“Meus caros Compatriotas!
Durante 11 longos anos dei-vos a chave
da Saúde, da felicidade eterna, a Liberdade Infinita e a Justiça absoluta com
os meus ensinamentos sobre a Filosofia e Medicina Tradicional Chinesa. Enquanto
foi possível, aqui em Angola, consagrei a minha vida a ultrapassar as
dificuldades físicas e espirituais. Agora, que por falta de condições de
continuar a manter a minha clínica operacional, é chegada a vossa vez de
espalhar a filosofia oriental entre todos os que sofrem.Angola treme diante de
um dilúvio furioso.A Arca de Noé está aqui, nos conhecimentos que vos deixo.
Um até sempre!”
Angola encontra-se perante uma crise
evolutiva. Constatamos isso agora, com a “crise” da baixa do preço do
petróleo. Logo após as primeiras 24h do anúncio desta baixa, verificamos que o
país quase parou. Os bancos não funcionam, as prateleiras dos supermercados
vão ficando vazias, os quadros emigram, os expatriados abandonam o país, os
preços de todos os bens sobem vertiginosamente. O tecido empresarial do país
estagnou por completo e isso podemos constatar com a paragem súbita da
Construção civil, construção de estradas, etç, etç.
De facto, a magnitude da crise em Angola
leva – nos a concluir que este país encontra-se num estado de doença terminal.
As metáforas que comparam alguns destes problemas ao cancro, às doenças
cardíacas e à Sida são já um lugar-comum. A impossibilidade de um cidadão
não poder movimentar a sua conta de dólares, de demorar uma simples transferência
bancária mais de 2 meses, de nos ser agora taxado um imposto de 15% a 18% sobre
estas transferências pode ser comparado ao desenvolvimento de tumores em
órgãos vitais. A falta de água que assola a cidade de Luanda, com a poluição
extrema tem alguma semelhança com a leucemia e os linfomas.
Angola e os angolanos no seu conjunto
necessitam, clara e urgentemente, de ser curadas. Há já alguns anos que venho
dizendo que o ambiente exterior reflecte o ambiente interno e que a solução
para o dilema em que nos encontramos é o regresso a um modo de vida mais
natural, que não pode deixar de incluir uma forma mais natural de
alimentação. A saúde dos angolanos não pode ser separada da saúde de Angola,
sendo os alimentos naturais a ponte entre ambas.
*CONTINUA
Imagem: metamorfose72.blogspot.com
In Luis Filipe, Consultório Médico. Folha
8, 07 de Março de 2015
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