quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Criticas a Manuel Vicente dão lugar a retaliação contra William Tonet




Lisboa – A propagação contra William Tonet, nos meios de comunicação estatal  pondo em causa a sua idoneidade acadêmica é justificada em meios do regime que acompanham o assunto  como  uma  retaliação  as recentes   criticas que o Folha-8 levantou  contra a figura do Vice- Presidente da República, Manuel Vicente.

Fonte: Club-k.net
Numas das suas publicações do mês passado,  aquele semanário privado que tem William Tonet como Director Geral,   apresentou, numa matéria,  o ex – patrão da petrolífera angolana como uma figura ligada a praticas de corrupção tendo a publicação o tratado como o  “Beloscorni de África”. A matéria atribua  rendimentos   ao segundo homem do Estado angolano como também  lhe atribuía  uma certa  ambição política reflectida  na aquisição de publicações privadas em Angola. Na mesma edição o  Folha-8, teria igualmente atribuído a Manuel Vicente, a compra do Jornal AGORA, uma informação rejeitada pela corrente do Vice- Presidente. (O semanário AGORA foi comprado por um grupo conotacto a Álvaro Sobrinho do BESA em associação com interesses de dois empresários em Angola conhecidos por “irmãos Madalenos”).
 
Na retaliação, contra William Tonet, os promotores  levantaram  o debate sobre a inscrição do jornalista no curso de direito na Universidade Agostinho Neto, dando a entender que o mesmo não possui  licenciatura e que estaria a exercer advocacia ilegal.  De acordo com esclarecimentos, o director do Folha-8, esteve inscrito, na UAN,  em finais da década de oitenta  tendo depois desistido no segundo ano por motivos que se desconhecem. Porem, anos mais tarde conclui a  licenciatura no ensino a distancia pela Universidade Americana tendo de seguida avançado para um mestrado. Para alem da advocacia, o jornalista William Tonet que leciona igualmente na Universidade Metropolitana em Luanda.

No seguimento da campanha mediática  o mesmo,  foi entrevistado pela TPA, na terça-feira (06), porem  no momento em que exibia   a copia dos seus documentos e as respectivas homologação, os editores da televisão  cortaram esta parte  impossibilitado que as explicações de William Tonet fosse escutada.

A campanha de descredibilização  contou com a mobilização de Hermenegildo  Oseias Cachimbombo, o Bastionario da Ordem dos Advogados de Angola  e de Adão Adriano Adão, da Procuradoria-Geral da República que assumiram a paternidade da denuncia e do seus respectivos esclarecimentos na comunicação social.

William Tonet encontrava-se como parte da defesa do réu Lango Caricoco quando na manha de segunda-feira (5) as autoridades judiciais invocaram que deveria ficar excluído do grupo de advogados  em conseqüência de uma nota    da Ordem dos Advogados de Angola, que dava conta do cancelamento do exercício da advocacia.

Em reação, David Mendes, da organização mãos livres, onde William Tonet esteve a fazer o seu estagio de advocacia considerou como “muito graves”  as insinuações da Ordem dos Advogados  alegando que “Para que um cidadão nacional se inscreva na Ordem dos Advogados de Angola é necessário ter licenciatura em direito. A licenciatura em direito é condição sine qua non para a inscrição como estagiário. A inobservância deste requisito por parte da OAA (inscrevendo indivíduos sem licenciatura) põem em causa a sua própria idoneidade.”

“Se a Ordem dos Advogados inscreveu WILLIAM TONET como advogado estagiário é porque ele reunia as condições exigíveis, de entre elas, a formação em direito. E, é do meu conhecimento que ele possui um diploma de licenciado em direito, obtido de uma Universidade Americana e confirmada a sua autenticidade, pelas instituições americanas.”, escreveu  David Mendes em carta dirigida ao Bastionario Hermenegildo Oseias Cachimbombo.

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