Lisboa - O Presidente José Eduardo
dos Santos recomendou recentemente ao ministro das finanças, Armando Manuel e
ao governador do BNA, José Pedro de Morais Júnior para que estudem modalidades
de forma a República de Angola assinar um denominado “acordo geral monetário”
com a China, a entrar em vigor, a partir de Agosto do corrente ano.
Fonte: Club-k.net
Estratégia destinada a “fugir do dólar”
De acordo com constatações, o referido
acordo obedece a uma estratégia destinada a “fugir do dólar” passando a adequar
a economia angolana ao Yuan, a moeda oficial da China.
Refira-se que com a assinatura, deste
acordo monetário, as trocas comerciais entre os dois países passarão a ser
reflectidas na moeda chinesa, que passará a ter poder de circulação em Angola,
com base num acordo de conversão monetária. Os futuros empréstimos que a China,
conceder ao governo de Luanda, deixarão de ser na moeda americana passando
directamente para o Yuan.
Por outro lado, os angolanos que
deslocarem-se a China poderão também transportar kwanzas que passarão a ser
aceites pelos bancos comerciais e casas de câmbio daquele país.
As bases do acordo a ser celebrado entre
Angola e China, não é estranha aos olhos de sectores que acompanham as
politicas monetárias do executivo angolano. Alega-se que a China, tem
estado através dos BRICS*, mover influencias para que a sua moeda passe a ter
poder de circulação, nas economias dos seus parceiros, a semelhança do dólar norte-americano.
Por isso mesmo acredita-se que terão sido os chineses que convenceram o
Presidente José Eduardo dos Santos a reconsiderar este acordo monetário e este
por sua vez remeteu aos titulares das finanças e BNA, para estudar as
respetivas vantagens reciprocas.
A China é notabilizada como estando numa
disputa com os Estados Unidos da América, no sentido de fazer com que a sua
moeda tenha o mesmo poder de circulação e influencia, a semelhança do dólar
americano.
*Nota: Em economia, BRICS é um acrônimo
que se refere aos países membros fundadores (o grupo BRICS: Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul), que juntos formam um grupo político de
cooperação.
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