quinta-feira, 14 de abril de 2011

Swazilândia. Sindicatos suspendem marchas de protesto


Pretória (Canalmoz) - Face às medidas adoptadas pelas autoridades swazis, os sindicatos decidiram suspender as marchas de protesto que vinham decorrendo desde o dia 12 e que estavam previstas terminar hoje. De acordo com o secretário-geral da Associação Nacional de Professores da Suazilândia (SNAT), Muzi Mhlanga, os sindicatos vão rever a estratégia, sendo sua intenção voltar a organizar marchas de protesto. O anúncio surgiu depois da polícia ter cercado as instalações da SNAT em Manzini, mantendo sob detenção sindicalistas e activistas políticos.
De acordo com uma declaração emitida por Mary Pais da Silva, dirigente da «Campanha para a Democracia da Swazilândia», “forças de segurança, munidas de armas de fogo, fecharam as instalações a cadeado”, mantendo no seu interior um largo número de sindicalistas e activistas políticos. A declaração apela à comunidade internacional, incluindo a SADC, as Nações Unidas, o ANC e o governo sul-africano para “intervir imediatamente” e exigir do governo swazi a “libertação imediata” dos que se encontram fechados à força nas instalações da SNAT.
Num editorial, o diário independente, «Times of Swaziland», afirma que a forma como o governo e as forças de segurança actuaram desde o início das marchas de protesto acabou por servir os interesses daqueles que têm vindo a apelar para uma mudança de regime na Swazilândia. O editorial acrescenta que “as tácticas da polícia causaram danos ao país a nível internacional e à imagem do Rei”, fazendo com que o monarca swazi fosse tema de destaque a nível da comunicação social de todo o mundo. “Ao deter dirigentes sindicalistas e agredir manifestantes, a polícia conseguiu reforçar a ideia de que o povo deste país vive oprimido”, refere o editorial. (Redacção)
Imagem: actf.gov.mz

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