terça-feira, 26 de junho de 2012

TAAG Continua a Desrespeitar Passageiros


Os esforços de publicidade da administração da TAAG- Linhas Aéreas de Angola, sobre a melhoria dos serviços da companhia aérea nacional, têm sido baseados na aquisição de novos aviões e no desempenho técnico. No entanto, a realidade tem demonstrado que a TAAG mantém o seu perfil fundamental no tratamento dos passageiros – o desrespeito.
A 18 de Junho, mais de meia centena de passageiros com viagem marcada para Luanda a partir do Rio de Janeiro foram surpreendidos, com a notícia de que não podiam embarcar no vôo DT 742 para o qual tinham confirmação. A TAAG nem sequer se deu ao trabalho de informar previamente a maioria dos passageiros. Estes souberam apenas no acto de check-in, no aeroporto do Galeão, na cidade brasileira. A delegação da TAAG no Rio de Janeiro informou, aos poucos passageiros por si contactados e a algumas agências de viagem, que a “queda” se deveu à prioridade dada à delegação governamental angolana que participou na conferência internacional sobre o ambiente, designada Rio +20, realizada na mesma cidade.
De certo modo, as entidades governamentais continuam a tratar os aviões da TAAG, enquanto empresa estatal, como parte de uma frota aérea ao seu serviço. O princípio de autonomia de gestão, na prestação de serviços, tanto em relação ao governo como em relação aos cidadãos em geral, é letra morta na TAAG.
Por exemplo, em Agosto de 2010, 47 passageiros ficaram em terra, em Lisboa, sem comunicação prévia, porque a companhia aérea entendeu dar prioridade à selecção nacional de basquetebol que saía do campeonato mundial da modalidade disputado na Turquia. Sem qualquer reserva prévia, todos os membros da delegação desportiva embarcaram em prejuízo de quase meia centena de passageiros, a maior parte deles avisados apenas quando já se encontravm no aeroporto da Portela.
Em Janeiro desse mesmo ano, a companhia cancelou um vôo de carreira para Lisboa e alugou o avião assim disponibilizado ao Movimento Nacional Espontâneo (MNE), um braço social do MPLA, para levar uma delegação e alguns adeptos à Guiné Equatorial, para verem os jogos da selecção nacional de futebol na fase final do Campeonato Africano das Nações.

Sem comentários: