quinta-feira, 21 de junho de 2012

Moçambique associado a cartéis de droga mexicanos


Notícia da VOA diz que foram detidos, em Maputo, dois mexicanos e um nigeriano, membros de cartéis de droga. Faz referência ainda a um navio que foi encontrado na África do Sul, tendo partido de Maputo com produtos químicos usados no fabrico da droga pesada
Maputo (Canalmoz) – Moçambique é referenciado numa notícia da “Voz de América”, como tendo ligações com cartéis de droga mexicanos. A Notícia é assinada por Alex Pena, a partir de Nairobi, Quénia, e foi publicada em Inglês na versão electrónica da VOA.
O Canalmoz reproduz, com a devida vénia, a notícia em causa. A tradução é da nossa responsabilidade. A versão em inglês pode ser acedida em http://www.voanews.com/content/illegal-drugs-cartels-africa-mexico/1211572.html
“Oficiais da Administração de Combate à Droga dos Estados Unidos (Drug Enforcement Administration - DEA) da América, EUA, afirmam que os cartéis de drogas mexicanos estão a desempenhar um papel crescente no tráfico de drogas ilícitas em África. Os funcionários da DEA dizem que os cartéis usam cada vez mais a África para trânsito de drogas ilegais.
Os funcionários da DEA afirmam que suas investigações indicam que um número crescente de produtos químicos utilizados para a produção de drogas ilegais para os cartéis no México tem vindo de traficantes africanos.
A DEA diz ter documentado que os cartéis de droga mexicanos fazem referência a grupos criminosos em Moçambique, na República Democrática do Congo, no Gana e na Nigéria.
Jeff Breeden, o chefe da secção da DEA, diz ter observado a tendência de crescimento próprio dos grupos traficantes de droga no continente.
“Não identificámos actividade específica do cartel em África. Identificámos os mexicanos em África, e sabemos que eles estão filiados a cartéis – nós não os relacionamos por acaso”, disse Breeden.
As operações de tráfico de droga mexicana e sul-americana estendiam-se até o outro lado do Atlântico como à África Ocidental, que servia como ponto de partida para as drogas contrabandeadas para o norte, para a Europa. Mas um número crescente de operações da DEA e de polícias locais, nos últimos anos, têm mostrado operações de tráfico de drogas que atingem mais a leste e a África sub-sahariana.
Num relatório apresentado ao Senado americano, pelo oficial da DEA baseado em Pretória, África do Sul, é referido que a polícia interceptou um navio de produtos químicos utilizados na fabricação de drogas ilícitas destinadas a um grupo de cidadãos mexicanos que operam a partir de Maputo, Moçambique.
Outras investigações levaram à prisão de três mexicanos e um operacional da Nigéria a partir de uma residência em Moçambique.
Os funcionários da DEA acreditam que nove das maiores organizações de tráfico de drogas na América do Sul e México têm operações em África.
Breeden diz que a preocupação entre os agentes de combate às drogas é que a África pode-se transformar num ponto central de trânsito para os cartéis.
“Houve várias grandes apreensões. Uma no Quénia, e uma na RDC (República Democrática do Congo), onde um mexicano foi identificado. A pseudoefedrina estava transitando e sendo reembalada em África, para em seguida, ser reencaminhada para o México ou América Central para processamento de metanfetamina. Acabou nas ruas dos EUA”, disse Breeden.
O crescente número de operações ilegais de droga na África obrigou a DEA a aumentar os seus esforços, abrindo escritórios em vários países da África sub-saariana. Em Janeiro, a agência abriu um escritório em Nairobi, e tem planos de abrir um no Senegal e em alguns outros locais, dentro de alguns anos.
Breeden disse que a DEA está a reagir a uma ameaça na África que está a chegar de todo o mundo.
“Nós vimos heroína nos últimos anos proveniente do Afeganistão, que transita tanto pela África Oriental, como pela África do Sul e África Ocidental, e que é destinada para os Estados Unidos”, afirma Breeden.
Breeden diz que as fronteiras desprotegidas dos Estados África, a falta da aplicação da lei, a corrupção, criam terreno privilegiado para as organizações de tráfico operarem livremente”. (in VOA, com a devida vénia do Canalmoz/ Redacção)
Foto: VoA - AP

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