quarta-feira, 18 de maio de 2011

O nosso petróleo, a água, energia eléctrica e a Net no mês de Abril





O nosso petróleo está sempre a subir nos preços, e nós descemos para a mais incrível miséria. Os preços sobem astronomicamente, como estes dois exemplos: a caixa de chispe estava a mil e quinhentos kwanzas, e de repente sobe para quatro mil. A caixa de peixe seco importada da Noruega, estava a seis mil kwanzas e num ápice passou para dez mil. Está tudo assim, quase que não podemos comprar nada. Como sempre ninguém se pronuncia, para quê? A nomenclatura está feita com os mercenários estrangeiros, e então é roubar até nunca mais fartar. Será? Não é assim que começam os grandes desaires políticos e sociais?

Neste mês a energia eléctrica bateu o recorde nacional dos apagões. O nosso “inimigo principal” assestou-nos golpes demolidores. A ANIP, Agência Nacional do Investimento Privado, conseguirá convencer os investidores estrangeiros? Não é melhor dizerem-lhes aquando do início do investimento carregarem um navio de geradores eléctricos? E por causa disto a respiração em Luanda está demasiado mortal. E a nomenclatura também não está imune. Quantas crianças morrem diariamente por tais actos que sem sombra de dúvidas são passíveis de sanções criminais? Segue o mapa dos apagões.
25Abr 02.00-04.16 24Abr 09.00-09.47 20Abr 12.49-13.44 19Abr 14.28-15.08, 17.21-17.32 18Abr 08.43-19.04 17Abr 17.08-18.56 16Abr 21.26 até às 06.05 do dia 17. 15Abr 11.16-11.37 14Abr 08.48-08.56, 14.49 às 03.07 do dia 15. 11Abr 10.54-11.44 10Abr 05.26-16.19 08Abr 14.06 até 02.36 do dia 09. 07Abr 12.36-12.45, 13.14-13.23 05Abr 13.22-13.38 04Abr 19.01-19.08

Apagões da água
29Abr 23Abr 21Abr 20Abr 19Abr 18Abr 17Abr

Internet
Até a Net nos falha por motivos de não fornecimento de combustível à Angola-Telecom por falta de… dinheiro. E uma censura, restrição tipo China, se preparam para nos imporem. Oh tempo volta pra trás!? Ressuscita o Lenine, Estaline, Hitler, etc. Nunca mais, jamais tempos coloniais.
Segue um trabalho da VOA
Internet angolana é lenta e sofre muitas interrupções

Num mercado sem regulamentação para a concorrência, o negócio no sector das telecomunicações funciona num paraíso dominado por um restrito grupo de empresas

VOA Por Alexandre Nato | Luanda Sexta, 06 Maio 2011

Internet angolana a ritmo de caracol

Os serviços de internet em Angola funcionam com extrema irregularidade. O serviço é já de si lento, mas as interrupções são frequentes e, por vezes, prolongadas.

Os utilizadores de internet estão a queixar-se das inúmeras interrupções do serviço que é fornecido, pelas servidoras locais. O sinal passou a oscilar mais nestes últimos dias, coincidindo mais ou menos com o período das chuvas.

Há coisa de duas semanas duas das mais procuradas servidoras, nomeadamente a TV-Cabo e a Movinet ficaram privadas do serviço por quase uma semana, mas nenhuma delas se atreveu a prestar esclarecimentos até ao momento.

Na única resposta que se podia obter da área de atendimento aos clientes,as operadoras atribuíam responsabilidades à empresa pública Angola Telecom, a única provedora de sinal para todo o país.

Esta dificuldade é maior nas províncias.Ângelo Kapwatcha, do Fórum Universitário na cidade do Huambo,disse que é no acesso às páginas noticiosas onde reside o maior problema. Com os resultantes prejuízos económicos que derivam desta situação,poucos não admitem que o sinal esteja a ser controlado pelas autoridades políticas.

Um representante da conhecida servidora de televisão e internet por cabo, recusou-se a falar sobre o assunto, mas remeteu-o para uma próxima ocasião.

Embora alguns ouvintes se queixem também das dificuldades no acesso à emissão online, sobretudo fora de Luanda, Walter Cristóvão da Comissão de Gestão da emissora católica não considera por enquanto ser problema de maior

Num mercado sem regulamentação para a concorrência, o negócio no sector das telecomunicações funciona num paraíso dominado por um restrito grupo de empresas,detidas por cidadãos angolanos politicamente influentes e, portanto, sujeito aos excessos dos seus proprietários e onde os critérios de eficácia e exigência de qualidade não contam muito.

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