Luanda - SERVIÇO DE MIGRAÇÃO E ESTRANGEIROS
UM APELO Á SUA EXCELENCIA PRESIDENTE DA RÉPUBLICA
ENGENHEIRO JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS
DIGNÍSSIMO PRESIDENTE DA RÉPUBLICA
Com o devido respeito honra-nos em alertar a situação
vivida nos últimos anos no (SME),apesar de ser conhecimento de vossa
Excelência. Desde a saída em Abril de 2006 da Sra Joaquina das Silva, o SME
tomou rumos desagradáveis devido as orientações do Consultor Dr. David Rocha
que induz todos Directores que por ali passam a erros com o único objectivo de
almejar aquele lugar tão cobiçado.
EXECELÊNCIA
Depois das exoneração de Freitas Neto o mais triste
nisto tudo é que, Dro Rocha influencia o Dr. Paulino Silva, ainda Director,
para nomear Gilberto Teixeira Manuel, Teixeira Adão da Silva, Vidal Vilela, que
já estavam implicados e com problemas de corrupção no mandato de Freitas Neto
para os Departamentos mais importantes do SME (Dpto de Estrangeiros, DDRA, e
Fronteiras). Este último não conseguiu ser nomeado por ter processo na
Inspecção do Minint sobre acusação de corrupção, desvios de fundos abuso de
poder quando era Delegado do SME em Cabinda .
Excelência, Apelamos para que se faça justiça a todos
implicados nos casos de corrupção e que os bens adquiridos revertam a favor do
Estado Angolano e que sejam punidos para que se ponha um fim aos escândalos
neste estratégico serviço nacional. Citam-se, a título de exemplo, os casos dos
Srs. Freitas Neto, José Manuel dos Santos Miguel (Sérgio), Minguito, Gildo,
Flávia, Gilberto Teixeira Manuel, Vilela e todos mais cujos os nomes contam do
inquérito da Inspeção desde o tempo de Freitas Neto. Só assim se pode pôr ordem
e arrumar a casa.
No SME comenta-se fala-se à boca fechada a existência
de um esquema que permitiu que a atribuição de um número anormal de vistos de
trabalho e títulos de residência, principalmente a cidadãos chineses, numa rede
que envolve milhões e milhões de dólares. Um escândalo, que se soma ao das
anteriores direcções, desde o famoso "caso Quina" (a ex-directora
Joaquina da Silva) que foi a única a ir a tribunal e ser julgada, juntamente
com o seu adjunto Rui Garcia Neto.
O director, Paulino da Silva, é acusado, em inquérito
interno, de ter montado um esquema para emissão de vistos de trabalho e títulos
de residência a troco de avultadas somas em dinheiro. Fala-se em mais de 20 mil
dólares por documento! Diz-se que o director Paulino teria embolsado mais de 18
milhões de dólares, que o seu adjunto, João Sousa Santos, 12 milhões e a
funcionária Flávia, 9 milhões, além do Gilberto Manuel, Teixeira Adão da Silva,
Cordeiro João e outros.
Qualquer inspecção às suas diversas contas bancárias
ou às suas residências pode comprovar facilmente como enriqueceram da noite
para o dia, o que também não escondem dado os evidentes sinais de ostentação.
Excelência, Por último, agradecemos ao Ilustre Chefe do Estado Eng.o José Eduardo dos Santos, pelo esforço que tem feito em prol e benefícios de todos os Angolanos e para o Pais, mas que no caso do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) nomeie uma pessoa idónea, mesmo que não seja membro dos serviços, e não pessoas intriguistas arrogantes confusionistas, que fingem ser consultores enquanto querem atingir os seus objetivos e induzirem os outros em erros.
Estranhamos que o Consultor Dr. David Rocha já esteja a esfregar as mãos de contente por ver que vai, finalmente, assumir o lugar que sempre ambicionou mas cujo desejo escondia nas manobras que foi engendrando para provocar a demissão de todas as anteriores direcções do SME, desde o tempo da Joaquina da Silva.
Excepção para o general Dinho Martins, que foi apeado
na sequência da demissão do também general Leal Monteiro Ngongo, de ministro do
Interior, por causa do alegado sequestro do cidadão português José Oliveira, de
S.Tomé e Princípe. Excelência, Tememos que, pelo facto de não ser quadro do
Ministério do Interior, nem dos Serviços de Inteligência, a sua eventual
nomeação possa estar virada para a contínua facturação com a legalização de
estrangeiros em Angola, numa rede que envolve alguns dos principais consulados
na Ásia, Europa e África, naquilo que Sua Excelência já considerou ser uma
“invasão silenciosa de Angola”, com todas as consequências nefastas para a
Soberania Nacional , para a Cultura e Hábitos e Costumes do nosso Povo.
Angola precisa de estrangeiros para ser o país bom
para se viver, como ambiciona o programa eleitoral do MPLA. Mas a lei tem de
ser cumprida e não pode servir para que meia dúzia de chicos espertos se
aproveitem dela para se tornarem milionários, mesmo à custa de venderem a
Pátria!
Trabalhadores do SME
Sem comentários:
Enviar um comentário