Benguela enfrenta crise energética
A falta de
energia chega a 24 horas.
As principais cidades da província de
Benguela enfrentam fortes restrições no fornecimento de electricidade e há
munícipes que chegam a ficar às escuras quase 24 horas.
VOA
Os sucessivos apagões, já a caminho de
um mês, são o resultado de uma avaria técnica no seu velho sistema de produção
e distribuição, formado por centrais térmicas.
O Conselho de Ministros aprovou, nos
últimos dias, a segunda fase do projecto de extensão das redes eléctricas, mas
o certo é que o descontentamento acaba por ofuscar a medida do Executivo.
Em situação normal, a produção de
energia para Benguela, Lobito, Catumbela e Baía Farta ronda entre os 90 e os
100 Mega watts, insuficientes para fazer face à demanda.
O quadro tornou-se insustentável com a
avaria nas centrais térmicas, ainda à espera de fontes hidroeléctricas para o
reforço que se impõe. Enquanto se aguarda pela entrada em cena da
barragem de Lomaum, reabilitada mas condicionada a linhas de transporte,
continua na ordem do dia o cenário de crise.
Vários munícipes, desesperados, falam da
escuridão como factor que propicia actos de criminalidade e queixam-se de falta
de condições para conservar os alimentos.
A 30 quilómetros de distância está a
capital da província, Benguela, uma verdadeira fotocópia, com munícipes
desesperados devido à escassez de um bem que determina o seu dia-a-dia.
Perante o silêncio da Direcção de
Energia e Águas, o secretário de Estado Joaquim Ventura veio a público esclarecer
que este problema vai levar muitos anos. O governante prefere destacar o
«esforço financeiro» que tem sido feito em resposta às limitações no
fornecimento de electricidade.
Com a extensão das redes, o Governo
espera chegar a 2016 com uma cifra de 200 mega watts, tendo em conta as
centralidades e os empreendimentos económicos.
Sem comentários:
Enviar um comentário