segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Discurso do Presidente da UNITA no octogésimo aniversário do nascimento de Savimbi







Discurso do Presidente da UNITA
no acto central das comemorações do octogésimo aniversário do nascimento do
Dr. Jonas Malheiro Savimbi

NDALATANDO
3 DE AGOSTO
1934 – 2014
Minhas senhoras e meus senhores:
No calendário político da UNITA, o 3 de Agosto é uma data muito especial. É um dia histórico, um dia memorável, um dia em que nasceu um bebé angolano que se tornou num gigante africano, de estatura universal: JONAS MALHEIRO SAVIMBI.
O patriota Jonas Malheiro Savimbi teve um papel fundamental na luta pela independência de Angola, pela unidade dos povos africanos e na construção dos instrumentos para a conquista da paz e da democracia no nosso País: impulsionou a criação do Governo Revolucionário de Angola no Exílio, em 1962; ajudou a promover a constituição da Organização da Unidade Africana, em 1963, criou a UNITA, em 1966, e, atravês dela, garantiu o fim do regime totalitário da I República de Angola e a sua substituição por um regime que a Constituição consagra como democrático.
O Dr. Savimbi é o pai da independência de Angola, junto com o Mais Velho Holden Roberto, da FNLA, e o Dr. Agostinho Neto, do MPLA. Jonas Savimbi foi um dos arquitectos da paz, que assinou a paz, em Bicesse, Portugal, junto com o Presidente José Eduardo dos Santos, no dia 31 de Maio de 1991. E por força dessa paz, Jonas Savimbi tornou-se num dos arquitectos e fundadores das FAA, as Forças Armadas Angolanas e da República de Angola.
O Dr. Jonas Savimbi foi um mobilizador tenaz, um libertador de mentes, um exímio formador de quadros: formou médicos e enfermeiros, professores e administradores, engenheiros e doutores, soldados e generais.
A diferença maior entre o Dr. Savimbi e os outros líderes baseava-se no facto de que o Dr. Savimbi, apesar de ser um homem intelectual com possibilidades de viver sem privação de qualquer espécie, percebia os pobres e partilhava com eles o sofrimento porque fez da causa dos pobres a sua causa. Aceitou entrar nas matas e correr os mesmos riscos que os soldados, que os seus militantes.
Comia com o soldado, conversava com o povo, andava a pé junto com o povo, dormia com o povo, sofria com o povo, aprendia com o povo, para poder libertá-lo.
Dizia o Dr. Savimbi que “...É uma posição fundamental os dirigentes estarem no interior do país e partilharem com os soldados e o povo o sofrimento, a insegurança, a incerteza, mas também a esperança. É uma posição ideológica” –
Hoje, meio século depois, estas palavras continuam a distinguir a posição ideológica e o comportamento dos dirigentes da UNITA dos dirigentes do MPLA. É importante frisar aqui algumas diferenças principais entre o MPLA e a UNITA em certos sectores da vida nacional:
Quanto à Política social:
1- O MPLA assumiu o poder que é do povo, mas governa contra o povo. Os seus dirigentes partem as casas do povo, muitas vezes sem aviso prévio e sem indemnização, para construir condomínios e mansões, em Angola e no estrangeiro, com o dinheiro do povo, mas onde o povo não pode morar. A UNITA, caso se encontrasse na necessidade de requalificar uma área, construiria primeiro casas para realojar os que tivessem de abandonar a referida área e só depois implementaria o seu plano.
Quanto à política de emprego:
2- O MPLA prioriza o estrangeiro, a UNITA prioriza o angolano. O MPLA não investe em educação de qualidade para o povo angolano, porque quer que os angolanos tenham educação de fraca qualidade para não substituirem o estrangeiro. O MPLA prefere ir buscar estrangeiros, dar oportunidades a estrangeiros para impedir o progresso do povo angolano. Até para conduzir viaturas para transportar areia, pedra e cimento, o MPLA vai buscar estrangeiros.
Em Portugal, no Brasil, em Cabo Verde e na China por exemplo, há muitas pessoas que estão a ser recrutadas para vir trabalhar em Angola. Porque o MPLA lhes garante empregos, mas não garante empregos para os angolanos, nem para os jovens com cursos médios ou superiores. A política de emprego do MPLA é reduzir o desemprego nos países estrangeiros trazendo para Angola os desempregados desses países.
3- A política de emprego de Jonas Savimbi é investir na educação do angolano e transformar o angolano na alavanca do desenvolvimento de Angola. É apostar primeiro no angolano, segundo no angolano, terceiro no angolano, no angolano sempre!
E se houver necessidade de admitir um estrangeiro, então, que seja naquelas áreas do saber onde não temos ainda angolanos em número suficiente. Significa que não é contra os estrangeiros mas como acontece noutras partes do Mundo, os estrangeiros só são procurados ao nível de especialistas, para cobrirem áreas do saber que os angolanos ainda não dominam. E quando isto for necessário, então, ao lado de cada especialista estrangeiro, vamos colocar um angolano para aprender e garantir a nossa independência.
Ao mesmo tempo, vamos criar novos cursos nas nossas universidades, ou adaptar os existentes, para criar capacidades nacionais competitivas em todas as áreas do saber.
Política de defesa nacional:
Povo angolano:
4- Hoje, o Governo do MPLA utiliza a maior parte do dinheiro do Estado para proteger o regime contra a soberania do povo. A UNITA vai utilizar a maior parte do dinheiro do Estado para elevar a qualidade de vida do angolano e proteger o soberania do povo. Porque o povo só será realmente soberano se o Estado investir seriamente na educação das pessoas mais do que investe na defesa dos terrenos e dos negócios.
5- O país não precisa de tanta tropa e polícia. Precisa de muitos professores, muitos engenheiros, muitos mecânicos. Precisa de dezenas de milhares de assistentes sociais, educadores de infância, educadores de jovens, de mestres de artes e ofícios, centros de recuperação e de edificacão de valores. O país precisa de milhares de trabalhadores honestos e patriotas para resgatar o futuro. E quando um país investe nas pessoas, está a investir na defesa da soberania da Nação, porque a Nação é formada pelas pessoas, com as suas culturas, seus valores, suas tradições e suas vantagens competitivas! Se os cidadãos tiverem emprego, a criminalidade fica reduzida consideravelmente. Se eles tiverem boa educação, a ordem pública é facilmente aplicada.
6- Para o MPLA, defender a soberania nacional significa defender os governantes, aqueles que governam contra o povo e que oprimem o povo, há quase 40 anos!
7- Para a UNITA, defender a soberania nacional, significa defender o povo e os seus direitos, tais como:
direito à educação de qualidade: toda a gente tem de ter obrigatoriamente a 12 classe paga pelo Estado, em todas as comunas do país.
direito à saúde de qualidade com consultas gratuitas nos hospitais e nas Clínicas, incluindo análises nos laboratórios, exames de RX, medicamentos, ecografias e outros testes, em todas as comunas do país.
direito à água potável a sair das torneiras em casa, não nos chafarizes;
direito à paz, à liberdade de escolher o seu Partido, a sua religião e o seu destino.
Defender a soberania nacional é defender a vida, a educação, a saúde e o bem-estar do povo.
Este é o ensinamento do grande guerrilheiro, patriota e pan-africanista, Jonas Malheiro Savimbi, que comemoraria hoje 80 anos de idade.
Compatriotas e amigos do Kwanza Norte:
Povo angolano:
Para a UNITA, as ameaças à segurança nacional são a pobreza, o analfabetismo, a falta de água potável, o paludismo e a corrupção. Porque são estes males que matam o soberano, o povo!
Quem não se preocupa com a saúde do povo, com a sua educação e o seu bem estar, então, não quer a soberania dos angolanos em Angola. Quem eliminar os donos da terra, aos poucos, destruir a alma dos seus filhos com falsos valores, vender as suas terras a estrangeiros e alterar a demografia de Angola para transformar os filhos da terra em escravos, não quer a soberania dos angolanos em Angola.
Quanto à transparência e boa governação:
Angolanos! Abram os olhos:
Um dos trabalhos dos secretários do MPLA é instrumentalizar os sobas, os sekulos, os administradores e os fanáticos para impedir as actividades políticas da UNITA junto do povo, para a UNITA não abrir os olhos do povo. É impedir o progresso social e económico daqueles que não aderem ao MPLA. E isto chama-se exclusão, ou apartheid! Um povo livre e independente não pode ser excluído e discriminado na sua própria terra!
Os concursos públicos são uma capa para enganar. Antes dos resultados saírem já as vagas estão preenchidas. E quem não tiver o cartão do MPLA não entra!
O mesmo acontece nos concursos para negócios, obras, etc. Antes do prazo para se apresentarem propostas terminar, já as negociatas foram feitas debaixo da mesa e os contratos foram adjudicados. Entre os amigos e militantes do MPLA e seus associados estrangeiros!
Compatriotas e amigos do Kwanza Norte:
Povo angolano:
Despertai!
O MPLA centraliza o poder numa só pessoa e centraliza os investimentos públicos, os empregos e a riqueza em pessoas de um só Partido. Por causa desta centralização, há muita corrupção. Muitos desvios. Até o dinheiro dos Bancos desaparece. Desaparece do Banco Nacional de Angola. Desaparece do banco Espírito Santo de Angola. Os bancos foram transformados em centros de gatunagem.
E quem rouba são os senhores doutores. Ouvimos dizer que no BPC, por exemplo, alguns funcionários desonestos tiraram o dinheiro das contas dos clientes para benefício próprio. No BNA, os funcionários intermédios e até estafetas, roubaram o nosso dinheiro em conluio com funcionários do Ministério das Finanças. Bom, parece que foram parar à cadeia.
Agora estamos a ouvir dizer que, no Banco Espírito Santo de Angola, são os próprios administradores, os senhores doutores, que roubaram o nosso dinheiro atravês de esquemas de empréstimos que concederam a altas figuras do MPLA.
Estas altas figuras do MPLA receberam o nosso dinheiro dos cofres do Estado e dividiram entre si, chamando a isso “empréstimos”. Construíram condomínios, compraram prédios, no país e no estrangeiro e agora não querem pagar de volta ao Banco!
Outros receberam empréstimos para comprar empresas no estrangeiro e virem aqui fazer negócios com o próprio Estado como estrangeiros e explorar o povo angolano a quem pagam salários de miséria. E agora não querem pagar de volta ao Banco. Pior do que isso, o Banco diz que deixou perder os papeis e já não sabe bem a quem emprestou o dinheiro. Só sabe que são altas figuras do MPLA e do Estado.
Os donos do Banco querem que o Estado angolano pague a dívida desses senhores para que os donos do banco não tenham prejuízos! Vieram pedir isso ao Presidente José Eduardo dos Santos. E o Senhor Presidente da República, passou uma autorização ao Ministro das Finanças para tirar do nosso dinheiro a quantia de CINCO BILHÕES DE DOLÁRES para pagar a dívida desses senhores!
E quem são os donos do banco?
São alguns generais e alguns portugueses!
Os angolanos tem o direito de saber quem são os que receberam o dinheiro do Povo e que agora não querem devolvê-lo. Temos de investigar bem esta manobra! Governantes e oficiais das FAA no activo a utilizarem a sua posição no Estado para fazerem negócios privados para beneficio próprio! Isto chama-se CORRUPÇÃO!
E quando o negócio vai mal, têm a ousadia de mexer nos cofres do Estado para tirar mais dinheiro do povo para levar no estrangeiro!
Isso é IMPROBIDADE. Isso é CRIME DE BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS. CRIME DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO.
Os envolvidos deviam todos ser levados à Justiça. As autoridades portuguesas já começaram a fazer isso. O próprio presidente do Banco Espírito Santo lá em Portugal, que veio cá em Outubro reunir-se com o senhor Presidente Eduardo dos Santos, já foi detido na passada semana, em Lisboa, no dia 24 de Julho.
Teve de pagar uma fiança de três milhões de euros para aguardar o julgamento em liberdade.
Nós também temos de agir dentro das nossas competências e atravês das instituições competentes: Junto do Parlamento, da Procuradoria geral da República e do Tribunal de Contas.
Vamos tambám contactar as autoridades portuguesas que investigam o caso.
Acima de tudo, vamos mobilizar o povo para pararmos com estes roubos, e fazer tudo para levar os criminosos à justiça.
A justiça é para todos, grandes e pequenos, ricos e pobres, estafetas e administradores de Bancos.
Mas a melhor justiça mesmo para este caso é mudarmos todo o Governo do MPLA.
A melhor justiça é a mudança de regime.
Angola precisa de um novo regime político com uma nova cultura de governação. Angola precisa de descentralização e de instituições sólidas com poderes separados, que se fiscalizam mutuamente.
Este é o pensamento político de Jonas Savimbi para Angola: vários órgãos de poder soberano com funções distintas e complementares: legislativo, executivo e judicial.
Poder executivo descentralizado entre o Estado e as instituições autónomas do Poder local, ou seja, as autarquias. A UNITA vai descentralizar o poder e distribuir o dinheiro entre o executivo central e os executivos municipais, em todos os municípios.
O pensamento político de Jonas Savimbi no campo da economia é canalizar os investimentos para o interior, SIM, priorizar o campo para beneficiar as cidades, aliviando o tráfego, reduzindo as sobrecargas nas redes de saneamento, nas redes eléctricas e nas redes de água.
Este é o projecto de Jonas Savimbi: Distribuir o dinheiro do povo a todos os grupos nacionais, a todos os cidadãos, através de programas sociais, económicos para desenvolver harmoniosamente todo o território nacional.
Minhas senhoras e meus senhores,
Algumas pessoas andaram, durante muitos anos, a incutir nas mentes dos angolanos e não só, que o Dr. Savimbi queria vender o país ao estrangeiro e que ele era o causador de todos os males de Angola.
O Dr. Savimbi morreu há mais de 12 anos, mas a vida da maioria dos angolanos piorou, não melhorou. Os angolanos continuam sem água potável, a educação piorou, a saúde piorou e a miséria aumentou. Uns poucos, ficaram ricos à custa de dinheiros públicos enquanto a grande maioria dos angolanos continua na miséria.
A corrupção tomou conta do Estado, ao invês do Estado tomar conta da corrupção. No lugar da descentralização, houve mais centralização do poder. Em vez do estado de direito, as violações à Constituição e à lei tornaram-se mais descaradas! O angolano não tem terra, não tem emprego e tem o seu futuro hipotecado e em risco. Mas os empregos para os estrangeiros em Angola, aumentam todos os dias. O dinheiro de Angola que é levado para o estrangeiro, aumenta todos os dias.
Então, quem é que quer vender o país ao estrangeiro?
Quem é que compra até empresas no estrangeiro para vir explorar o angolano em Angola? Quem é que desvia o dinheiro do angolano para levar ao estrangeiro ou para enriquecimentro ilícito e depois, ainda por cima, utiliza garantias do Estado para abafar o caso e legalizar o roubo?
São mesmo patriotas, estes senhores?
Quem desvia cinco bilhões de dólares da educação, da saúde e da segurança social das famílias para garantir empréstimos mal parados aplicados em operações criminosas e proteger os lucros de estrangeiros, é patriota?
Quem não investiga crimes cometidos ou originados em Angola quando, do outro lado, a justiça portuguesa, na posse nas mesmas provas, já efetuou buscas e prisões sobre os mesmos crimes, é patriota?
Povo do Kwanza Norte:
Povo angolano:
Não pedimos que todo o povo seja da UNITA. Mas pedimos apenas que todos, os da UNITA e aqueles que não são da UNITA, saibam distinguir a verdade da mentira.
Tendo como base os discursos e ensinamentos do Presidente Agostinho Neto, o comportamento do MPLA hoje, e dos seus dirigentes, em particular do seu dirigente máximo, dificilmente seria considerado por Agostinho Neto como comportamento de patriotas.
O MPLA abandonou a causa dos mais desprotegidos e tornou-se o partido dos ricos, o partido dos que enriquecem injustamente, violando a lei e a ética.
Apelo a todos vós, aqui no Kwanza Norte, a compreender que Savimbi e a UNITA não são vossos inimigos. São vossos irmãos. Buscam apenas o vosso bem estar; a vossa felicidade.
O Dr. Savimbi dizia: “a unidade nacional é o nosso objectivo estratégico”.
Vamos, por isso, nos unir para vencer. E a unidade a que me refiro é a unidade de pensamento e de acção para construirmos a nação de todos nós. A UNITA quer e busca um país onde impera a Justiça, a Liberdade, a Solidariedade e a democracia. Não um país que seja sempre governado pela UNITA. Mas um país que seja governado uns anos pela UNITA, outros anos pelo MPLA, outros anos pela FNLA ou outros partidos, conforme a vontade livre e genuina expressa pelo povo em eleições transparentes.
Apelo principalmente aos meus compatriotas dos órgãos defesa e segurança a compreenderem que o Dr. Savimbi não era vosso inimigo. Era vosso irmão. Não era perfeito, mas os seus actos positivos, a sua contribuição heróica para a realização das aspirações mais profundas dos angolanos superam grandemente os erros que terá cometido e assumido.
O valor dos homens históricos reside exactamente naquilo que fizeram de positivo para os seus povos e para a humanidade numa determinada época. A sua visão para mudar o curso da História, a sua coragem para enfrentar desafios monstruosos, a sua abnegação para dedicar toda uma vida pela causa do seu povo. E nisso, Angola estará eternamente grata ao Dr. Jonas Malheiro Savimbi.
Por isso, agora, vamos todos honrar a memória do nosso heroi nacional Jonas Malheiro Savimbi! Honrar a memória de Jonas Savimbi hoje, é pois, honrar o nosso compromisso com a Paz e com a Reconciliação nacional; é promover a consagração do Poder Local e realizar as eleições autárquicas antes das eleições gerais.
Honrar a memória de Jonas Savimbi hoje, é promover a unidade de todos os angolanos para resgatar a Pátria, com o objectivo de se instaurar de facto a democracia e o Estado de direito em Angola. Não permitamos que nos dividam, por causa da côr da nossa camisola política, por causa das bandeiras que se colocam em instalações políticas. Isso já nos trouxe muito sofrimento. Aceitemos a diferença de opinião e de opção. Convivamos na diversidade. É salutar. É bom. Fortalece a democracia e fortalece o desenvolvimento.
Felizmente, a grande maioria do nosso povo hoje despertou e reencarnou o Dr. Savimbi. O sentimento de revolta, de indignação contra a injustiça, que dominava o Dr. Savimbi, hoje domina o espírito da grande maioria dos angolanos, em particular da sua juventude.
Prezados compatriotas:
Se antes da sua morte, o espírito de Jonas Savimbi mobilizava maioritariamente camponeses e alguns intelectuais para galgar montanhas e atravessar rios em busca da liberdade, hoje, o espírito de Savimbi, mobiliza intelectuais de todas as origens, mobiliza a juventude urbana, empresários, políticos e funcionários públicos, em todos os lugares.
Se antes da sua morte, Jonas Savimbi tinha apenas os soldados das FALA, hoje tem os soldados da democracia e os soldados da justiça social que estão em todos os bairros, em todos os órgãos do Estado, civis e militares.
É meu desejo marcar este dia 3 de Agosto de 2014, com um apelo solene a todos os angolanos para a unidade nacional. Unidade de pensamento e unidade na acção para a reconciliação e para a mudança de regime.
Vamos construir a unidade para mudança! Uma mudança pacífica, mas decisiva! Sem medo! Com o espírito de Jonas Malheiro Savimbi! Porque o espírito de Savimbi é maduro. Tem 80 anos e não morre!
Viva para sempre a memória do nosso Presidente Fundador, o saudoso Dr. Jonas Malheiro Savimbi!
Viva a UNITA!
Viva Angola!
Muito obrigado.

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