O autodenominado Movimento Revolucionário
Estudantil, marcou manifestações para este sábado em Angola, para exigir
responsabilização criminal da milícia que tem vindo a reprimir manifestantes.
Por Antonio Capalandanda | Lobito VOA
O autodenominado Movimento Revolucionário
Estudantil, marcou manifestações para este sábado em Angola, para exigir
responsabilização criminal da milícia que tem vindo a reprimir manifestantes…
Hugo Kalumbo, um dos líderes dos protestos,
disse à Voz da América que a manifestação será realizada em simultâneo nas
províncias angolanas de Benguela, Huambo e Luanda.
Kalumbo referiu, ainda, que os protestos
estão ser programados para decorrerem defronte as instalações do TPA –
Televisão Publica de Angola – que segundo ele tem promovido está milícia.
Um grupo descrito como milícias
pró-governamentais, tem vindo atacar os organizadores das manifestações contra
José Eduardo dos Santos, desde Março de 2011, resultante em ferimentos graves e
raptos.
Várias organizações, nomeadamente a Amnistia
Internacional e a Human Rights Watch, têm instado as autoridades angolanas a
abrirem um inquérito para a responsabilização criminal dos autores da repressão
violenta dos manifestantes.
Lisa Rimili, pesquisadora da Human Rights
Watch, disse à Voz da América que o surgimento destes – que actuam de forma
cada vez mais violenta e com a conivência da polícia nacional – é um elemento
no sistema repressivo angolano.
“Também há outros elementos novos que
preocupam bastante que é a escalada da violência. Grupos de indivíduos que têm
agido nas manifestações, são armados com faca, pistolas paus e ferros e batem
logo à partida para impedir as pessoas de se manifestar”
Rimili mostrou-se preocupada com os ataques
contra os líderes da oposição sobretudo neste ano eleitoral.
“Também outro elemento novo que nos preocupa
bastante é que grupos de indivíduos armados têm forçado a entrada em casas
particulares para bater nos líder das manifestações e também um politico do
Bloco Democrático” afirmou Rimli acrescentando que “tudo isso são crimes não
podem ficar impunes”
Para um país que sofreu durante décadas com a
guerra, a juventude começa buscar activamente maneiras práticas e
não violentas para o avanço dos direitos humanos. As autoridades alegam que
estão a assegurar a protecção do direito à liberdade de expressão e de reunião
em Angola.
http://www.voanews.com/portuguese/news/06_11_2012_angola_protest_voa_news-158466115.html
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