Depois de
Tchavola e Tchimúkua, a ditadura da paz ou “o silêncio dos inocentes”, no
Arco-Íris: o caso do imerecido castigo aos moradores do
Bairro Agostinho Neto, (vulgo Arco-Íris) no Lubango, obrigados, por coacção
irresistível, a arrancar, com as “próprias unhas”, chapas de suas casas,
abandoná-las à destruição e partir para o (des)conhecidoEste seria o título para um texto que eu escreveria aqui hoje. Mas não
vou escrevê-lo.
http://marcolinomoco.com/
Estão a
ser efectuados contactos com autoridades governamentais e judiciais, algumas
das quais merecem o nosso respeito e consideração, porque nos receberam com
amabilidade e deram-nos uma mensagem de encorajamento.
Só peço
que leiam os textos do Padre Pio da Associação Construindo Comunidades (ACC),
em súplicas lancinantes, enviadas a entidades da mais variada natureza e
(acredito) a serem lidas em espaços físicos e electrónicos do nosso jornalismo.
E peço, por favor, que não digam, que este Padre exagera, como eu próprio
confesso que já cheguei a acreditar, até o dia em que fui ao terreno e me
perguntei chorando:
─ Porque
se castigam assim populações, mais do que nos períodos coloniais por mim
vividos e mais do que, por vezes, em tempos da própria guerra? E isso foi em
relação às populações transladadas para Tchavola e Thimúkua em 2010; para a
mata, à chuva e ao relento, ocupando, forçados, matas de pastores locais que
ficaram sem suas terras, em nome de projectos que dois anos depois ainda mal
arrancaram? O que significa dignidade humana” consagrada na Constituição
e pregada por mensageiros da palavra divina? Bem a beirinha das eleições, que
todos pensavam iriam amainar este tipo de obsessão inexplicável – tempo de
“namoro aos eleitores” – o que significa esta sanha contra o povo humilde do
“Arco-Íris”?
Que
pressa é essa que engaveta nos armários do incompreensível tudo o que seja
ético-moral, religioso ou legal?
Não estou
a falar de factos que não vi, embora os oiça muitos, correndo o risco de
ser desmentido por gravações sérias ou mentirosas.
Pela Paz
e Harmonia de todos, espero que amanhã venha preencher este espaço
com referências positivas aos governantes, como o fiz há tempos, em
relação às autoridades de Benguela (ver infra, 30 Out. www.marcolinomoco.com).
O Ser
Humano é o centro de tudo, por vontade do Criador
Marcolino
Moco
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