A paz e a democracia disseram adeus, a pomba da paz faleceu
e a reconciliação nacional também. Dias muito agitados saltam à frente dos
nossos olhos. Os cemitérios tremem ávidos por cadáveres. Tanto tempo dispendido
em vão. Chegámos na última estação, da confrontação.
Lisboa - O Governador da Provincia do Bié, Álvaro Manuel de Boavida Neto foi traído por uma gravação em que ele aparece a encorajar o odio e violência contra a UNITA, a margem de uma atividade partidária, naquela região ao sul do país.
Fonte: Club-k.net
MPLA incentiva o odio e a violência
Na gravação (reproduzida pela Rádio
Despertar) o também Primeiro Secretário provincial do partido liderado pelo
Presidente José Eduardo dos Santos, revela como o MPLA, fez recurso a violência
contra homens da UNITA, no Município do Kuenda, a 160 quilómetros a Leste da
cidade do Kuito.
Segundo revelações do governante,
“o MPLA no Kuemba bateu os homens da UNITA. Nós estamos informados, temos
documentos, temos fotografias, temos gravação de tudo o que se passou no
Kuemba, na Chindumba, e numa localidade, o sombe... Deram-lhes uma doze bem
dada, eles que vão queixar ao parlamento... “
“Fizeram agora uma carta aberta a
queixar o camarada Presidente de que no MPLA não há democracia, e
que a administradora do Kuemba não quer a democracia nem
a reconciliação nacional”, disse o representante do Presidente José
Eduardo dos Santos.
No seu entender “A UNITA tem
abusado muito aqui no nosso território” , tendo entretanto prometido que “vão
levar mais umas bofetadas”.
Em reação as ameaças do governador
provincial, um militante do MPLA, no Namibe, João Assis Gonçalves
Neto, mostrou-se satisfeito com a posição agressiva do seu
dirigente, tendo acrescentado o seguinte: “De facto, pela preservação da
paz, não importam quantas bofetadas sejam necessárias. Não podemos permitir que
suceda o mesmo que permitiram a RENAMO em Moçambique. Eu acrescentaria mais:
Não só bofetadas, mas que se lhe acrescentem socos e pontapés pela manutenção
da paz. Aqui não é Moçambique".
De lembrar que deste que se alcançou a
paz, Angola tem registado rixas entre partidários da UNITA e do MPLA, traduzido
em intolerância política. Varias vezes, os dirigentes da UNITA acusam os
responsáveis do MPLA de serem o promotor de discursos de odio e vingança. Por
sua vez, o MPLA nega defendendo-se que o partido do “Galo Negro” deve pedir
desculpas ao povo.
Veja o vídeo aqui
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