Benguela - A abertura oficial da campanha eleitoral na província
de Benguela, começou, com o registo de dois incidentes de intolerância
política, que pelo menos, resultaram na destruição de um material de propaganda
da CASA-CE e no impedimento da apresentação do programa de governação e
manifesto eleitoral do Partido de Renovação Social (PRS).
Fonte:
Club-k.net
José Manuel Lucombo,
o «arruaceiro»
O primeiro
incidente ocorreu na terça-feira, 31 de Julho, quando o secretariado provincial
do PRS em Benguela pretendia apresentar o seu projecto de governação e
manifesto eleitoral para o quinquénio 2012 a 2017. De acordo com o secretário
provincial do PRS, Rui Malopa, o seu partido viu-se impedido de proceder a
abertura oficial da sua campanha, devido, a rescisão do contrato «última da hora»
com o Centro Recreativo Acácias 2000, por, os responsáveis daquele
estabelecimento alegarem que o referido espaço é propriedade do MPLA. «Ora, se
o espaço é propriedade do MPLA porque é que alugaram-nos para depois de quatro
dias, com tudo pago, e faltando apenas duas horas para o arranque da actividade
virem dizer-nos que já não podemos realizar a nossa actividade naquele local»,
questionou, o secretário dos renovadores sociais em Benguela, Rui Malopa.
Para inviabilizar ainda mais, a actividade da terceira força parlamentar o primeiro secretário municipal do MPLA em Benguela, Manuel Lucombo, dirigiu, presencialmente, um punhado de «meninos» da JMPLA que deslocara-se no local onde o PRS pretendia apresentar o seu programa de governação pelo que, Manuel Lucombo, sem meias medidas, e num claro atropelo ao Código de Conduta Eleitoral, orientou, a colocação da propaganda do seu partido por cima das do Partido de Renovação Social.
Durante dois dias
tentamos contactar o primeiro secretário municipal do MPLA, José Manuel
Lucombo, mas os nossos esforços não produziram efeitos.
Militantes da UNITA "rasgam" Chivukuvuku
Um outro incidente
de intolerância política aconteceu no município do Bocoío, a nordeste da
província de Benguela, contra o secretário executivo municipal da CASA-CE,
Júlio Kuvalela, que viu rasgada a fotografia do presidente da sua coligação,
Abel Epalanga Chivukuvuku quando se desdobrava em campanha eleitoral, na comuna
do Monte-Belo, uma localidade considerada bastião do maior partido na oposição.
Segundo o
secretário executivo municipal da CASA-CE as causas do incidente terá haver com
o facto dos militantes da UNITA, não aceitarem naquele município um outro
concorrente que não seja o partido do regime, o MPLA. «Eles diziam que no
Bocoio, só podem fazer campanha dois partidos para ver quem vai ganhar nestas
eleições, disse, Júlio Kuvalela, lamentado, por outro lado, o facto dos
militantes da UNITA protagonizarem um acto de que tanto se queixam.
Alberto Ngalanela,
secretário provincial da UNITA, contactado para reagir o facto, afirmou, não
ter conhecimento do incidente e que tinha de se inteirar junto ao representante
do Galo Negro no município do Bocoio.
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