Luanda - O pasquim “FACTUAL” na sua edição nº 208 de 12 a 19
de Maio de 2012,tem estampado na sua capa e em grande destaque a frase
“KAMALATA NUMA COM SAUDADES PRETENDE VOLTAR À GUERRA”.
Fonte: Club-k.net
Minha reacção
inicial foi de risos e estupefacção ao mesmo tempo ao ver como eram férteis e
doentes as mentes escravas na sua relação com a sociedade. Ao olhar para
história encontrei mentes iguais como as de Hitler, de Bokassa…, aprofundei as
minhas crenças e percebi o que estava a passar-se na nossa “Querida Angola”;
AFINAL ANGOLA ESTÁ AMORDAÇADA E A PRECISAR DE CADA UM DE NÓS.
Não procurei pelo direito de resposta no mesmo local do artigo supracitado porque achei que apenas isso divertia os incautos, quando os mandantes reais se divertem a nossa custa. Procurei ignorar o coitadinho do jornalista que vivendo de migalhas cumpre com essas missões nojentas que todos os dias encaminham Angola para o abismo. Ignorei o coitadinho também escravo que bem precisa de nós para se libertar do jugo a que é submetido e que lhe retira a liberdade de ser ele mesmo.
Concentrei-me no mandante que há anos nos vem dividindo para nos cegar e ensurdecer enquanto se enriquece. No mandante que manda escravo assassinar gente livre só por não aceitar alinhar com este opressor. No mandante que manda escravo intimidar ou descriminar homens que escolheram serem livres. No mandante que manda escravo recrutar mercenários “kaenches” para torturar aqueles que lutam pela sua liberdade e da sua terra. No mandante que manipula a polícia, as forças armadas, os tribunais, os juízes, os bancos, as empresas públicas…No mandante que diz ser único representante do povo angolano. Diz ser urbano, espertalhão e dominador apesar de ser ele e mais uns poucos que mantêm o controle de tudo e de todos. No mandante que enche os bolsos com dinheiro ilicitamente retirado do erário público num contexto em que a Assembleia Nacional está domesticada, os tribunais miseravelmente arrastados para o jogo bem urdido da separação de poderes de sim chefe, as forças de defesa e segurança subservientes ao homem que retirou a soberania ao povo fazendo-se passar por ele…
Este mandante é o cidadão José Eduardo dos Santos, homem que muitos temem e elevam para os píncaros de único iluminado deste país e por isso mesmo “Soberano eterno”. É contra ELE e da cultura da farsa que implantou em Angola nos batemos. É contra esta farsa que manipula e transforma os diabos em anjos e os anjos em diabos, nos batemos. É contra esta farsa que lutaram Hoji ya Henda, Nito Alves, José Vandúnem, Nfulupinga Lando Victor, Jonas Malheiro Savimbi, Holden Roberto, Viriato da Cruz, António Sebastião Dembo, Geremias Chitunda, …e tantos outros que em contextos diferentes se bateram para alertar os angolanos sobre a cultura perniciosa que esta farsa tem implantado no país as práticas da destruição, dos assassinatos, de agradecer a miséria, da corrupção, aniquilando o nosso ego, o futuro radioso da nossa juventude e de todo país.
Os epítetos do FACTUAL são antigos e têm uma lista enormíssima de mártires assassinados pela facção mandante do MPLA durante a guerra colonial no seio do próprio movimento como foram os casos de Matias Miguéis, Hoji Ya Henda…, antes do 27 de Maio de 1977…,os assassinatos do 27 de Maio com mais de 80.000 pessoas, os assassinatos dos combatentes pelo Estado Democrático e de Direito em 1992 com mais de 30.000 pessoas, os assassinatos da sexta-feira sangrenta com mais de 3.000 pessoas, os assassinatos dos mártires pela democracia e pela lei acima dos homens desde 2002 até aos nossos dias…, os assassinatos nas Lundas silenciando seus povos enquanto se açambarcam os diamantes em benefício do mandante e de alguns dos seus generais....
Estes epítetos indiciam a vontade de continuação de assassinatos de adversários políticos e do povo com aproximação das eleições para se manterem no poder a qualquer preço, utilizando armas de fogo, envenenamentos, atropelamentos ou outras formas que este regime tem vindo a sofisticar nos últimos tempos com a finalidade de instilar o medo e retirar a vontade de defesa dos angolanos e de Angola de todos aqueles que se opõem a cultura mercenária desta facção minoritária no seio do MPLA.
Com estes epítetos o regime manipula corruptos, escravos e gentes simples do povo. Com estes epítetos levam o país a multiplicar-se em orações de estupidificação das grandes massas, esquecendo-se que as guerras se fazem quando há dois exércitos politicamente antagónicos e quando a vontade dos opressores levam um povo a levantar-se contra a opressão.
Em Angola, devemos sim é orar para que os governantes (facção minoritária do MPLA) deixem de roubar, oprimir e matar o povo. Deixem de se colocar acima da lei. Façam eleições transparentes, livres e justas. Escutem Angola para se fazer uma verdadeira reconciliação nacional. Pois, Morreram muitos angolanos para quem temos de falar de forma sincera através de orações, pedir desculpas para sossegarmos o país, acendendo o verdadeiro fogo da paz e plantando a árvore da reconciliação. Orarmos para surgirem líderes do povo que o motivem para o projecto de reconstrução nacional com programa consensual que coloque o angolano no centro de todas atenções e prioridades.
Chefe! Aqui não reside temor. Tudo o que fazemos é as claras sem esconder nada. Nós estamos aqui seguindo os Gigantes da nossa História. Nós chegamos até aqui não acidentalmente. Nós estamos animados por este espírito que motivou os nacionalistas e os combatentes da guerra anti-colonial.Por este espírito que motivou os combatentes pelo Estado Democrático e de Direito. Por este espírito que tem motivado os combatentes pelas lutas cívicas para a dignificação de Angola com exemplos de coragem como os de Isaías Samakuva, Ngola Kabango, David Mendes, Rafael Marques. Exemplos de activismo cívico e com propostas como os do Dr. Marcolino Moco com “A terceira alternativa” e tantos outros exemplos.
Por isso, também nos juntamos a este esforço com propostas que julgamos serem a via patriótica mais acertada de solução do problema de Angola. Achamos, pois que o Estado Democrático e de Direito não é nenhum esconderijo para ditadores, corruptos e criminosos. Quando diante desses males que os transformam em escravos de si mesmos, arquitectarem farsas e fraudes, para se protegerem, sequestrando o poder, o povo deve organizar-se com a finalidade de repor a legalidade e a legitimidade através de manifestações legalmente consagradas na Constituição da República de Angola pelo Artigo 47.
O que Angola deseja antes de assumir uma acção popular para destituição de José Eduardo dos Santos, por acusação de corrupção, pela via de manifestações, apelar ao bom senso das instituições e do próprio a aceitar a proposta a seguir que apenas reforça as propostas anteriores.
1º-Retirada do cidadão José Eduardo dos Santos do poder sem necessidade
de impugnação pela Assembleia Nacional (hoje manietada ) conforme o
Artigo 129 da Constituição da República de Angola;
2º-Auditoria externa credível as contas públicas durante a Presidência de
José Eduardo dos Santos;
3º-Devolução dos recursos financeiros desviados do erário público pela
família do actual Presidente da República José Eduardo dos Santos;
4º-Amnistia aos crimes políticos e financeiros;
5ºEscolha de saída ou permanência no país por parte do cidadão José
Eduardo dos Santos sem nenhum constrangimento;
6º-Realização de eleições dia 31/08/12,para Assembleia Constituinte e
seis meses depois realizar eleições presidenciais.
Os angolanos são um povo maduro e consciente em escolher o seu próprio caminho sem imitações. Os Kadafis, Mubarakes ou outros são soluções que esperamos nunca escolher, esperando que o cidadão José Eduardo dos Santos perceba a oportunidade que este momento representa.Angola espera por um outro sentido da direcção de vida. Angola já perdeu muito tempo com a cultura da farsa. Precisamos de parar com a cultura da corrupção, dos assassinatos, dos raptos, pois o desaparecimento dos cidadãos como Kamolingui e Kassule são prova disso. Os assassinatos, os raptados de cidadãos em todas províncias como o caso de Benguela são outra prova que aqui deixamos como testemunho.
NOTA: Olhem para os nomes do Kamolingui e Kassule e os assassinados em Benguela! E porquê serem esses os mais perseguidos?
Dados Estatístico em nossa posse
Dos assassinatos
em Benguela
a) Assassinato por Via Activa (15) pessoas
b) Assassinatos por Via Passiva (Envenenamento)
Basta Senhor Presidente os atropelos a lei, os abusos aos direitos humanos, a delapidação do erário público. Basta Senhor Presidente!!! O nosso basta aos atropelos que é a razão do FACTUAL “KAMALATA NUMA COM SAUDADES PRETENDE VOLTAR À GUERRA” é outra farsa, BASTA SENHOR PRESIDENTE…
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