Jorge Fernandes.
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A TAAG-Linhas Aéreas de Angola foi a
minha casa durante anos, entrei para lá miúdo, com 19 anos de idade e ainda
hoje guardo um carinho especial pela companhia e pelos amigos que ainda lá
estão. Resumido, na TAAG sinto-me em casa é a minha companhia. Mas...hoje estou
irritado. No voo DT 650 do dia 16.07 Lad/Lis a minha filha e os meus netos
tiveram um voo para esquecer. Às 3 da manhã o meu
neto teve uma paragem de digestão quando estava a dormir, a minha filha deu
conta que alguma coisa não se estava a passar bem com o garoto, acordou-o,
meteu-lhe a cabeça para baixo e o garoto começou a vomitar, de seguida tocou
para chamar alguém da tripulação...mas sem sucesso, simplesmente ninguém
apareceu, os passageiros que estavam nos lugares por perto ajudaram a levar o
miúdo para o WC onde acaba por desmaiar, a tripulação continua ausente, os
passageiros começam aos gritos chamando por alguém da tripulação e a minha
filha vai à procura de algum tripulante e encontra dois comissários sentados a
dormir, quando os acorda ainda leva uns bafos, que o sinal de cintos estava
acionado e que se devia é ir sentar, até que aparece um novato e sonolento
comissário de bordo a perguntar o que se passava e quando começa a levar bafos
dos passageiros, diz que estavam na hora de descanso, a minha filha diz que
quer falar com o chefe de cabine, o comissário diz que está ali ele para
resolver o que fosse necessário, pedem-lhe água e cobertores por causas dos
vómitos etc leva uma eternidade para chegar, o que revolta os passageiros que
andaram ajudar a minha filha, num processo de autogestão que era afinal o que se
estava a passar naquele voo. Fico triste com estas situações, mas já em Abril
num voo Lad/Lis dois jovens tripulantes andavam de pastilha elástica na boca na
hora da demostração e atender os passageiros. Fico a pensar que a chegada de
mais e melhores aviões não está a ser acompanhado pelo factor humano...e ainda
há quem se atreva a chamar aerovelhos aos tripulantes profissionais que durante
anos têm dado o seu melhor pelo empresa. Perguntei à minha filha se tinha
pedido os impressos para escrever o que se tinha passado...respondeu-me; Não
pai, durante anos tu e a mãe foram funcionários da TAAG e incutiram-me que era
a nossa empresa, a partir de agora passo a viajar noutras companhias sempre que
for possível e que se dane lá a vossa TAAG
Imagem: www.avioesemusicas.com
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