O país não pára de se surpreender. Num
dia recebe a notícia de um ofuscado prémio de excelência governativa de Eduardo
dos Santos, noutro o mesmo aparece como o pior gestor, pela revista Financial Times,
numa clara indicação dos altos níveis de corrupção, instalada nos corredores do
palácio presidencial.
FOLHA 8 de 13 de Junho de 2015
A clique do Futungo lidera o cartel e
tem tentáculos em toda a economia e sociedade, daí a facilidade em se apontar
o desvio do dinheiro do erário público, para a conta de uns poucos, que estão
a definhar o país, com tanta e monstruosa roubalheira.
Neste momento, a maior referência,
internacionalmente, sobre Angola é de ser um país, de uma elite governante,
sentimentalmente, ligada a corrupção.
E não deixam essa depreciativa
observação, ao acaso, pois apontam cartões de visita de peso e vulto: Isabel
dos Santos, bilionária, filha do Presidente da República, Welwitcha dos
Santos, milionária, filha do presidente Eduardo dos Santos, Avelino dos
Santos, milionário, filho de Eduardo dos Santos, Filomeno dos Santos, bilionário,
filho do presidente da República, Marta dos Santos, milionária, irmã de Eduardo
dos Santos, Manuel Vicente, bilionário, vice-presidente da República, Manuel
Helder Kopelipa, bilionário, chefe da Casa de Segurança do Presidente da
República, general Dino, bilionário, assessor das comunicações da Presidência
da República. Palavras para quê, quando a maioria prefere dizer: Viva a
corrupção, superiormente capitaneada pelos princípes.
Agora se você, não está de acordo, pode
fazer uma coisa: orar e indignar-se e dizer basta a CORRUPÇÃO ou STOP A CORRUPÇÃO.
E sugiro um MOVIMENTO DE INDIGNAÇÃO
NACIONAL DOS ANGOLANOS PATRIOTAS ou o reanimar do Amplo Movimento dos
Cidadãos, cujo objecto é e será o de organizar tertúlias, onde em diferentes
plataformas comunicacionais possamos Pensar Angola e os Angolanos.
Pensar Angola e interagir de forma mais
cidadã, principalmente, quando os partidos políticos se demitem das suas responsabilidades.
Como aceitar que os partidos políticos,
tenham ficado miúdos, ante a alteração da lei sobre o registo eleitoral
oficioso, como entender que estes mesmo actores se tenham recolhido, quando o
Tribunal Constitucional considerou, o Presidente da República como órgão de
soberania (elucubração jurídica do art.º 105.º da Constituição), quando nunca
foi nominalmente eleito, num verdadeiro contrasenso constitucional. Mais
grave, como podem os cidadãos continuar impávidos e serenos, quando os
políticos da oposição, acreditam que através de simples e esporádicos comunicados
conseguirão parar o ímpeto violador do regime? É hora dos cidadãos levantarem
as vozes e acções para, por exemplo, ao abrigo da lei, avançarmos para a
elaboração de queixa-crime, nos crimes de genocídio, como o mais recente
ocorrido no dia 16 de Abril de 2015, no Monte Somi. Se continuarmos calados,
amanhã seremos nós, porquanto este regime não tem preguiça quanto a carregar
as armas com balas reais, que assassinam mesmo, quem não dance a sua música,
corrupta e bajuladora.
É verdade que a ostentação militar, vai
instaurando o silêncio dos vários povos angolanos, fazendo, por via disso,
avançar, não só a corrosão do tecido humano, mas podendo, também, preparar
verdadeiras condições, para uma grande explosão social
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