Lisboa – O Bureau Político do MPLA, em reunião,
orientada pelo seu presidente José Eduardo dos Santos, esta segunda feira
(11), confirmou o militante Manuel Domingos Vicente como o
segundo da lista de candidatos a deputados, as eleições de 31
de Agosto e orientou a sua apresentação à reunião do Comité Central, para
aprovação, nos termos dos Estatutos do Partido.
Fonte: Club-k.net
Membros do BP saem derrotados da reunião
A margem dos
trabalhos da feitura da referida lista ficaram
excluídos nomes como Ângela Bragança e Adelino de Almeida,
notabilizado integrante da linha radical do partido no poder.
Assim sendo o presidente José Eduardo dos Santos encerra o debate em torno daquele que será o candidato a Vice-Presidente da República e seu eventual sucessor nas eleições nas eleições de 2017.
Manuel Vicente acaba por ser uma imposição do líder do partido do que propriamente vontade dos militantes. No sentido de preparar os membros do maioritario, o circulo presidencial colocou, em Agosto de 2011, o assunto na rua, em forma de rumores no sentido de testar reações. A nível do partido, JES numa atitude destinada a não aparentar, imposição das suas idéias , solicitou ao núcleo do Bureau Político para que apresentam-se nomes para futuros figurarem como o segundo da lista, tendo os seus partidários sugerido os nomes de João Lourenço, Bornito de Sousa e Roberto de Almeida.
A nível da JMPLA, escolha em torno do nome de Manuel Vicente seria também vista com antipatia levando os seus dirigentes reiterarem diversas vezes que queriam unicamente José Eduardo dos Santos como cabeça de lista e não “outro”. O receio dos jovens do partido, conforme levantamento de dados está associado aos escândalos de corrupção que envolvem o nome de Manuel Vicente e por segundo por não se reverem no mesmo (Não tem historial partidário).
A reputação deste ex-patrão da Sonangol, em praticas de corrupção é igualmente contestada na oposição política em Angola. Em Maio passado o líder da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, em reação ao balanço do primeiro trimestre da atividade do governo alertou que a sua coligação “considera de catastrófica para a imagem de Angola e dos angolanos, a reputação negativa do titular do pelouro da coordenação económica, por estar supostamente envolvido e alvo de alegações de práticas de tráfico de influências, corrupção activa e passiva, branqueamento de capitais e enriquecimento ilícito, actualmente a serem investigadas em várias capitais do mundo.”
“Não queremos passar a vergonha de termos um ministro que pode ser detido um dia em viagem oficial ou privada pelo mundo fora.” Disse.
A reação do político da CASA-CE deixou a impressão de que na fase da campanha eleitoral, a oposição iria pegar neste lado menos bom de Manuel Vicente para combater politicamente o partido que suporta o regime.
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