quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Guiné-Bissau: Ausência de explicações turva regresso à normalidade. Políticos na mira


Em Bissau circula a informação de que as detenções de militares continuaram durante esta terça-feita, 27 de Dezembro. No entanto, e apesar de o número real e da identificação de todos os revoltosos ainda não ter sido divulgada, a perseguição estende-se também às alas políticas guineenses.
A casa de Roberto Ferreira Cacheu foi incendiada ontem pela manhã, sendo o seu paradeiro ainda incerto. Marcelino Cabral, ex-Ministro do Interior, fruto da perseguição de que era alvo, optou por entregar-se às autoridades policiais.

Tudo leva a crer que mais nomes engrossem a lista dos elementos a deter, por envolvimento no alegado Golpe de Estado, que se tornou sublevação militar e no fim qualificada de assalto a paiol.

A liga dos Direitos Humanos exige transparência nos processos de detenção, de forma a evitar que estes acontecimentos sejam capitalizados para fins políticos.

A comunidade internacional exige um esclarecimento cabal do ocorrido, pelo que foi criada mais uma comissão de inquérito, numa altura em que ainda se aguardam os resultados dos inquéritos aos acontecimentos de 2009.

Os militares regressam aos quartéis e a polícia parece assegurar a tranquilidade nas ruas de Bissau. Num processo que parece estar a assumir contornos de vendeta política e de controlo das redes de narcotráfico, a ausência de um esclarecimento de factos e a apresentação de provas em tempo útil, mergulhará, tudo indica, o país na senda da descredibilização internacional.
(c) PNN Portuguese News Network
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