Bissau - Em declarações prestadas após reunião de emergência com os ministros da Defesa Nacional e do Interior, o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, garantiu que a situação no país está "sob controlo".
À saída da reunião Indjai que, remeteu para o Governo mais esclarecimentos nas próximas horas, não revelou o que se terá passado entre as fileiras militares, desdramatizando a situação "não aconteceu nada demais. Apenas posso dizer que há um grupo que quis alterar a ordem constitucional, mas o Estado-Maior General das Forças Armadas neutralizou-o e a situação está neste momento sob controlo".
No entanto, para além das chefias militares envolvidas – Bubo na Tchuto, actual CEMA, Watna na Lai, ex-CEME e Cletche Na Ghana, ex-Vice-CEME, foram detidos mais de quarenta militares, de patente inferior e que alegadamente apoiariam esta movimentação, bem como alguns civis.
Num momento em que estava em cima da mesa a intervenção militar da CEDEAO, o Chefe de Estado Maior demonstrou que consegue controlar a maioria dos seus subordinados e “limpar a casa”, sem necessidade de ajuda externa.
Ironicamente, António Indjai, que afirmava, em 02DEZ11, sobre a CEDEAO “levantaram várias questões sobre mim e sobre o CEMA Bubo Na Tchutu. Não conseguiram encontrar nada e agora falam no assunto da CEDEAO. Que venham. Eles não sabem que nós acompanhamos sempre as questões com barulho” é o militar responsável pela queda do actual CEMA.
O Governo ainda não avançou com qualquer explicação para o sucedido, no entanto, a reunião com os militares já terminou, sendo esperada uma comunicação do Primeiro-Ministro ao inicio da noite. Carlos Gomes Junior que regressou de Luanda na véspera da consoada terá renogociado com Luanda os termos da reforma e dos negócios angolanos em Bissau.
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