Dezenas de milhares concentraram-se no Estádio 11 de
Novembro, para homenagearem cabeça de lista do MPLA
Por Luís Costa Ribas | Luanda VOA
A festa de homenagem a José Eduardo dos Santos
era - de acordo com os organizadores - para 500 mil pessoas, mas a participação
ficou muito aquém desse número.
O Estádio 11 de Novembro, com capacidade para
cerca de 60 mil pessoas não estava cheio, e a multidão no parque de
estacionamento virado a Oeste - onde estava montado um segundo palco para a
música - não encheu metade do recinto.
A festa mobilizou músicos como Yuri da Cunha,
W. King e Yola Araújo que foram animadamente aplaudidos pela audiência onde se
contavam muito jovens e adolescentes. O aplauso para o presidente exigiu algum
esforço do palco, onde o mestre-de-cerimónias - dirigente do MPLA Bento Bento -
exortava as massas a dar vivas, bater palmas e abanar os cachecóis.
O Presidente, que segundo Bento Bento estava
no local e em breve se iria dirigir aos seus apoiantes, acabou por não falar e
a organização não explicou porquê. Isso não desanimou quem foi à festa para
apoiar José Eduardo dos Santos.
Um homem na casa dos vinte anos, disse à VOA
que queria agradecer ao presidente tudo o que fez pelo país. Reconhece que as
dificuldades e inquietações são muitas, mas admite que seriam piores com outro
dirigente.
Para além da música havia uma zona de
petiscos, que ajudava a manter os mobilizados no local, entre adolescentes,
jovens, militantes, do MPLA e da OMA e funcionários públicos, que foram
transportados em autocarros fretados, candongueiros ou nas suas viaturas
pessoais. Mas nem todos os que assistiam eram do MPLA.
Um dirigente do PSR, Joaquim Nafoia, foi para
ver, constatar e informar o seu partido. Nafoia questionou o sucesso da acção,
pois, apesar de concorrida, ficou aquém dos números que se antecipavam.
Uma lição em mobilização abaixo da
expectativa que serve de exemplo a outros partidos.
As eleições estão marcadas para 31 de Agosto.
Se o problema foi logístico ainda se pode corrigir o tiro; se foi falta de
motivação, é um problema mais delicado para o partido no poder.
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