Proponentes
querem organizar forum com participação de todos na busca de soluções para os
problemas do país.
Manuel José
VOA
Um grupo de cidadãos da sociedade civil
angolana está a promover a recolha de subscrições, para levar a cabo uma ampla
concertação nacional para tirar o país daquilo que consideram o caos em que
se encontra mergulhado.
São angolanos oriundos de vários
estratos sociais, como académicos, professores, estudantes universitários,
entre outros profissionais sem qualquer vinculo partidário que pretendem uma
solução diferente das tradicionais, para inverter o quadro social actual do
país, pois consideram que o actual sistema não dá resposta aos problemas e
necessidades.
A iniciativa aponta para a realização de
um Fórum de Concertação Nacional, sem exclusão.
"Nenhuma das soluções até agora deu
resultado, nem mesmo as eleições têm sido solução”, disse Adão Ramos, um dos
organizadores, acrescentando que “para que os angolanos se revejam nos
símbolos nacionais actuais, é preciso uma solução que não passe por aquelas que
já vêm sendo tradicionais”
Para Adão Ramos uma ampla concertação
nacional não pode envolver apenas uma elite de angolanos, mas sim a maior parte
dos que pretendem o bem-estar das pessoas".
"O manifesto está a circular na
internet e através de suporte físico em papel para recolher subscrições, mas
ainda não contém o formato daquilo que poderá ser essa concertação nacional
apesar de haver já uma ideia bem sólida", disse.
O grupo de cidadãos fez um diagnóstico
da sociedade angolana e chegou à conclusão que em Angola se assiste à
“escalada progressiva de violência entre cidadãos e autoridades, discriminação
social baseada na filiação partidária, espancamento e extorsão de zungueiras,
moto-taxistas e outros agentes da economia informal nas ruas, interdição de
manifestações pacíficas e maus-tratos aos manifestantes, escalada de corrupção,
nepotismo, clientelismo, entre outros males”.
“O quadro 'e triste", acrescentou
Adão Ramos, para quem, na visão deste grupo de cidadãos a culpa é de todos.
Imagem: Adão Ramos
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