quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Arrendamento de imóvel termina em litígio com alta funcionária do Tribunal de Luanda


Luanda - Marcelina António Vaz, 51 anos, acusa Ana Bela Valente, de se ter valido do papel de alta funcionária do Tribunal Provincial de Luanda (TPL) para tentar apropriar-se do seu imóvel, situado no Complexo da Logitecnica – UEE, vulgo Complexo da Samba.

*Paulo Sérgio
Fonte: Opais Club.k-net
A primeira conta que arrendou o imóvel de dois quartos, sala, dispensa e casa de banho ao preço de mil dólares/mês à funcionária judicial por um prazo de um ano. Mas diz que ela acabou por ficar um ano e sete meses há mais, por se ter recusado a devolver a residência dentro dos prazos estabelecidos.

“Na altura em que negociamos, acordamos que se deveria efectuar algumas obras de reabilitação do imóvel, o que não aconteceu. E no momento em que eu quis reaver a casa ela exigiu que fosse reembolsada em oito mil dólares pelas obras que teria feito”, explicou Marcelina Vaz. Acrescentou que aquilo era uma aberração porque “a única coisa que ela fez foi construir o balcão que separa a cozinha da sala”.

A queixosa disse que a sua inquilina exigia o pagamento dos valores acima mencionados como condição para desocupar o imóvel e que havia contratado os serviços de uma empresa de segurança para a sua entrada na propriedade que diz lhe pertencer.

Ana abandonou o imóvel sem lhe ter comunicado directamente, após uma ordem judicial. Recordando o passado, Vaz contou que antes de travar esta “dura batalha”, mantinham uma relação saudável e dedicava-se à troca de moeda estrangeira na baixa da cidade. Atendendo a sua situação de invalidez, pediu aos seus familiares e irmãos em Cristo que continuem a apoiá-la.

O clima de tensão que se instalou entre as duas famílias agravou-se ainda mais no dia 24 de Dezembro, quando um dos filhos de Marcelina Vaz se cruzou com Ana Valente num dos supermercados da rede Shoprite. O jovem é acusado de a ter ameaçado de morte, o que deixou Ana Valente com os nervos a flôr da pele e, em companhia de uma amiga, foi explicar à ex-senhoria o que se passara. E que aconselhasse o rapaz a não praticar tal crime. Mas, para o seu espanto, a mãe não acreditou que o seu filho tivesse aquele comportamento e bateu-lhe com a porta na cara. Esta situação provocou uma briga que teve que ser apaziguada pelas autoridades policiais.

Segundo uma fonte ligada à família da funcionária sénior do TPL, a acusada não teve interesse em se apropriar do imóvel e nem sequer exigiu oito mil dólares para desocupá-lo.

“O que se passou foi que a senhoria estava a exigir a desocupação da casa sem ter cumprido com alguns pressupostos legais, que é a emissão de um aviso prévio, contendo um prazo, para que o inquilino possa procurar uma nova residência”, explicou.

Por outro lado, a nossa fonte disse que a sua parente ficou preocupada ao notar que o imóvel está em nome da cidadã Domingas Pedro Vaz e quem assinou o contrato de arrendamento é um outro indivíduo chamado de Domingos Pedro Vaz.

Quanto a isto, a senhora Marcelina Vaz esclarece que o imóvel pertencia a uma das suas filhas que já faleceu e quem rubricou o contrato foi um dos seus filhos. A morte da sua descendente torno-a herdeira legítima.

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