Novos gestores do BPC vão actuar com o Plano de Capitalização e
Reestruturação que possui medidas operacionais que visam efectuar cortes de
trabalhadores e balcões do maior banco do País.
As Medidas Operacionais do Plano de Capitalização e
Reestruturação do Banco de Poupança e Crédito (BPC) pressupõem o corte de 1.200
postos de trabalho no maior banco público até ao final de 2018, bem como o
encerramento de 124 agências bancárias em todo o País, adiantou ao Expansão fonte ligada ao processo.
Maurício Vieira Dias
EXPANSÃO
O banco actualmente tem 5.200 funcionários e vai ver diminuída
em 24% o seu número de colaboradores. Durante este período, a nova liderança do
BPC tem a missão de encerrar cerca de um quarto das 400 agências bancárias em
toda a extensão do território nacional, de acordo com o Plano de Capitalização
e Reestruturação desenvolvido pela empresa de consultoria KPMG, segundo
explicou a fonte.
Quanto aos critérios a serem adoptados para se atingir as
referidas metas, esses serão de várias ordens e de acordo com o estabelecido no
plano a ser executado pela nova equipa do banco. A instituição bancária, que
conta com mais de 2,2 milhões de clientes, viu os seus resultados líquidos
descerem quase 7% de 2014 para 2015, para 8.289 milhões Kz.
Os accionistas do BPC exoneraram, sexta-feira passada, o
Conselho de Administração e a Comissão Executiva do maior banco estatal,
liderado, na altura, por Cristina Van-Dúnem e Zinho Baptista.
Para ocupar ambas as vagas foi nomeado o bancário Ricardo Viegas
D"Abreu, antigo vice-governador do BNA.
Os accionistas do BPC aprovaram, igualmente, "o aumento do
capital social do banco público no valor de 90 mil milhões Kz, a realizar por
todos os accionistas na proporção da sua participação", indica um
comunicado de imprensa.
Na nova equipa, que vai dirigir os destinos do banco estatal
durante o quadriénio 2017 a 2021, permanecem o economista Pedro Pitta Groz e
Carlos Rodrigues como administradores executivos, ao passo que para não
executivos permanecem Alcides Safeca e Djamila de Almeida.
Quanto às caras novas para executivos, encontram-se Marilia
Poças, Adilson Catala, Luís Fernandes e Óscar Rodrigues. Ao passo que os não
executivos são Júlio Ângelo Correia e Nayole Cohen dos Santos.
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