segunda-feira, 30 de abril de 2012

BWALA PRESS. Luanda. Provavelmente há quinze dias, Banco Sol, cofre-forte assaltado.


Notícias não confirmadas oficialmente relatam que o Banco Sol sofreu um bruto assalto. Os assaltantes conseguiram limpar o cofre-forte entrando com uma viatura até ao terceiro andar no subsolo, sem que as câmaras de protecção filmassem o roubo, porque estavam desligadas.
O homem responsável pelas câmaras de vigilância continua detido até agora na DNIC.
Sebastião Lavrador e o seu filho terão prescindido das suas acções, como accionistas, e não aparecem mais no banco.
Há uma tentativa rigorosa de manter o acontecimento no sigilo, tipo que ninguém saiba, especialmente a imprensa, claro.

Também em Luanda, hoje, 30 de Abril, cerca das 09.00 horas da manhã, junto à loja de vendas da Unitel, vizinha da delegação provincial do ministério dos desportos, uma kinguila ficou sem trinta e sete mil dólares. Ela desmaiou. Os meliantes surgiram armados, dispararam alguns tiros de intimidação, com o habitual recado aos seguranças: «Não se metam, senão!»

Residência do líder da manifestação contra o álcool foi invadida



Luanda - A organização do MR-Movimento Revolucionário de Cacuaco, actualizou para cinco o número de feridos registados na abortada manifestação de sábado passado.

*Alexandre Neto
Fonte: VOA
Cinco feridos na marcha em Luanda
Os jovens foram impedidos de marchar, atacados por um grupo de civis com rostos encapuzados.

Dois dos feridos queixaram-se de falta de atendimento nos hospitais públicos, supostamente por orientações baixadas neste sentido.

Os jovens pretendiam marchar contra o incentivo a droga, prostituição e álcool que passaram a ser do uso comum nalguns bairros de Luanda. São práticas disseram eles, incentivadas principalmente a partir dos actos políticos organizados pelo partido no poder.

Gervásio Costa é um dos manifestantes. No sábado contou ele, foram interpelados por uma alta patente da polícia que se fez ao local para supostamente deixar alguns bons conselhos, isto antes do ataque.

Um movimento de “caça ao homem” seguiu-se ao longo do dia. Hugo Kalumbo (na foto) da organização da marcha reside na Petrangol e contou que a sua residência foi invadida a noite.

Apesar disso diz que não se sente intimidado e lembrou os algozes que este é um assunto que não tem nada a ver com os seus familiares.

Há mais de um mês a polícia tem vindo a prometer investigar sobre estes ataques contra manifestantes.

Todas as tentativas no sentido de ouvir os seus responsáveis, não resultaram.

Presidente da República distinguido com Diploma de Honra



Luanda – O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, foi hoje distinguido, em Luanda, com um Diploma de Honra pela União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC), pelos feitos realizados em prol da promoção e valorização das artes e cultura em Angola.

Fonte: Angop Club-k.net
Num documento da Assembleia-Geral da UNAC, lido pelo presidente da comissão directiva, Manuel Arnaldo Calado, refere-se que se atribui o Diploma de Honra ao engenheiro José Eduardo dos Santos, na qualidade de presidente honorário desta associação, como reconhecimento dos seus feitos em prol da promoção e valorização da cultura do país. 
 
Procedeu à recepção do galardão das mãos de Arnaldo Calado, o vice-presidente da República, Fernando da Piedade Dias dos Santos.

Assistiram à esta distinção a ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, a vice-governadora de Luanda, Juvelina Imperial, o presidente da mesa da Assembleia Geral da UNAC, Arnaldo Calado, e artistas, predominantemente músicos, dançarinos e teatristas, disciplinas que compõem esta agremiação cultural.


Político congolês diz que Agostinho Neto foi envenenado após uma viagem ao Zaire



Luanda - Antoine Gizenga, veterano político congolês,  herdeiro do malogrado Patrice Lumumba, revela que os seus ancestrais emigraram de Angola.

Fonte: Apostolado Club-k.net
Desvenda as suas origens  angolanas
revelação consta do livro intitulado ‘A minha vida e as minhas lutas’, autobiografia publicada nas edições ‘L’Harmattan’ e enviado ao jornal ‘o apostolado. ‘

A residir  presentemente em Kinshasa onde foi o primeiro-ministro do governo da RDC eleito em 2006, o autor vivera o exilio político em Angola de 1977 a 1984.
 
‘Akwa manda’

Relativamente à remota origem angolana, referiu-a, citando o seguinte desabafo do seu pai, Michel Gizenga, num rasgo de protesto contra um castigo colonial:  «São sempre os mesmos tipos que nos perseguem desde a nossa terra longínqua (…) Quer dizer, desde Loanda, em Angola actual».

Outra afinidade com Angola mencionada é a denominação da casta dirigente da tribo da sua mãe, isto é, ‘Akwa manda’, ou seja ‘os donos do poder’.
 
No livro, Gizenga descreve, entre outros, momentos do seu refúgio em Luanda, fugindo a perseguição do regime do presidente Mobutu, que já o atirara na cadeia.

Desembarcou cá no aeroporto 4 de Fevereiro, no dia 2 de Maio de 1977, ido de Alger após escalar Brazzaville.
 
Agostinho Neto

Sublinha ter sido bem recebido pelo então presidente Agostinho, o qual o foi visitar em casa acompanhado de um séquito dos seus chegados colaboradores.
 
«Disponibilizou um carro e guarda-costas e disse-me: Meu amigo, eu estava sozinho. Mas agora que estás cá, sinto-me aliviado. Tenho o Sr. Nathanaël Mbunba com a sua Frente de Libertação Nacional do Congo (FLNC), que me ajudou a combater a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional para Independência de Angola (UNITA). Agora que estás cá, vamos ver o que advirá do Sr. Joseph Mobutu», escreveu textualmente Gizenga.
 
Conta, a seguir, ter convidado dias depois o Sr. Nathanaël Mbumba, mas este enviou-lhe somente uma comitiva, em sinal de o recear e não o querer aturar.
 
«Infelizmente, algum tempo mais tarde (…), o presidente Agostinho Neto faleceu, após uma viagem ao Zaire, onde teria sido envenenado. Abandonado a nós próprios, tivemos que começar a plantar bananas, mandioca, etc. para sobreviver», prosseguiu o depoimento do Gizenga.

Completou que «o presidente José Eduardo Dos Santos, que sucedeu a Agostinho Neto, nunca me recebeu porque não me conhecia».

A obra contém vários episódios do velho político, desde o seu envolvimento na luta pela independência do Congo. Ganhou a fama e o título de herdeiro espiritual de Lumumba, após o assassinato deste carismático primeiro-ministro congolês.

Gizenga chefiou a então República Popular do Congo, sedeada em Stanleyville (hoje Kisangani), para onde recuaram os principais adeptos de Lumumba. Aquele virtual Estado foi esmagado pelas autoridades de Kinshasa, amparadas em mercenários, tropas belgas e apoio geral do bloco ocidental naquela época da guerra-fria.

Com 87 anos de idade actualmente,  pertence ao grupo étnico Bapende localizado a cavalo nas províncias de Bandundu (RDC) e Uije e Malanje (em Angola).


Cacuaco, Luanda, tem o primeiro centro comercial


Uma parceria entre as empresas portuguesas Seaside e Stockash resultou na construção do primeiro centro comercial em Cacuaco, a norte de Luanda, num investimento de oito milhões de dólares (seis milhões de euros), informou fonte empresarial.

O espaço comercial, inaugurado no domingo, tem uma superfície de cinco mil metros quadrados, dos quais três mil se destinam a utilidades e decoração e os restantes à venda de sapatos, produtos de limpeza, de higiene, ferramentas e têxteis.

Pedro Mateus, da Stockash, disse que a prospeção ao mercado angolano começou há alguns anos e a decisão de investir em Angola foi tomada depois de identificada a oportunidade.

"Pode ser um pouco abusivo chamar já a este edifício um centro comercial, mas o nosso objetivo é expandir esse projeto, que agora começa com cinco mil metros quadrados e que esperamos a curto espaço chegar aos 15 ou 20 mil metros quadrados, com muito mais oferta para os nossos clientes", referiu Pedro Mateus.

Segundo o empresário, futuramente este projeto deverá estender-se a outras zonas de Luanda, nomeadamente Benfica e Viana e também para o centro da cidade, onde o negócio irá, em separado, dividir-se em pequenas lojas de 100 a 500 metros quadrados.
Diário Digital com Lusa

Imagem:Apartamentos da nova Cidade de Cacuaco, em Luanda, foto de José Falso.
mazungue.com

BPN: Cavaco repudia «insinuações falsas, que põem em causa a honra do PR»


O Presidente da República emitiu esta segunda-feira um comunicado a repudiar as «afirmações e insinuações falsas» que ligam o nome de Cavaco Silva ao BPN. A reação surge após um artigo publicado este domingo pelo Diário de Notícias.
O comunicado refere - tal como outros dois comunicados emitidos pela Presidência da República em 23 de Novembro de 2008 e em 1 de Fevereiro de 2011 - que, «de Dezembro de 2000, isto é, mais de cinco anos antes de assumir o cargo de Presidente da República, até Junho de 2009, o BPN foi um dos bancos que geriu parte das poupanças do Prof. Cavaco Silva e da sua mulher, tendo, ao longo desse tempo, variado as aplicações financeiras por ele realizadas». No entanto, a Presidência garante que, «contrariamente ao que tem sido afirmado, as aplicações [...] não se têm traduzido em ganhos, mas sim em perdas, como aliás é fácil de concluir através da Declaração de Património e Rendimentos depositada no Tribunal Constitucional».
Relativamente ao imposto municipal sobre imóveis da casa de férias de Cavaco Silva, que o «Diário de Notícias,insinua que o Prof. Cavaco Silva não terá pago o Imposto Municipal de Sisa na aquisição da sua atual residência familiar de férias, no Algarve. É falso. O Prof. Cavaco Silva está mesmo convencido que pagou mais do que lhe competia pagar, porque tem seguido, até aqui, a prática de não reclamar das liquidações feitas pela Administração Fiscal», sublinha o comunicado.
«Cerca de oito anos antes de assumir o cargo de Presidente da República, o Prof. Cavaco Silva permutou a sua anterior residência de férias por um prédio em tosco, situado noutro local, tendo depois efectuado, a suas expensas, muitas obras adicionais para concluir o prédio e torná-lo habitável», diz ainda a Presidência.
«Da escritura pública de permuta consta expressamente o pedido prévio à Administração Fiscal para que fosse liquidado o imposto de Sisa, então em vigor», explica, assegurando que se «tratou de uma transacção perfeitamente legítima e transparente, idêntica a milhares de outras, enquadrada seja pelo Direito Civil seja pelo Direito Tributário».
Belém nega também que haja «ligações especiais entre o Prof. Cavaco Silva e cidadãos que exerceram actividades profissionais no BPN ou em alguma das suas empresas, pelo simples facto de terem feito parte de governos por ele presididos».
«Fizeram parte dos Governos presididos pelo Prof. Aníbal Cavaco Silva 160 pessoas», diz o comunicado, «nunca foram escolhidas por critérios de amizade ou conhecimento pessoal» e, «as actividades posteriores ao exercício de funções governativas não podem, obviamente, ser conotadas, directa ou indirectamente, com o Professor Cavaco Silva», conclui o documento.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=570389