terça-feira, 30 de novembro de 2010

Novo comentário. Anónimo em A Verdadeira história da Build Angola


Continuarei Anónimo por razões óbvias. Vão ficar contentes os que receberem agora o dinheiro que pagaram há muito tempo por posições que esses senhores não entregaram mas irão ficar mito tristes as pessoas que pagaram por ultimo porque não vão ter nem casas nem dinheiro porque o que esses senhores estão a fazer é o famoso roullemente com o dinheiro de uns pagam a outros. Todas as empresas que lhes prestam serviços irão ficar sem dinheiro como todos os compradores inclusive eu sei que esses senhores agora estão a receber aqui dinheiro e a transferir para o Brasil de forma ilicita. Só tem uma forma de todos os compradores ficarem salvaguardados que é o estado obrigar a empresa a apresentar um garantia bancária porque quem tem negócios de tantos milhões de certeza que tem hipótese de apresentar essa mesma garantia. Caso não apresente meus senhores e senhoras feliz os que já receberam porque os que nunca receberam não vão mais receber nem tão pouco terão as casas. Todos acreditamos em Mais...
Todos acreditamos em Angola na sua legislação e nos seus agentes de autoridade por favor os mesmos que vejam o que se está a passar porque seja muito dinheiro ou pouco é dinheiro de trabalho que não deve ser perdido por estes oportunistas discípulos e usadores de palavreado idílico


Todos falam somente no Sr. Paulo Sodré e esquecem de valiar os demais sócios. Todos eles, sem exceção são pessoas inescrupulosas, sem carater e sem a menor consideração pelo proximo, além de também terem problemas judiciais. Enganam, ludibriam, mentem descaradamente oferecendo oportunidades, mas na verdade querem apenas ganhar cada vez mais. Sao pessoas ganaciosas, maldosas que depreciam o povo Angolano com suas atitudes de má fé. Que esse povo já tão sofrido não se deixe enganar por propagandas bonitas e caras, cujo investimento poderia ter sido designado as construções, as realizaçoes dos empreendimentos. Alem do grupo BUILDANGOLA, vale pesquisar os responsaveis pela divulgaçao das propagandas enganosas como assessores de imprensa que também ganham fortunas para dar continuidade a propagação das mentiras. Povo Angolano, abram os olhos e exijam justiça, exijam respeito. Procurem tomar conhecimento de todos os brasileiros e angolanos envolvidos nas falcatruas. Lutem pelos seus direitos, lutem pela dignidade e pelo respeito. Se unam, cobrem posturas, cobrem explicações, cobrem resultados. Permanecerei no anonimato, mas creiam que sou uma pessoa de bem, de carater e que acredito na vitória e na justiça Divina.

Canal de Opinião: por Noé Nhantumbo. UTILIZAR A LUSOFONIA E A CPLP COM CRIATIVIDADE É VITAL


Contrapondo a tendência das vantagens unilaterais

Beira (Canalmoz) - O mosaico lusófono no mundo é uma realidade e os países que o compõem encontram-se em situações diferentes de desenvolvimento socioeconómico.
Embora em termos numéricos sua população não seja nada que se compare a outros grupos de países a sua importância tem crescido ao longo dos anos.
Diplomaticamente é reconhecido o papel que Portugal tem desempenhado ao nível das Nações Unidas. Economicamente Brasil pertence aos BRIC e goza de posição cimeira em áreas como a avicultura e produção de açúcar, biocombustíveis, café, pesquisa e exploração de petróleo no mar a grandes profundidades, indústria aeroespacial, extracção mineira só para citar alguns exemplos. Angola já suplantou a Nigéria como o maior exportador de petróleo africano e possui um dos mais altos níveis de crescimento económico em África.
Mas o panorama nos países da CPLP não é nenhum mar de rosas como algumas interpretações podem querer fazer crer. Como no resto dos países do mundo existem problemas e alguns deles até bastante graves.
Politicamente pode-se dizer “sem papas na língua” que há problemas de deficit democrático e de cultura democrática. Excepto Portugal, Brasil, Cabo Verde que tem realizado eleições credíveis e transparentes, todos os outros países membros da CPLP têm problemas recorrentes de eleições suspeitas e tingidas pela manipulação, fraude, eliminação de concorrentes e deturpação do quadro legal para favorecer determinados partidos.
Outro deficit que merece atenção de todos é o que os diversos interlocutores, públicos e privados estão fazendo no quadro das relações existentes entre os nossos países. Há todo um potencial de cooperação que existe mas que não está a ser aproveitado pelos países, pelas empresas, pelas instituições.
A abordagem eleita pelos governos, pelos empresários e corporações que avançam com projectos multifacetados nos mais variados países da CPLP tem sido obviamente com vista a promover operações lucrativas e neste sentido a agressividade dos intervenientes difere. As estratégias postas em prática também são outra área em que os países da CPLP ainda têm que concertar posições.
Há espaço para progredir e isso só poderá acontecer se as diversas entidades políticas e corporativas envolvidas assumirem uma postura que promova os interesses de todos.
Há espaço para mudanças em conceitos e procedimentos. Se os parceiros da CPLP não conseguirem estabelecer fundamentos práticos que conduzam a uma cooperação mutuamente frutuosa e benéfica para todos os pronunciamentos políticos vão redundar no inócuo e inconsequente.
Até aos dias de hoje e perante um quadro cheio de possibilidades e com potencialidades de todo o tipo verifica-se um fraquíssimo aproveitamento dos mesmos. Os governantes abraçando a ideia em voga de criação de organizações baseadas em alinhamentos linguísticos e históricos embarcaram, na CPLP, aparentemente sem conceitos claros sobre o que cada governo membro pretendia ver realizado ou concretizado. Por causa de custos e de agendas internas muitas acções foram sendo adiadas e outras não sendo equacionadas. Se algum ímpeto existe nas relações entre os países lusófonos é fruto de interesses empresariais que se estão adiantando ao que os políticos fazem. E esse facto tira liderança e a capacidade dos responsáveis políticos desempenharem um papel de coordenação estratégica da cooperação entre os parceiros. Fica-se por vezes com a impressão de que com a CPLP veremos os seniores submetendo os juniores como acontece com a globalização em geral das relações político-económicas mundiais.
Importa redescobrir cenários e aceitar cooperar em termos que tragam mais-valias para os parceiros e não relações de subalternidade ou de dependência.
A países como Moçambique importa colocar os seus objectivos na mesa e manifestar com vigor quais são as suas pretensões ao cooperar com o Brasil, Angola, Portugal e outros integrantes da CPLP.
Falar a mesma língua é um factor importante mas não é o suficiente para definir as relações entre países. Os interesses e a avaliação de como se promovem tais interesses em benefício de quem coopera são fundamentais para que se criem fluxos e dinâmicas apropriadas e vantajosas para as partes.
A tendência muitas vezes evidenciada de sobrepor e colocar a agenda dos que mais recursos financeiros e tecnológicos possuem à frente de tudo que se faça na CPLP pode levar a que se produzam conflitos de interesse que acabem minando a cooperação que se pretende desenvolver.
Existem condições concretas para a mudança e enriquecimento das instituições implantadas que simplesmente requerem a clarividência de governantes e comunidade corporativa e empresarial dos países que constituem e compõem a CPLP.
Há que pegar no que se tem e explorar as vantagens comparativas que todos possuem. Entrar para um caminho de diplomacia responsável que ultrapasse os estreitos corredores da defesa de lobbies que muitas vezes não passam de interesses unilaterais e descobrir as vantagens da abertura e frontalidade negocial. Defendendo os interesses nacionais muitas vezes significa abdicar do que parece à primeira vista lucro fabuloso e optar por situações de equilíbrio de vantagens sustentáveis.
Os governantes de hoje tem de com responsabilidade e clarividência abrir caminho para uma CPLP mais forte, unida e coesa na arena internacional. De nada vale continuarmos a ver um fórum que se reúne periodicamente e que só produz resoluções programáticas que jamais se concretizam.
Enquanto há travões e demoras a concretizar projectos mutuamente vantajosos outros conquistam o espaço que produtos e mercadorias provenientes da CPLP poderiam estar ocupando no mundo.
Se queremos impacto e consequência nas nossas relações temos de abraçar outra maneira de estar e de agir.

(Noé Nhantumbo) 2010-11-29 11:43:00

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O TERROR antes do 9 Termidor


«Mas existem situações por esta África fora em que vemos os mesmos promotores da democracia recebendo com “tapete vermelho” declarados ditadores só porque aparentemente seus países possuem petróleo ou urânio.» in Noé Nhantumbo, canalmoz
O perigo não está nas mini-saias, mas na lascívia dos nossos olhos.
Nada das bandejas petrolíferas e diamantíferas nos é servido. E prometeram-nos que depois da independência seríamos felizes, correríamos como as águas nos rios de felicidade libertas. E dormiríamos e acordaríamos banhados pelas aragens das suas margens. E nos perderíamos nos encantos da harmonia florestal. Mas não, afinal a independência eram os tesouros das esmeraldas, dos diamantes, do opulento e poluente petróleo na sua vil e vã magnificência.
E outra espécie também descendente de humanos claros e preclaros, ditos de um Deus superior à nossa virtude, de tudo e da Natureza, encheu-nos de riscos num mapa inventado. E os rios perderam-se, secaram, e o que para nós era espiritual, para os preclaros foi, é grande riqueza material. E gritaram-nos: selvagens!!! Da nossa salutar nudez casada com a vegetação densa verdejante e acariciante, fustigada pelas latejantes, lampejantes e ternas chuvadas, pereceu na espoliação da civilização. E inventaram governos locais que publicaram decretos animados por estrangeiros, que renunciaríamos à nossa terra e a todas as riquezas nela contidas. E os nossos filhos cedo aprenderiam a estender as mãos de mendigos aos novos-ricos. E os rios, os peixes, os lagos, a chuva, o vento, as plantas, as aves, as frutas tropicais, desapareceram, parece que para todo o sempre. Até inventaram que a nossa terra ancestral onde crescemos e vivemos milenarmente, tem que ter documento passado, e também ela nos roubaram.
E quando a vida no meu Titanic se afundar, tocarei, cantarei, e elevar-te-ei numa serenata: foi um imenso prazer conhecer-te e perder-te, Angola!
E as revisões e cortes no orçamento do terror eléctrico são constantes. Estamos na inconstante inclinação das costas porque eternamente gratos ao nosso Politburo, pelo grande favor que nos concede da sua divina providência, mendigar-nos com alguma energia eléctrica de vez em quando, assim como a água, e tudo, tudo o mais que se lhe assemelhe. Eles são muito desligados porque esta nossa energia eléctrica ainda é revolucionária, e a luta exige-se sempre contínua porque ainda não se sabe, nunca se saberá, quando a vitória do terror da involução será certa. O nosso Politburo vive lá no Olimpo dele, e de vez em quando lembra-se de nós, melhor, zomba-nos. Estas coisas são próprias de deuses, e em consonância lança para a terra dos mortais, eles são imortais, alguns raios de luz que nos iluminam e algumas chuvadas que nos abastecem de água. Como deuses de todos os céus e donos de todos nós, nunca justificam os cortes de água e de energia eléctrica. Nós para eles não existimos, não somos nada, somos zeros, lixo. Dos últimos cortes, apagões, muitos e muitos mais se seguirão porque a infindável revolução assim o exige e indetermina.
Um Sem Futuro lavava o carro no passeio. De portas escancaradas donde jorrava berraria musical que ao Sem Futuro não o incomodava, nem aos transeuntes, porque todos já passaram à condição de fantasmas. Eram cerca de vinte horas de um dia igual a todas as misérias. Três fiscais vestidos nas vestes de caçadores apresam-no sem hipótese de defesa, melhor, de fuga. Nesta selva saturada de esfomeados, os cumpridores da lei executam-na de modo pessoal. Arrancam o saco das costas do lavador de carros e revistam-no como que numa de luta contra o terrorismo. Nunca se sabe se tem lá alguma bomba, e espoliam-lhe um chouriço e uma garrafinha plástica do bom uísque. E já o carregam para o seu carro improvisado de prisão celular. Mas a dona do carro aparece e entra em conversações com os zelosos cumpridores da lei. Acabaram-se em negociações e os fiscalizadores exigiram três cartões para recarregarem os seus telemóveis.
Do atoleiro da crendice humana sobressai a radiação da abundante religião. Sob o estigma da revelação divina que Ele está em todo o lado, vigia-nos dia e noite, espera-nos no maravilhoso paraíso celestial para nos pedir contas do que fizemos cá em baixo. Uma jovem aí com vinte e cinco anos conseguiu amealhar quatro mil e quinhentos dólares, e acometida de fervor religioso foi para a igreja, naturalmente, ou muito provavelmente na esperança de conseguir um marido. Já lá nas preces ao Senhor, o pastor prega-lhe que quem entregar todo o dinheiro que tiver, esperará e receberá o dobro. Ela achou por bem e entregou tudo ao bom pastor. Foi para casa e esperou que o seu dinheiro se multiplicasse pela intervenção do milagre, da bênção de Deus. Duas semanas depois comparece na igreja e pede o seu dinheiro mais a igual quantia do milagre. O bom pastor admirou-se e disse que não é assim que o Senhor arranja dinheiro para os seus fiéis. E ela ficou na miséria. As igrejas são como as repartições fiscais das finanças, todo o dinheiro que lá entra jamais de lá sai. A pobre coitada, já em casa dominada pelo sofrimento desmaiou e poucos dias depois foi parar no hospital muito mal.
Um senhor também caiu nesse negócio de Deus, entregou-lhes tudo, não recebeu nada, claro, ficou maluco e anda por aí a pregar nas ruas. Mas há milhares de casos como estes, todos feitos com envelopes onde obrigatoriamente os crentes têm que colocar lá dinheiro, quantias à farta, senão Deus não lhes vai atender. A miséria é de facto e de jure demais, não acredito que alguém do Governo desconheça o que se passa. É que é muita gente assim universalizada. E em Luanda cada beco é uma igreja. Este petróleo derrama muita miséria. Está claro que do analfabetismo se retiram muitos dividendos, especialmente religiosos e políticos, ou relembrando o adágio popular: quanto mais burros melhor. E se as inconfessas religiões também espoliam as populações e o governo não intervém, deixando as pobres almas como que numa jangada à deriva arrastada pela força da tremenda cascata apolítica, é porque decerto existe alguma conivência, se retiram apoios políticos e divisão do bolo. E quanta mais religião, mais dominação. As ovelhas têm que ser bem tosquiadas, até que nada mais lhes sobre… se a pele também der, vamos embora a isso. O Céu nada na corrupção, Deus também. Deixa-se corromper demasiado facilmente, por isso não admira que a terra esteja tão corrupta, afogada no lodaçal da corrupção. O angolano quando nasce, o primeiro ensinamento que recebe é precisamente o da escola da corrupção. Mas uma questão se impõe: e quando o petróleo acabar? O Politburo perdeu o seu coração e arrasa os nossos. Vende-se o que ainda resta, os terrenos para o cultivo dos biocombustíveis, mas não é o que já acontece?!
Parafraseando o poeta António Aleixo: a democracia não se aprende, não se ensina, nasce e morre com a gente.
Quem passa a grande parte do tempo sentado a conduzir no diabólico trânsito de Luanda produz infalivelmente hipertensão cardíaca, diabetes e deficiência mental. Um quadro clínico de alto risco. Ora, viver assim é impossível, não compensa, porque a degeneração do nosso corpo acelera-se conduzindo-o à morte precoce. É um manicómio ao serviço do terror.
A Teixeira Duarte SA, além da sua actividade principal, desordenar e apoiar na destruição do que ainda resta da cidade de Luanda, exerce uma actividade acessória: onde chega rebenta com os canos de água e com os cabos da energia eléctrica. Ali na Pomobel, junto ao Zé Pirão, a água corre livremente pela berma da rua, vinte e quatro sobre vinte e quatro horas, já há muito tempo. Ali para os lados da Sagrada Família rebentaram com a luz e a água, e marimbaram-se. Os moradores tiveram que lhes mover uma acção judicial, só assim é que eles se decidiram a reparar os estragos. É terror puro ou não é?! Há pessoas que são consideradas muito inteligentes, mas tornam-se muito perigosas porque utilizam a sua inteligência para a maldade. Para nos aterrorizar basta lembrarmo-nos se hoje e amanhã teremos água, energia eléctrica e se seremos assaltados ou presos pelo Senhor 26.
Um barril de petróleo para a Maria do Rosário na Rádio Ecclésia. Campanha lançada pelo jornalista Jorge Eurico, o bom samaritano. Se até Dezembro não pagar a renda, Maria do Rosário, vai para a rua com os seus cinco filhos porque não tem dinheiro para a pagar. De quarenta e cinco anos de idade, é viúva, cega há quatro anos e portadora da SIDA. A insensibilidade dos príncipes corruptos novos-ricos aterra-nos. A morte dos seus súbditos alegra-os imenso porque ela é o seu festim permanente. O nosso petróleo vai longe, ultrapassa a nossa galopante miséria. Quanto mais petróleo mais fome, mais morte, mais riqueza e corrupção para esbanjar. Dos dois milhões de dólares que deram ao Benfica não sobrou nada?!
No campo da Refrinor, no bairro do Cazenga, vão construir uma fábrica de plásticos. É fácil de imaginar a poluição, a morte anunciada de quem por ali habitar. E o que é de mais incrível: é que existe gente que anda por aí a governar (?) não constrói uma única zona verde, um parque recreativo. Ora, isto é um crime abominável que tem que se combater desde já. O mais importante é destruir e têm uma apetência para tal. Sempre na trincheira firme do crime.
Subo as escadas do prédio, cumprimento uma vizinha nova-rica que comprou um apartamento por apenas quinhentos mil dólares, não me respondeu, deu-me a lei da aversão. Continuou como se eu não existisse. De facto e de jure já há trinta e cinco anos que deixei de existir.
A estrada da morte Luanda-Viana não tem iluminação, é mortes quanto baste. Melhor será chamar-lhe estrada do cemitério do terror. Não há dinheiro para iluminar vias principais, mas para tudo o que é futebóis chega e sobra, abundante como o mar petrolífero.
Na zona marítima dos Ramiros, antigos combatentes sobrevivem da pesca com explosivos. Quando a miséria ataca, o pensamento concentra-se na destruição da fome, parece que nada lhe resiste, lhe ficará incólume. Até o terror presente e futuro se hipotecaram. Enquanto Angola não se libertar dos movimentos de libertação clássicos, o seu futuro será muito difícil de encontrar. Entretanto a revolução da corrupção segue imparável. A vida é um dom feita só de baixos, porque os altos acabaram-se definitivamente.
O dia nasceu colado ao desenvolvimento económico, social e do milénio angolano. A imitação de gente com qualquer coisa na cabeça para vender saúda-o efusivamente, aos tropeções neste navio-petroleiro que se afunda. A cada milha que passa a miséria aumenta, tão desregrada que inaugurará um cemitério de zumbis. Entretanto, o desespero assola-nos de tal maneira como a destruição das chuvadas, porque a água não tem por onde sair. A ganância e a corrupção dos novos-ricos geram falsas obras, e a água da chuva não se deixa corromper. Tudo o que se constrói merece desconfiança, porque o mais importante é comissionar. Luanda e Angola já rastejam na cedência ao imperialismo chinês. Os chineses precisam de minérios e Angola está infestada deles. Isto não cheira nada bem. Mais um cataclismo social à vista. Isto é o reino do Terror, da desolação.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

35 ANOS DE SOLIDÃO


Anónimo disse...
Caro Reginaldo, preste atenção ao seguinte e veja o que pode fazer para denunciar no seu blog ou noutra esfera qualquer: o ambiente nos jornais recém comprados por mão do Estado é de cortar à faca. A censura faz morada. Uma vez o jornal pronto, tem de ser submetido aos accionistas que, por sua vez, levam o material para um laboratório para decidirem sobre o que deve ou não deve ser publicado, e como deve ser também.

morrodamaianga.blogspot.com

Críticas ao Chefe de Estado são proibidas, até cartoons têm sido censurados. Veja que um certo jornal, no caso A Capital, teve de travar a edição por causa de uma capa que denunciava o assassinato de um angolano perpetrado por chineses. Tiveram de fazer, para lá do dead-line, uma outra capa. O ambiente, na redacção, é crítico, com os jornalistas descontentes a ameaçar, vejam só, abandonar o jornal em bloco. Preste atenção: querem sair em bloco. E é o que acontecerá se esses atentados à liberdade de imprensa e de expressão subsistirem.
26 de Novembro de 2010 18:45

Luanda. Progressos na involução do fornecimento de energia eléctrica


A nossa teoria da involução registou mais dois factos significativos:
Um corte sem explicação, só pode ser dos OVNIS, no fornecimento de energia eléctrica no dia 24 de Novembro, das 00.08 até mais ou menos às 04.00 da manhã.
Outro, no dia 26 de Novembro, das 18.48 às 23.59.
Se a guerra já acabou, porque persistem os cortes de energia? Será uma espécie de guerra silenciosa? Uma conspiração?

Isabel dos Santos investe mais de um milhão no capital do BPI


Santoro Finance, detida por Isabel dos Santos, comprou mais de 997 mil acções do BPI por cerca de 1,4 milhões de euros.
A Santoro Finance comprou, entre os dias 22 e 24 de Novembro, 997.448 acções do BPI, de acordo com um comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=455901
25 Novembro 2010 | 20:36
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt

O investimento da empresa na compra destas acções ascendeu a 1,46 milhões de euros.

Após esta operação, a Santoro passou a deter 9,80% do capital do banco liderado por Fernando Ulrich, o que corresponde a 88.212.284 acções.

É uma pena que Angola esteja sendo mais uma vez alvo de pessoas tão vis e cruéis. Novo comentário sobre BUILD ANGOLA


Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "BUILD ANGOLA deixou um novo comentário na sua mens...":

Se tudo o que dizem é verdade, mostre os documentos que provam que os senhores diretores em questão fazem parte do quadro societário das empresas angolanas. Em nenhuma delas os senhores Antonio Paulo de Azevedo Sodré, João Gualberto Ribeiro Conrado Jr., Paulo Henrique de Freitas Marinho e Ricardo Nemeth Boer constam como proprietários e tão somente quando assinam, é por procuração. Na verdade quem assina como testa de ferro é o Sr. Ricardo Boer.
Se são tão corretos como se proclamam, onde estão as vivendas tipo Casa Forte?
Porque o The One não foi entregue, a obra está atrasada há mais de um ano e pelo andamento da obra, 2011 é pouco para sua conclusão.
O Copacabana foi descartado depois de um jogo de cena. Uma máquina falsamente trabalhando para iludir os pretensos compradores de que havia obra no local.
Sra. responsável pelo departamento de comunicação desta fadada empresa, divulgue fotos atuais, não divulgue sempre as mesmas. Não divulgue somente trabalhos feitos no computador. Não somos tão idiotas quantos voces nos consideram.
Mostrem os documentos, se é que os tem. Discriminem publicamente passo a passo o andamento de cada empreendimento e marquem uma data para entrega de cada um deles com o compromisso e a ombridade de cumpri-las. O departamento de comunicação deve se incumbir de propagar imagens e textos reais, pois como todos sabem, propaganda enganosa é fruto de um trabalho mal realizado e de total incompetencia.
É uma pena que Angola esteja sendo mais uma vez alvo de pessoas tão vis e crueis, pois o que este grupo está fazendo com cada um de nos é crueldade, é pura maldade para proveito próprio. É um cenario triste de ambição, ganancia, e desprezo pelo nosso povo. Isso tem que ser mudado. Precisamos agir. É nosso dever lutarmos pelos nossos direitos depois de tantos anos de sofrimento. Não podemos nos deixar ser novamente massacrados, pisoteados, lesados como fomos no passado. Precisamos unir nossas forças e combater toda essa sujeira que ainda se acha no direito de carregar o nome do nosso país, chamada BUILDANGOLA.

Editorial. Os dois moçambiques: o do Governo e FMI e o Moçambique real


Maputo (Canalmoz / Canal de Moçambique) - Os últimos dias trouxeram a público opiniões divergentes sobre Moçambique. De um lado o Moçambique imaginado, dos sonhos e dos números cozinhados ou não mas que no essencial são em suma os que convém a certos figurões para continuarem a fazer crer que vivemos no País das mil maravilhas. Do outro, o real, retratado pelo 5 de Fevereiro de 2008 e pelo 1, 2 e 3 de Setembro último, sem água, ou com água às vezes, sem luz, ou com energia às vezes, sem transporte, ou com transporte às vezes, sem lar, sem emprego e com fome onde o único futuro melhor é esperar pela morte e quiçá desejá-la para que o alívio chegue depressa.
De um lado o imaginado pelo FMI e quiçá por representantes de alguns doadores vivendo no mundo das piscinas, dos relvados da Sommerschield e de outros condomínios, das maravilhas da natureza que nas suas redutoras origens nunca viram e aqui os anestesia.
Do outro lado o Moçambique real que já nem o Instituto Nacional de Estatística consegue esconder: esse tal mundo que os cientistas moçambicanos não se cansam de dizer que não está bem e ninguém lhes liga numa atitude completamente autista e irresponsável.
Se o Povo já foi para a rua várias vezes, umas vezes manifestando-se aqui e acolá sem grande impacto, outras em massa e a ponto de fazer recolher aos domicílios tudo e todos, incluindo os arautos do “sucesso”; Se os cientistas Moçambicanos insistem em repetir amiudadamente que o crescimento económico de que tanto se fala não se repercute na maioria da população, podemos acreditar nos “turistas” do FMI e de alguns países doadores que continuam a acreditar (não será antes a fingir que acreditam?) que “Mozambique is very nice”?
Quando aconteceram os levantamentos de 5 de Fevereiro de 2008 e os mais recentes de 1, 2 e 3 de Setembro, onde estiveram os senhores que das embaixadas e organismos similares passam os dias a produzir relatórios para as suas chancelarias que nada têm a ver com a realidade moçambicana? Alguma vez, algum povo se alimentou e sobreviveu de pautas estatísticas?
Onde estavam os especialistas do FMI quando os moçambicanos de forma participativa estavam nas ruas a dizer que a pobreza tinha aumentado no País? – Estavam, certamente, a gozar a festa no bem bom dos seus gabinetes, pelo Google Earth, e a repetir o refrão “Mozambique is very nice and it is in the right direction” (Moçambique é muito bom e está na direcção certa).
Para onde nos querem levar com esta treta? Porquê quando vêm a Moçambique em vez de estarem no Hotel Polana, Avenida, Cardoso ou Indy Village não descem até ao Xipamanine, Muhaivire, Munhava, e tantos outros bairros paupérrimos das periferias de tantas cidades e vilas também das províncias do interior, designadamente do Centro e do Norte, para verem o que é o País real?
Por que é que quando têm as estatísticas reais nas mãos fazem como o bêbado que se encosta ao poste de iluminação não para ver melhor mas para dormir um pouco em pé?
Têm medo de ao visitarem Moçambique real e não o Moçambique maquilhado, se aperceberem do ridículo que são os seus argumentos e as políticas que inventam para Moçambique? Têm medo da sua própria consciência? Têm medo de não terem como não se envergonharem dos seus próprios erros?
Que boa opinião pode alguém ter dos senhores do FMI e de outras instituições com as mesmas pretensões quando nos vêm dizer que tudo vai bem mas os estudos levados a cabo por cientistas moçambicanos não agarrados ao Poder nos revelam exactamente o contrário?
Será que o problema de Moçambique são mesmo mais milhões de dólares americanos, Euros ou Yens ou precisa antes de novas lideranças, de políticas alternativas de desenvolvimento sócio-económico e político?
Se alguns cientistas moçambicanos estão a repetir constantemente que o País precisa de novas políticas de desenvolvimento sócio económico, porque se insiste na mesma música do FMI e da estratégia falhada de combate à pobreza que agora vai deixar de ser PARPA (Programa de Apoio à Redução da Pobreza Absoluta) para ser só PARP (Programa de Apoio à Redução da Pobreza) como se estas coisas fossem apenas uma questão de por e tirar letras às siglas? Quem querem continuar a enganar?
E por que é que a Frelimo não gostava do FMI e agora as mesmas pessoas até parecem ser do Comité Central do FMI? O que se terá passado? O que se está a passar? Não será que o Gabinete Anti-corrupção nos pode ajudar a perceber melhor esta zona de penumbra?
Os tais que diziam que queriam libertar o Povo Moçambicano não será antes que o que queriam mesmo era sentarem-se na cadeira dos “imperialistas” para terem o direito a serem ricos, como já confessou o velho general do “primeiro tiro” – qual episódio desta imensa trágico-comédia, agora também muito contestado?
Por que é que nos andaram a dizer todos estes anos que queriam libertar a terra e os homens, para que eles encontrem o seu próprio destino e a solução dos seus problemas, e agora tornaram-se nos principais dependentes das soluções externas e aliados do que antes chamavam “interesses imperialistas”? Não era esta a tal “mão externa”? A tal mãozinha marota?!..
Onde está a coerência? Não terão razão aqueles que dizem que os ditos libertadores da pátria queriam era serem os novos “colonos”?
Não terão razão aqueles que dizem que o que estes senhores da Frelimo querem é ter o “saco na mão” para comprarem a consciência dos “miseráveis” de modo a eternizarem a “exploração do homem pelo homem”?
Comprar consciências, comprar votos alguma vez se pode considerar cometimento com a construção da Democracia?
Não terão razão aqueles que dizem que estes senhores da Frelimo estão mais para abocanharem as riquezas do Estado e dos outros, em vez de governarem bem o Estado, criando escolas com qualidade, hospitais com qualidade, estradas com qualidade, caminhos-de-ferro com qualidade, portos com qualidade, transportes com qualidade, ensino com qualidade e mais emprego e comida?
Já não se percebe realmente o que é que esta gente quer? O que é certo é que se pelam por andarem com o “saco das notas” na mão. Para eles “Moçambique que se lixe! O Estado que se lixe!”.
Pobre povo enquanto continuar distraído!
Os moçambicanos têm mesmo de pensar muito bem quem querem realmente que os dirija. Têm mesmo de encontrar alternativas a este tipo de autênticos desavergonhados. Com estes “invertebrados”, passe a expressão, não vamos mesmo a lado nenhum.
E para terminar voltamos a lançar o desafio para que apareça rapidamente alguém que nos diga abertamente que quer de facto liderar a mudança. Até aqui mudar tem sido “vira o disco e toca o mesmo”.
O silêncio dos opositores que já se perfilaram como alternativa, não se pode manter. Também lhes cabe definirem-se, de uma vez por todas: ou estão para imitar os que pretendem substituir e aí é melhor não tentarem enganar mais o povo, ou passam a dar provas de que estão mesmo virados para mudar Moçambique.
É urgente lutar-se todos os dias em todas as frentes, em todas as províncias, em todas as cidades, em todas as vilas, em todos os lugares.
Não é com este silêncio e com esquemas puramente “familiares” ou estratégias “paroquiais” que podemos ir mais longe.
Os jovens têm mesmo de começar a agitar isto. É afinal o futuro deles que está comprometido. Se não acordam já, depois é tarde. Não fiquem à espera de dinheiro para começarem a apresentar políticas alternativas.
Quem já é rico não precisa de mudar nada. Já vive bem e quer continuar melhor. Se os que não estão bem não se mexerem e não lutarem por si, bem podem esperar sentados pela morte. “Camarão que dorme a onda leva”. Temos dito, por hoje.

(Canalmoz / Canal de Moçambique) 2010-11-26 05:45:00
Imagem: jornalolince.com.br

Registo de Cartões SIM é ilegal e Anti-Constitucional. – considera CIP


Maputo (Canalmoz) - Em 15 de Setembro de 2010, foi publicado o Diploma Ministerial n.º 153/2010 de 15 de Setembro assinado pelo Ministro dos Transportes e Comunicações que aprovou o Regulamento sobre o Registo dos Módulos de Identificação do Subscritor, denominados por “Cartões SIM” ou seja os cartões em uso nos telefones “celulares”. O documento é ilegal, incoerente e Anti-Constitucional, segundo uma análise do Centro de Integridade Pública, enviada à nossa Redacção.
Eis algumas notas de destaque da análise efectuada pelo CIP:
“Nas competências, atribuições e funções do Ministério dos Transportes e Comunicações (…) unicamente compete regular as actividades sob sua tutela, mas não impor obrigações ou restrições de direitos aos cidadãos em geral”.
“Aliás, a imposição de obrigações ou restrições de direitos aos cidadãos, pela sua importância e delicadeza, só pode ser da competência da Assembleia da República e mesmo assim, obedecendo sempre aos limites estabelecidos e definidos na Constituição da República”.
Os cidadãos não podem ser obrigados a registar os seus cartões SIM, já que o uso deste meio de comunicação não é obrigatório. O cidadão usa o Cartão SIM, se quiser. Consequentemente, ele não é obrigado a registar o mesmo. Na melhor das hipóteses, os cidadãos que quiserem fazer uso deste meio de comunicação deverão ou terão que registar os seus cartões, mas só estes. Aliás, quem quiser, poderá não registar o Cartão SIM que tem actualmente e adquirir um novo e registar, então, esse novo.
Pelo exposto, o CIP propõe que o Diploma Ministerial n.º 153/2010 de 15 de Setembro seja revogado com efeitos imediatos, bem como o Regulamento por ele aprovado e o registo da identificação dos subscritores de Cartões SIM seja estudado com a devida profundidade e cuidado que merece como um dos meios de luta contra o crime organizado, mas dentro dos princípios constitucionais e legais do País”.

(Redacção). 2010-11-26 05:39:00

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O melhor exemplo de saque e corrupção na governação de Luanda


A saque, total geral e completo. É que até as limpadoras do lixo e do dinheiro dos trabalhadores… as empresas que prestam serviços de recolha do lixo à cidade de Luanda, não pagam os vencimentos aos seus trabalhadores. Estes, tiveram que fazer greve e o dinheiro começou logo a ser-lhes pago. A explicação pode ser bem simples: o dinheiro não pago aos trabalhadores utiliza-se para negócios pessoais, a exemplo do ex. /ministro da Informação, Manuel Rabelais, que era um bom discípulo das regras de como utilizar os salários dos trabalhadores para proveito próprio.

Pois é meus senhores: este paradigma por aqui está tão vulgarizado, como força de lei, que se pode dizer: não pagar os salários, mas retirá-los, roubá-los.
Deus te salve Angola, do abismo, do inferno em que mergulhaste. Entretanto os que vendem nas ruas, a única solução para sobreviverem, são perseguidos impiedosamente pelo comité de especialidade da requalificação, como inimigos no tempo da guerra passada e desta presente.


«Anónimo disse...
A Governadora (Francisca do Espírito Santo) leu a carta mas já tinha planos de trabalhar em sentido contrário, em benefício pessoal e dos seus clientes. Foi preciso o PR travar uma obra de reabilitação do Mutu (simples obra de reabilitação), apresentada por essa senhora, estimada em mais de 150.000.000,00 de dólares.

morrodamaianga.blogspot.com

Infernizou os luandenses com ladões fardados de verde, com a missão de assaltarem os bolsos dos cidadãos e dividirem diariamente o lucro dos assaltos. Ocupou jardins, parques de estacionamentos e terraços de prédios para construir anarquicamente, a troco da conhecida "bebida". O director provincial de investigação era o principal testa de ferro nestas negociatas. A venda de terrenos pelos fiscais era um negócio da governadora e do director provincial de fiscalização.

A governadora reclamou publicamente por uma parte do dinheiro das taxas cobradas nos mercados municipais, uotro grande negócio que anda por aí.

Os administradores da Samba, Cazenga, Ingombota e Sambizanga comem todos da panela dessa governadora.

Por essas e por outras ela não podia responder a carta, apesar de ter lido.»

O mistério do avião desaparecido da CHICOIL


Terça-feira, 22 de Junho de 2010. Avião da Chicoil está desaparecido há um mês na África
Um mês depois, continua por se saber o paradeiro do avião do Grupo Chicoil e os seus três ocupantes, quando fazia a ligação entre Ponta Negra (República do Congo) e Luanda.

A bordo do aparelho estava o empresário mauritaniano, Rachid Mustapha, e dois membros da tripulação de nacionalidade angolana.

http://desastresaereosnews.blogspot.com/2010/06/aviao-da-chicoil-esta-desaparecido-ha.html

O avião, o Beech King Air B200, prefixo ZS-PLY (foto acima), com dois tripulantes e um passageiro a bordo, proveniente da cidade congolesa de Ponta Negra e com destino a Luanda, foi dada como desaparecida dia 21 de maio passado.

Novas revelações da Chik-Chik Aeronáutica, empresa afecta ao grupo Chicoil, indicam que a aeronave foi solicitada para “trabalhos privados” por 100 horas, tendo como destino Ponta Negra e Nigéria.

A informação foi prestada à imprensa pelo Secretário-geral e Administrador de Finanças da Chik-Chik, Bento Cacama, que falava por ocasião dos 30 dias do desaparecimento do aparelho.

O responsável acrescentou ainda que “assim que a Comissão de Protecção Civil e o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC) derem por terminada a missão de buscas, a empresa de seguros ENSA, que assegurou a aeronave, e a direcção da Chicoil, terão uma palavra a dizer”.

Entretanto, um parente próximo de Rachid Mustapha chegou sexta-feira última a Luanda com uma procuração da família para tratar do assunto com as autoridades angolanas e o Grupo Chicoil.

O avião desapareceu dos radares em 21 de maio último perto da capital angolana. A comissão de Protecção Civil já realizou várias buscas em terra e no mar, mas resultaram em fracasso.

Os familiares do comandante José Rocha e do co-piloto, Pedro Domingos Paulo, continuam a espera de informações sobre os seus parentes.

Fontes: Site Desastres Aéreos / apostolado-angola.org - Foto: Mistral (avcom.co.za)

Jacinto Veloso acusado de vender património do Estrela Vermelha à Visabeira


Sócios desmantelam pretensão de venda do património

Maputo (Canalmoz) - O general na reserva, Jacinto Veloso, presidente da mesa da Assembleia Geral e membro sénior do Clube Desportivo Estrela Vermelha de Maputo, no bairro de Malhangalene, está a ser acusado se o mentor da ideia da venda do património do clube, supostamente para aliviá-lo da actual crise financeira. Só que esta ideia não é comungada por uma ala de sócios segundo os quais a venda do clube só iria beneficiar os interesses do general que pretende que as infra-estruturas sejam revertidas para a empresa Visabeira. Acusam, entretanto, o general de ter interesses na Visabeira. Acusam também Armando Guebuza, presidente da República de estar envolvido como interessado na operação.
A ala de sócios do Clube Desportivo Estrela Vermelha da Cidade de Maputo (CDEVCM), que discorda da ideia da venda do património do Estrela Vermelha de Maputo, disse à nossa reportagem agir deste modo, pois não aceita a forma obscura como o património do clube está a ser avaliado por uma comissão “pouco credível, criada pelo presidente da Assembleia Geral (AG), o general Jacinto Veloso”. Os princípios estabelecidos para o concurso de venda são considerados “levianos”. “Não dão para qualquer leigo aceitar”, refere um do grupo de descontentes com o curso do negócio.
O Estrela Vermelha funciona onde no tempo colonial era o “Malhangalene”. Depois da independência a certa altura passou a ser o clube da Segurança, mais propriamente do SNASP. Jacinto Veloso era o ministro da Segurança nessa altura. Foi ele também o mentor do Regulamento Geral do Desporto Federado ao abrigo do qual os clubes foram obrigados a integrarem-se em empresas.
Segundo as fontes da ala que se opõe ao negócio e que até nos facultaram documentos confidenciais sobre a proposta de alienação de parte do património do clube, documentos essas assinados pelo general, há grande desconfiança sobre transparência do concurso público para a alienação das infra-estruturas do clube. “Só deverão ser convidadas dezasseis empresas a participar”, referem os descontentes.
A maior desconfiança surge quando uma das empresas a ser convidada a adquirir o património do clube é a Visabeira. O general Veloso e o actual chefe de Estado têm interesses económicos nessa empresa, segundo os descontentes.
“Temos estado a ouvir isto de outros companheiros. Na Visaeira, o general Jacinto Veloso detém uma comparticipação social e sabemos da sua pretensão de ocupar o espaço onde estão instaladas as infra-estruturas do clube para futuramente construir condomínios”, afirma o grupo de descontentes com o projecto de alienação de património do Estrela Vermelha.
De salientar que o património que se pretende alienar está situado entre a rua Base N`Tchinga e a Avenida Vladimir Lenine, próximo do bairro da Coop, nesta cidade capital, numa área aproximadamente de 18.000 metros quadrados. É onde está instalada a sede social, o principal campo de futebol do clube, entre outras infra-estruturas.
Neste processo a avaliação do património está a ser efectuada pela comissão liquidatária, que é ainda presidida pelo general Veloso, dizem as fontes que temos estado a citar e que receiam represálias se forem identificadas.
Dizem elas que ano após ano vai baixando o seu valor do património que se preparam para alienar.
“O património do clube a ser alienado estava, em 2004, orçado em 10,7milhões de dólares e agora está a custar cerca de 4,3 milhões de dólares. Isto é uma autêntica pretensão de aldrabar, pois o valor em vez de decrescer devia subir”, acrescenta um do grupo de descontentes com a operação que refere estar a ser preparada.
“Isto é inaceitável porque revela uma manobra deliberada de extinguir o clube e a tradição desportiva no país só pela intenção de satisfazer-se interesses individuais”, afirma o grupo.

A intenção da venda e projectos futuros expressos em carta
Entretanto, dizem-nos que a ideia da venda do património está expressa numa carta de Jacinto Veloso datada de 23 de Agosto último, e assinada, por ele, a 30 do mesmo mês, e posteriormente enviada a Miguel Boene, um representante dos sócios do clube, na mesa da Assembleia Geral. Apesar de a missiva não indicar claramente a ideia da venda das infra-estruturas, a mesma propõe aparentemente ser necessário alienar-se o património para se salvar o clube da actual crise financeira.
“Só devemos alienar o património se esta for a única via para se conseguir a auto-suficiência financeira; e só devemos alienar o património necessário para atingir o objectivo que pretendemos”, lê-se na carta que mais adiante propõe ser preciso, entretanto, traçar-se estratégias para que futuramente o Estrela Vermelha venha a ser um dos cinco melhores clubes de Moçambique, praticando modalidades como futebol, basquete, andebol, hóquei em patins, atletismo, voleibol, entre outras em função dos patrocínios e outros orçamentos disponíveis.
Entretanto, nessa sua aparente ambição de venda das infra-estrutura do clube, há na missiva acima citada, a pretensão de se convencer a massa associativa a aderir ao processo de alienação, pois com o valor conseguido poder-se-ia, no segundo terreno situado na Avenida Marien Nguabi, local onde está implantado o pavilhão coberto, edificar “um complexo desportivo e um centro de estágio com um campo de futebol para jogos e treinos e um centro de estágio para a equipa principal, cozinha e refeitório; Iluminação e som; centro médico, centro de imprensa e outras facilidades em uso em infra-estruturas modernas deste tipo”, diz-se na missiva que ainda contempla como projecto a construção de um prédio que servirá de futura sede do clube e da academia, com gabinetes de trabalho, salas de reunião e de troféus e demais gabinetes necessários.
Este é um projecto que custará acima de seis milhões de dólares conforme contas feitas e expressas num documento em nosso poder.

Proposta descabida
As fontes que nos abordaram para nos manifestar o seu descontentamento pelo que dizem estar a ser preparado por Jacinto Veloso, consideram de descabidas as propostas apresentadas na missiva do general. Acusam o general de estar a dividir os sócios daquela colectividade desportiva. “Primeiro, porque o valor resultante da venda não será suficiente para o projecto visado para o clube. As infra-estruturas por alienar estão avaliadas em 4,3 milhões de dólares americanos. Onde iremos arranjar o remanescente?”. “Para além do valor do investimento calculado em mais de seis milhões de dólares, será futuramente necessário garantir a manutenção e funcionamento do clube, o que vai significar a renumeração dos técnicos e outros trabalhadores de forma minimamente aceitável. Onde iremos encontrar esse dinheiro?”, questiona o grupo que estivemos a citar.

(Alexandre Luís) 2010-11-25 05:55:00

Sem passaporte biométrico é difícil viajar para o exterior


– alerta a vice-ministra dos Transportes e Comunicações, Manuela Rebelo

Maputo (Canalmoz) - O cidadão que não tiver passaporte biométrico pode ter a sua liberdade de viajar, hipotecada. É que os diferentes Estados do mundo, devido a questões de segurança, já não aceitam conceder vistos de entrada nos respectivos países, a indivíduos que não apresentam os novos modelos de documentos de viagem que contêm dados biométricos. Quem alerta para esta situação é a vice-ministra dos Transportes e Comunicações, Manuela Rebelo, em entrevista ao Canalmoz, à margem do Seminário Sobre os Documentos de Viagem de Leitura Eléctrica - “Passaportes Biométricos”, que decorre em Maputo desde ontem.
O seminário de peritos da Organização Internacional de Aviação Civil versa sobre “elevados padrões de segurança e outras garantias de eficácia que os biométricos oferecem no processo de tráfego, sobretudo no ramo da aviação civil”, Conta com a participação de delegados de países da África, do Médio Oriente e da Ásia.
A ministra disse ao Canalmoz que é de grande interesse do Estado moçambicano que os cidadãos possam obter este novo modelo de passaporte, sob pena de serem privados de viajar para o exterior.
“Nós sabemos que agora, por causa do terrorismo, um grande problema dos países que não têm documentos biométricos é a proibição dos seus cidadãos de entrar noutros países. Então, aderir neste tipo de documentos é abrir mais as portas para os cidadãos nacionais”, disse a vice dos Transportes e Comunicações.
Entretanto, a ministra disse desconhecer as metas do Governo em relação à abrangência deste documento a todos os cidadãos, mas disse também que “pouco a pouco todos os cidadãos têm de aderir a este passaporte”, que, entretanto, é considerado inacessível para a maioria dos moçambicanos, devido ao seu custo elevado. (NR: Ver outra peça nesta edição)
O seminário sobre os passaportes biométricos congrega várias instituições, entre as quais a IATA, Associação Internacional de Transporte Aéreo, CANSO – Organização de Navegação Aérea Civil, AFCAC – Comissão Africana de Aviação Civil, BAD – Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Mundial, União Europeia, instituições financeiras e de outras índoles regionais, para além dos representantes de todos os países africanos e do Médio Oriente. Os trabalhos iniciados ontem, terminam amanhã.

(Borges Nhamirre) 2010-11-25 05:33:00
Imagem: wikipedia

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

E remoção de placas que interditavam a entrada de negros em certos locais de zonas turísticas.


Entre turistas e nativos. Reduzem casos de racismo nas praias de Inhambane

Inhambane (Canalmoz) – Os casos de racismo que vinham-se registando com frequência nas praias da longa costa da província de Inhambane, baixaram significativamente com a implementação rigorosa da legislação moçambicana, ascensão a cargos de chefia de moçambicanos em alguns lodges e remoção de placas que interditavam a entrada de negros em certos locais de zonas turísticas.
O secretário do Sindicato Provincial da Indústria Hoteleira, Edson Ambrósio, disse ao Canalmoz que os índices de racismo baixaram naquele ponto do país, prevalecendo ainda por resolver a questão das horas de jornadas de trabalho que excedem as oito previstas na Lei.
“Nalgumas estâncias turísticas de Inhambane havia graves problemas de racismo. Os poucos negros que entravam nestas estâncias eram trabalhadores de quartos e de limpezas. Agora a situação melhorou bastante. Se existe racismo é em pequena escala e muito sofisticado’’, disse.
Entre as melhorias registadas, Ambrósio disse que em muitas estâncias já existem negros a ocupar cargos de chefia, sempre há um diálogo constante para que algumas áreas de chefia sejam ocupadas por moçambicanos.
“Agora há igualdade, o sindicato já tem espaço de manobra, reina amizade e a nossa guerra é ter um equilíbrio total e reduzir as horas de trabalho”. Disse ainda que o turismo em Inhambane se ressente dos efeitos da crise mundial que está a afectar as economias mundiais.
Na província de Inhambane, existem mais de 100 estâncias turísticas, incluindo pousadas e pensões.

(Cláudio Saute) 2010-11-24 06:09:00

Tchizé abre o seu próprio canal de TV


Lisboa - Tchizé dos Santos avançou com um pedido de licenciamento para um canal de televisão privada junto ao Ministério da Comunicação Social de Angola, a entidade competente para o efeito. O canal cuja designação é AngoTV esta a ser registrada como propriedade da agencia, Semba Comunicação.

Fonte: Club-k.net

Wiliam Tonet aguarda a 15 anos por um pedido idêntico

A AngoTV deverá ter as suas emissões inicias em regime experimental num formato digital. A mesma deverá ser vista em exclusivo através “Uau TV”, um novo sistema de serviço de televisão por assinatura via satélite que opera em Angola.

Para além de Tchizé dos Santos fazem ainda parte do projecto da AngoTV, José Paulino dos Santos “Zedu” e Sérgio Neto, todos eles altos responsáveis da Semba Comunicação, a agência que presta consultoria e gere a imagem do canal 2 da TPA.

A perspectiva baseada na linha de pensamento preferencial de Tchizé dos Santos é de que a AngoTV passe a ser didática com programas de entretenimento, cultural e desportivo a semelhança do que se verifica na TPA 2.

Nos últimos anos, Tchizé dos Santos foi referenciada pela imprensa em Angola como parte interessada do canal 2 da TPA, numa acção que denotava ter apoio do antigo ministro Manuel Rabelais. Em outras ocasiões foi citada como futura DG da TPA, pretensão até aqui anulada.

De referir que a AngoTV, deverá ser o segundo canal de televisão privada em Angola, a seguir a TV Zimbo, a empresa associada ao general “Kopelipa” e Manuel Vicente. (A Zimbo começou a operar sem ter o seu registro aprovado). Por outro lado, vale referir que a empresa Mundo Vídeo pertencente ao jornalista William Tonet aguarda a mais de 15 anos por resposta de um pedido de licenciamento de televisão privada.

Recentemente a Ministra Carolina Cerqueira referiu em entrevista ao Novo Jornal que “para abrir uma televisão privada é preciso determinados requisitos. É preciso recursos financeiros e quadros especializados. A televisão é cara. Para manter uma televisão no ar são necessários muitos recursos.” Sendo “cara”, como admite a governante, o Club-K não conseguiu apurar onde foi que Tchizé e Zedu encontraram o dinheiro para abrir um projecto “caro” - segundo a Ministra - .

Imagem: marlivieira.blogspot.com

Bancarrota, sem vencimentos, Torre de Babel, e um milhão de casas


O Governo decretou uma greve de vencimentos, não há dinheiro para ninguém, só para eles, claro, sempre os mesmos, os da luta de libertação do erário público, petrolífero, diamantífero, e demais aurífero.
Os trabalhadores da RNA, Rádio Nacional de Angola, TPA, Televisão Pública (ex/Popular) de Angola, e similares estão sem vencimentos desde Setembro. Creio que a polícia também, é por isso que andam aí a rapinar e a disparar sobre as zungueiras, para conseguirem o seu pão do dia-a-dia… a tiro.

«Bancarrota?
Contam-se aos milhares os servidores públicos em todo o país que estão sem receber o salário a caminho dos dois meses de atraso. Só espero é não ter de voltar a ouvir o impávido Ministro das Finanças dizer que não há qualquer tipo de problemas. Com ele se calhar não há mesmo. Pudera...

morrodamaianga.blogspot.com

Comandante Gika virou Torre de Babel?
As obras na Comandante Gika estão paradas há já algum tempo, como resultado de sérios desentendimentos surgidos ao nível do grupo accionista, onde pontuam conhecidas figuras afectas à mais elevada hierarquia do regime. Para não variar. Segundo o Antigo Testamento a Torre de Babel foi construída na Babilónia pelos descendentes de Noé, com a intenção de eternizar os seus nomes. A decisão era fazê-la tão alta que alcançasse o céu. Isto provocou a ira de Deus que, para castigá-los, confundiu-lhes as línguas e espalhou-os por toda a Terra. Como é evidente estas duas histórias não têm nada em comum. A colagem aqui feita foi apenas para chamar a atenção dos mais distraídos com o que se esta a passar nos bastidores desta cada vez mais caótica cidade.

Rumo ao milhão:"Casas evolutivas" é o novo modelo de habitação social proposto pelo Governo
A "casa evolutiva" só tem dois compartimentos e um quarto de banho. O resto será com os realojados. Safem-se!»

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Bruscamente no verão coreano


É importante lembrar, que tal como Hitler invadiu a Polónia, ninguém ligou, e ele avançou. Ora, é exactamente o que a Coreia do Norte e a China pretendem. Ensaiar, chantagear, tal como Hitler fez... e avançar.

Se não se parar já com essa gente, teremos a repetição, mais ou menos, para mais, do que aconteceu depois de 1940. Tão simples e tão complicado como isso.

Ai de quem lhes mostrar receio, tal como aos cães.

Imagem: italiamiga.com.br

OS SEM FUTURO


E encontramo-nos profundamente gratos ao Criador do Céu e da Terra, e ao nosso espectacular Politburo, mentor do céu e da terra angolana, por tamanha religiosidade, empenho nas ditosas leis que nos governam e orientam as nossas liberdades fundamentais, na feitura de exemplares leis que preservam, que apontam a claridade do caminhar da nossa gloriosa e eterna liberdade, de textos literários tão sublimes, da moderna concepção da liberdade:
Lei contra a Segurança de Estado:
Artigo 25º, dispõe: (Ultraje ao Estado, seus símbolos e órgãos)
1 – Quem, publicamente, em reunião ou mediante a difusão de palavras, imagens, escritos ou sons, ultrajar maldosamente a República de Angola. O Presidente da República ou qualquer outro órgão de soberania é punido com pena de prisão de 6 meses a 3 anos ou com a multa de 60 a 360 dias.
2 – Se o ultraje tiver por objecto a bandeira, as cores, a insígnia ou o hino da República, a pena de prisão é até 2 anos ou de multa até 240 dias.
3 – Se o ultraje for dirigido a membros da Assembleia Nacional, do Governo ou a magistrados, a pena de prisão é de 2 anos ou de multa até 240 dias, se a pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição penal.
Lei dos Partidos Políticos, Artigo 38º
Incitamento à violência:
É punido nos termos da Lei Penal em vigor o dirigente ou activista de um partido político que por escrito, actos, gestos ou declaração pública, no exercício ou por causa do exercício das suas funções:
a) – Incitar à violência ou empregá-la contra a ordem constitucional e legal vigente;
b) Atentar contra a unidade nacional;
c) Fomentar o tribalismo, racismo, regionalismo ou qualquer forma de discriminação dos cidadãos;
d) Incitar à violência contra membros ou simpatizantes de algum partido ou ainda contra outros cidadãos.
Assim nos libertaram do colonialismo e outorgaram-nos a liberdade ainda revolucionária. Como é salutar manter a pureza férrea do Estado em que se encontra. E tudo se resume apenas a uma questão de conjuntura. Na verdade vos digo que ainda há muito lixo nas estrebarias reais por limpar. E que sobretudo ninguém respeita ninguém, na realidade impõem-nos a lei dos feudos. É esta a lei que falta decretar, porque na imposição deles, feudos, já vivemos. Outra vez no naufrágio da escravidão e dos caminhos de 35 anos emboscados nas ciladas aos sem futuro.
Pretender conduzir Angola e os angolanos movendo os ponteiros dos relógios para trás, para o passado esclavagista da repressão colonial é uma pura perda de tempo. Angola não é uma ilha, tem fronteiras vastas e a incapacidade de as gerir. Pois se nem energia eléctrica e água se consegue prover…
Ah sim! Silenciar ou liquidar todos os opositores… neste tempo já não dá. É pura loucura, uma aventura cheia de perigos porque já ninguém acredita numa palavra dos arautos, dos únicos defensores da actual conjuntura independentista. Compreendemos perfeitamente que o partido-estado-empresa pretenda manter o estatuto de única empresa em Angola e o povo passar, já está, a empregados sem remuneração nem direito a reclamar. Assim como naquele tempo das minas na América Latina em que os espanhóis obrigavam os autóctones a trabalharem até ao limite das suas forças… acabando na morte. E perdemos a soberania nacional para a China, para acontecer o Carnaval do desfecho cubano?!
Para os investimentos funcionarem devidamente é necessária estabilidade social permanente. Sou um sonhador inveterado: sonho sempre com o fim das ditaduras e que finalmente adquiri a liberdade. É por demais evidente: se o povo é idiota, elege idiotas para o governar. E depois da independência, da guerra e da paz, prometeram-nos que viveríamos felizes e no bem-estar. Afinal presentearam-nos a vida do horrível inferno. O Politburo está orgulhosamente só, porque tecla sempre que está tudo bem. Mas todos sabemos que está tudo muito mal. Uma democracia que é imposta pelo poder do petróleo só nos traz desgraça, fome e morte. Mas nós lutámos para libertar Angola, ou para a escravizar? A população não ganhou nada com isso. O lucro é outra opressão de irmão contra irmão. E quem se opor será catapultado como antes acontecia. Quem exigir e lutar pela sua liberdade, será, primeiro, taxado de terrorista, preso sob acusação de autor moral de qualquer coisa até apodrecer nas prisões. Segundo, os pelotões da morte estão preparados para dispararem, aniquilarem quem quer que seja. Mas que ironia: a história repete-se, os factos são idênticos, repetitivos. Os campos de concentração também dantes eram bairros indígenas, agora são ao ar livre.
Seculares potências unem forças. A ditadura sem nome e a cruz da Igreja são muito fiéis nas suas capelas. A luta agora deixou de ser contra um governo. É a luta pela sobrevivência, porque ele deixou de existir, é uma miragem. Já não o temos, é uma minagem no deserto da decadência. A luta resvala para o odiento refrão. Já foi de luta de vida ou de morte, agora é a saque, porque tudo eles nos espoliam. Até os baloiços juntos com as crianças se aniquilam como leões esfaimados à procura de algo humano que lhes sirva de sustento. Tudo vale, neste vale descampado sem lei, na mais desordenada desordem da ímpar lembrança da secular matança.
Há cada vez mais geradores nas traseiras dos prédios que trabalham dia e noite para alimentarem empresas, particulares, novos-ricos e agências bancárias que mais parecem funerárias, que suportam os especuladores imobiliários. Expelindo o fumo mortal como Auschwitz, tal e qual. É bom lembrar que toda a espoliação acontecida tem o monstro bancário que tudo faz para nos devorar. As nossas vidas para os bancos não têm qualquer valor. Daí o insistente morticínio que se faz presente, permanente. Angola não é de todos, é apenas de um pequeno grupo que nos usa e abusa como numa espécie de ferocidade. De feras insaciáveis na inconstante caça humana. Nos altares da religião os sacerdotes oram para que os rebanhos da população se mantenham. Porque à igreja interessa-lhe manter a actual conjuntura. Porque basta-lhe uma sobra de contentamento para a qual já fez o impávido juramento. Com a extinção dos rebanhos, sem continuação, a igreja findará. Sem rebanhos a igreja não sobreviverá. De modos que se torna incompreensível o abate das manadas humanas. Parece só existir uma explicação: a igreja está louca! Apoiando o opressor, a igreja oprime-se, flagela-se, perde-se no reino de Deus, leva a opressão para os céus. Abandonando as pobres ovelhas ao governo tresmalhado, mas fartamente abençoado. Há tempo para orar e para espoliar. Tempo para depositar nos bancos lavados os dinheiros sujos, e tempo para os levantar. Tempo para comissionar e tempo para corromper. Não há tempo para governar, só tempo para orar nos casebres que vão derrubar. O tempo da independência nunca aconteceu e tudo nela e com ela faleceu.
O poder está nas mãos de Deus e dos especuladores imobiliários e bancários.
Angola não é país, é um banco com muitos tentáculos que nos agarram e nos arrastam para a morte. Não surpreende que diariamente se montem as Parcas tendas dos campos de concentração, onde com má imitação nazi se imolam crianças nos altares de um deus desconhecido, bárbaro. O martírio do grande campo de concentração Angola, executa-se conforme as sagradas escrituras da nobre e digna civilização cristã. E diariamente se importam contentores com toneladas de deuses e demónios. E na mais horrenda devassidão, cada banco ordena, faz a sua lei, os bancos destroem-nos. O único negócio rentável para um banco é o imobiliário. Daí o arrasar casas e terrenos, na batalha campal em que Angola se transformou, e os bancos regozijam-se: «Estamos aqui para dominar Angola e o que sobra dos angolanos. Viva Angola, viva o generoso e heróico povo angolano. Um só povo, um só banco! Cada cidadão é e será uma agência bancária.» E se mais casebres houverem, lá os derrubaremos, lá permaneceremos. Nós, bancos, somos os vossos donos, os novos senhores dos sem futuro. Até o pensamento nos querem usurpar…
Os motores da igreja e da governação griparam. Aguardam por bons mecânicos que os reparem. Em Angola, cada caso é um campo de concentração ao acaso. Os bancos?! São os garimpeiros de Angola, quer queiramos quer não. Somos todos humildes servidores do vosso templo. E em Angola as empresas mais rentáveis, de lucros imediatos, são as das demolições.
Há governos que primam pela inutilidade do governar, agora acaba-se de chegar ao cúmulo de que destruir um país é governar. Angola é África, e como tal está em conflito permanente, porque há a pretensão da opressão e da espoliação das populações. É muita podridão e lixo. E não há nenhuma empresa especializada nestas imundícies que as consiga sanar. E com a dignidade de campo de concentração, o comité da especialidade de preços sobe-os à Luís XV, na preparação da revolução. Angola parece cair no governo clânico da Somália. Quando cada um na sua parcela governa como quer formando clãs, Angola decreta a incerteza.
Este é o tempo dos jovens nas festas do alcoolismo presente, mas sem futuro. Trocam muitas notas de cem dólares e perdem-se na bebida das noites. Não trabalham, então como, onde conseguem o dinheiro? Perdidos no reino da desilusão e da desunião, movem-se por aqui e por ali apenas com duas preocupações: aparelhagem sonora nos carros com barulho tão aterrador que os faz, não, já estão completamente loucos, e bebida como se fosse um alambique portátil. Todas as diabólicas noites nesta vida de apodrecer os corpos, eles sabem que vão morrer demasiado cedo. Estamos então na presença de um suicídio colectivo. Mas agora temos mais algo novo, atroz: as mulheres também embarcaram nesse canal alcoólico, e bebem, bebem, e perguntam nas outras com admiração: «Ah! mas tu não bebes?! É sem sombra de dúvidas uma nação afogada em álcool. E onde os sem futuro aparecem é a desgraça, ninguém dorme, não falam, berram. Abrem as portas dos carros e atiram para fora tal berreiro musical que naturalmente nos demonstra o que é o inferno. E não adianta ninguém aproximar-se deles para lhes falar, porque estão completamente possessos pela loucura, no estágio final do etanol. Depois os das motos já muito aprimorados na imitação de armas que disparam tiroteios dos escapes fazem, completam a equipa dos sem futuro.
Na rua da Liga Nacional Africana e imediações, polícia antiterror para perseguir pobres vendedores de rua?! Esta Angola cada vez surpreende mais pela negativa. Esta nossa polícia mudou de nome, para polícia do terror? Caminhamos para o eclipse total?! Um grupo de quatro polícias antiterror circula pelas ruas limítrofes à Liga… e destroem os bens dos aterrorizados que amaldiçoam o dia em que nasceram angolanos. De preferência pontapeiam e espezinham os produtos que os esfomeados conseguiram para vender, já que estão completamente excluídos dos bens petrolíferos e diamantíferos… não têm direito a nada. E que por exemplo, os agora grandes amigos de Angola, como a China, Aníbal Cavaco Silva, José Sócrates e comandita se pronunciem, com os apoios dos habituais discursos do doentio paternalismo. Somos os sem futuro porque os dias dos trinta e cinco anos continuam armazenados, acorrentados no pesadelo de 1975.

Passam os anos e a táctica do saque não muda. SISTEC continua a manter monopólio de acções do Estado



In folha8.blogspot.com
Revelações obtidas pelo F8 em Luanda dão conta de que a Sistec, uma empresa angolana essencialmente ligada aos ramos da informática e das telecomunicações, estará envolvida naquilo que poderá ser uma das maiores fraudes financeiras de fórum empresarial conhecidas em Angola nos últimos 22 anos.

Os factos a isso subjacentes, revelados por uma fonte identificada que pediu o anonimato, apontam para uma sistemática fuga ao fisco, obtenção fraudulenta de contratos de fornecimentos e sobrefacturação. A confirmarem-se tais factos, também, podem ser vistos como uma conspiração contra o povo angolano, se tiver em conta que a tributação fiscal é o meio mais eficaz de solidariedade social, instituído pelo regime deste País, onde 61 por cento da população vive em estado de virtual indigência. A fonte do F8 afirma que as fraudes são a real fonte de receitas da SISTEC que, por exemplo, sobrefactura frequentemente, na ordem dos 100 por cento, os fornecimentos de material e equipamentos às Forças Armadas Angolanas, FAA.

Em 1994, quando a SISTEC facturou três milhões de dólares em negócios com as FAA, um fornecimento de rádios PRC comprados à TransWorld Communications (TWC), pelo valor de dois milhões de dólares, foi cobrado pelo dobro do seu valor, indicou a fonte. Disse que é esta variante da negociata que permite “o aparecimento de grandes ricos dentro da empresa” e que é por este meio que indivíduos ligados a instituições do Estado tornam-se accionistas da empresa. Atribuindo contratos fraudulentos à SISTEC e permitindo que os valores dos fornecimentos sejam sobrefacturados, indivíduos ligados ao Estado passam a ter participação nos lucros da empresa. Estes, os lucros, são chorudos, segundo a fonte que revelou que no fim de 1994 um grupo de seis titulares de sete acções obteve rendimentos individuais der 500 mil dólares americanos.

O informador do F8 afirma que, em 1993, quando a empresa atravessava uma crise financeira e não tinha dinheiro para pagar os direitos alfandegários, Rui Santos reduziu pela metade o valor de algumas facturas de importação. Dessa forma declararia às Alfândegas um valor inferior ao que deveria pagar em taxas e impostos.

A fonte aponta exactamente um fornecimento proveniente da Técnica (Far East) Ltd, uma firma de Hong-Kong que é propriedade de um português conhecido por Fazenda.

O fornecedor enviou dois tipos de facturas, sendo uma “invoice” (in) com o verdadeiro preço do fornecimento, e outra “Customes” (C.U.) com um preço 40 por cento inferior e alegadamente fictício.

Ao declarar à Alfandega, a Sistec apresenta a factura (C.U.), da qual supostamente deduz ainda 50 por cento, e, ao fixar o preço fá-lo com base no valor da factura “in” multiplicado por 1,7, que é o valor dos impostos, taxas e do frete.

Dessa maneira, estimou a fonte, são ludibriadas as Alfandegas, Seguradora, Transportadoras e os Consumidores.

*In F8, 26 de Setembro de 1997