Lisboa – Oficiais do chamado
comando unificado (que inclui FAA, Polícia e SINSE) de Luanda, revelam-se
indignados com alegados planos do comandante da região militar de Luanda,
general Carlitos Simão Wala, de chamar a si, o dossiê dos presos políticos
acusados de planearem um suposto golpe de Estado contra o Presidente da
República de Angola.
Fonte: Club-k.net
Altas patentes militares reprovam os seus reais
planos
À Carlitos Wala é atribuída a defesa de um plano
para “cuidar” definitivamente dos presos políticos para que não voltem a ser incómodo
a imagem do Presidente José Eduardo dos Santos. O general terá apresentado o
referido plano, a margem de uma reunião operativa ocorrida antes da recente
quadra festiva.
Carlitos Wala terá identificado como alvo do seu
plano, os activistas Luaty Beirão, Domingos da Cruz, Osvaldo Caholo, Sedrick de
Carvalho e Mbanza Hanza que no seu ponto de vista denotam ser os cabeças
pensantes do grupo dos presos políticos.
De acordo com uma fonte, a materialização do
plano do general Wala passaria primeiro pela substituição, dos agentes (da
Polícia Nacional e guarda prisionais) que fazem a guarda dos jovens - enquanto
observam a prisão domiciliaria, em suas casas - e por sua vez,
colocaria homens da sua confiança. Desta forma, os jovens estariam
expostos para a alega fase final do seu plano.
Segundo apuração, este plano do general Wala em
desejar “cuidar” dos presos políticos gerou opiniões contrarias dentro do
aparelho de segurança do regime por considerarem que uma vez o caso já chegou
ao Tribunal e originou contestação internacional, seria despropositado para o
Estado angolano confrontar-se novamente com episódios de eventuais
desaparecimento de pessoais.
“Se acontecer alguma coisa a estes miúdos ele é
quem vai ser responsabilizado. Se o Presidente da Republica já enviou o caso
para o tribunal porque que ele (general Wala) esta meter-se nisso”, interrogou
uma patente militar que se opõe que Angola volte praticar ações como as que
aconteceram com os activistas Cassule e Kamulingue.
Desde que assumiu o comando da região militar de
Luanda, o general Wala tem sido citado em situações que extravasam as
suas competências (como mediação de problemas de apropriação de terrenos em
Viana) mas também de não acatar orientações que lhe são baixadas. Há
informações denotando que o comissário-chefe Antônio Sita, comandante
provincial de Luanda já se queixou dele.
O general Carlitos Wala é o comandante da região
militar de Luanda. Diz-se que é nesta condição que se julga ter
autoridade para cuidar todo assunto de natureza de defesa e segurança que
ocorrem na capital do país, razão pela qual propõe a substituição dos agentes
guardam os presos políticos em suas respectivas residências.
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