A UNITA enviou
hoje à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) um memorando de protesto em que dá
conta das queixas apresentadas pelos seus militantes: Assembleias de voto que
não existem, deslocalizadas, localizadas em sítios proibidos por lei, ou a uma
distância considerável, entre 10 a 15 quilómetros da povoação, são algumas das
denúncias que provocaram este manifesto a que o Novo Jornal Online teve acesso.
Segundo Alcides
Sakala, "após a publicação das listas que constituem os cadernos
eleitorais, as pessoas não localizaram os seus nomes, ou, nas consultas feitas,
os seus nomes foram transferidos para outras localidades das mesmas províncias
ou ainda para outras províncias".
NOVO JORNAL
ONLINE
No memorando
surgem mesmo alguns exemplos de eleitores da Província de Luanda: "Manuel
Nvovi, residente no Bairro Operário, onde votou em 2008 e 2012, foi transferido
para Noqui, na Província do Zaire; Armando Pongolola Chipenda, residente em
Viana, cartão n.º 11.947 e grupo 1.160, foi transferido para Buçaco-Ganda,
Província de Benguela, mesa n.º 1; Frederico Epalanga Kassoma, residente na
Vila Nova (Boa Fé), em Viana, eleitor registado sob o nº 27.988, grupo 313.000,
actualizou o registo para votar na sua área, mas foi transferido para Benguela;
Afonso Damião Dunduma, residente no Bairro Boa Fé- Viana, cartão n.º 190.070 e
grupo 60.090, foi transferido para Menongue, Kuando Kubango ; Manuel Luís da
Silva, que actualizou o seu registo para votar no Colégio Magnólia-Zango II,
mas o seu nome não consta de nenhuma lista".
Sakala refere que
"estas situações já aconteceram nas eleições de 2012, impedindo mais de um
milhão de angolanos de votar".
"Isto é uma
forma grave de obstrução ao voto", acusa.
A porta-voz da CNE,
Júlia Ferreira, disse ao Novo Jornal Online que "a CNE está aberta a
atender todas as reclamações apresentadas pelos actores políticos que vão
concorrer às eleições de 23 deste mês".
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