Luanda - Um activista do Bloco Democrático (BD), que
se preparava para viajar do Dundo para Saurimo, foi assaltado na madrugada de
quinta para sexta-feira, tendo lhe sido roubadas trezentas (300) assinaturas
que levava na mochila e que se destinavam à legalização da formação política
encabeçada por Justino Pinto de Andrade.
Fonte: Semanário Angolense
Informações
obtidas pelo Semanário Angolense dão conta que o referido activista foi
agredido e assaltado por elementos desconhecidos nas imediações do terminal de
a autocarros, quando se aprestava a viajar para Saurimo, onde deveria proceder
à entrega das assinaturas ao representante daquela formação política na Lunda-Sul.
Este que, por sua vez, se encarregaria de as encaminhar para Luanda, a fim de
serem presentes antes de terça-feira junto ao Tribunal Constitucional.
«Fui agredido e assaltado às 4 horas da manhã a caminho da estação de autocarros. Levaram-me a mochila, onde tinha as 300 assinaturas, assim como a minha carteira de documentos pessoais», lê-se na mensagem de SMS que o aludido activista endereçou minutos depois do assalto ao presidente do BD, Justino Pinto de Andrade.
Na mesma mensagem, o lesado dá igualmente conta que já apresentou junto aos órgãos policiais locais uma queixacrime contra os assaltantes.
O líder
«bloquista», que denunciou o infortúnio ao Semanário Angolense, já sob o fecho
da presente edição, acredita que o assalto tenha sido protagonizado por
elementos afectos à Segurança de Estado, «para prejudicar o Bloco Democrático
nas eleições que se avizinham».
«Julgo que se tratou de um assalto com objectivos políticos, feito por gente que tem por missão inviabilizar a nossa participação nas eleições gerais de 31 de Agosto », lamenta Justino Pinto de Andrade. «Este é o triste desfecho de um trabalho árduo de recolha de assinaturas feito durante um mês, em circunstâncias extremamente adversas», queixa-se o político da oposição.
Justino Pinto de Andrade não só se mostra indignado com o assalto, como também manifesta receios de que o seu partido pode não conseguir, num curto espaço de três dias, recolher novamente centenas de assinaturas naquela província.
Logo pela manhã de sexta-feira, o Semanário Angolense ouviu Marcy Lopes sobre como ficaria o BD em face deste imprevisto, isto é, caso não consiga reunir novamente as assinaturas desse círculo eleitoral, no que responderia que, se assim acontecer, tudo dependerá da deliberação dos juízes do TC. ■
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