sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Quem avisa... Carlos Rosado de Carvalho




A agência de rating Moody"s, especializada na atribuição de notas aos países e empresas em função da sua capacidade para reembolsarem os empréstimos, alertou esta semana para riscos de pagamentos e de instabilidade social em Angola. Os riscos são para levar muito a sério.

EXPANSÃO

O relatório de fundamentação do OGE refere que dos 3,225 biliões Kz necessários, 1,564 biliões Kz serão obtidos com recurso a empréstimos no estrangeiro e os restantes 1,660 Kz biliões serão financiados internamente, sem adiantar pormenores. O plano de endividamento do Estado para 2017 ainda não foi divulgado.
Ou seja, a boa execução do OGE 2017 vai depender da capacidade do Governo conseguir encontrar quem esteja disposto a emprestar dinheiro a Angola e que os empréstimos cheguem em tempo oportuno. Caso isso não aconteça, surgirão dificuldades de tesouraria, ou seja, o Governo terá problemas para fazer pagamentos, como alerta a Moody"s.
Com dificuldades de tesouraria, ou se corta na despesa ou se atrasa os pagamentos ou faz-se um pouco das duas coisas.
O governo não é o único responsável por eventuais problemas de pagamentos e instabilidade social. Teve a conivência da Assembleia Nacional que aprovou o OGE praticamente como o recebeu da Cidade Alta.

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