A minha preocupação consiste no seguinte: o regime incrementa a repressão assustadoramente, estrebucha. Catapulta-nos o terror como modelo de se manter eterno, porque já não é governo, não é país, é um consórcio empresarial. E como cresce a oposição a essa família unipessoal que ameaça os seus tentáculos mortais, há que eliminar por todos os meios a quem a ela se opuser. Aqui nasce uma questão: a oposição será obrigada a lançar-se na criação da luta clandestina, outra vez, a sério, de libertação nacional, porque a Pátria está seriamente ameaçada, danificada de alta traição. E em consonância nascerão células, milícias de autodefesa. E então renascerá a célebre ordem para matar tudo o que se mover, como na Argélia sob domínio do colonialismo francês, e não conseguiram. A última palavra cabe sempre ao povo decidir, e quando ele decide é como um maremoto. Não há forças que se lhe oponham.
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