quarta-feira, 13 de junho de 2012

Bureau Político confirma Manuel Vicente como segundo da lista do MPLA



Lisboa – O Bureau Político do MPLA, em reunião,  orientada pelo seu presidente José Eduardo dos Santos, esta segunda feira (11),  confirmou o militante Manuel Domingos Vicente  como  o segundo   da lista de candidatos a deputados,  as eleições de 31 de Agosto e orientou a sua apresentação à reunião do Comité Central, para aprovação, nos termos dos Estatutos do Partido.

Fonte: Club-k.net
Membros do  BP saem derrotados  da reunião
A margem dos trabalhos  da feitura da referida lista   ficaram   excluídos nomes como  Ângela Bragança e   Adelino de Almeida, notabilizado integrante da linha radical do partido no poder.

Assim sendo o presidente  José Eduardo dos Santos encerra o debate em torno daquele que será o candidato a Vice-Presidente da República e seu eventual sucessor nas eleições nas eleições de 2017.

Manuel Vicente acaba por ser uma imposição do líder do partido do que propriamente vontade dos militantes.  No sentido de  preparar  os  membros do maioritario, o circulo presidencial colocou, em Agosto de 2011,  o assunto na rua,  em forma de rumores no sentido de testar reações. A  nível do partido, JES numa atitude destinada a não  aparentar, imposição das suas idéias , solicitou  ao núcleo do Bureau Político para que  apresentam-se nomes para futuros figurarem como o segundo da lista, tendo os seus partidários sugerido os nomes de  João Lourenço, Bornito de Sousa e Roberto de Almeida.

A  nível da JMPLA,  escolha em torno do nome de Manuel Vicente seria  também vista com antipatia levando os seus dirigentes reiterarem diversas vezes  que queriam unicamente José Eduardo dos Santos como cabeça de lista e não “outro”. O receio dos jovens do partido, conforme levantamento de dados está  associado aos escândalos de corrupção que  envolvem o nome de Manuel Vicente e por segundo por não se reverem no mesmo (Não tem historial partidário).

A reputação deste  ex-patrão da Sonangol,  em praticas de corrupção é  igualmente contestada na oposição política em Angola. Em Maio passado o líder da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, em reação ao balanço do primeiro trimestre da atividade do governo alertou que a sua coligação “considera de catastrófica para a  imagem de Angola e dos angolanos,  a reputação negativa do  titular do pelouro da coordenação económica, por estar supostamente envolvido e alvo de alegações de  práticas de tráfico de influências, corrupção activa e passiva, branqueamento de capitais e enriquecimento ilícito, actualmente a serem investigadas em várias capitais do mundo.”

“Não queremos passar a vergonha de termos um ministro que pode ser detido um dia  em viagem oficial ou privada pelo mundo fora.” Disse.

A reação do político da CASA-CE deixou a impressão de que na fase da campanha eleitoral, a oposição iria pegar neste lado menos  bom de Manuel Vicente para combater politicamente o partido que suporta o regime.

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