dinheirama

Há muitos brilhos, mas os sonhos permanecem escuros, obscuros

Imagem: http://www.blackfilm.com/i3/movies/h/hotelrwanda/010_l.jpg

Divagações 29Nov09



DIÁRIO ECONÓMICO

viriato, | 14/10/09 10:12

Aí está mais uma investida da família "Santos" para se precaver de possíveis convulsões, aquando da saída do poder do "paizinho".

jm, | 14/10/09 10:46

Independentemente de outras avaliações, que dizem respeito aos Angolanos, sempre é melhor que invistam em Portugal do que na concorrência. O único problema é que se Francisco Louçã alguma vez chegar ao poder, vai ter que pedir muito dinheiro emprestado a Cuba ou Coreia do Norte para lhes pagar...

ABN, | 14/10/09 11:00

Estou-me a borrifar para os bancos que entram ou não entram em Portugal mas é extraordinário vêr a LATA com que, desde uma Chefía de Estado, se saqueia descaradamente um país cuja população vive na mais dura das misérias! Tudo, em Angola, é do Presidente ?? E porque razão o povo angolano não se chateia ??

Rui, Almada | 15/07/09 13:08

Mas do que é que estavam à espera???

GLOBALIZAÇÃO

Já ouviram falar???

Tudo o que é industria e não só, está lentamente a ser transferido para a China e India, para depois os "Europeus e Americanos ricos" comprarem.

Aqui a grande questão que se coloca é a de saber qual será o dia em que nós já não teremos poder de compra.

Quando isso acontecer terão que ser os chineses a comprar, como tal tem que lhes aumentar os salarios e aí talvez as empresas voltem para a Europa pois os trabalhadores já não tem regalias e só querem um trabalho e sujeitam-se a trabalhar 12 h. por dia por um misero salario tal como agora fazem os nossos amigosdo outro lado do mundo.

José, | 06/11/09 14:58

Ainda ninguem percebeu que o mercado mundial de capitais tem estado totalmente controlado por dezenas de bancos que precisaram de dinheiro dos governos?

Se o mercado de capitais não subir bastante eles não tem meios para enfrentar os buracos de triliões que tem nas contas. Vão negociando entre eles a compra e venda de acções para que os pequenos investidores adquiram algumas quando estão a subir. Assim eles conseguem lucros e vão despachando as acções ao mesmo tempo que baixam o valor unitário de cada uma das que possuem.

Na bolsa de materiais de londres descobriram que 1 só empresa tinha adquirido todos os negócios de retalho de aluminio nos últimos 12 meses.... mesmo assim ainda andam a ver quem será a pessoa responsável pois a empresa está sedeada fora da europa... noutros mercados está a acontecer o mesmo.

Miguel Nogueira , Seia | 18/11/09 14:20

É caso para dizer, k neste momento nem nas calças k trago vestidas acredito, pk só se vê corrupção em tudo o k é de grande, pk os pequenos mal ganham para levar uma vida desafogada

Afonso, LX | 18/11/09 14:33

Há que lutar pelos direitos dos depositantes. Antes que este problema começar a passar para os PPR de capital garantido.

Abandono de trabalho (?) 29Nov09

sábado, 28 de novembro de 2009

Luanda, chuva forte durante duas horas


«Ruas dos bairros suburbanos ficaram alagadas e os moradores sitiados nas suas casas. Vias sem saneamento ou com os esgotos tapados pelo lixo provocaram em grandes áreas de Luanda autênticos mares de água.

… grandes lagoas que fizeram desaparecer as ruas.

No Sambizanga o trânsito era caótico. O caudal que corria das ruas ultrapassava os pneus dos carros. Os peões andavam com água acima do joelho. No Rangel a situação era ainda pior. Os moradores já não se preocupam porque estão habituados às inundações. Para cúmulo as obras de reabilitação das ruas foram incompletas. Ninguém se lembrou do saneamento. Vimos cabos eléctricos caídos nas ruas inundadas.»

In Yara Simão no Jornal de Angola

Abandono de trabalho (?) 28Nov09

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Luanda, desenvolvimento económico e social 27Nov09


Apagões

17Nov09 das 18.30 às 23.00 horas

18Nov09 das 09.30 às 10.00

20Nov09 das 17.50 às 23.00

23Nov09 das 11.25 às 17.45

26Nov09 das 16.00 às 22.07

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Abandono de trabalho (?) 26Nov09

A revolta dos escravos. Insistiram na posição de que mulatos e negros simplesmente não eram pessoas


Por Aloisio Milani
© AKG IMAGES/LATINSTOCK

BURGUESIA NO PODER Mirabeau, representante do Terceiro Estado, gritava que caso os latifundiários colonialistas não considerassem os negros como homens de direito seria equivalente à França ter de admitir, em sua representação política, também os “cavalos e as mulas”. Num golpe, a burguesia francesa conseguiu criar uma Assembléia Nacional, o que contrariava os interesses da monarquia. A revolução começava. Na visão do autor C.L. R James, que escreveu Os jacobinos negros, o mais importante registro daquelas revoltas, essa discussão atrelava, por fim, as fortunas de São Domingos à assembléia de um povo em revolução. “Dali em diante a história da liberdade na França e da emancipação em São Domingos seria una e indivisível.” O rei Luís XVI ordenou a dissolução da assembléia. As forças populares tomaram a Bastilha, símbolo do absolutismo. Na prática, o rei perderia poder. Em 1790, com o andar da revolução, foi permitida a formação de uma Assembléia Colonial. A sociedade de São Domingos mantinha uma divisão entre latifundiários, brancos pobres, mulatos livres e escravos. Nos debates na colônia, permanecia o conservadorismo do statu quo.

General Henri Chrsitophe, óleo sobre tela, autor desconhecido, século XIX, Consulado do Haiti, Rio de Janeiro

Henri Christophe se tornou presidente em 1807 e rei em 1811

A Assembléia Constituinte, na França, em 1791, aprovou a igualdade de direitos entre todas as pessoas em São Domingos. A medida permitia o voto dos mulatos, mas ainda não era a abolição da escravidão. Sua repercussão na colônia era questão de tempo, pois tinha se reconhecido o direito de “homens de cor”. O clima revolucionário contagiou as ruas de São Domingos. Muitos escravos, alguns mais próximos aos centros onde ocorriam os debates, começavam a entender a dimensão da oportunidade. Ricos fazendeiros viam a decisão da igualdade de direitos como uma ameaça brutal. Insistiram na posição de que mulatos e negros simplesmente não eram pessoas – uma rasura mal emendada da regra. Paralelamente aos protestos dos mulatos contra os brancos, os escravos começavam a se organizar. Não mais como o quilombola Mackland.

Na planície do norte de São Domingos, onde os canaviais se alastravam lado a lado por dezenas de quilômetros, um capataz (e também sacerdote do vodu) liderou uma rebelião. Boukman planejou atear fogo nas plantações, exterminar os brancos e tomar a colônia a partir de Lê Cap. Quando começou a revolta, os escravos destruíram completamente as fazendas. As plantações viraram cortinas de chamas e fumaça. Os latifundiários foram executados. O ódio dos negros aflorou e Boukman começou a revolução negra.

Os escravos da parte sul e do lado ocidental engrossaram o coro das revoltas. A repressão aumentou. Boukman foi morto em luta, mas o levante não parou. Os insurgentes passaram de 100 mil e ganharam adeptos. De uma onda de fúria, o movimento amadureceu e abraçou a bandeira da liberdade e da independência.

Ao lado dos primeiros líderes, como Jean François e Biassou, outro ex-escravo demonstrou excelência de planejamento militar e conhecimento de política: Toussaint L’Ouverture. Ele recebeu certa liberdade de seu senhor de engenho para tocar a fazenda, teve acesso a alguma literatura e não foi submetido aos suplícios dos maus-tratos. Possuía uma intuição política acima da média e logo se tornou um dos comandantes da revolta. Unificou e organizou um exército que poderia derrotar tropas européias.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Epopeia das Trevas (64). Phillis Wheatley


A saudade dói, é uma ferida ao lembrar o valor da amizade de uma amiga
Um caçador de escravos privou-a da liberdade com apenas oito anos
Obrigaram-na a não apanhar mais mangas, abacaxis, bananas
as frutas dos selvagens

Perdeu para sempre o interior, os segredos do feitiço da sua Mãe
a selva africana. Embarcou órfã na mãe negreira
Oh! Não me façam mal! Prometo nunca mais fugir dos Brancos

Não subirei mais às costas das palmeiras. Não mais me refrescarei
saciarei na água dos cocos. Porque não mais os verei, comerei
Os meus pais, irmãos, amigas recordarei. As marés nas areias não abraçarei
A manhã está tão cercada, sombreada irreal
Desnudou-se para me saudar. Vejo a proa do navio negreiro
Que me há-de levar, a deslizar. Não há, não vejo, não vem ninguém
Para me apoiar, ajudar a salvar
A margem afasta-se, acho que me envia um sorriso

Já estamos longe. Não sabia que o mar era assim grande
tão imenso. Ainda bem que o navio negreiro não tem medo dele
parecem tão amigos. Deve ter muitas mãos que o seguram
Senão afundava-se. Sinto medo desta grandeza e desato a chorar
O traficante de escravos grita-me. A sua voz é tão potente
que o oceano treme. «Ó especiaria, recolhe-te no cubículo!»
Gravou na memória os sulcos da proa negreira que rompia avidamente
as correntes marítimas. As vagas revoltadas acompanhavam a pressa

Da chegada sem destino. De tão longe conhecida
aportou em Boston, um Novo Mundo desconhecido
Alguns dos modernos navios negreiros que refazem a rota
antes africanizada, juram com pavor
que viram um navio fantasma, o Wheatley voador
Um comerciante rico comprou-a, ofertou-a como criada para a sua esposa
O senhor dos escravos nunca poderia saber

Que importou, comprou uma poetisa, um condor
As plantações das ilusões escravizam-nos, como multidões
A senhora deu-lhe a estudar geografia, história e latim. Se todos estudassem…
Aos treze anos demonstrou afamada poesia

Com vinte anos na Inglaterra publicou-a
Exótica africana com escala no Novo Mundo
Phillis Wheatley acabou na lei da selva. Trinta e um anos de fervor cristianizado
Longe do calor silencioso, da brisa acariciante, selvagem terna
Dos rios engolidos pelos vales da poesia negra. Apagada, desconhecida
Viva no seu coração negro, conhecida nos seus pensamentos
De muito claros e intensos movimentos

Imagem: http://farm1.static.flickr.com/41/101590847_d9af3b419a_o.jpg

O Cavaleiro do Rei (72). Enterramos os nossos entes queridos e vinte e quatro horas depois já não nos lembramos deles.




Repito: somos seres inúteis. Não fazemos nada. Passamos o tempo na casa de banho. A vestir e a despir, a calçar e descalçar, a comer, a beber, a ver jogos de futebol, a lavar e a polir o carro. Gastando inutilmente água que deveria ser utilizada em campos de cultivo para a obtenção de comida saudável. Com tratamentos médicos contra as gripes e que a cada ano sempre aparece um novo vírus. Perdemos grande parte da nossa vida a experimentar um novo fato. Por isso Einstein só tinha três… todos iguais para não perder tempo na escolha.

Enterramos os nossos entes queridos e vinte e quatro horas depois já não nos lembramos deles. Tornámo-nos palhaços de um grande circo diário. Consumimos o tempo que nos resta nos e-mails. Para vermos a lixeira dos iguais ou piores que nós e que quase nunca nos enviam nada de interessante. Sumariamente enviam-nos uma desajeitada imagem de Jesus Cristo.
Nunca pensaram no tempo que perdemos a abrir e a fechar portas? Sempre com medo dos assaltantes. Contem as vezes que abrem e fecham portas durante um dia.
Não conseguimos efectuar o salutar acto sexual porque alguém nos bate à porta, ou o telemóvel toca. Pior ainda é quando ela ou ele diz:
- Estou cansada.
- Estou cansado.
Quando apetece a um fazer amor não é possível porque o outro diz que está cansado. Não sabem viver. A vida acabou. Pobres seres humanos que não despertam.

O patrão é um ditador, todos os patrões o são. Onde estão os comunistas? Será que desapareceram para sempre? Foram extintos? Ou tornaram-se patrões?
Andar na moda. Para quê a moda? O que interessa é vestuário para o frio. No calor podemos e devemos mostrar a nossa nudez. Que nos interessa a moda do vestuário? Inventam cada coisa.

Perder tempo numa festa. Na inutilidade do não conseguir derrubar os que nos oprimem. Milhões trabalham para meia dúzia de patrões. Estamos muito pior que no tempo de Marx nas fábricas da Inglaterra
Temos que “destruir” os que nos querem destruir. Ficaremos livres para sempre. São eles, os bancos, que apoiam a nossa miséria. Porque quem nos explora vem de lá, apregoando os valores democráticos deles. Que temos de ir para a frente com as máquinas deles, com a sua tecnologia, mas nós não precisamos disso para nada.

Só nos enviam pedófilos, (com inumeráveis que já temos), cleptómanos, falsos engenheiros e doutores. Os que aqui chegam deviam fazer-lhes um exame psiquiátrico. Eles são quase todos doentes, dementes. Só enviam para aqui maníacos.

Que o petróleo é importante para a nossa economia. É mas é para a economia deles.
Gastamos o tempo em compras e a fumar cigarros. A igreja não consegue, pelo contrário, aumenta as nossas angústias. Nada nos resta porque não sabemos em quem acreditar.
Continuamos como sempre na liberdade que nos prometeram. Vamos para o trabalho que não temos, regressamos… e é só.

Jornal de Angola 21 de Novembro de 2009




Diário do Povo. Órgão marxista-leninista da junta militar

Selecção nacional de Futebol colocada num grupo favorável. Afirma o Presidente José Eduardo dos Santos.

Presidente do Parlamento pede a todos os organismos empenho na promoção dos direitos das crianças.

Estratégias de emprego. Gestores elevam competência na Lunda-Sul

Protocolo de Kyoto. Deputados angolanos lamentam a posição dos países poluentes.

Ndalatando. Fundo Lwini promove Natal das crianças

Editorial. Os debates e os consensos. É evidente que nem tudo é perfeito, mas partindo do princípio de que “muitas cabeças juntas pensam melhor” a Comissão Constitucional tudo está a fazer no sentido de se elaborar uma Constituição que reflicta todas as sensibilidades.

Brasil. Lula da Silva rejeita concorrer a terceiro mandato

Diversos vende-se. Água potável, em cisternas de 5 a 7.000 litros, entrega ao domicílio.

Diversos perdeu-se. Passaporte chinês em nome de Wuzheng Ming, Zhang Bin, Zhau Lei e Wang Ping Jun.

A escola nacional de administração realiza dia 26 de Novembro. As Responsabilidades do Sistema Bancário no Fortalecimento da Economia Angolana.

IURD em mais uma acção social

Informação geográfica de Angola tem os elementos desactualizados

Venda de bebidas alcoólicas proibidas nas ruas de Luanda

Violação dos direitos da criança exige do estado sanções severas

A rádio Kwanza-Norte emite em toda província

Literatura. Prémio Caxinde ficou por atribuir











Jornal de Angola 17 de Novembro de 2009




Diário do Povo. Órgão marxista-leninista da junta militar

Oposição cria Fórum de Concertação. UNITA, PRS, PDP-ANA, POCs e a comissão instaladora do Bloco Democrático assinaram, ontem em Luanda, uma declaração constitutiva do Fórum de concertação Política.

Segurança. Polícia nega violência contra os chineses.

Optimismo com a retoma. Preço do barril de petróleo sobe em Londres e EUA.

Programa de emergência está em marcha. Novas centrais garantem a Luanda mais energia eléctrica e sem cortes. Mais projectos para Luanda.

Reino Unido. “ A grande aposta do Governo assenta na Educação e Saúde”. Afirmou Ana Maria Carreira em Londres.

Primeiro-ministro angolano anuncia conferência regional da FAO no próximo ano em Luanda.

Cabinda. Fábrica de água mineral reforça parque industrial. Rio Lucola em vias de extinção devido a construções ilegais nas margens.

Editorial. Economia e justiça. A justiça tem de acompanhar todo este processo de mudanças, estruturais ou conjunturais, que se assiste ao nível da nossa economia, sobretudo agora que se verifica uma tendência de aumento do investimento privado estrangeiro e nacional.

Tensão. Grupos rivais na Somália travam intensos combates

Grupo Sonae nega interesse no mercado angolano

Empresa Nacional de Ferro garante milhares de empregos

“ É preciso plantar árvores em Luanda”. Governo Provincial constrói uma “Árvore Ambiental” com garrafas de plástico.

Reforma educativa. Ensino técnico profissional abre as portas à qualidade

Bié. Malária preocupa autoridades

Pescadores artesanais satisfeitos com modernização das pescas. Lubango come peixe fresco dos rios.

Instituto das Indústrias Culturais lançou obras de Óscar Ribas


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Bancos do terror em Luanda sem petróleo

Luanda, desenvolvimento económico e social:

23Nov09, apagão das 11.45 às 17.45 horas


No dia 15 de Novembro de 2009, na agência do BPC-Banco de Poupança e Crédito da Maianga, um familiar meu queria levantar oitenta mil kwanzas e o funcionário respondeu que o banco não tinha dinheiro.

O meu familiar girou por quase todas as dependências bancárias de Luanda e informaram-lhe: «Estamos sem dinheiro.»

No mesmo dia desloquei-me à dependência do banco BPC na Sagrada Família para reconfirmar a anomalia bancária. Queria levantar 5.000.00, cinco mil kwanzas, para pagar a taxa de circulação automóvel e a resposta reconfirmou-se: «Estamos sem dinheiro.»
Será que o dinheiro foi todo para o CAN2010? Ou bazou para o estrangeiro?!

Consegui ainda apurar que quem tem quantias de vulto vive aterrorizado, sem futuro. Imagina, receia que vai ficar sem o dinheiro depositado pois claro.

Imagem: http://www.chargeseditoriais.com/

Os bancos em Angola pioneiros no crédito à população








Os micro-créditos funcionam plenamente. Vê-se pelo enxame populacional estabelecido nas ruas, ruelas e esquinas. Os bancos em Angola desenvolvem um exemplar combate contra o analfabetismo promovendo o ensino e a criação de bibliotecas.

Expandiram o ensino à distância pela Internet. Devido a isto até um êxito notável aconteceu na agricultura. Em especial os bancos portugueses investem parte dos lucros na literatura. Não, não! Quem disse que os bancos portugueses levam tudo daqui e não deixam nada (!).

Os bancos em Angola não promovem a destruição dos casebres para depois financiarem condomínios e outras coisas de betão.

Estes bancos sabem o que fazem, investem muito bem. De tal modo que Luanda não tem mais nada para destruir. Já a destruíram.

E continuam impunes no roubo de terrenos, taxas elevadas, sistema informático… «Não temos sistema». Claro que têm poder associado a outros irresponsáveis da nossa praça. ´É por isso que não lhes custa nada mandarem assassinar quem se lhes atravesse no caninho.

Antes dos bancos chegarem vivíamos numa boa. Quando se arrastaram para aqui atrás dos preços elevadíssimos do petróleo, a nossa vida infernizou-se. Instalam-se com as suas dependências do terror que mais parecem gozar do estatuto de embaixadas. E desmandam, assassinam. Esta tralha já não dá mais para suportar, e lamentavelmente tem que rebentar.

Os bancos em Angola dão-nos um futuro de abastança. A população sorri-lhes pelos níveis de riqueza almejados. Milhares, milhões de desempregados confirmam-no. Que farão os bancos para contrariar tal desastre social que provocaram? Conseguirão sobreviver aos ataques das hordas esfomeadas, desempregadas, abandonadas, espoliadas, torturadas, escravizadas?!

domingo, 22 de novembro de 2009

Em Angola, os bancos dão desenvolvimento económico e social





Angola tem muito petróleo. Por isso tem muitos bancos com muitos milhões de lucros que fazem milhões de populações muito felizes. Mas mesmo assim a sacanagem terrorista bancária apresenta nos seus balanços prejuízos. Como é o caso do Banco Millennium Angola. E ninguém contesta, para quê?! O terrorismo internacional bancário é mesmo assim. Será sempre assim?!

Os angolanos com habitações muito condignas, muitos bons empregos, água e luz sem interrupções. Sem os bancos o povo angolano seria muito infeliz.

Imagens: FOLHA 8

Bancos em Angola, a nossa felicidade



Em Angola, os bancos apoiam o bem-estar e a felicidade da população.

Imagens: FOLHA 8

sábado, 21 de novembro de 2009

50 coisas para se fazer numa fila de banco


1. Teste o extintor de incêndio da agência.

2. Leve um aparelho de som 3X1 e coloque música gospel nas caixas.

3. Barbeie-se / depile-se.

4. Imite o ruído de fogos de artifício quando o caixa atender alguém.

5. Conte uma piada sem graça e ria sozinho.

6. Insinue que a grávida que está na fila do Caixa Preferencial usa barriga postiça.

7. Compre um saco de pururucas e mastigue.

8. Venda rifa.

9. Leia em voz alta os folhetos de propaganda do banco.

10. Use um dos balcões para fazer abdominais, repetindo: “um, dois!”

11. Toda vez que o painel de senha mostrar um número, repita-o em voz alta.

12. Peça dinheiro emprestado ao vizinho.

13. Mantenha-se de costas para a pessoa à sua frente.

14. Peça para guardarem seu lugar e, ao voltar, passe na frente de quem guardou.

15. Toque o jingle do banco com a boca, imitando um trombone.

16. Sempre que o caixa validar um documento, imite o ruído de uma máquina registradora.

17. Leve um apito e toque-o sempre que a fila andar.

18. Informe as horas, minuto a minuto, seguido do slogan do banco.

19. Quando alguém não conseguir fazer uma operação no caixa eletrônico, murmure: “OSTRA”.

20. Duble, em voz alta, o caixa dizendo a um cliente que o saldo dele está negativo.

21. Quando a fila andar, finja que está cochilando.

22. Faça “din-don” sempre que uma pessoa entrar na fila.

23. Encoste o dedão à esquerda das costas da pessoa à sua frente. Quando ela se voltar, vire bruscamente a cabeça para a direita.

24. Brinque de puxa-cueca com o colega da frente.

25. Cante uma da Jovem Guarda e diga:

“ TODO MUNDO COMIGO, SHA-LÁ-LÁ-LÀ!”

26. Passe um abaixo-assinado contra a política de juros altos.

27. Minta que há um caixa disponível, e sem fila, no andar de cima.

28. Espalhe que a senhora gorda, lá do fundo, tem uma arma na bolsa.

29. Pergunte se alguém quer ser sua testemunha num processo contra o banco.

30. Coma uma fatia de melancia e saia da fila toda hora para cuspir os caroços.

31. Veja com o segurança se ele deixa você dar uma olhadinha no revólver dele.

32. Pergunte ao caixa por que eles cospem no dinheiro quando vão contá-lo.

33. Conte histórias de assalto a banco.

34. Pergunte a um atendente aonde fica o caixa-forte.

35. Acenda um cigarro de palha.

36. Promova uma “ola”.

37. Monte um aviãozinho de papel e jogue na mesa do gerente.

38. Se um carro forte chegar, cantarole o tema de “Os Intocáveis”.

39. Ensine um colega de fila a fazer massagem cardíaca.

40. Pergunte se alguém quer ser seu fiador.

41. Escreva numa folha de papel: “IDIOTA NÚMERO 107” e fique segurando.

42. A cada cliente atendido, puxe uma salva de palmas para o caixa.

43. Ria descontroladamente das pessoas que ficam presas na porta giratória.

44. Lembre aos outros o que poderiam estar fazendo se não estivessem ali.

45. “Por que bancos gastam tanto com propaganda e nada com caixas?”

46. Leve uma marmita e almoce.

47. Na hora que um dos caixas sair para almoçar, berre: “PEGA!”

48. Coma uma goiaba.

49. Ofereça-se para segurar a pilha de documentos de um boy e derrube-a no chão.

50. Quando chegar sua vez de ser atendido, puxe um longo discurso do bolso e leia.

http://www.trocistas.com/convidados/50-coisas-para-se-fazer-numa-fila-de-banco/


A Epopeia das Trevas (63). Pocahontas


Acompanhei a minha amiga Pocahontas a Londres
Fomos recebidas pelo rei Jaime I e Ana da Dinamarca
Os ingleses olhavam-nos como… como jasmins exóticos
Entrámos na corte erigidas pela melodia, heroína expressiva
Melódica da música barroca

À nossa dignidade principesca passagem, a nobreza desconjuntava-se
Nas maneiristas vénias do palácio real de. Whitehall
Acabámos o percurso do chão recto axadrezado
Ajoelhamo-nos majestosamente aos pés dos reis do mundo
Depois a minha amiga Pocahontas segredou-me:
O amor não nasce, está dentro de nós, porque ambas sabemos perdoar

Éramos, era, mais uma princesa arrebatada ao Novo Mundo
Vida nova apresentada na corte da lisonja
Novo Mundo, novas riquezas

As proezas dos heróis elisabetanos, vitorianos que serão versificados Imortalizados. Os feitos dos nossos heróis permanecerão ridicularizados

Pocahontas faleceu dois anos depois, com vinte e dois
Deixou de fazer orações e vénias à pureza das árvores
E águias que amava. Vítima da impureza humana

Tudo! Toda a poesia da vida Powhatan na Virgínia esmoreceu

Imagem: http://www.scarborough.k12.me.us/wis/teachers/dtewhey/webquest/colonial/images/Pocahontas.jpg

Abandono de trabalho (?) 21Nov09


Luanda, desenvolvimento económico e social:

20Nov09 Apagão das 17.50 às 23.00 horas

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Criação do Ministério da Segurança do Estado nas intenções do regime




Vêm aí outra vez o terror político bolchevique. Já se esqueceram dos tempos em que existia o tal ministério da segurança do Estado?! Quem não sabe ou não se lembra?! Pois… acaba de chegar, renovar para a aniquilação da oposição. Recomeçam as prisões sumárias e os assassinatos?! Às iniciativas actuais da oposição o regime responde com a aniquilação. Este regime soçobra reforçando a repressão. O comboio das trevas antes de descarrilar definitivamente arrasta, devora tudo à sua passagem e paragem na estação final. A sua extinção.

«Quinta, 19 Novembro 2009 16:10

Lisboa - É atribuída a José Eduardo dos Santos (JES) a intenção de reintroduzir na estrutura governativa um Ministério da Segurança de Estado – iniciativa a enquadrar em mudanças previstas para depois do congresso do MPLA. Principal argumento justificativo da medida: reforçar/normalizar o carácter institucional da organização e funcionamento do Estado.

Fonte: AM CLUB-K.NET

Depois do Congresso do MPLA

Devido a conceitos de organização do poder considerados arreigados em JES, existem em Angola orgãos com funções equivalentes em planos diversos ou em sobreposição. Sob alçada do novo ministério, cujo titular será alguém da confiança máxima de JES, ficariam os dois serviços de informações, SINFO e SIE. O SINFO é nominalmente tutelado pelo ministro do Interior, mas o seu DG despacha, de facto, na PR; o SIE (AM 307), por sua vez, está na esfera da PR.

Há também rumores atribuindo a JES o propósito de, pela mesma razão, extinguir o GRN-Gabinete de Reconstrução Nacional, por absorção do mesmo no Ministério das Obras Públicas»

Angola prepara primeira emissão de dívida







A emissão obrigacionista, num total de 2,7 mil milhões de euros, será feita em duas fases e a primeira arranca já em Dezembro.

António Albuquerque DIÁRIO ECONÓMICO
20/11/09 00:05

Com a crise financeira os governos dos países ocidentais foram obrigados à maior corrida por dinheiro fresco nos mercados financeiros desde que há memória. As emissões de dívida pública dispararam para conseguirem dinheiro, com o objectivo de financiarem os pacotes de apoio à banca e empresas.

E se numa primeira fase, economistas e analistas acreditavam que os países emergentes ou países em vias de desenvolvimento estariam fora desta competição enganaram-se redondamente. Em muitos destes países, o petróleo representa a principal fonte de receitas e com a queda do preço nos mercados internacionais obrigou muitos Estados a recorrer ao endividamento externo, como será o caso de Angola.

Abandono de trabalho (?) 20Nov09


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O Cavaleiro do Rei (71). Dizem que se fartou de trabalhar e ficou rico.



Somos escravos das máquinas, dos robots. Finalmente conseguiram com que perdêssemos a nossa capacidade de decisão.

Pobres escravos, é o que somos. Temos que despertar do sono eterno a que nos querem conduzir. Por favor despertem!

Em Londres a polícia receia que hajam mais ataques bombistas.

Vai ser muito difícil para a Europa livrar-se destes ataques. Será que vão ficar como o Iraque? Já nada me surpreende.

Quem não tem cão caça com gato. Quem não tem gato caça com rato. Quem não tem ratonão caça.

(Provérbio urbano de Luanda)

O Cliente insiste em não me pagar. Está convencido que estou a fazer bluff. Vou aguardar mais dois ou três dias. Desta vez vou mesmo em frente. não suporto colonialistas. Ainda existe lei no país, caramba, não… não existe! Se o Marquês dos Cofres Gerais não ligar, então vou-me convencer de vez que o reino acabou.

Num engarrafamento de trânsito, a encher o depósito de combustível, para os que podem, a tentar namorar com a colega, com a vizinha, ou com a mulher do outro, sim, somos todos carentes, elas e nós, hoje mais do que nunca. Queremos amar, apenas amar, mas ninguém nos presta atenção. Elas pensam:

- É, acho que esse é maluco.

As femininas esfomeadas desejam matar a fome abrindo as pernas, mostrando o triângulo desconhecido (?) sem bermudas. A fome acaba-se, não desgasta o triângulo. Antes de Deus existia a ideia do seu desejo.

Somos seres inúteis. Não fazemos nada. Até roubamos o que os animais produzem.

Em adultos temos que dormir oito horas. Quando acordamos não nos apetece sair da cama, e se fizer frio, prolongamos ao máximo a estadia no colchão. Lembramo-nos com terror que temos que ir trabalhar senão não comemos. Trabalhar não… ajudar o patrão a roubar. Essa de que as empresas têm que ter lucro para sobreviverem é uma boa merda que inventaram. O patrão aparece com um carro de luxo, um avião particular, um iate. Esse gasto é dos trabalhadores. Os patrões não têm nada que gastarem os lucros nessas coisas, mas distribui-los pelos trabalhadores. Acabemos com a palavra trabalhador, operário. Pois, ele investiu, criou postos de trabalho. Mas ninguém pergunta, onde é que ele arranjou o dinheiro. Dizem que se fartou de trabalhar e ficou rico.

Nada disso. Todos os trabalhadores têm direito a ser sócios de qualquer empresa no mundo. A palavra patrão tem que acabar. Tomemos o que é nosso.