Lisboa - Após ter sido obrigada a manter em silêncio,
a cidadã Eunice Figueiredo veio publicamente denunciar que o seu esposo
Silvestre dos Santos André foi raptado para nunca mais regressar, por elementos
da Direção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), no passado dia 13 de Junho
de 2013, quando este se dirigia para a centralidade do Kilamba para tentar
inscrever-se na compra de um apartamento.
Fonte: Club-k.net
Segundo dados da Rádio Despertar, que avançou a
informação citando o jornal A Capital, no dia em que foi raptado, Silvestre dos
Santos André ia acompanhado de dois amigos identificados por “Samuel” e
“Chines”.
Estes, de acordo com a mesma emissora testemunharam o
raptado tendo revelado que naquele momento uma viatura da DNIC parou e do
seu interior saíram quatro agentes armados trajados com coletes daquela
instituição de investigação e forcaram Silvestre dos Santos André a
entrar para o carro e este desapareceu até hoje.
Durante todo este tempo a DNIC, proibiu a esposa
Eunice Figueiredo de contactar a imprensa, sob alegação de
que iria atrapalhar as investigações e que a mesma poderia sofrer
represálias. Ainda segundo a Rádio Despertar, Ela recebeu, desta
instituição policial garantias de que o marido estava vivo e se ela o
quisesse ver novamente deveria manter-se calada.
Passados 7 meses, Eunice foi as
Rádios publicas em Luanda para pedir denunciar o que estava acontecer, e
estas se recusaram a passar a noticia. Foi assim que ela teve que
recorrer a Despertar, uma vez que na semana passada foi informada na sede
da DNIC que o seu marido foi morto e que ela deveria esquecer o assunto
para não lhe acontecer o mesmo.
Eunice Figueiredo reclama das autoridades que
aclarem este caso e que entreguem o corpo do seu esposo a família para se
fazer o funeral , uma vez que os filhos todos dias perguntam pelo pai e
ela é obrigada a dizer que saiu para trabalhar.
O malogrdo Silvestre dos Santos André era
agente da Policia Nacional (PN) e morava com a sua esposa e 3 filhos
menores no bairro Cazenga.
Desde 2012, os agentes da DNIC, tem sido acusados de
praticas de assassinatos com a exclusividade das execuções de Alves Kamulingue
e Isaías Cassule. Em Junho do ano passado voltaram a ser acusados de terem
raptados, dois jovens, Cláudio António Quiri e Bento Adilson Penelas
Gregório.
Apesar de no seu discurso de final de ano o Presidente
José Eduardo dos Santos ter negado que não ser pratica do seu regime a cultura
de assassinatos, a oposição política critica o estadista angolano de nada fazer
para que os seus agentes cessem com os raptados e as execuções no país.
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