Activista ambientalista deportado do Brasil já
voltou à terra do samba
Maputo
(Canalmoz) – O jornalista e activista ambiental moçambicano ao serviço da ONG
nacional “Justiça Ambiental”, que foi deportado do Brasil no passado dia 12 de
Junho corrente sem sequer ter sido deixado entrar naquele país membro da CPLP.
Mas já está naquele país a participar em actividades paralelas da Conferência
Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20. As autoridades brasileiras
recuaram da sua decisão de negar a entrada do moçambicano no Brasil e voltaram
a conceder-lhe um visto, desta vez de cortesia que lhe permitiu viajar de novo
para o Rio de Janeiro. À chegada à cidade onde decorre o Rio+20, Vunjane
proferiu acusações contra a mineradora Vale e contra o Governo moçambicano,
pela sua deportação.
“Alguma
coisa aconteceu. Denunciamos veementemente os actos da Vale em Moçambique e
sabemos que isto não tem agradado tanto à multinacional assim como a alguns
sectores do Governo moçambicano. Nos últimos trabalhos que fiz na província de
Tete, sofri perseguições e ameaças por parte do governo e da empresa”, disse
Vunjane citado pela imprensa brasileira.
Jeremias
Vunjane chegou na noite de segunda-feira última ao Brasil para participar tanto
de eventos na Cúpula dos Povos quanto também na Rio+20.
Primeiramente
havia sido impedido de entrar no país por agentes da Polícia Federal. Agora que
retornou ao Brasil, o ambientalista moçambicano foi recebido com muita festa
por um grupo de cerca de cem activistas no aeroporto internacional do Galeão,
no Rio de Janeiro
Ontem,
terça-feira, Vunjane participou num um acto de protesto em frente à sede da
Vale, no centro de Rio de Janeiro.
O
Ministério das Relações Exteriores do Brasil foi quem intermediou o retorno do
activista ao Brasil.
A
organização “Cúpula dos Povos”, a “Justiça Ambiental” onde Vunjane trabalha, e
a “Amigos da Terra”, exigem agora um pedido de desculpas e os devidos
esclarecimentos da Polícia Federal sobre o caso, além da retirada do nome dele
da lista de impedidos pela Polícia Federal de entrar no Brasil. (Redacção)
Mesmo condenada a pagar imposto no
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