sábado, 8 de abril de 2017

BPC vai cortar 1.200 postos de trabalho e encerrar 124 balcões até ao final de 2018



Novos gestores do BPC vão actuar com o Plano de Capitalização e Reestruturação que possui medidas operacionais que visam efectuar cortes de trabalhadores e balcões do maior banco do País.
As Medidas Operacionais do Plano de Capitalização e Reestruturação do Banco de Poupança e Crédito (BPC) pressupõem o corte de 1.200 postos de trabalho no maior banco público até ao final de 2018, bem como o encerramento de 124 agências bancárias em todo o País, adiantou ao Expansão fonte ligada ao processo.

Maurício Vieira Dias
EXPANSÃO

O banco actualmente tem 5.200 funcionários e vai ver diminuída em 24% o seu número de colaboradores. Durante este período, a nova liderança do BPC tem a missão de encerrar cerca de um quarto das 400 agências bancárias em toda a extensão do território nacional, de acordo com o Plano de Capitalização e Reestruturação desenvolvido pela empresa de consultoria KPMG, segundo explicou a fonte.
Quanto aos critérios a serem adoptados para se atingir as referidas metas, esses serão de várias ordens e de acordo com o estabelecido no plano a ser executado pela nova equipa do banco. A instituição bancária, que conta com mais de 2,2 milhões de clientes, viu os seus resultados líquidos descerem quase 7% de 2014 para 2015, para 8.289 milhões Kz.
Os accionistas do BPC exoneraram, sexta-feira passada, o Conselho de Administração e a Comissão Executiva do maior banco estatal, liderado, na altura, por Cristina Van-Dúnem e Zinho Baptista.
Para ocupar ambas as vagas foi nomeado o bancário Ricardo Viegas D"Abreu, antigo vice-governador do BNA.
Os accionistas do BPC aprovaram, igualmente, "o aumento do capital social do banco público no valor de 90 mil milhões Kz, a realizar por todos os accionistas na proporção da sua participação", indica um comunicado de imprensa.
Na nova equipa, que vai dirigir os destinos do banco estatal durante o quadriénio 2017 a 2021, permanecem o economista Pedro Pitta Groz e Carlos Rodrigues como administradores executivos, ao passo que para não executivos permanecem Alcides Safeca e Djamila de Almeida.
Quanto às caras novas para executivos, encontram-se Marilia Poças, Adilson Catala, Luís Fernandes e Óscar Rodrigues. Ao passo que os não executivos são Júlio Ângelo Correia e Nayole Cohen dos Santos.


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