sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Luanda. Mais um cidadão raptado e assassinado pela DNIC


Lisboa - Após ter sido obrigada a manter em silêncio, a cidadã Eunice Figueiredo veio publicamente denunciar que o seu esposo Silvestre dos Santos André foi raptado para nunca mais regressar, por elementos da Direção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), no passado dia 13 de Junho de 2013, quando este se dirigia para a centralidade do Kilamba para tentar inscrever-se na compra de um apartamento.

Fonte: Club-k.net

Segundo dados da Rádio Despertar, que avançou a informação citando o jornal A Capital, no dia em que foi raptado, Silvestre dos Santos André ia acompanhado de dois amigos identificados por “Samuel” e “Chines”.
Estes, de acordo com a mesma emissora testemunharam o raptado tendo revelado que  naquele momento uma viatura da DNIC parou e do seu interior saíram quatro agentes armados trajados com coletes daquela instituição de investigação e forcaram  Silvestre dos Santos André a entrar para o carro e este desapareceu até hoje.
Durante todo este tempo a DNIC, proibiu a esposa Eunice Figueiredo  de contactar a imprensa,  sob alegação de que  iria atrapalhar as investigações e que a mesma  poderia sofrer represálias.  Ainda segundo a Rádio Despertar, Ela  recebeu, desta instituição policial garantias de que  o marido estava vivo e se ela o quisesse ver novamente deveria manter-se calada.
Passados  7 meses,  Eunice  foi as Rádios publicas em Luanda para pedir denunciar o que estava acontecer, e  estas  se recusaram a passar a noticia. Foi assim que ela teve que recorrer a Despertar, uma vez que na semana passada  foi informada na sede da DNIC  que o seu marido foi morto e que ela deveria esquecer o assunto para não lhe acontecer o mesmo.  
Eunice Figueiredo  reclama das autoridades que aclarem este caso e que entreguem o corpo do seu esposo  a família para se fazer o funeral , uma vez que  os filhos todos dias perguntam pelo pai e ela  é obrigada a dizer  que saiu para trabalhar.
O malogrdo  Silvestre dos Santos André  era agente da Policia Nacional (PN) e  morava com a sua esposa e 3 filhos menores no bairro Cazenga.
Desde 2012, os agentes da DNIC, tem sido acusados de praticas de assassinatos com a exclusividade das execuções de Alves Kamulingue e Isaías Cassule. Em Junho do ano passado voltaram a ser acusados de terem raptados, dois jovens,  Cláudio António Quiri e Bento Adilson Penelas Gregório.
Apesar de no seu discurso de final de ano o Presidente José Eduardo dos Santos ter negado que não ser pratica do seu regime a cultura de assassinatos, a oposição política critica o estadista angolano de nada fazer para que os seus agentes cessem com os raptados e as execuções no país.

Sem comentários: