Américo Amorim é sócio do filho de Guebuza e da filha de José Eduardo dos Santos

Empresário português privilegia ligações com a “elite”

Maputo (Canalmoz) – Portas abertas parece ser meio caminho para o sucesso. E boas leis de investimento à parte, “o seguro morreu de velho”. São sinais que o famoso magnata português, que se iniciou na cortiça, Américo Amorim, e um dos homens mais ricos de Portugal, não oculta. É a voz da sabedoria…Segundo o Jornal de Negócios, editado em Lisboa, escolheu “bons parceiros” para ter sucesso nos seus negócios em África, com particular destaque para a banca.

Amorim juntou-se à “elite” para ter sucesso. Em Angola, por exemplo, Américo Amorim é accionista do Banco BIC. Sua sócia é Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, que embora nunca eleito parece ser promessa para durar.

Em Moçambique o magnata investiu no recém-criado Banco Único. Seus sócios neste empreendimento são, entre outros, Mussubuluko Guebuza, filho do actual presidente da República, Armando Guebuza, em fase de despedida do cargo. Salimo Abdula, outro muito chegado ao presidente Guebuza – pelo menos é o que se tem feito constar – é também accionista.

É um método adoptado por empresários em países de regimes clientelistas. Aqui não se sabe se é grande aposta. Chissano e os seus links já foram, hoje deles reza o Wikileaks e pouco mais, sobretudo em exercícios de charme e conveniência.

Regra geral, os governantes e seus apaniguados são, em última instância, o sector privado. Nada como um governante em jogo duplo.

Explica-nos o jornal português que no Banco Único, as acções são detidas, para além dos dois gigantes portugueses “Visabeira” e “Grupo Amorim”, por um leque de accionistas moçambicanos, nomeadamente o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS- estatal), a Rural Consult, DHD, Agro-Alfa e SS, estas duas últimas ligadas a Mussumbuluko Guebuza e Salimo Abdula, respectivamente.

Segundo o jornal luso, Américo Amorim mostra como é que “a escolha de um bom parceiro pode ser meio caminho andado para o sucesso de um bom negócio”.

Ainda de acordo com o jornal, Américo Amorim adoptou esta regra para investir no sector financeiro fora de Portugal e “os resultados estão à vista”.

Refira-se que Américo Amorim é, de acordo com revista Forbes 2011, o cidadão português mais rico do mundo. (Redacção)