IIº comandante da polícia diz manifestações da Unita visaram tomada de
poder
A Polícia Nacional afirma ter provas de que as
últimas manifestações convocadas pelos partidos políticos no decurso deste ano
tinham como objectivo a tomada do poder, motivo pelo qual a polícia impediu que
fossem realizadas.
Entrevistado pela Rádio Ecclesia sobre o balanço
das actividades desenvolvidas pela Policia Nacional durante o ano 2013, o
segundo comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-chefe Paulo Gaspar de
Almeida, garantiu que há provas que sustentam essa afirmação e lembra que a
Polícia não é contra as manifestações.
“Temos provas de que as orientações eram de um
grupo chegar ao Palácio do Governo Provincial, outro grupo saía do Baleizão
para chegar ao Palácio Presidencial”. As provas recolhidas sustentam a tese de
que o objectivo da última manifestação era “o assalto ao poder”.
Paulo de Almeida disse que “a lei permite que os
cidadãos ou associações cívicas se manifestem. Os polícias não têm nada que
impedir. Mas também a lei diz que essas manifestações têm regras, não podem ser
próximas a locais de soberania, não podem ser manifestações que perturbem a
ordem e a tranquilidade pública, violentas, que criam instabilidade e ameaçam o
pacato cidadão que não tem nada a ver com a confusão”. E acrescentou: “as
manifestações não podem ser agressivas, não podem ser desordeiras e nós só
actuamos quando elas desrespeitam essas situações”.
Paulo de Almeida sublinhou que a Polícia
Nacional sabe quais são as intenções dos manifestantes: “o público pode não
saber isso, mas nós sabemos, então agimos em conformidade. Eu sei que isso não
vai agradar às pessoas mas a verdade é esta. Nós estamos aqui para garantir a
segurança de todos”, afirmou.
RE
ANGOLA24HORAS
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