É que isto não está nada parecido com uma pátria, é mais uma desastrosa palhaçada angolana e africana.
Creio que isto tem uma explicação: é que já não existe governo, não existe cadeia de comando. A lei exerce-se em ilhas, qualquer um manda, impõe os seus desígnios nos seus feudos à Somália. Angola regride no mais negro tempo da infâmia. Isto anuncia que outra luta de libertação se inicia, se repete nas mentes corruptas.
E estes libertadores libertaram tudo, excepto Angola que ainda não se libertou da tirania destes libertadores.
«MARTELO DEMOLIDOR NO CENTRO DA MAIANGA
Vinte casas demolidas, famílias inteiras ao relento, mobílias destruídas e muita frustração é o cenário que se vive na rua 28 de Maio, junto a zona verde do Alvalade, no município da Maianga.
A fiscalização da Província de Luanda realizou, neste final de semana, uma operação relâmpago de demolição de residências na área, deitando abaixo as residências.
As famílias, que viviam no local há vários anos, afirmam que não tiveram tempo nem sequer de retirar os seus haveres dentro das moradias.
“Apareceram os fiscais, a baterem as portas bruscamente, que tínhamos que sair hoje. Perguntamos: vamos sair, vamos para onde, se estamos em nossas casas?” – disse Sílvia Diogo.
A moradora que falava a Rádio Ecclésia afirmou que os fiscais alegaram que as pessoas que viviam no local recusaram uma recompensa monetária.
“Eles disseram: nós já falamos convosco. Estávamos para vos dar 12 mil dólares e vocês não aceitaram. Demos terrenos no Panguila e não aceitaram, por isso têm que sair e vocês que se virem” – relatou.
“Um vizinho tentou negociar com eles, para pelo menos nos dar dois dias e virem prosseguir o seu trabalho segunda-feira. Aceitaram e retiraram-se. Horas depois, as 13 horas voltaram a aparecer com muita arrogância, a tirar as pessoas fora de casa, a ofender moralmente” – acrescentou.
Os moradores reclamam também pela hora em que foram desalojados, ficando sem saber para onde ir.
“Quando eram 19 horas, já a escurecer começaram a demolir as casas” – frisou.
Referiu ainda que nunca foram contactados pela Administração Municipal da Maianga para negociar a sua saída da zona.
“Não fomos contactados pela Administração, tanto mais que a administração disse que este trabalho não seria feito sem, pelo menos, um parecer da administração municipal e comunal, porque eles vêm da fiscalização provincial de Luanda. Isso não seria trabalho deles” – continuou.
Segundo ela, a operação está a ser orientada pessoalmente pelo Director Provincial da Fiscalização que manifestou arrogância ao dirigir-se aos moradores.
“É o próprio Director que está aqui no terreno. O senhor Januário Augusto Domingos, o Director provincial da fiscalização de Luanda” – referiu.»
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