Carlos Rosado de Carvalho defende
investimentos na educação e saúde
Manuel José
VOA
Angola gasta mais na defesa do que a
África do Sul e Nigéria em conjunto quando deveria usar esses fundos para a
educação e saúde, disse o economista Carlos Rosado de Carvalho. Aquele
especialista defendeu que o Executivo de Luanda deve explicar para onde vai o
dinheiro que está a ser poupado com a redução dos subsídios aos combustíveis.
Rosado de Carvalho falava numa mesa
redonda organizada pela Associação Angolana do Direito do Consumidor
(AADIC) sobre o impacto da subida dos preços dos combustíveis na vida dos
cidadãos e sugeriu que os valores poupados nos subsídios sejam usados em
sectores essenciais como a educação e a saúde.
"O petróleo vai acabar e precisamos
apostar mais na educação e saúde”, disse Carlos Rosado de Carvalho, que
adiantou: "Angola gasta com a defesa e com os militares mais do que a
África do Sul e Nigéria juntas, precisamos tirar dinheiro desse sector e
apostá-lo na educação e saúde".
Para aquele especialista, Angola "é
dos países do mundo onde há mais desigualdades na distribuição de
rendimentos", por isso Carlos Rosado de Carvalho diz que os planos e
programas que o Governo tem estado a implementar não são eficazes e defende uma
mudança de estratégias.
A questão da transparência "é outra
preocupação do economista Rosado de Carvalho, afirmando que o Governo tem que
“explicar bem” para onde foi o dinheiro poupado no corte aos subsídios.
O economista disse ainda que programas
como a “Merenda Escolar” e outros não existem na prática
Por seu lado, Lopes Paulo, consultor do
Ministério do Comércio reconheceu as fragilidades dos programas e garantiu aos
presentes que vai levar as sugestões da mesa redonda a quem decide.
Participaram no evento da AADIC, para
além do economista Carlos Rosado de Carvalho, o consultor do Ministério do
Comércio Lopes Paulo, a representante do Instituto Nacional de Preços e
Concorrência Francisca Fortes e estudantes da Universidade Independente de
Angola.
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