sábado, 7 de julho de 2012

BD surpreendido com rejeição de candidatura pelo Tribunal Constitucional


Luanda - O secretário-geral do Bloco Democrático (BD), Filomeno Vieira Lopes, disse nesta sexta-feira, 06, que o seu partido viu "com surpresa" a rejeição da sua candidatura pelo Tribunal Constitucional, ficando de fora das eleições gerais de 31 de agosto.


Fonte: Lusa
Segundo Filomeno Vieira Lopes, o BD fez um grande esforço para apresentar a sua candidatura, tendo conseguido 17 mil assinaturas. "Esperávamos que o Tribunal Constitucional (TC) pudesse retificar algumas situações. Tivemos situações de excesso de assinaturas em certos círculos, e pensamos que pelo critério da razoabilidade poderiam ter sido transferidos para outros", disse o político, acrescentando ainda que "tudo isso soa a estranho".


Na reclamação apresentada ao Tribunal Constitucional pela rejeição da sua candidatura às eleições de 31 de agosto, o BD levantou suspeições sobre a fiabilidade do Ficheiro Informático Central do Registo Eleitoral (FICRE). Aquele partido, herdeiro da extinta Frente para a Democracia (FpD), alegou ainda que o TC deveria transferir eleitores de uns círculos para outros, entre outras diversas alegadas ilegalidades e condições adversas que afetaram a sua candidatura.


Filomeno Vieira Lopes acrescentou que com as assinaturas esteve "tudo bem". "O problema residiu sobretudo com os apoiantes, cujos nomes constavam igualmente de listas de outros candidatos", afirmou.


Outra formação que viu a sua candidatura igualmente rejeitada pelo TC foi o Partido Republicano de Angola (PREA), que anunciou que vai desencadear manifestações de protesto nos dias 09 e 14 deste mês.O Tribunal Constitucional fez a entrega da lista oficial dos partidos que vão concorrer às eleições de 31 de agosto, um total de nove formações políticas, das quais cinco são partidos e quatro são coligações.


No final da cerimónia, José Pedro Kachiungo, mandatário da lista da UNITA, maior força da oposição, saudou o trabalho do TC, mas manifestou-se apreensivo quanto às actividades da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que agora tem a tarefa de conduzir todo o processo até ao escrutínio.

"Ficamos apreensivos, porque a CNE não cumpriu com o que devia no que diz respeito, sobretudo, ao processo de publicação dos cadernos eleitorais, à publicação das listas. Estes processos não estão claros, vimos que há uma confusão entre os partidos políticos e os ficheiros que contêm o registo dos eleitores, que a CNE não está a esclarecer e achamos isso preocupante com a velocidade que o processo vai tomar agora", disse.


Por sua vez, o mandatário da candidatura do MPLA, partido no poder, Carlos Ferreira Pinto, considerou o acto como de grande significado jurídico-político, salientando que o seu partido vai intensificar o trabalho de mobilização junto dos seus militantes.


Já Alexandre Sebastião, mandatário da candidatura da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), liderada pelo ex-dirigente da UNITA, referiu que esta coligação vai "aprimorar os trabalhos", no que se refere à preparação dos seus fiscais eleitorais, dos delegados que vão trabalhar nas assembleias de voto, "com o propósito de ter um controlo melhor dos votos".

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