terça-feira, 31 de agosto de 2010

Biocombustiveis, a última espoliação angolana


Não, não é cultivar a terra, mas incultivá-la agora com os biocombusativeis. A última aposta, a redescoberta para corromper os preguiçosos das lideranças africanas que necessitam de abastecimento nas suas orgias palacianas.
A fome está aí, mais revoltante que antes. Nada melhora, tudo se explora.
O que resta de Angola, as terras, lá se foram para o cultivo dos biocombustiveis. Vamos beber, morrer nos biocombustiveis deles.
O Brasil está muito bem no seu sub-imperialismo, e os chineses na sua expansão imperialista. Matar tudo pela fome nas calmas é imperioso. Tudo isto é possível, porque a oposição real ainda não foi inventada.

«Brasil pretende produzir biocombustíveis em África em parceria com a China
Pretoria (Canalmoz) - O Brasil está a organizar uma parceria com a China para fabricar biocombustíveis em África, destinando-se a produção ao mercado chinês, afirmou o director do departamento de energia do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, André Lago.

"O Brasil sabe quais são as suas responsabilidades relativamente a África e tem procurado atrair outros países para desenvolver o continente", disse Lago ao jornal A Folha de São Paulo, no final do seminário "Mudanças Climáticas e Tecnologias Inovadoras para Energia".
André Lago disse que ainda não há definição sobre o país e que projecto será instalado em África, mas acrescentou "as conversações já foram iniciadas".
O jornal escreve que a China pretende duplicar, nos próximos anos, a produção de energias renováveis, como biocombustíveis, a solar e a eólica, pretendendo, com o projecto de África em parceria com o Brasil, emitir créditos de carbono para compensar a emissão de gases.»

(macauhub) 2010-08-27 07:15:00

José Ribeiro, o Robespierre da bajulada corrupção


«As ditaduras promovem a opressão, as ditaduras promovem o servilismo, as ditaduras promovem a crueldade: o mais abominável é o facto de promoverem a idiotice.» – Jorge Luís Borges, escritor argentino (1899-1986).

«Corruptos são os que desonram figuras como o general Kopelipa e Manuel Vicente - José Ribeiro

Luanda - Em África Angola é um exemplo a seguir. Muitos líderes africanos fazem tudo para adoptar o nosso modelo. O Presidente José Eduardo dos Santos recebe todos os dias enviados de Chefes de Estado estrangeiros que lhe transmitem a vontade de aprofundar relações com Angola e pedem apoio e conselhos para resolverem os seus problemas internos.

Fonte: JA CLUB-K.NET



Um país de respeito
Na Europa temos o respeito dos países da União Europeia. Bruxelas faz tudo para criar relações privilegiadas com Angola. A crescente influência do nosso país na comunidade internacional levou a que o G-8, que reúne os países mais industrializados, convidasse José Eduardo dos Santos para a histórica cimeira de Áquila onde o nosso Presidente apontou claramente quais devem ser as medidas a tomar para que o mundo viva em paz e haja estabilidade política, apesar das diferenças.

Os Estados Unidos da América estreitam cada vez mais as relações com Angola e não escondem que o nosso país é o pilar que sustenta a paz e a estabilidade na região e no continente. Sem prescindirmos dos valores que sempre defendemos, estamos a criar relações justas com Washington, como o fazemos com todos os países do mundo que apostam na paz e na democracia para a felicidade dos seus povos.

A Alemanha recebeu José Eduardo dos Santos de braços abertos e desde então tem promovido investimentos fortes no nosso país. O “motor” da Europa aposta na nossa economia e quer ter um lugar de destaque no processo de reconstrução nacional. O exemplo alemão contagiou franceses, espanhóis e portugueses, que apesar da crise investem cada vez mais em Angola.
Os especialistas do FMI estiveram no nosso país e deram nota excelente ao desempenho da nossa economia, validando assim os avultados empréstimos para o desenvolvimento do processo de reconstrução nacional.

A China tem em Angola um parceiro privilegiado e também agora o Presidente Jacob Zuma, de visita oficial àquele país, disse que a África do Sul quer aprofundar as relações económicas com o gigante asiático e afirmou que o estreitamento de relações entre Pequim e África é indispensável ao progresso e à estabilidade do continente.

Países influentes, líderes respeitados, instituições que sabem avaliar o desempenho dos governos e das economias, elogiam o nosso Presidente da República, o Executivo e as principais figuras da política angolana. Aqueles que dão tudo para fazer de Angola um grande país e se esforçam quotidianamente para que os angolanos tenham melhores condições de vida, têm o respeito e a consideração da comunidade internacional, mesmo dos países com os quais no passado tivemos divergências.

Os angolanos mostraram nas eleições de Setembro que admiram os políticos que dirigem a reconstrução nacional e dão tudo para que Angola recupere o tempo perdido durante décadas de guerra. A votação foi tão expressiva que não deixa dúvidas a ninguém. E a obra feita também demonstra que os eleitores fizeram a aposta certa. Estão aí as escolas, os hospitais, as estradas, os aeroportos, as casas, os empreendimentos económicos, os empregos criados a mostrarem que os angolanos escolheram bem os seus dirigentes.

Apesar deste quadro, organizações que funcionam sob lógicas muito opacas continuam a atacar Angola de uma forma tão baixa que atinge já as raias do inadmissível. Porque atacar o Presidente da República é atacar todos os angolanos. Insultá-lo e atentar contra a sua honra, é o mesmo que insultar e desonrar todos os angolanos. O mais alto magistrado da Nação representa-nos a todos, mesmo os que são empregados da Open Society, a organização que mais se destaca na guerra contra a honra da pátria e dos seus dirigentes.

Angolanos corruptos e que se entregaram a essas organizações opacas de especuladores, que estão na base da actual crise financeira mundial, insistem no discurso da corrupção em Angola. Mas os corruptos não são os que levam água potável às aldeias mais recônditas do nosso país. Não são os que constroem casas para os jovens e apoiam os antigos militares. Não são os que levam estradas às aldeias mais isoladas. Não são os que garantem a saúde às populações que sofrem o isolamento. Muito menos são os que abrem todos os dias escolas para integrar todas as nossas crianças no sistema de ensino. Corruptos são os que fazem parte das listas de pagamento das organizações criminosas que têm como único fim obrigar Angola a ajoelhar-se perante novos donos, que já são os donos dos que continuam a desonrar figuras próximas do Presidente da República, como acontece semanalmente com o general José Maria, o general Kopelipa, o general Dino, o engenheiro Manuel Vicente e outras figuras que prestam o serviço público que deve ser respeitado, mostram que trabalham pela dignificação do país e procuram fazer o melhor para os angolanos.

Acho que é altura de dizer a essas pessoas que Angola não está à venda e os angolanos fizeram uma escolha livre nas últimas eleições. O resultado das eleições é difícil de digerir, mas basta um pouco de atenção para compreender que a votação maciça no partido cujo cabeça de lista era o Presidente José Eduardo dos Santos, para além de revelar uma preferência indiscutível, significa também o agradecimento de todo um povo aos que estão na primeira linha de defesa da soberania nacional e do bem-estar de todos os angolanos.»

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O maior crime de todos os tempos na história de Angola.


O comunicado apresentado hoje no noticiário das treze horas na Rádio Nacional de Angola, de que o mercado Roque Santeiro, em Luanda, será encerrado no próximo dia 5 de Setembro constitui sem dúvida alguma o maior crime na história de Angola.

Milhares e milhares de habitantes vão para a miséria só porque alguns criminosos imobiliários querem lá construir mais uma tralha qualquer.

Este crime não ficará decerto impune, devido à grandiosidade da miséria que representa.

Entretanto os chineses, as prostitutas do betão fissurado, invadem-nos ostensivamente protegidos pelas forças armadas presidenciais, como se Angola já fosse deles, do que não duvidamos, porque Angola foi-lhes entregue de bandeja pelos corruptos normais, habituais.

Imagem: 5dias.ne

domingo, 29 de agosto de 2010

Jornalistas brasileiros preocupados com Angola


MOÇÃO SOBRE A SITUAÇÃO DA IMPRENSA EM ANGOLA
Tendo tomado conhecimento dos últimos desenvolvimentos da situação da Imprensa em Angola onde, apesar das evidentes garantias constitucionais em matéria de Liberdade de Imprensa, se assiste recentemente a desenvolvimentos preocupantes, designadamente:

a) A aquisição dos principais semanários de independência editorial por parte de grupos privados caracterizados pela opacidade relativamente à sua estrutura acionista - que não é revelada - e após sucessivas ações de pressão por via de afogamento da receita publicitária de origem pública ou privada;
b) A implantação nos referidos semanários de ações de censura recorrentes, cujo episódio mais recente foi a queima de edições do semanário angolano A Capital na própria gráfica e confisco posterior arbitrário e ilegal de uma outra em vias de distribuição; c) O aumento de sinais de intolerância, parcialidade, diminuição do exercício do contraditório e do pluralismo no seio da mídia em geral;
d) As insistentes preocupações manifestadas pelos jornalistas angolanos ao nível sindical e associativo, corroboradas em alguns casos por órgãos de dignidade legal como o Conselho Nacional de Comunicação Social sobre apreensões abusivas de jornais; preocupações essas reiteradas por diversas instituições da sociedade civil, segundo as quais, esses desenvolvimentos configuram um quadro onde, além de sofisticadas iniciativas de silenciamento da Imprensa independente, por via da apropriação privada, o ressurgimento de práticas de intimidação dos jornalistas atentórias à liberdade de Imprensa e de Expressão, contrárias aos preceitos constitucionais da IIIª República de Angola, a Declaração de Windhoek (reconhecida pela Assembleia Geral da ONU, incluindo Angola); a Declaração sobre a Liberdade Expressão em África:

Os jornalistas reunidos por ocasião do 34º.Congresso Nacional dos Jornalistas brasileiros, em Porto Alegre, Brasil decidem:
1. Manifestar a sua apreensão por esses acontecimentos no domínio da mídia angolana, que traduzem claros sinais de retrocesso em matéria de liberdade de Imprensa e de expressão contrários ao estado de direito democrático assegurado pela constituição da III República de Angola, a Declaração de Windhoek, A declaração sobre a Liberdade de Expressão em África, a Declaração Universal dos Direitos Humanos;
2. Apelar às autoridades angolanas urgentes ações no sentido de garantir o livre exercício profissional da atividade jornalística, no quadro do pluralismo de ideias, independência editorial e diversidade dos meios no âmbito das garantias constitucionais do Estado democrático de direito;
3. Manifestar a sua solidariedade para com os jornalistas angolanos nos seus esforços para garantir a sobrevivência da Imprensa independente e de um jornalismo profissional livre, crítico e editorialmente autônomo, como um dos pilares mais importantes capazes de garantir a efetividade da democracia em Angola;
4. Promover ações de denúncia, solidariedade e mobilização de recursos alternativos à escala internacional

In morrodamaianga.blogspot.com/

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Livro do Eclesiastes de Angola


Independência marcial

Eu vi uma pérfida coisa de quem governa: todos os assaltantes eram presos, e os que não o eram recebiam o veredicto popular à muçulmana: pancadaria até ao último sopro de vida. Assim uma espécie de apedrejamento à angolana.

Aos assaltantes que roubam milhões de dólares nada lhes acontece. Nesta lei angolana quem rouba milhões, perante a lei é legal. Quem não o consegue porque está proibido de o fazer claro, é ilegal. Logo, leva com o martelo da ilegalidade. Quem espolia milhões de dólares é empresário de sucesso, e quem rouba um pão, é um reles, um miserável criminoso.

Eu vi outra coisa que aterrorizou os meus olhos: campeões da corrupção nacional e mundial a organizarem maratonas de moralização da sociedade. O TPI, Tribunal Penal Internacional, pelos vistos não percebe nada de geografia, porque não sabe onde fica Angola. Claro que não existe. Só quando alguém sonha com o seu petróleo.

E vi a mais terrível das coisas: a cidade de Luanda rapidamente a ficar sem abastecimento de água. Como num plano macabro para exterminar de vez a negralhada que só chateia. Por enquanto ainda não conseguiram acabar de vez com estes bantus com os produtos importados envenenados. Então há que mudar de estratégia: os biocombustíveis também parecem a melhor solução. Não, nada de plantar para comer. GRANDE FOME FINAL À VISTA!

Por exemplo, os chineses estão a exportar para Angola tudo o que é lixo. Até teclados de computador com defeitos de fabrico. A tecla do sinal de interrogação e as da pontuação ficam mais à direita.

Molas para a roupa que quando se apertam desfazem-se nas mãos. Uma calha fluorescente de 20W, ao mudar a lâmpada … desfez-se em pó. Espirais de fumo contra os mosquitos que dizem durarem doze horas. É mentira! Esgotam-se em cinco.

O que os chineses sabem fazer muito bem é clonar muito mal. E andam por aqui com ares de muito importantes, como os novos colonizadores.
Pergunto-me: para que serão tantos milhares de chineses em Angola? Serão para a próxima reedição da síndroma cubana?!

Com tudo de má qualidade, aldrabado, porquê continuarem a edificar o que depois se vai arruinar?!

Nunca pensei ser imaginável em 2010, ano desta graça demoníaca, um governo liquidar as suas populações à fome e à sede, perante a passividade e cumplicidade internacionais.

Esta é a segunda dimensão da versão do feroz colonialismo. As populações angolanas já estão condenadas de antemão, sem salvação. Um gigantesco cemitério neocolonial aliado à feitiçaria aguarda-as.

Imagem: brasillibertario.blogspot.com

Registos Verbais


“Chamemos o tribunal da comunicação social pelo seu próprio nome – censura – em vez de torná-lo apresentável com termos tais como “regulamentação independente da comunicação social” ou outros eufemismos.” – Reg Rumney em “Carta Aberta” ao dirigente do Partido Comunista Sul-Africano, Jeremy Cronin, por este ter defendido a controversa proposta do ANC para a criação de um tribunal da comunicação social na África do Sul.

2010-08-27 07:18:00 CANALMOZ

Imagem: ansiaes-pura.blogspot.com

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Napoleão, o escravocrata


Espoliados de Cabinda ao Kunene! Do alto destes milhões de barris de petróleo, quase cinquenta anos de poder corrupto e abençoado por Deus vos contemplam.

Até o viver nos nossos dignos e honestos casebres nos negaram, desprezaram.
A nossa existência é um mar negro de petróleo poluído da cor do povo oprimido.

E todos os dias nos discursam que a nossa vida vai melhorar. Isto é a arte, o ensaio constante da nossa vida liquidar.

Que surpresa aguarda o atleta na sua etapa final?!

Podem corruptos moralizar a sociedade? No fim ela sairá mais fortificada pela imundície da corrupção.

Angola não tem poços de petróleo, não! Angola tem, é, um imenso navio prisão de escravos superlotado.

Imagem: portalsaofrancisco.com.br

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

António Lobo Antunes. em Portugal se impinge, porque a maior parte dos editores ou são ignorantes ou são vigaristas


Canal de Opinião: por António Lobo Antunes, in VISÃO
De livros e editores

Maputo (Canalmoz) - A cabeça de um escritor é um sítio inabitável, cheio de sombras negras que se devoram umas às outras, remorsos, fantasmas, dores, insignificâncias em que não reparamos e ele repara, sensações, luzes, criaturas sem nexo. Usam o papel para ordenar este caos, vertebrar o desespero, dar ao ilógico uma coerência lógica e mostrar o nosso retrato autêntico em cacos de espelho, fundos de poço trémulos, superfícies convexas em que temos de emagrecer por nossa conta. Não se pode estender a mão a quem lê, tem de se caminhar sozinho num nevoeiro aparente em que, a pouco e pouco, as coisas se arrumam nos seus lugares. Em nenhum bom livro há personagens e história: quando muito aparência de personagens e história, usadas para tornar mais clara a vertigem do que somos.

Tudo se passa no interior do interior e portanto não devia haver cursos de escrita criativa (um paradoxo nos termos) mas de leitura criativa. Conheço menos bons escritores do que bons leitores, um bom leitor é uma espécie muito rara. Um autor do século dezanove dedicava os seus trabalhos aos felizes poucos, expressão roubada a Shakespeare (we few, we happy few, we band of brothers) capazes de nadarem ao seu lado em águas muito escuras e de regressarem à tona de mãos cheias. Um livro é mais uma orelha que uma voz onde, no fim de contas, é o bom leitor quem conversa. O livro escuta. As páginas são ouvidos pacientes que nos guiam através da liberdade do silêncio, onde as nossas frases se reflectem e regressam com um sentido novo.

O bom leitor só recebe na medida em que dá e a qualidade da obra depende desta troca constante, do fluxo e refluxo das emoções partilhadas. Temos de ser um agente activo do livro, fazê-lo nosso até que se torne, como queria Rilke de quem não sou admirador, excepto em raras passagens das Elegias, sangue, olhar e gesto. Se não for assim é uma comédia de enganos, um passatempo inócuo como quase tudo o que em Portugal se impinge, porque a maior parte dos editores ou são ignorantes ou são vigaristas, oferecendo ao público pacotilha impressa: um bom editor, tal como um bom leitor, é mais raro que um bom livro.

Uma editora comercialmente bem sucedida é má, ou então tem de fazer compromissos. A casa alemã onde estou, por exemplo, possui um catálogo honesto, dividido em duas partes, literatura e best-sellers. O argumento temos de pôr as pessoas a ler é idiota: o que temos é de ensinar as pessoas a ler. Até Lenine compreendia isto, ao afirmar que a arte não tem de descer ao povo, é o povo que tem de subir à arte. Claro que não é apenas um problema português, é um problema universal. Pasmo com as listas dos tops: ficção, dizem elas, quando a ficção não existe a não ser nas obras rasteiras. Se me dissessem que escrevia ficção sentia-me insultado: ficção que tolice, é o mundo inteiro que a gente mete entre as capas de um livro.

Vende menos? Decerto, mas há-de vender sempre. Se tivermos lado a lado, à nossa frente, Camões e o jornal, a tendência imediata é pegar no jornal, mas o jornal desaparece amanhã e Camões fica. Chamo jornalismo, explicava Gide, ao que é menos interessante amanhã do que hoje. E depois a Arte não é um desporto de competição: o editor que ponha numa cinta, por exemplo, cem mil exemplares vendidos, ou julga falar de sabonetes ou não é um editor. Se o livro for bom há-de vender muito mais do que isso: quanto terá vendido Ovídio até hoje? É apenas uma questão de tempo, porque os bons leitores existirão sempre, ainda que poucos. O que me aborrece na Arte são os comerciantes que giram em volta dela, sem lhe tocar, porque tiram o seu alimento do efémero. Faz pouco comecei uma biblioteca na empresa onde estou.

Tolstoi foi o primeiro: ao receber o livro impresso reparei que as últimas três páginas eram propaganda a lixo. Como se pode, no fim de um livro de Tolstoi, fazer aquilo? Desonestidade? Ignorância? Não faço ideia de quem é o responsável mas devia ter sido fuzilado no berço: Tolstoi de mistura com livros de cozinha e ficções. Recomecei a colecção: até agora não repetiram a indignidade. Pergunta:
¬Como vão os livros da biblioteca?
Resposta: Pingam
e ainda bem que pingam. Se vendessem às grosas é que eu ficava alarmado. Os bons livros são para pingar eternidade fora: o Mondego começa gota a gota; a água suja basta virar o balde e encharca-nos. A água do balde acaba logo. O Mondego não tem princípio nem fim.
¬Pingam:
e que maravilha pingarem. À força de pingarem hão-de engrossar irresistivelmente, enquanto os baldes se enferrujam, amolgados, num canto do jardim.
E o que interessa (volto à Gide) o amanhã? A gente vive no hoje, pá, o Horácio que se dane. Que se dane a Coroa, o que vale a pena são as coroas e essas já cá cantam. O problema é que, se alguma nova editora aborda a minha agência, não começa por falar em dinheiro: fala nos nomes do catálogo. Todos eles pingam. Mas dão prestígio a uma Casa. Respeito demasiado o meu trabalho para o deixar à venda numa loja dos trezentos.

(António Lobo Antunes, escritor português, in VISÃO, com a devida vénia)

2010-08-24 06:45:00
Imagem: bibliotecadafeira.blogs.sapo.pt














E levantei-me para enfrentar mais um dia de razia


Nesta galera escravocrata, mais um dia sem futuro me espera.

Imagem: mnegocio.blog.uol.com.br

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Luanda, Pomobel e Ribral assaltadas

Na noite de 23 para 24, a Pomobel e a Ribral ficaram com os cofres vazios. Os assaltos foram efectuados pelas traseiras destes supermercados, locais que habitualmente não têm seguranças.
Fonte: seguranças

sábado, 21 de agosto de 2010

Editorial. Temos todos de impedir que nos prendam a mente


Maputo (Canalmoz) - Há muito que estamos a alertar para os perigos que certas atitudes governamentais suscitam. O que dizíamos sobre os combustíveis acabou por se confirmar, sendo apenas a realidade muito mais grave do que alguma vez se poderia supor. Sente-se o descontrolo e a insatisfação a crescer. O Banco Central até já entrou no negócio dos combustíveis. Reduziu a ajuda externa, o dinheiro do ‘pó’ voou e está visto para onde os sucessivos governos que temos tido – este em particular – nos levaram.

O Metical está de rastos. Agora inventaram que afinal temos petróleo na Bacia do Rovuma sem saberem dizer-nos quando começa a exploração porque precisamente ainda não sabem se é comercialmente rentável explorar o tal “petróleo”. Hámuito que se sabe que há petróleo em Moçambique. O que nos falta saber, continuam sem nos dizerem: se é ou não comercialmente viável. Não nos disseram até aqui. Até lá não passa de mais um puro exercício de ilusionismo. Os moçambicanos precisam de factos não de conversa balofa.

O País está a entrar num novo ciclo perigoso e estas notícias futurologistas não resolvem o nosso problema. Precisamos de boa governação agora. Já. Sempre.
Um punhado de senhores com os olhos postos apenas nos seus umbigos e ambições, teimosamente insiste em não ouvir ninguém. Com o desnorte que adveio de anos de desgoverno chegámos onde estamos hoje. Perante a insatisfação popular, está a crescer o abuso de Poder. Depois de terem tentado as mais sofisticadas formas para nos enganarem agora já querem subverter de novo a democracia..

O que julgávamos ser passado, está de novo a regressar. A mesma arrogância que já fez o País passar por grandes tormentas, está de novo presente. Agora, quando a crise económica já não pode mais ser escondida e se tornou mais do que evidente que muito para além da componente ‘importada’ é sobretudo fruto do acumular de erros e abusos de quem se auto-promove e auto-intitula-se insubstituível, certos senhores e os seus séquitos voltam a exibir a sua arrogância e esta está já a assumir proporções indecentes.
Por todos os lados começa a sentir-se um profundo desânimo a apoderar-se dos cidadãos ao mesmo tempo que entre os mais afoitos cresce a determinação de se oporem às veleidades dos que ressurgem a quererem ressuscitar as pretensões que a luta de outros homens se encarregou de conter e o tempo se encarregou de frustrar.
Amolecemos crentes. Os abusos estão de regresso.
Assistimos de novo a tentativas de nos amordaçarem.
As ‘certezas’ saloias, dos que sempre se julgaram com um coeficiente de inteligência acima dos demais, estão a reemergir e a fazer reduzir a esperança que tanta falta nos faz.

Uma governação realmente eficiente não se dedica a jogadas de bastidores de tão baixo nível e tão infantis como as que ultimamente se vão somando.
Uma Justiça comprometida com a Lei não se comporta como há dias se viu na Beira, a reboque de incautos predadores do património público erguido à custa dos impostos de quem para além de os ter de pagar nem sequer ganha o suficiente para viver num Estado em que os que falam de auto-estima se continuam a pavonear, arrogantemente engalanados como não se viu ao mais vil fascista que levou os moçambicanos a unirem-se em torno do mesmo ideal de liberdade pela sua auto-determinação e independência.

Num Estado que se preze, os seus cidadãos não podem continuar a assistir passivamente a toda a manipulação que permite que autênticos ladrões e predadores de municípios e do Estado continuem impunes sob protecção ao mais alto nível.
A arrogância e os abusos de poder que estão a desfilar aos nossos olhos tem de ter um fim. Os mesmos já o tentaram uma vez e estão a voltar a experimentar novos caminhos para que a sua vontade prevaleça à liberdade e respeito pelas diferenças.
Há senhores que com os seus abusos estão a suscitar a revolta que pode pôr a nossa segurança colectiva em perigo.
Não fora a inteligência de todo um povo já estaríamos de novo com o País entravado pela violência.
Com os Desmobilizados de Guerra viu-se a mais recente cena de arrogância e estupidez mostrar a sua ‘classe’.

Não se iludam os que pensam que a paciência não tem limites.
Felizmente um homem sensato foi capaz de perceber a imbecilidade que nos governa. Já veio a publico afirmar que “a intenção dos desmobilizados de guerra é exigir os seus direitos que o Governo da Frelimo está a violar”. Disse também que nunca foi propósito, deste grupo de homens ofendidos na sua auto-estima e enganados, “desestabilizar o país”.
Hermínio dos Santos foi claro e extremamente explícito e inteligente: “Conhecemos o que é a guerra”. Estava a dizer a todos que não nos devemos preocupar porque a violência não vai ser a opção do seu grupo para resolver o mal que os afecta, que não é afinal muito diferente do que afecta outros milhões de moçambicanos ofendidos diariamente na sua auto-estima pela arrogância de um punhado de senhores que exibem todos os dias o fausto à custa do erário público e da gatunagem, ao mesmo tempo que pedem aos concidadãos para entenderem que não há meios para os satisfazer e aos seus mais justificados desejos de estabilidade social.
“Este país não é da Frelimo. Este país é do Povo Moçambicano. Por isso vou continuar a lutar pelos nossos direitos”, lembrou há dias Hermínio dos Santos, presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra depois de na sua residência ter sido preso, sem mandato judicial e depois do Por do Sol – o que a lei impede – apenas por estar a organizar uma manifestação pacífica em defesa dos interesses dos seus co-associados, sempre ignorados e desprezados pelo Governo.

A cidadãos ofendidos pelo Governo este não lhes reconhece direito a manifestarem-se, nem mesmo pacificamente – sendo um direito constitucional. O que se deve concluir do mesmo governo que manda forças policiais fortemente armadas para cima desses mesmos cidadãos? O que se pode pensar de governantes que se comportam de tal forma irresponsável?
A presidente da Liga dos Direitos Humanos, Alice Mabote, já não tem dúvidas e diz: “A arrogância dos dirigentes substituiu a lei e o respeito em Moçambique”.
Que fazer perante esta “arrogância que tem a protecção do Comité Central da Frelimo”, como diz Alice Mabote?
Perante “uma arrogância que não se compadece com os princípios de um estado de direito democrático”, como acrescenta a presidente da Liga dos Direitos Humanos, quem se atreve a dizer aos moçambicanos para continuarem a permitir que os espezinhem?

Moçambique não pode continuar a ser um País propriamente não recomendado quando o assunto for legalidade e justiça.
Quando uma Polícia que deveria servir para nos defender, mostra músculos a quem está desarmado enquanto se acobarda perante verdadeiros bandidos e traficantes de toda a espécie, que mais se pode esperar de quem a dirige?
“Há muita coisa que anda mal”. “Atingimos o ponto crítico. Temos uma polícia que é para nos defender e essa mesma polícia é baleada. Atingimos o ponto crítico da incapacidade e do azedar de relações dentro da própria polícia”, conclui a presidente da LDH.

O país precisa de se unir, para se defender de quem nos desonra e desonra a Polícia não menos esfomeada colocando-a contra quem apenas pede pão.
É tempo dos moçambicanos pararem para pensar porque teremos de continuar a depender de gente sem escrúpulos?
É urgente pôr-se fim a esta arrogância e tanta incapacidade pretensiosa.
Saibamos honrar o nosso poeta maior, José Craveirinha. “Ninguém pode prender a minha mente”, escreveu ele no seu poema “Estamos todos de acordo”.
Com menos arrogância de quem governa, Moçambique tornar-se-á um País mais bonito para todos nós. Mãos à obra! Faz falta defendermos a decência e uma mais justa distribuição da riqueza. É preciso travarmos a arrogância e defendermos de novo a liberdade.

(Canal de Moçambique) 2010-08-20 08:05:00
Imagem: http://abrupto.blogspot.com/salazar1.jpg

Semanário Angolense: Crise administrativa


Luanda - A edição nº 381 do semanário Angolense pode não saír à rua este sábado como é habitual, conforme apuramos há instantes de fontes internas.

* Alexandre Neto Fonte: VOA CLUB-K.NET

Incumprimentos nas obrigações sociais e até salariais por parte do patronato, e em resultado da censura que se instalou na redacção, um pesado ambiente de trabalho no jornal, teriam segundo elementos a que tivemos acesso, contribuído para a decisão tomada pelo director Severino Carlos, de suspender o exercício da função que ocupa. Esta posição de acordo com as mesmas fontes, colheu a solidariedade do director-adjunto Silva Kandembo.


Tanto um como outro acumulam funções de editores, de política e desporto respectivamente. A ausência destes, tornou inviável o fecho da edição desta semana da publicação privada, até recentemente a mais procurada da praça.

Para cobrir a lacuna e de certo modo disfarçar “a crise no semanário”, como designou um dos responsáveis por nós contactado, que pediu para não ser identificado, foi chamado Salas Neto, editor de sociedade e de cultura.

Já no último número que veio às bancas na semana passada, foi notória ausência da assinatura do editorial, geralmente atribuída ao director. “Carta ao Leitor” como é designada a coluna foi pois lida sob assinatura colectiva da Direcção.

Há instantes solicitamos de Salas Neto na qualidade de director interino que confirmou a não saída do jornal, mas escusou-se avançar pormenores em torno das verdadeiras razões.

Mesmo assim informações avançadas dão conta do prosseguimento dos contactos entre os demissionários directores e os patrões afectos da Media Investe, S. A., a empresa que há 4 meses sensivelmente, efectuou a operação de compra simultânea de dois títulos o Angolense e a Capital, o que foi encarado por observadores locais como visando controlar e manipular a imprensa.

Apesar da lei de imprensa proibir o monopólio que ponha em causa a isenção e o pluralismo da informação em vista de uma sã concorrência, continuam desconhecidos os accionistas da empresa.

Só a título de exemplo, diz o número 1) do Artigo 26 do diploma a que nos referimos citamos, “As acções das empresas de comunicação social que assumam a forma de sociedade anónima têm de ser todas nominativas”.

O número 2) do referido Artigo é conclusivo, “ A relação dos detentores de participações sociais nas empresas de comunicação social, a sua discriminação, bem como a indicação das publicações que àqueles pertençam, ou a outras entidades com os quais mantenham uma relação de grupo, devem ser remetidas ao Conselho Nacional de Comunicação Social para efeitos do respeito pela liberdade de concorrência”.

Um apelo neste sentido feito pelo CNCS e tornado público em comunicado, não procedeu até agora.

Não foi possível obter uma reacção pública da parte dos administradores que segundo se diz também estarão já a diligenciar para que novos editores sejam encontrados no mercado.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Casas de chapas improvisadas nas traseiras dos prédios


Pegam-se numas chapas, improvisa-se um tecto e já está mais um antro da malvadez construído. Sim! Da malvadez, porque fazem do antro morada, casa para mal viver, boate com o tal barulho musical da destruição do zoológico nacional.

Mais uma fábrica de vício, de corrupção e de delinquência juvenil. Porque será que o GPL, Governo da Província de Luanda, pactua com estes antros da depravação e imundice humanas?

Qual é o motivo porque não lhes dá já o ultimato? Pois que se trata de património que é destruído pelo prazer que isso dá. Quando é que se acaba com a selvajaria de uma vez por todas em Luanda? Porquê apenas a perseguição sistemática aos casebres?!

Consentir na construção de casas de chapas de zinco nas traseiras dos prédios é um perigo de morte latente, porque a qualquer momento uma coisa lhes cai em cima, morrem, e depois a quem atribuir culpas? È que isto ultrapassa em perigosidade as construções nas barrocas e linhas de água.

GPL, a eles!!!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vende-se, modernos apartamentos tropicais em Luanda, T1, T2, T3 e T4..




Procurador João Maria acusado de deixar solta amiga envolvida no desfalque do BNA


Luanda - Familiares dos elementos que activamente participaram no roubo ao Banco Nacional de Angola (BNA), repudiam a atitude do Procurador Geral da República de soltar alguns participantes por terem costas largas. Os mesmos questionam outros nomes como dos famigerados generais “Kopelipa”, José Maria e de uma suposta amiga do procurador identificada por Ricardina, que esta impune.

Fonte: Club-k.net

Familiares dos detidos “abrem a boca”

CARTA ABERTA AO SR. PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
A Probidade pública e a tolerância zero são condutas que sua excelência, senhor Presidente da República prima para uma nova Angola, uma Angola que se firma cada vez mais no contexto das nações.

A nova constituição de 2010 é uma conquista de todo o povo angolano. Todas as instituições do Estado devem reger-se sob os pressupostos da nova lei constitucional.

Descredibilizar ou violar o direito constitucional é uma grave ameaça e ofensa a todos os angolanos, a aqueles que tombaram pela pátria, e se torna ofensa moral a todos que fazem de direito a sua ferramenta de trabalho.

Na qualidade de acto do magistrado do Ministério Público, vimos o espírito pablo do cumprimento da lei e do Direito (art. 6º da Lei Constitucional).

Não se deve admitir que, num estado democrático e de direito, um processo de instrução preparatória cujos argüidos presos ainda não tiveram o direito à defesa, viram os seus nomes a serem divulgados em praça pública (jornais e internet), como se tratasse de uma pré-condenação. O mais grave deste acto é que as detenções foram feitas pela PGR, demonstrando um autêntico desrespeito pelo direito e deveres fundamentais consagrados na constituição.

A acção da PGR, mancha todo o sistema de justiça do país, visto que a PGR é um organismo do Estado com objectivo de representar o Estado na defesa dos direitos de outras pessoas singulares ou colectivas. Art. 189º LCA.

A PGR, revelando os nomes de metade dos arguidos presos, protegendo outra metade, pondo em liberdade o arguido Augusto Luís Manuel dos Santos m.c.p., Gugas, seu cunhado, está publicamente admitindo que neste processo existem dois pesos e duas medidas, violando os artigos 6º e 23º da Lei magna.

O Sr. PGR investigou, fiscalizou e instruiu as detenções dos arguidos por muito tempo mesmo (ver o número de meses), nem os advogados dos arguidos tinham informações sobre o processo. O Sr. PGR violou sistematicamente aquilo que é denominado por prisão preventiva, contrariando desta forma os artigos 63º, 66º e 67º da LCA e os artigos 25º e 26º da Lei da Prisão Preventiva.

Conforme a constituição, o PGR deve ser apartidária proposta pelo conselho superior da magistratura judicial, mas não é o caso do Dr. João Maria, General das FAA em activo, que ostenta as patentes para intimidar os cidadãos em defeso, acompanhado da máquina repressiva, Tenente General Dr. Adriano, Gustavo, Biato e tantos outros.

Situação
Os nossos familiares, durante o período de investigação, foram submetidos à tortura psicológica, fomos detidos na cave do Tribunal Militar, embora civis, sem alimentação, péssimas condições, sem assistência médica e protegidos por um dispositivo da polícia de intervenção rápida.

Dinheiro
O dinheiro ora reclamado não era do domínio público que o Banco Espírito Santos em Londres é o guardião do tesouro de Angola, controlado por um grupo de elite com uma cidadã russa que não contribuiu neste país.

Caso do género, existe outros tesouros de Angola escondido no estrangeiro, nomeadamente em Singapura, Hong Kong e Houston.

O Parlamento Nacional e o Executivo do Governo nunca debruça sobre o erário público que se encontra no exterior à margem da lei e do povo mártir de Angola. O Sr. PGR. Confiscou vários imóveis, viaturas sem decisão dos tribunais, cancelou contas e outras a fim de tirarem.

Senhor PGR, porque não prendeu a Drª Isabel, ex directora da DGR (Direcção Geral de Reserva) do BNA, com vários milhões de dólares na sua conta?

A senhora Ricardina (amiga pessoal do PGR), do secretariado do BNA que se dedicava na entrada das aludidas transferências;

General Kopelipa com os 25% que lhe deu acesso à sociedade com o Banco Espírito Santo; os 25% na Movicel e outros investimentos na Tv Zimbo;

Higino Carneiro, onde encontra tanto dinheiro para aquisição de um hotel no Brasil no valor de usd: 20,000,000,00 (vinte milhões de dólares americanos), sociedade no Banco Keve, Hotéis Ritz em Luanda e K.Sul e outros investimentos?

a Ruca Van Dúnem e Hélder dos Santos (filho do vice-presidente);

Da verba alocada pelo Parlamento Nacional que se destinava à aquisição de viaturas BW-6 e 5, para os deputados da última legislatura; José Pedro de Morais, ex-ministro das Finanças, pelo valor encontrado nas suas contas bancárias;

Amadeu Maurício, ex-governador do BNA, pela fortuna que recorda;

Abraão Gourgel, pelo esbanjamento de mais de 400,000,000,00 (quatrocentos milhões) alocados ao Gabinete Técnico de Investimento no Uíge, pela cumplicidade de várias vagaturas nas transferências bancárias;

Manuel Vicente, Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, na compra de 4 (quatro) aviões de marca Falcon 900 à França, por usd 320,000,000,00 (trezentos e vinte milhões de dólares), estes meios estão em nomes individuais;

O director da INEA de Luanda, pelo volume de usd encontrado na sua conta bancária.

José Leitão, presidente do grupo GEMA, antigo secretário do Presidente da República, onde encontrou tanto investimento, quer a fábrica de cimento em Benguela, que está orçada em usd: 320,000,000,00 (trezentos e vinte milhões de dólares;

Dr. Aguinaldo Jaime, actual PCA da ANIP, que deixou a banca rota.

Sr. PGR constatou as irregularidades encontradas desde o 1º ofício ao último ano de 2009, tendo em conta a idoneidade dos beneficiáros, entendeu sacrificar o peixe miúdo.

Os familiares do caso BNA pedem que haja justiça, porque até aqui não conseguem ver onde é que está os direitos e garantias fundamentais que a nossa nova constituição conagra. ou será que está só no caderno e não se põe em prática.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Que fazer deste povo e da sua ferocidade?


Parece haver a suspeita de que o politburo está a imitar, clonar o apoio chinês para se perpetuar no poder e arrastar, colocar definitivamente no lixo a lista do povo angolano.

E finalmente o MPLA conseguiu transformar as suas populações em feras, lobos à espreita nas infindáveis festas até que a morte as acabe. Tão agressivas que nos dilaceram, aterrorizam as nossas almas.

Esta população de Luanda está feroz. Matam-se, exterminam-se, apodrecem nas ruas e no que resta das habitações coloniais.

Pelas vinte e duas horas da noite há ruas bem no interior nobre do asfalto de Luanda, que de tão desertas lembram as cidades fantasmas dos filmes do faroeste americano. Não se vê ninguém circular a pé, tal é o terror de serem assaltados. Brancos e chineses não se vê um. Notam-se alguns vultos de seguranças também disfarçados nos seus esconderijos medrosos.

Os relatos dos assaltos são contínuos na luta pela sobrevivência para conseguir algo que garanta rendimento para comer, mas não, só se pensa em beber à saúde do fim de um povo que já foi angolano.

E continuam na senda infindável do roubam-se, destronam-se, destroem-se, matam-se.

Não há nada mais que fazer do que apenas observar e narrar o estertor final, restante de um povo que deseja desaparecer e arrastar-se para o Inferno.

Imagem: 1009dades.blogspot.com








Uma rampa clandestina chinesa de lançamento de mísseis em Luanda?

Um paiol clandestino em Luanda?

Prédio arranha céu conotado ao Vice-PR “Nandó”


A luta de libertação deles prossegue a bom ritmo. Pouco falta para nos libertarem finalmente de Angola.
E o próximo conflito será entre milhões de esfomeados expropriados e meia dúzia de abastados do MPLA.

«Quarta, 18 Agosto 2010 01:23

Lisboa - Uma empresa conotada a interesses de elementos do regime angolano esta em vias de demolir, os edifícios defronte a sede do Jornal de Angola, em Luanda (incluindo a cervejaria Bike) para dar lugar a um “arranha-céu”. O projecto é, em círculos restritos do regime, amplamente conotado aos interesses empresarias do Vice-Presidente, Fernando da Piedade dias dos Santos “Nandó”.

Fonte: Club-k.net

O alegado “arranha-céu” do Vice-Presidente deverá albergar apartamentos que deverão ser usados ou alugados para escritórios. Na lateral do espaço/terreno foram erguidos, poucos anos atrás, dois edifícios de raiz. No andar de um deles acolhe o novo Ministério da Economia.

Fernando da Piedade dias dos Santos “Nandó” é uma das figuras do regime do MPLA cujos negócios privados se mantém em “alto” sigilo. Sabe-se apenas que tem uma fazenda “Perolas de Kikuxi” e uma fábrica de águas cristalinas cuja gestão é feita pelos seus filhos. (para facilitar o acesso a mesma, teria usado instituições do estado para asfaltarem o desvio, em Catete, que dá para a fábrica).

Para alem de denotar preferência em trabalhar com os filhos, vale realçar que uma das figuras que é geralmente referenciada como elemento que cuida dos seus negócios é Sebastião Martins, actual DG do SINFO que no seu tempo de policia, fora o responsável das finanças. Outra figura de confiança quantos aos seus negócios é o ex-Ministro das pescas, Salomão Xirimbimbi. (Há rumores de que é ele quem guarda uma espécie de testamento do Vice-PR)»

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Os últimos dias de Pompeia (2)


O Fim
Este é o fim
Belo amigo
Este é o fim
Meu único amigo, o fim
Dos nossos elaborados planos, o fim
Você pode imaginar o que será?
Tão sem limites e livre
Precisando desesperadamente... de alguma... mão de estranho
Numa terra desesperada?

Esperando a chuva de verão, sim
Tem perigo no extremo da cidade
Passeie pela estrada do rei, bem
In This is the end. The Doors. Tradução: letras.terra.com.br/

Entretanto, o Grande Líder das Massas passeou calmamente por algumas ruas de Luanda, escudado nos seus centuriões impressionantemente bélicos, – está em terra de bárbaros – agora nas veste de agente imobiliário – seleccionando e orientando quais das dez mil residências para alargamento (?) das vias rodoviárias receberão o prémio da confiscação para demolição sem mais, que somadas ao anterior milhão dão mais uma caterva de um milhão e dez mil problemas sem solução.

Claro que isto não é prioritário, provavelmente é mais uma imposição dos agora amigos chineses de longa data. Como prioridades, não são o abastecimento de água e a energia eléctrica que estão num plano secundário desde a independência. Angola é muito grande, mas os cérebros que a governam desenham-na muito pequena, na mesquinhez. E o sistema de “destruição” de água a Luanda, foi-se, acabou-se, corromperam-no. Se não nos conseguem abastecer água, então não conseguem fazer seja o que for.
Será que venderam a água aos chineses!?
QUEREMOS ÁGUA!!!

E nas Lundas, revelando peculiar mestria política, o garante da governação diamantífera decretou a probidade da utilização de bandeiras dos partidos políticos.
Nesta banda tudo o que é anormal, decreta-se normal.


«Ipang – Indústria de Papel e Derivados, Limitada (10%)
Sócio
Função
N’datembu – Comércio Geral, Importação e Exportação Ltda.

A Ipang é a única empresa beneficiária que apresenta, na sua estrutura accionista formal, empresários. A N’datembu tem entre os seus accionistas Miguel Domingos Martins e filhos, o advogado Ildeberto Manuel Teixeira e o português José Mamade Etbal. Outro nome associado à Ipang é o do empresário espanhol Óscar Ouersagasti Soraluce. De qualquer modo, a entrada no capital da Movicel é a única actividade empresarial publicamente conhecida da Ipang.

Presidência da República: O Epicentro de Corrupção em Angola
Rafael Marques de Morais www.makaangola.com

Mais informações sobre este grupo e outros eventuais investidores serão actualizadas oportunamente.
Lambda (6%)

Sócio
Função
José Carvalho da Rocha Ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação
Aristides Safeca Vice-ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação
Zulmira Mitange da Rocha Esposa do ministro José Carvalho da Rocha
Arminda Vireya Safeca de Sá Parente do vice-ministro Aristides Safeca
Antónia Dias dos SantosCaxinda

Enquanto director nacional das Telecomunicações, Aristides Cardoso Frederico Safeca integrou a Comissão de Negociação da Movicel, em cumprimento do Despacho n° 67/07 do ministro das Finanças José Pedro de Morais, datado de 19 de Janeiro de 2007. Essa comissão era chefiada pelo então assessor económico do Presidente José Eduardo dos Santos, Archer Mangueira.

Desde 2 de Outubro de 2006, Aristides Safeca exerce as funções de presidente do Conselho de Administração e director da empresa belga Parisa, S.A. O mesmo Aristides Safeca, em sociedade com os seus irmãos Alcides Safeca, secretário de Estado do Orçamento (Ministério das Finanças) e Amílcar Safeca, director da UNITEL, são os sócios maioritários da Trans Omnia, na qual se associam ao general Fernando Vasquez Araújo, chefe da Direcção Principal de Armamento e Técnica do Estado Maior General das FAA. A Trans Omnia tem sido privilegiada com contratos multimilionários para o abastecimento de bens alimentares às FAA, um assunto a ser abordado à parte.

Apesar da nova Lei da Probidade, Aristides Safeca continua, de forma impune, a acumular funções públicas com cargos privados. O vice-ministro para as Telecomunicações mantém-se como presidente do Conselho de Administração e director de uma empresa estrangeira, a Parisa (com sede na Bélgica), e a realizar múltiplos negócios com o Estado para seu enriquecimento, de familiares e seus associados.
Novatel (5%)


Sócio
Função
Hélder Bruno da Gama Bento
Paula Sammer Pinto Jorge
Aurélio Vimbuando Muelecumbi
Onezandro Catinhe Mauro Santos Piedade
Marília da Conceição dos Santos Kissuá


A atribuição de uma quota à Novatel, na privatização da Movicel, é mais uma prova de desvio do património público em prejuízo do Estado. A Novatel foi criada a 29 de Abril de 2009, após apresentação do parecer da Comissão de Negociação da Movicel e três meses antes do anúncio formal das empresas beneficiárias, pelo Conselho de Ministros.

À data da privatização formal da Movicel, os sócios da Novatel, acima descritos, não apresentavam individual ou solidariamente quaisquer investimentos que os identificassem como empresários. Apesar das objecções de uma das figuras citadas em assumir a sua participação no negócio, devido à existência de expedientes jurídicos para encobrir os verdadeiros accionistas, as acções da Novatel são nominativas.

Tal como os estatutos obrigam (art. 5, 1), as acções têm titulares precisos e determinados, conforme a lista acima descrita. Para todos os efeitos, são formalmente responsáveis pelos deveres e obrigações decorrentes da titularidade das acções, sendo portanto os titulares das mesmas accionistas formais.
Anotações sobre a Movicel


Os nomes revelados nas estruturas accionistas das empresas a favor das quais o Conselho de Ministros privatizou a Movicel revelam, de forma clara, a mentira do governo sobre o assunto. Não se trata de um negócio sedimentado numa estrutura do empresariado nacional e muito menos de grupos com recursos financeiros para contribuir para o tesouro nacional face “à crise financeira mundial”, conforme argumento oficial acima referido. A urgência a que o governo aludia para gerar fundos para os cofres do Estado também é um engodo, pois não há qualquer confirmação oficial e pública do pagamento dos 200 milhões de dólares ao Estado, como é regra. Por outro lado, vários economistas estimam que a Movicel, mesmo na venda a saldos, vale vezes mais do que o valor estabelecido pelo governo. Trata-se de um expediente de alienação do património do Estado a favor de desígnios privados geridos pelo chefe da Casa Militar do Presidente da República em cumplicidade com outros órgãos de influência junto da presidência e dos titulares do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação acima mencionados.»

Imagem: morrodamaianga.blogspot.com/

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O mistério das Torres do Carmo


A luta de libertação das Torres do Carmo

E libertaram-nas, as Torres do Carmo. É muito provável que as edificaram conluiados com a Sonangol. Construíram-nas, antecipadamente já com comprador garantido, a Sonangol.

Convém lembrar que até agora a Sonangol não gastou um dólar numa biblioteca pública itinerante para que o angolano aceda aos conhecimentos universais proporcionados pela literatura. Assim, é de concluir que a Sonangol investe na delinquência juvenil, que actualmente atingiu níveis que se podem inscrever na disciplina terror. Ninguém lhe está imune, incluindo a Sonangol.


«Está confirmado. Trata-se de mais um multimilionário negócio que a Sonangol acaba de fazer com o dinheiro que pertence a todos os angolanos, por isso devia ser gerido com outros critérios. A Sonangol adquiriu a maior parte dos apartamentos das futuras Torres do Carmo, onde a unidade mais barata ronda o milhão de dólares. Confirmado que está este "investimento" da petrolífera nacional, a pergunta que se coloca a partir deste morro tem a ver com o destino que a Sonangol pretende dar aos luxuosos apartamentos que adquiriu no mercado.


Será para melhorar as condições de vida dos seus "modestos" executivos? Será para resolver o problema do engarrafamento? Será para distribuir por alguns destacados membros das famílias reinantes deste país, como já tem sido prática com outros empreendimentos imobiliários? Enfim, são várias as questões que se colocam a mais esta movimentação da "nossa", "deles" Sonangol. Cá estaremos para ver quem serão os futuros inquilinos das Torres do Carmo.»

Imagem: morrodamaianga.blogspot.com/

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mais um vulcão que vai entrar em actividade


Aumento dos combustíveis em 8%, salários da função pública também aumentam 5%, e corte da subvenção aos combustíveis. Extinção em simultâneo do mercado Roque Santeiro que movimentava todo o mercado informal e que dava emprego a milhares ou milhões (?) de pessoas.

O cemitério do quilómetro 14 em direcção ao Cacuaco, arredores de Luanda, estão a retirar-lhes as ossadas paras prosseguirem a escalada da especulação imobiliária.

De certeza que não são pessoas que estão por detrás disto, são loucos!

Isto é uma revolução de um vulcão, com desprendimento de lava incandescente sobre o que resta do que já foi uma Pompeia.

Que o PIB cresce, o desenvolvimento económico prospera. Bom, só pode ser um novo sistema económico que inventaram e que permanece desconhecido.
Provavelmente o Economic Jungle.

E a nossa luta de libertação prossegue, sempre imparável, agora no rumo do neocolonialismo chinês… absurdamente analfabeto.

Este petróleo é da cor dos espoliados.


A democracia bancária do Millennium Bcp


Há vastas democracias que abastecem os sistemas económicos e políticos. Entretanto uma se destaca, ultrapassa as outras… democracias. É a democracia bancária. E goza de estatutos especiais. Implanta-se, corrompe governos, governantes e governados. Impõe a sua doutrina especializada, espoliar sub-repticiamente a arqueologia da especulação imobiliária.

A democracia bancária é a militante da democracia parlamentar, representativa da vontade do voto contido nas acções dos eleitores do elenco governativo.

A democracia bancária é como uma formosa ilha rodeada por tubarões por todos os lados.

Que estranha, que patranha é a democracia que se deixa corromper por banqueiros. Curioso: quando um banco se instala, meia dúzia – sempre – enriquecem rápido, e as populações que viviam pacificamente depressa moram na miséria, porque o banco vai-lhes espoliar tudo, e a democracia também.

Nunca se contentando, estão-lhe instituídos à democracia bancária, a promoção a retalho ou não, de tumultos, revoltas, revoluções e muito em especial a miséria democrática e dos democratas.


«MILLENNIUM BCP É O BANCO MAIS CRIMINOSO DE PORTUGAL
Nos últimos dias e até mesmo meses recebi várias mensagens neste blogue, a tentar denegrir a minha imagem. Mas para todos os efeitos, posso confirmar que tenho a minha consciência tranquila, pois tenho provas concretas e aliás

http://bcpcrime.blogspot.com/

consegui junto junto da CMVM e dos próprios representantes do BCP que este banco é mesmo criminoso. Depois de o provar, a Instituição financeira devolveu-me todo o valor (em euros) que me burlou e queria "ROUBAR"...
Se alguém no Mundo, o pode provar sou mesmo EU.
A CMVM, o BdP e Ministério público sabe-o disso.
A única pessoa do mundo que tem provas do "MILLENNIUM BCP" de ser ladrão sou mesmo eu.
Se alguém tem dúvidas, que venha ter comigo que as apresentarei devidamente, mas sòmente em termos legais.
Quem tem dúvidas; são as pessoas que se encantam com as "luzes da ribalta"!
Pesquisem muito bem o histórico da Instituição e aí chegarão a conclusões concretas.

OBS:

...E NÃO PRECISEI DE NENHUM ADVOGADO PARA PROVAR ESTE CRIME HEDIONDO... Sózinho no mundo, mesmo sem família e amigos, (mesmo isolado) tive que enfrentar três Advogados, para que estes ficassem com a devida "prova". ( a prova dos factos durou cerca de oito anos, mas com pesquisas; praticamente em todos os dias!)

E ASSIM SE PROVOU... Prova assinada e válida para os confins dos séculos de um crime financeiro, chamado MILLENNIUM BCP.

Cumprimentos,»

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Robin dos Bosques Angolano



Frei João Domingos faleceu.

Há Homens que são lembrados para todo o sempre na História pelos seus feitos, pelo bem-estar das populações.

Em contrapartida há outros homens, (que decerto nasceram por engano) que restam apenas lembrados pela miséria, destruição de casebres, extermínio das populações e destruição dos seus países.
E ainda lhes outorgam o doutoramento honoris causa pelas universidades da miséria.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Vida de petróleo é vida de miséria


Entretanto a exterminação prossegue.
Entretanto, primeiro a exclusão social e depois a exterminação do povo angolano prosseguem a ritmo muito acelerado. Os locais, garantes da sua sobrevivência são-lhes sumariamente surripiados, em nome da lei espoliados e entregues a estrangeiros. E os produtos para venda confiscados a bem da revolução. Não há direito a indemnizações.

Tal e qual como na grande repressão do tempo colonial argelino que conduziu a uma estrondosa revolta vitoriosa.

E disfarçados de movimento de libertação, ludibriam toda a gente. Ainda vamos a tempo de corrigir o logro, ou não?! Nada os comove. A morte é a sua fiel companheira.

E serenamente, o povo (?) angolano move-se irreversível no programa da sua exterminação. O petróleo é o principal factor de instabilidade política, económica e social.

Nestas circunstâncias só se pode conceber um PIB para o palácio presidencial e seus nobres servidores. E actualmente o que se ouve mais falar é: este morreu, aquele morreu, o outro também. O número de mortes é aterrador. Os mentores do PIB petrolífero saem satisfeitos pela missão cumprida: a exterminação do povo angolano.

Ah sim! O PIB de Angola, o do palácio presidencial. Certo, esse PIB é o único que sobe, o único que existe.

Não é demais recordar que o Politburo foi obrigado a aceitar a democracia. Por aqui logo se vê que jamais serão democratas.

Os passos para encontrar o pão de cada dia, perderam-se na selva petrolífera. Quando a imposição do analfabetismo que conduz inevitavelmente à feitiçaria se unem, realizam presentemente em Angola o cenário ideal para produzir mais um filme da série Tarzan.


«Visão de “Kopelipa”: Angola deve ter apenas dois semanários e dois diários
Lisboa - Os três jornais angolanos adquiridos em Maio por uma sociedade cujo anonimato continua a dar azo a especulações, estão todos a passar por dificuldades internas, em geral decorrentes de problemas de tesouraria e de indefinições no que toca ao seu futuro.

Fonte: Africa Monitor CLUB-K.NET

Plano subreptício para asfixiár Jornais privados


A situação mais aguda é a do Novo Jornal, também devido à sua superior dimensão. Em meios locais atentos ao assunto conjectura-se que a aquisição das publicações fez parte de um plano subreptício destinado a asfixiá-las a seguir.

Entre os factores que sustentam tais conjecturas avulta a visão que altos dirigentes têm do futuro do sector; M H Vieira Dias “Kopelipa”, por exemplo, diz em privado que bastam a Angola dois semanários e dois diários – sendo um destes o Jornal de Angola e outro O País, a cujo lançamento esteve ligado e que assim deixaria de ser semanário.

comentário
Kumbi said: .......
fechem também a internet já que querem uma Angola de ignorantes,mas lembrem-se que está era também a filósofia do colono,mas não valeu nada.»





Monangambé. (Nova versão)


Sem oposição real, não há nenhum interesse em manter intuições democráticas em funcionamento.
Triste desfecho o do povo angolano. Perecer, viver como as moscas e como elas incomodar.
Este é o nosso tempo momentâneo das fissuras do analfabeto chinês.
Quem depende de outros povos para trabalhar – até na agricultura (?) – nunca conseguirá a liberdade. Daí que Angola é o celeiro da miséria.
Isto já não é Angola, é uma coisa vazia, sem conteúdo.
Quem não lê livros, é escravo daqueles que os lêem.
Só um governo ilegal comete ilegalidades.

E as populações lamentam-se do desespero libertador, ainda mais opressor: «Mas os colonos não nos faziam isto!» quer dizer: libertar é o prolongar, o espoliar até nunca mais se fartar.


Monangambé
Naquele palácio presidencial grande bombeia-se petróleo a rodos
é a espoliação do meu corpo que o rega:

Naquele palácio presidencial grande tem diamantes
negros
são gotas sanguinolentas dos meus casebres espoliados.

O petróleo está sempre bombeado
armazenado, e eu, torturado,
vou ficar bem negro, negro da cor do petróleo contratado.

Negro da cor do petróleo contratado!

Perguntem às zungueiras e à tortura
do seu peregrinar,
e às ruas do triste serpentear
e ao vento fantasma dos abandonados sertões:

Até o dormir este governo nos proíbe. E quem é que vai às tongas abandonadas?
Quem escoa os produtos que intencionalmente
se deixam apodrecer nos campos?
Só carros de luxo, e onde pairam os cachos de dendém?
Quem rapina e em paga recebe milhões de dólares?
e nos paga desdém?
Até a fuba podre e o peixe podre nos espoliam,
Sobrevivemos dos andrajos importados
"milhares de casebres destruídos e porrada se refilares"?

Quem?

Quem faz o petróleo enegrecer
e o diamante florescer
- Quem?

Quem dá dinheiro para os corruptos comprarem
bancos, empresas, amantes, casas de milhões de dólares
e cabeças de pretos ao abandono nas tendas Zangadas?

Quem faz estes corruptos prosperarem,
Angola só para eles e prisões para nós?
- Quem?

Perguntem às zungueiras e à tortura
do seu peregrinar,
e às ruas do triste serpentear
e ao vento fantasma dos abandonados sertões:

- "Monangambééé..."

Ah! Deixem-me ao menos vender qualquer coisa na rua
para sobreviver
Deixem-me beber, beber até morrer
naquele palácio presidencial grande
negro da cor do petróleo contratado.

- "Monangambééé..."