quarta-feira, 20 de junho de 2012

Jeremias Vunjane aponta o dedo ao Governo moçambicano e à Vale



Activista ambientalista deportado do Brasil já voltou à terra do samba  

Maputo (Canalmoz) – O jornalista e activista ambiental moçambicano ao serviço da ONG nacional “Justiça Ambiental”, que foi deportado do Brasil no passado dia 12 de Junho corrente sem sequer ter sido deixado entrar naquele país membro da CPLP. Mas já está naquele país a participar em actividades paralelas da Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20. As autoridades brasileiras recuaram da sua decisão de negar a entrada do moçambicano no Brasil e voltaram a conceder-lhe um visto, desta vez de cortesia que lhe permitiu viajar de novo para o Rio de Janeiro. À chegada à cidade onde decorre o Rio+20, Vunjane proferiu acusações contra a mineradora Vale e contra o Governo moçambicano, pela sua deportação.
“Alguma coisa aconteceu. Denunciamos veementemente os actos da Vale em Moçambique e sabemos que isto não tem agradado tanto à multinacional assim como a alguns sectores do Governo moçambicano. Nos últimos trabalhos que fiz na província de Tete, sofri perseguições e ameaças por parte do governo e da empresa”, disse Vunjane citado pela imprensa brasileira.
Jeremias Vunjane chegou na noite de segunda-feira última ao Brasil para participar tanto de eventos na Cúpula dos Povos quanto também na Rio+20.
Primeiramente havia sido impedido de entrar no país por agentes da Polícia Federal. Agora que retornou ao Brasil, o ambientalista moçambicano foi recebido com muita festa por um grupo de cerca de cem activistas no aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro
Ontem, terça-feira, Vunjane participou num um acto de protesto em frente à sede da Vale, no centro de Rio de Janeiro.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil foi quem intermediou o retorno do activista ao Brasil.
A organização “Cúpula dos Povos”, a “Justiça Ambiental” onde Vunjane trabalha, e a “Amigos da Terra”, exigem agora um pedido de desculpas e os devidos esclarecimentos da Polícia Federal sobre o caso, além da retirada do nome dele da lista de impedidos pela Polícia Federal de entrar no Brasil. (Redacção)
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