Quatro coroneis e mais de 200 homens terão passado
das forças govermentais para M23 de Bosco Ntaganda a leste do país
Por Nick Long | Kinshasa VOA
Mais oficiais superiores estão a desertar as forças
armadas da República Democrática do Congo. O porta-voz da missão militar das
Nações Unidas no Congo afirma que as deserções têm produzido um impacto
significativo tanto no combate como no moral dos militares das forças armadas
congolesas.
A missão das Nações Unidas afirma que a situação na
provincia congolesa do Kivu do Norte contínua tensa, em grande parte devido às
deserções continuadas das forças armadas congolesas para o movimento rebelde
M23.
O grupo rebelde M23 teve a sua origem num outro
grupo rebelde, o CNDP, que se tinha associado às forças armadas congolesas há
tres anos no ambito do acordo de paz. Mas, muitos dos seus elementos desertaram
em Abril ultimo dando o seu apoio ao lider rebelde Bosco Ntanganda que está a
ser procurado por crimes de guerra.
Em Maio passado, os militares congoleses repeliram
as forças rebeldes do M23, afugentando-os até a fronteira com o Ruanda e
Uganda. Mas este mês, a ofensiva das forças armadas mostraram ter perdido o seu
o ímpeto, havendo noticias segundo as quais os rebeldes estariam a receber
ajuda do Ruanda.
Nos últimos 10 dias, quatro ex-coronéis do CNDP e
um número de desertores, calculado em 200 soldados, teriam abandonado o o grupo
CNDP para se juntarem ao movimento rival, M23.Um dos desertores do CNDP,
Coronel Douglas, tinha sido responsável dos serviços secretos militares da zona
onde se realizava a maior parte da luta contra o movimento M23.
O portavoz militar das Nações Unidas, Coronel Felix
Basse, disse à Voz da América que as deserções tinham vibrado um duplo golpe às
Forças Armadas da Republica Democrática do Congo, conhecidas pela sigla FARDC.
“Em primeiro lugar, todas estas deserções
enfraquecem as Forças Armadas da República Democrática do Congo. Em segundo
lugar, as deserções produziram um impacto psicologico. Importante nas operações
em curso imaginar um oficial da patente superior de comandante que deserta e
foge. É um golpe significativo, na verdade que afecta o moral dos soldados no
terreno.”
O porta-voz militar das Nações Unidas adiantou que
apesar de tudo, as forças armadas congelesas continuam a manter as suas
posições e que a MONUSCO, a missão das Nações Unidas no Congo, reforçou as suas
posições na Provincia do Kivu do Norte, sem, todavia, envolver-se em luta
contra as forças rebeldes do movimento M23 que está a causar agitação e grande
alarme nas aldeias da região.
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