Lisboa – A propagação contra William Tonet, nos meios de
comunicação estatal pondo em causa a sua idoneidade acadêmica é
justificada em meios do regime que acompanham o assunto como
uma retaliação as recentes criticas que o Folha-8
levantou contra a figura do Vice- Presidente da República, Manuel
Vicente.
Fonte: Club-k.net
Numas das suas
publicações do mês passado, aquele semanário privado que tem William
Tonet como Director Geral, apresentou, numa matéria, o ex –
patrão da petrolífera angolana como uma figura ligada a praticas de corrupção
tendo a publicação o tratado como o “Beloscorni de África”. A matéria
atribua rendimentos ao segundo homem do Estado angolano como
também lhe atribuía uma certa ambição política
reflectida na aquisição de publicações privadas em Angola. Na mesma
edição o Folha-8, teria igualmente atribuído a Manuel Vicente, a compra
do Jornal AGORA, uma informação rejeitada pela corrente do Vice- Presidente. (O
semanário AGORA foi comprado por um grupo conotacto a Álvaro Sobrinho do BESA
em associação com interesses de dois empresários em Angola conhecidos por
“irmãos Madalenos”).
Na retaliação,
contra William Tonet, os promotores levantaram o debate sobre a
inscrição do jornalista no curso de direito na Universidade Agostinho Neto,
dando a entender que o mesmo não possui licenciatura e que estaria a
exercer advocacia ilegal. De acordo com esclarecimentos, o director do
Folha-8, esteve inscrito, na UAN, em finais da década de oitenta tendo
depois desistido no segundo ano por motivos que se desconhecem. Porem, anos
mais tarde conclui a licenciatura no ensino a distancia pela Universidade
Americana tendo de seguida avançado para um mestrado. Para alem da advocacia, o
jornalista William Tonet que leciona igualmente na Universidade Metropolitana
em Luanda.
No seguimento da campanha mediática o mesmo, foi entrevistado pela TPA, na terça-feira (06), porem no momento em que exibia a copia dos seus documentos e as respectivas homologação, os editores da televisão cortaram esta parte impossibilitado que as explicações de William Tonet fosse escutada.
A campanha de descredibilização contou com a mobilização de Hermenegildo Oseias Cachimbombo, o Bastionario da Ordem dos Advogados de Angola e de Adão Adriano Adão, da Procuradoria-Geral da República que assumiram a paternidade da denuncia e do seus respectivos esclarecimentos na comunicação social.
William Tonet encontrava-se como parte da defesa do réu Lango Caricoco quando na manha de segunda-feira (5) as autoridades judiciais invocaram que deveria ficar excluído do grupo de advogados em conseqüência de uma nota da Ordem dos Advogados de Angola, que dava conta do cancelamento do exercício da advocacia.
Em reação, David Mendes, da organização mãos livres, onde William Tonet esteve a fazer o seu estagio de advocacia considerou como “muito graves” as insinuações da Ordem dos Advogados alegando que “Para que um cidadão nacional se inscreva na Ordem dos Advogados de Angola é necessário ter licenciatura em direito. A licenciatura em direito é condição sine qua non para a inscrição como estagiário. A inobservância deste requisito por parte da OAA (inscrevendo indivíduos sem licenciatura) põem em causa a sua própria idoneidade.”
“Se a Ordem dos Advogados inscreveu WILLIAM TONET como advogado estagiário é porque ele reunia as condições exigíveis, de entre elas, a formação em direito. E, é do meu conhecimento que ele possui um diploma de licenciado em direito, obtido de uma Universidade Americana e confirmada a sua autenticidade, pelas instituições americanas.”, escreveu David Mendes em carta dirigida ao Bastionario Hermenegildo Oseias Cachimbombo.
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