Ignóbil e vergonhoso, social e polticamente para o país, o filicidio ocorrido, por razões politico-partidárias, com o contributo de colegas politicos. Os assassinos pertencentes a organização politica no poder e igualmente a uma ONG partidária e feminina que se ocupa da violência doméstica duplicam a preocupação do BD. Inédito o funesto acontecimento e alarmante por nos encontrarmos num período de paz militar desde 2002.
Quando a corrente democrática, o BD, advoga que a Paz social não foi ainda atingida, pretende, entre outras coisas mostrar que a reconciliação política em Angola e a democratização das mentes está longe de ser alcançada. Este exemplo é demonstrativo. O fanatismo político, a educação formal e folclórica contra a violência doméstica, a incompreensão do significado da convivência social atingiu aí o seu limite: a de uma mãe renegar o seu próprio ventre.
O BD chama a sociedade a uma profunda reflexão dum facto que não é alheio a sistemática coisificação humana a que a sociedade tem sido submetida, forçando-a a agir de forma cega na defesa ou em submissão a uma côr partidária. O facto é ainda mais perigoso quando por via do processo eleitoral os partidários do partido em nome do qual se praticou o filicidio, manter-se-ao mudos e surdos porque receosos de tirar conclusões sérias do acontecimento prejudiquem a sua campanha. Com isto, vai assim incrementar a violência dos partidários do partido no poder.
A eliminação das causas da violência em Angola passa por uma mudança forte de cultura política a que o Partido da situação, por tão forte passivo de violência, já não está capaz de operar. BD sente a sua enorme tarefa e responsabilidade política de libertar as mentes para uma sã convivência, oferecendo alternativas de oportunidades iguais para todos os cidadãos.
O Secretário Geral
Filomeno Vieira Lopes
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