Luanda –
O Bloco Democrático (BD), partido que viu rejeitada a sua candidatura às
eleições gerais de 31 de agosto em Angola, anunciou nesta quarta-feira, 11, em
Luanda, que vai orientar os seus eleitores a votarem nas forças políticas da
oposição.
Fonte: Lusa
Fonte: Lusa
O presidente do BD, Justino
Pinto de Andrade, disse, em conferência de imprensa, que posteriormente, depois
de consultados todos os dirigentes do partido a todos os níveis, vai ser tomada
uma posição mais concreta. "Mas de forma alguma o Bloco Democrático irá
apoiar o partido no poder. À partida sabemos que existem forças políticas que
são marionetas do poder e essas nunca merecerão a nossa intenção de voto",
disse Justino Pinto de Andrade.
"Também não vamos aplaudir oposições aberrantes. O BD orientará os seus membros, simpatizantes e amigos, enfim, os seus eleitores, para votarem nas forças políticas concorrentes, com vista a derrotar a plataforma situacionista de José Eduardo dos Santos (Presidente de Angola)", acentuou.
Para estimular o eleitorado a votar na oposição, o BD propõe às "verdadeiras forças da oposição, juntamente com os partidos excluídos da corrida eleitoral que constituam um acordo amplo", onde se comprometem a realizar vários esforços de mudança, nomeadamente a revisão da Constituição, no que toca aos poderes do Presidente e à sua eleição direta.
Segundo a nova Constituição, o Presidente e Vice-presidente angolanos são eleitos por via indireta, sendo designados para aqueles cargos os dois primeiros nomes da lista vencedora no círculo eleitoral nacional.
O acordo que o BD pretende alargar às demais forças da posição, prevê igualmente o fim do atual conflito na província de Cabinda, a despartidarização do aparelho de Estado, o combate à corrupção, a promoção de uma visão de desenvolvimento com distribuição da riqueza, o investimento na educação e saúde, e ainda o fornecimento de energia e água. "Nessa conformidade o povo votará em massa nesses partidos, confiando que os mesmos se associarão programaticamente para combater os grandes males que têm impedido que o povo angolano desfrute de vidas felizes", enfatizou Justino Pinto de Andrade.
Relativamente ao processo eleitoral, cuja transparência o BD considera estar "ensombrada", Justino Pinto de Andrade considera que "a 'coisa' vai de feição quando é notório o desinteresse da União Europeia em observar o que constou estar mal em 2008 em Angola".
Pinto de Andrade acusou a UE de ter tomado essa decisão porque, considerou, "não quer perder as vantagens financeiras que Angola lhe oferece para debelar a crise". "E também os próprios Estados Unidos que, pelos vistos, continuam a apostar na permanência do atual poder, a par da Rússia, China e Israel, chamados como peritos para executarem a fraude no domínio dos 'softwares' informáticos e das comunicações", continuou a acusar.
"O povo angolano tem afinal que confrontar na atualidade uma 'Santa Aliança', aparentemente mais interessada no confronto que o executivo pretende promover, do que na prevenção de um conflito que pode ser terrível", alertou.
Para sábado, está marcada em Luanda uma manifestação anti-governamental - convocada pelo autodenominado Movimento Revolucionário, ligado a anteriores ações de protesto - para exigir o afastamento de José Eduardo dos Santos. Os organizadores da manifestação pretendem realizar uma marcha até ao Tribunal Constitucional angolano, depois de uma concentração de manifestantes junto ao Mercado de São Paulo.
"Também não vamos aplaudir oposições aberrantes. O BD orientará os seus membros, simpatizantes e amigos, enfim, os seus eleitores, para votarem nas forças políticas concorrentes, com vista a derrotar a plataforma situacionista de José Eduardo dos Santos (Presidente de Angola)", acentuou.
Para estimular o eleitorado a votar na oposição, o BD propõe às "verdadeiras forças da oposição, juntamente com os partidos excluídos da corrida eleitoral que constituam um acordo amplo", onde se comprometem a realizar vários esforços de mudança, nomeadamente a revisão da Constituição, no que toca aos poderes do Presidente e à sua eleição direta.
Segundo a nova Constituição, o Presidente e Vice-presidente angolanos são eleitos por via indireta, sendo designados para aqueles cargos os dois primeiros nomes da lista vencedora no círculo eleitoral nacional.
O acordo que o BD pretende alargar às demais forças da posição, prevê igualmente o fim do atual conflito na província de Cabinda, a despartidarização do aparelho de Estado, o combate à corrupção, a promoção de uma visão de desenvolvimento com distribuição da riqueza, o investimento na educação e saúde, e ainda o fornecimento de energia e água. "Nessa conformidade o povo votará em massa nesses partidos, confiando que os mesmos se associarão programaticamente para combater os grandes males que têm impedido que o povo angolano desfrute de vidas felizes", enfatizou Justino Pinto de Andrade.
Relativamente ao processo eleitoral, cuja transparência o BD considera estar "ensombrada", Justino Pinto de Andrade considera que "a 'coisa' vai de feição quando é notório o desinteresse da União Europeia em observar o que constou estar mal em 2008 em Angola".
Pinto de Andrade acusou a UE de ter tomado essa decisão porque, considerou, "não quer perder as vantagens financeiras que Angola lhe oferece para debelar a crise". "E também os próprios Estados Unidos que, pelos vistos, continuam a apostar na permanência do atual poder, a par da Rússia, China e Israel, chamados como peritos para executarem a fraude no domínio dos 'softwares' informáticos e das comunicações", continuou a acusar.
"O povo angolano tem afinal que confrontar na atualidade uma 'Santa Aliança', aparentemente mais interessada no confronto que o executivo pretende promover, do que na prevenção de um conflito que pode ser terrível", alertou.
Para sábado, está marcada em Luanda uma manifestação anti-governamental - convocada pelo autodenominado Movimento Revolucionário, ligado a anteriores ações de protesto - para exigir o afastamento de José Eduardo dos Santos. Os organizadores da manifestação pretendem realizar uma marcha até ao Tribunal Constitucional angolano, depois de uma concentração de manifestantes junto ao Mercado de São Paulo.
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