A Direcção da União Nacional para a
Independência Total de Angola – UNITA, acompanha com bastante preocupação o
desenrolar dos acontecimentos relativos à seita religiosa “Sétimo Dia a Luz do
Mundo”, dirigida pelo cidadão Kalupeteka, envolvendo a morte de centenas de
cidadãos angolanos, incluindo agentes da autoridade pública. A UNITA condena
todos os actos de violência e lamenta que a pátria angolana ainda perca, em
tempo de Paz, vidas de seus filhos em situações claramente
inaceitáveis e evitáveis.
A Direcção da UNITA apresenta, desde já,
as suas mais sentidas condolências a todas as famílias enlutadas por este
triste e repugnante acto.
É do conhecimento público que a seita
“Sétimo Dia a Luz do Mundo”, vem funcionando à margem da lei há alguns anos,
com o beneplácito das autoridades locais com quem desenvolveu, desde 2011,
laços privilegiados ao abrigo dos quais o cidadão Kalupeteka beneficiou de bens
materiais e espaços de intervenção nos órgãos de comunicação social públicos.
A Direcção da UNITA manifesta a sua
revolta pelas tentativas de envolvimento do nome da UNITA numa situação que
nada tem a ver com ela. Ademais, considera irresponsáveis, descontextualizadas
e imbuídas de má-fé, as declarações do MPLA, em particular as do Secretário de
Estado Eugénio Laborinho e do Governador do Huambo Kundy Paihama.
A Direcção da UNITA não entende os
verdadeiros desígnios do MPLA quando por tudo e por nada procura culpar a
UNITA. Qualquer acontecimento negativo, é culpa da UNITA. O que pretende afinal
o MPLA? Para onde o MPLA pretende conduzir o País? Quem foi que promoveu,
promove e consente o surgimento das milhares de seitas que pululam pelo país?
A UNITA e o Povo angolano já
compreenderam o que pretende o MPLA.
A Direcção da UNITA não só rejeita
qualquer tentativa da sua associação à seita Kalupeteka, como exige que seja
feita uma investigação profunda e imparcial dos acontecimentos ocorridos nas
províncias de Benguela, Bié e Huambo que levaram à morte centenas de cidadãos
angolanos.
A Direcção da UNITA insta o Governo
angolano que cumpre o mandato de membro não permanente do Conselho de Segurança
da ONU, a promover a paz e a segurança em Angola, e privilegiar o diálogo na
busca de soluções aos problemas sociais e não o recurso ao uso indiscriminado
da força.
A Direcção da UNITA alerta os angolanos
a não se deixarem distrair pelas manobras de diversão do Executivo do
Presidente José Eduardo dos Santos, que se prepara para mais uma vez agredir a
Constituição com a aprovação da lei do registo eleitoral oficioso, como a única
chance de sobrevivência do seu longo consulado.
Luanda, aos 19 de Abril de 2015.
O Secretariado Executivo do Comité
Permanente da Comissão Política
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