O capitão Zenóbio Zumba, detido por ter sido
colega de curso do tenente Osvaldo Caholo.
Rafael Marques de Morais
MAKAANGOLA
O capitão Zenóbio Lázaro Muhondo Zumba, de 34
anos de idade, é a primeira vítima colateral das buscas que estão a ser
efectuadas pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) e pelos órgãos de
segurança aos computadores, escritos e demais documentação apreendidos aos 15
detidos por alegada preparação de golpe de Estado.
A 30 de Junho passado, o capitão apresentou-se ao Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM), onde labora no gabinete de Informação e Análise afecto ao Estado Maior-General das Forças Armadas Angolanas (FAA). Julgava ser apenas mais um dia de trabalho e de rotina.
Segundo informações prestadas pela esposa, Suzana Zumba, efectivos da Polícia Judiciária Militar mostraram ao capitão Zumba uma fotografia do tenente Osvaldo Caholo, detido a 24 de Junho, em casa. “O Zenóbio disse que o conhecia, porque fizeram juntos o curso de Relações Internacionais na UTANGA [Universidade Técnica de Angola]”, relata Suzana Zumba.
De seguida, “mostraram-lhe um documento que estabelece a associação entre os dois. Ele [capitão Zenóbio] fez uma exposição ao chefe do Estado-Maior General das FAA sobre o seu trabalho académico de Relações Internacionais”, explica a esposa de Zenóbio Zumba.
Ainda de acordo com as declarações de Suzana Zumba, a existência de uma cópia digital da referida exposição no computador do tenente Caholo foi causa suficiente para a detenção do capitão Zenóbio Zumba. Passou, desse modo, a ser suspeito de fazer parte do alegado grupo de conspiradores que, segundo acusação formulada pelo procurador-geral da República, general João Maria de Sousa, pretendem derrubar o presidente José Eduardo dos Santos.
O capitão Zenóbio Zumba encontra-se detido desde 30 de Junho no Comando da Região Militar de Luanda. Protesta, segundo Suzana Zumba, contra o facto de continuar detido sem que as autoridades lhe tenham apresentado qualquer mandado de captura e sem ter sido ouvido por um procurador militar.
“Ele [capitão Zenóbio] recusou-se a ser cadastrado pela PJM sem que antes lhe apresentem a ordem de prisão.”
“Sempre que transmito esta preocupação aos magistrados que cá vêem, nem sequer se dignam a ouvir-me porque, segundo eles, sou preso do general Zé Maria [chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar] e não tenho mandado de prisão”, reclama o capitão Zenóbio Zumba, em mensagem a que o Maka Angola teve acesso.
O capitão Zenóbio Zumba tem viagem marcada a 10 de Julho para a Argentina, onde frequenta o curso de mestrado em Relações Internacionais na Universidad de Ciências Empresariales e Sociales (UCES).
Até à data de publicação deste texto, o capitão ainda não teve direito a visitas. Somente a sua esposa pode ir levar-lhe comida e água, por insuficiência logística do exército para alimentar os seus presos.
Fonte da Polícia Judiciária Militar, contactada por este portal, confirma, sob anonimato, que a detenção do capitão Zenóbio Zumba se deve “a uma ordem do general Zé Maria, não havendo outro expediente formal sobre a sua detenção”.
A 30 de Junho passado, o capitão apresentou-se ao Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM), onde labora no gabinete de Informação e Análise afecto ao Estado Maior-General das Forças Armadas Angolanas (FAA). Julgava ser apenas mais um dia de trabalho e de rotina.
Segundo informações prestadas pela esposa, Suzana Zumba, efectivos da Polícia Judiciária Militar mostraram ao capitão Zumba uma fotografia do tenente Osvaldo Caholo, detido a 24 de Junho, em casa. “O Zenóbio disse que o conhecia, porque fizeram juntos o curso de Relações Internacionais na UTANGA [Universidade Técnica de Angola]”, relata Suzana Zumba.
De seguida, “mostraram-lhe um documento que estabelece a associação entre os dois. Ele [capitão Zenóbio] fez uma exposição ao chefe do Estado-Maior General das FAA sobre o seu trabalho académico de Relações Internacionais”, explica a esposa de Zenóbio Zumba.
Ainda de acordo com as declarações de Suzana Zumba, a existência de uma cópia digital da referida exposição no computador do tenente Caholo foi causa suficiente para a detenção do capitão Zenóbio Zumba. Passou, desse modo, a ser suspeito de fazer parte do alegado grupo de conspiradores que, segundo acusação formulada pelo procurador-geral da República, general João Maria de Sousa, pretendem derrubar o presidente José Eduardo dos Santos.
O capitão Zenóbio Zumba encontra-se detido desde 30 de Junho no Comando da Região Militar de Luanda. Protesta, segundo Suzana Zumba, contra o facto de continuar detido sem que as autoridades lhe tenham apresentado qualquer mandado de captura e sem ter sido ouvido por um procurador militar.
“Ele [capitão Zenóbio] recusou-se a ser cadastrado pela PJM sem que antes lhe apresentem a ordem de prisão.”
“Sempre que transmito esta preocupação aos magistrados que cá vêem, nem sequer se dignam a ouvir-me porque, segundo eles, sou preso do general Zé Maria [chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar] e não tenho mandado de prisão”, reclama o capitão Zenóbio Zumba, em mensagem a que o Maka Angola teve acesso.
O capitão Zenóbio Zumba tem viagem marcada a 10 de Julho para a Argentina, onde frequenta o curso de mestrado em Relações Internacionais na Universidad de Ciências Empresariales e Sociales (UCES).
Até à data de publicação deste texto, o capitão ainda não teve direito a visitas. Somente a sua esposa pode ir levar-lhe comida e água, por insuficiência logística do exército para alimentar os seus presos.
Fonte da Polícia Judiciária Militar, contactada por este portal, confirma, sob anonimato, que a detenção do capitão Zenóbio Zumba se deve “a uma ordem do general Zé Maria, não havendo outro expediente formal sobre a sua detenção”.
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