Os pescadores benguelenses já voltaram ao mar, onde
se fala de capturas fabulosas
Armando Chicoca VOA
BENGUELA
— As disputas pela rede, entre pescadores bengueleses e fiscalização do sector
de pescas do Namibe tiveram um desfecho em cima da mesa, que satisfaz ambas
partes, valendo o velho adágio segundo o qual, só conversando os homens se
entendem.
Aliciados pelas quantidades e qualidade de capturas, os pescadores da província de Benguela, numa composição de 30 chatas de pesca, instalaram um acampamento na orla marítima do Saco-mar, Município do Namibe, onde exercem legalmente a sua actividade.
Aliciados pelas quantidades e qualidade de capturas, os pescadores da província de Benguela, numa composição de 30 chatas de pesca, instalaram um acampamento na orla marítima do Saco-mar, Município do Namibe, onde exercem legalmente a sua actividade.
«Estamos
chateados, nos chamam de benguelenses, nos nossos corpos, nas nossas testas não
está escrito benguelenses, somos angolanos e não somos estrangeiros, deixam os
Chimenez em paz e nos perseguem sem razão» replicou um dos jovens pescadores,
inconformado com o cenário.
A apreensão da rede de pescas de uma das chatas dos Benguelenses, nos últimos dias, em alto mar, levou a paralisação da actividade em solidariedade do companheiro vítima. Os pescadores em causa amotinaram-se defronte a direcção provincial das pescas exigindo a entrega imediata da rede apreendida pelos fiscais do sector, deixando os responsáveis em apuros que tiveram que recorrer a intervenção da polícia.
“Não sairemos daqui, fronte a direcção das pescas se não nos entregarem a rede que os fiscais apreenderam, esta arte nos foi legadas pelos nossos avós, pais, pescamos curvinhas e não podemos aceitar discriminação, hoje e aqui, no Namibe. Esta rede apreendida custou cem mil Kzs, dinheiro de crédito, o que será de nós se não agirmos ” reagiu um dos benguelenses, pescador.
A polícia tentou nos intimidar, neste momento estamos calmos mas isto não significa que sairemos daqui sem a rede. Ou acabam com os fabricantes das tais redes ou nos deixam em paz, porque nós estamos legais, pagamos impostos, temos licenças e não sei porque é que nos perseguem, lamentou outro kamutangre.
Os excessos policiais não se fizeram esperar, os jornalistas da imprensa privada como sempre, foram empurrados, ameaçados e proibidos de exercerem a sua actividade, enquanto os reivindicadores coagidos ao silêncio.
Valeu a intervenção do Superintendente Joaquim, da esquadra urbana que repôs a ordem, permitindo os jornalistas fazer o seu trabalho, acalmando assim, também os ânimos dos pescadores.
No desfecho do caso, o Director das Pescas, Isaac Cativa disse à VOA que o encontro com os pescadores permitiu encontrar uma mediana que satisfaz as partes envolvidas no conflito.
“Chegámos ao entendimento e conclusão segundo o qual, eles os pescadores vão substituir paulatinamente estas redes por outras, previstas por lei. O assunto está fechado sem sobressaltos, eles voltam ao mar, pois, somos do povo, viemos do povo e somo para o povo, aliás o povo é a razão da nossa existência”, revelou o Director de Pescas, Isaac Herculano Cativa.
O trabalho pedagógico vai continuar no sentido de se cimentar harmonia e cooperação com os vários segmentos de tutela do sector de pescas na província.
“Foram igualmente orientados a contactar o IPA, Instituto de Pesca artesanal, no sentido de serem encaminhados a Associação de Pesca Artesanal e criarem uma cooperativa e a partir desta associação interagirmos dentro dos ditames da parceria existentes, ultrapassarmos este mau estar”, concluiu, o director das pescas.
Os pescadores benguelenses afinal, estão documentados, pagam os seus impostos e exercem a actividade legalmente, se não fosse a polémica da rede apreendida, segundo confirmou, Isaac Herculano Cativa.
Os pescadores benguelenses de mangas arregaçadas, já voltaram ao mar, onde se fala de capturas fabulosas, depois desta tempestade que transbordou o copo.
A apreensão da rede de pescas de uma das chatas dos Benguelenses, nos últimos dias, em alto mar, levou a paralisação da actividade em solidariedade do companheiro vítima. Os pescadores em causa amotinaram-se defronte a direcção provincial das pescas exigindo a entrega imediata da rede apreendida pelos fiscais do sector, deixando os responsáveis em apuros que tiveram que recorrer a intervenção da polícia.
“Não sairemos daqui, fronte a direcção das pescas se não nos entregarem a rede que os fiscais apreenderam, esta arte nos foi legadas pelos nossos avós, pais, pescamos curvinhas e não podemos aceitar discriminação, hoje e aqui, no Namibe. Esta rede apreendida custou cem mil Kzs, dinheiro de crédito, o que será de nós se não agirmos ” reagiu um dos benguelenses, pescador.
A polícia tentou nos intimidar, neste momento estamos calmos mas isto não significa que sairemos daqui sem a rede. Ou acabam com os fabricantes das tais redes ou nos deixam em paz, porque nós estamos legais, pagamos impostos, temos licenças e não sei porque é que nos perseguem, lamentou outro kamutangre.
Os excessos policiais não se fizeram esperar, os jornalistas da imprensa privada como sempre, foram empurrados, ameaçados e proibidos de exercerem a sua actividade, enquanto os reivindicadores coagidos ao silêncio.
Valeu a intervenção do Superintendente Joaquim, da esquadra urbana que repôs a ordem, permitindo os jornalistas fazer o seu trabalho, acalmando assim, também os ânimos dos pescadores.
No desfecho do caso, o Director das Pescas, Isaac Cativa disse à VOA que o encontro com os pescadores permitiu encontrar uma mediana que satisfaz as partes envolvidas no conflito.
“Chegámos ao entendimento e conclusão segundo o qual, eles os pescadores vão substituir paulatinamente estas redes por outras, previstas por lei. O assunto está fechado sem sobressaltos, eles voltam ao mar, pois, somos do povo, viemos do povo e somo para o povo, aliás o povo é a razão da nossa existência”, revelou o Director de Pescas, Isaac Herculano Cativa.
O trabalho pedagógico vai continuar no sentido de se cimentar harmonia e cooperação com os vários segmentos de tutela do sector de pescas na província.
“Foram igualmente orientados a contactar o IPA, Instituto de Pesca artesanal, no sentido de serem encaminhados a Associação de Pesca Artesanal e criarem uma cooperativa e a partir desta associação interagirmos dentro dos ditames da parceria existentes, ultrapassarmos este mau estar”, concluiu, o director das pescas.
Os pescadores benguelenses afinal, estão documentados, pagam os seus impostos e exercem a actividade legalmente, se não fosse a polémica da rede apreendida, segundo confirmou, Isaac Herculano Cativa.
Os pescadores benguelenses de mangas arregaçadas, já voltaram ao mar, onde se fala de capturas fabulosas, depois desta tempestade que transbordou o copo.
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