quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Moçambique condena empresa chinesa por contrabando de marfim




Um tribunal de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, condenou uma empresa chinesa a pagar uma multa de 2,6 milhões de euros por ter ficado provado o seu envolvimento no contrabando de 126 pontas de marfim.
  Em 2011, as autoridades da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, encontraram 126 pontas de marfim num dos contentores da empresa Tiene Trading Development apreendidos no Porto de Pemba, entre 161 contentores de madeira em toros que iam ser transportados ilegalmente.
Segundo estimativas das autoridades, o marfim encontrado equivale a 63 elefantes, que foram abatidos de forma ilegal, e encontrava-se num contentor da empresa Miti Lda, parceira da Tiene Trading Development, que opera na área de exploração madeireira.
Além das pontas de marfim, as autoridades moçambicanas encontraram uma ponta de rinoceronte, animal em extinção em Moçambique, carapaças de pangolins e peças de arte fabricadas com marfim.
Segundo a edição de hoje do semanário Savana, o juiz da causa, Luís Khavinha, do Tribunal Judicial da província de Cabo Delgado, condenou a empresa chinesa por considerar que esta "tencionava retirar, de forma ilegal, os produtos do país, lesando o Estado moçambicano e particulares".
Na altura, todas as peças de marfim e outros produtos derivados de animais proibidos por lei e em extinção traziam etiquetas com os nomes dos destinatários em língua chinesa.
Os crimes foram detetados depois de uma denúncia de que um navio atracado no porto de Pemba transportava 161 contentores de madeira em toros, onde as autoridades descobriram não só a madeira que iria ser exportada de forma ilegal como também o marfim.

http://mil-hafre.blogspot.pt/2013/08/mocambique-condena-empresa-chinesa-por.html

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