Um tribunal de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, condenou uma
empresa chinesa a pagar uma multa de 2,6 milhões de euros por ter ficado provado
o seu envolvimento no contrabando de 126 pontas de marfim.
Em 2011, as autoridades da província de Cabo
Delgado, norte de Moçambique, encontraram 126 pontas de marfim num dos
contentores da empresa Tiene Trading Development apreendidos no Porto de Pemba,
entre 161 contentores de madeira em toros que iam ser transportados
ilegalmente.
Segundo estimativas das autoridades, o marfim
encontrado equivale a 63 elefantes, que foram abatidos de forma ilegal, e
encontrava-se num contentor da empresa Miti Lda, parceira da Tiene Trading
Development, que opera na área de exploração madeireira.
Além das pontas de marfim, as autoridades
moçambicanas encontraram uma ponta de rinoceronte, animal em extinção em
Moçambique, carapaças de pangolins e peças de arte fabricadas com marfim.
Segundo a edição de hoje do semanário Savana, o
juiz da causa, Luís Khavinha, do Tribunal Judicial da província de Cabo
Delgado, condenou a empresa chinesa por considerar que esta "tencionava
retirar, de forma ilegal, os produtos do país, lesando o Estado moçambicano e
particulares".
Na altura, todas as peças de marfim e outros
produtos derivados de animais proibidos por lei e em extinção traziam etiquetas
com os nomes dos destinatários em língua chinesa.
Os crimes foram detetados depois de uma denúncia de
que um navio atracado no porto de Pemba transportava 161 contentores de madeira
em toros, onde as autoridades descobriram não só a madeira que iria ser
exportada de forma ilegal como também o marfim.
http://mil-hafre.blogspot.pt/2013/08/mocambique-condena-empresa-chinesa-por.html
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